# 006 - Peanuts Holland, Buck Clayton, Charlie Singleton - Club Session (1953-1955)

Artista: Peanuts Holland, Buck Clayton e Charlie Singleton

Álbum:  Club Session (1953-1955) 

Lançamento: 2000

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Jazz, Hard Bop

Essas gravações surgiram porque os diretores do Club Francais du Livre que decidiram entrar no ramo fonográfico. O plano deles era gravar os melhores músicos franceses da época, cada sessão tendo uma estrela convidada americana. Suspeita-se que a documentação de cada sessão foi incompleta, por exemplo, há um baixista não listado no set de Buck Clayton e há outras anomalias semelhantes.Isso de forma alguma diminui a música, a sessão de Buck Clayton é um clássico do grande e muitas vezes subestimado Mainstream Trumpet Man. Michelle de Villiers se comporta muito bem tanto no Tenor quanto no Barítono e a seção rítmica é limpa e suingante. Andre Persiany é um ato de classe nos teclados e soa como uma sessão onde todos estavam se divertindo. 'Presente para o Clube' acaba sendo 'Encontrei um novo bebê', dificilmente um erro de tradução!

Na sessão 2 Peanuts Holland é a estrela visitante, ele veio para Paris em 1946 com Don Redman e ficou na Europa, no momento da gravação ele era um residente escandinavo. Flying Home tem solos para todos com Geo Daly fazendo os riffs de Lionel Hampton. Também solos para a maior parte de 'That's My Desire'. Peanuts Holland demonstra suas habilidades de trompete em 'S'Wonderful', Guy Lafitte está bem à frente aqui com conotações de Coleman Hawkins. 'Blue Feeling' é uma composição de Ellington menos conhecida, mas é fácil reconhecer o estilo 'Dukal'. Muitos músicos afirmam que as músicas de Ellington tocam sozinhas e devo confessar que suas composições são minhas grandes favoritas. Holland é ouvido de um modo mais contido, mas eficaz neste. Para quem não o conhece Charlie Singleton tocou com Lou Donaldson em Nova York, ele veio para Paris para tocar na banda de Bill Coleman. Ele tem o som que você esperaria de um tenor de Kansas City, grande e redondo! Parece haver algo estranho em 'These Foolish Things' ou Charlie Singleton muda seu som no meio desta peça ou havia dois saxofonistas! Outro lançamento muito agradável da série Jazz in Paris de excelente valor, de uma época em que o jazz era sofisticado, mas não muito complicado.

Boa Audição - Namastê