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terça-feira, 21 de novembro de 2023

John Coltrane With Eric Dolphy – Evenings At The Village Gate

Artista: John Coltrane & Eric Dolphy

Álbum: Evenings At The Village Gate

Lançamento: 2023

Selo: Impulse

Gênero: Modal, Post Bop

Em agosto de 1961, o Quinteto John Coltrane tocou no lendário Village Gate em Greenwich Village, Nova York. O Quarteto Clássico de Coltrane não estava tão totalmente estabelecido como logo se tornaria e havia um meteórico quinto membro do grupo de Coltrane naquelas noites – o visionário multi-instrumentista Eric Dolphy. Noventa minutos de música nunca antes ouvida deste grupo foram recentemente descobertos na Biblioteca Pública de Artes Cênicas de Nova York, oferecendo um vislumbre de uma parceria musical poderosa que terminou cedo demais. Além de algum material bem conhecido de Coltrane (“My Favorite Things”, “Impressions”, “Greensleeves”), há um recurso de tirar o fôlego para o clarinete baixo de Dolphy em “When Lights Are Low” e a única gravação conhecida fora de estúdio de Composição “Africa” de Coltrane, do álbum Africa/Brass. Esta gravação representa um momento muito especial na jornada de John Coltrane - o verão de 1961 - quando seu som característico e extático ao vivo, comumente associado ao seu Quarteto Clássico de 1962 a 1965, estava amadurecendo e quando ele se inspirava em sons profundos e africanos. fontes - e experimentando a ideia de dois baixos tanto no estúdio (Olé) quanto no palco. Esta gravação verdadeiramente rara de “Africa” capta a sua visão expansiva na época. Elas foram redescobertos décadas depois em uma coleção da Biblioteca Pública de Nova York. O The Village Gate era uma boate na esquina das ruas Thompson e Bleecker em Greenwich Village, Nova Iorque. Art D'Lugoff abriu o clube em 1958, no térreo e no subsolo da 160 Bleecker Street. A grande estrutura da Escola de Chicago de 1896, do arquiteto Ernest Flagg, era conhecida na época como Mills House No. No seu apogeu, o Village Gate também incluía um espaço para apresentações no andar superior, conhecido como Top of the Gate que ao longo de seus 38 anos, contou com músicos de diferentes estilos, técnicas e celibridades.

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Saxofone alto, clarinete baixo, flauta – Eric Dolphy

Baixo - Art Davis , Reggie Workman

Bateria – Elvin Jones

Piano – McCoy Tyner

Saxofone Tenor, Saxofone Soprano – John Coltrane


Gravado no The Village Gate, Nova York, NY, em agosto de 1961.

As fitas originais foram fornecidas como cortesia da 'Divisão de Música e Som Gravado da Biblioteca Pública' de Artes Cênicas de Nova York.


 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

1961 - The Complete Village Vanguard - John Coltrane Parte IV

Vários foram os gigantes que tocaram e gravaram no Village Vanguard dos quais Max Gordon guardou algunas recordações curiosas: Um deles foi com Sonny Rollins que tocou no clube por dez anos seguidos, quatro vezes por ano. Retornou em 1976 e tocou só o primeiro set de forma arrasadora e já não apareceu para o segundo: "Nunca mais o vi depois desse episódio" comenta Max em 1980. Uma outra estória semelhante foi protagonizada por Miles Davis, músico que Max Gordon recorda como sendo o mais difícil de lidar de todos os músicos de jazz que tocaram no Village: "O que é que se faz numa noite de Sábado quando o clube está cheio e a estrela do espectáculo abandona o palco a meio do concerto porque a sua namorada está embriagada numa espelunca qualquer e lhe telefona a pedir para a ir buscar?", Comenta. Charles Mingus reteve a memória de um concerto em que o contrabaixista aplicou literalmente um soco no estômago de Jimmy Knepper em pleno palco só porque o trombonista não tocar o tema como ele tinha escrito. outra foi do dia em que Mingus arrancou a porta do clube porque no cartaz de entrada faltava a menção "Jazz Workshop" na designação do grupo e o seu nome constava como Charlie e não como Charles. Mas foi o jazz que deu ao Village Vanguard a fama internacional de que goza atualmente e muito especialmente os inúmeros discos que aí foram gravados pelos melhores e mais reputados jazzmen e sideman com registos autênticos de show no clube por todo o mundo. Nada menos do que 105 ao todo (até à presente data) através dos quais mesmo os mais remotos artistas do jazz que nunca tiveram oportunidade de ir a NYC acabaram por entrar no clube e ter pelo menos uma memória musical deste espaço. Mais do que embaixadores do Village Vanguard alguns destes discos são também verdadeiros ícones em obras primas. A primeira gravação na casa pertence a Sonny Rollins no dia 03 de Novembro de 1957 com o título "A Night At The Village Vanguard" . Eis os maiores recordistas de gravações no Vanguard: Bill Evans com total de 08 albuns, Art Pepper com 04 albuns e Kenny Burrell com 04 albuns. A verdade é que praticamente todos os grandes nomes do jazz encontraram neste clube o palco ideal para os seus registos ao vivo, graça a acústica do local incluindo entre outros: Art Blakey & The Jazz Messengers, Betty Carter, Cannonball Adderley, Thad Jones & Mel Lewis, Dizzy Gillespie, Keith Jarrett, Elvin Jones, Hank Jones, Woody Shaw, Phil Woods, Mal Waldron, Tommy Flanagan, Bobby Hutcherson, J.J. Johnson, Dexter Gordon, Joe Lovano, McCoy Tyner e mais recentemente Benny Green, Brad Mehldau, Wynton Marsalis e Jason Moran. Que outro clube que não o Vanguard pode ou poderá um dia rivalizar em qualidade e quantidade com esta impressionante antologia quintessência do jazz? O Village Vanguard esta situado na 178-7th Avenue South NYC com concertos às 21h00 e 23h00 com entrada em média: 30 Dólares. Endereço 
Dica: Livro - Ao Vivo no Village Vanguard ( Max Gordon Ed. Cosac Naify) Recomendo.

Faixas: 
01 - India 
02 - Greensleeves 
03 - Miles´ Mode 
04 - India 
05 - Spiritual 

 Músicos: 
John Coltrane - Sax. Tenor & Soprano 
Eric Dolphy - Sax Alto & Clarinete 
Garvin Bushell - Oboé 
Ahmed Abdul-Malik - Oud Turkish 
McCoy Tyner - Piano 
Jimmy Garrison - Baixo Acústico 
Reggie Workman - Baixo Acústico 
Elvin Jones - Bateria 

Download Here - Click Aqui Parte IV 
Boa audição - Namastê

sábado, 11 de fevereiro de 2023

1961 - The Complete Village Vanguard - John Coltrane Parte III

O pai do Vanguard nada tinha porém a ver com o jazz e muito menos com o seu berço os Estados Unidos. O fundador do Village Vanguard é oriundo da Lituânia perto de Vilna por estranho que pareça ou talvez não com data de nascimento 1903 com cinco anos antes da sua família emigrar para os E.U.A. atraída pelo sonho americano. Criado em Portland - Oregon no seio de uma família com pouco recurso económicos, o jovem Gordon teve de estudar e trabalhar vendendo jornais nas ruas desta cidade até ao dia em que concluiu os seus estudos de literatura no Reed College. Impelido pelos pais de frequentar o curso de direito Gordon chegou à cidade que nunca dorme no ano de 1926 mas seis semanas depois o curso era já um sonho e os seus dias eram passados em Greenwich Village. Até à fundação do Vanguard Gordon acumulou vários empregos incluindo: revisão ortográfica de cartas numa loja e a redação de artigos para uma pequena revista de negócios. A entrada no universo dos clubes aconteceria em 1932 em resultado de um encontro ocasional com uma empregada de um clube nova iorquino que insatisfeita com o seu emprego lhe propôs a abertura conjunta de um clube. Assim nascia o Fair em plena lei seca encerrado pouco tempo depois na sequência de uma acusação forjada de venda de álcool. Falido e desempregado Gordon não estava porém derrotado e aguardava apenas a oportunidade de voltar a ter o seu próprio clube. Em Charles Street Gordon encontrou a cave ideal para o clube que tinha em mente obtendo de um amigo o financiamento necessário para tal empreendimento. Curiosamente, seria este amigo a batizar o futuro clube de Village Vanguard. O clube abriu oficialmente suas portas no dia 26 de Fevereiro de 1934 equipado com mobílias e instrumentos comprados de pessoas endividadas em consequência da forte crise económica da época. As mesas e as cadeiras foram improvisadas com barris proveniente de um antigo restaurante que tinha como chefe de cozinha o português Johnny o qual Gordon contrataria desde logo para tomar conta da cozinha do Village Vanguard. O jazz estava ainda ausente e a estreia artística do clube ocorreu com a declamação voluntária de poemas por parte de alguns célebres poetas presentes na inauguração Como: Maxwell Bodenheim, John Rose Gildea, Joseph Ferdinand Gould. Este "espetáculo" valeu a Gordon ameaça de encerramento pelos tribunais sob a acusação de apresentar entretenimento sem a devida licença... Tal não aconteceria mas a mudança Para novas instalações tornava-se agora imperiosa pela necessidade de situar o clube num espaço com duas saídas e longe de igrejas, sinagogas e escolas. Gordon encontrou esse espaço no número 178 da Sétima Avenida numa cave onde funcionara um antigo speakeay; o mesmo espaço onde o Village Vanguard se mantém desde 1935 até os dias atuais. Durante vários anos o clube serviu sobretudo de tertúlia de poetas mais ou menos residentes mas em 1939 Gordon alcançou grande sucesso com os Revuers - grupo musical formado, entre outros, por Judy Holliday e Betty Comden e com Leonard Bernstein (ele mesmo?) no piano - e passou a ter na audiência celebridades como Fred Astaire. O jazz chegou ao Village Vanguard em 1941. Com a fama alcançada pelos Revuers e a sua consequente partida para outros palcos Gordon necessitava desesperadamente de novas atrações para animar as noites do clube. É neste contexto que um amigo lhe sugere uns tais de Leadbelly e Josh White a que se somaria Pearl Bailey em 1943. Quanto ao jazz começou a aparecer sob a forma de jam-sessions nos anos quarenta e com a presença de músicos como Dizzy Gillespie, Art Tatum, Errol Garner, Nat King Cole, Earl Hines ou Dinah Washington adquiriu maior dimensão no final dos anos cinquenta com o início das gravações ao vivo e a contratação dos grandes jazzmen da época e ganhando realmente expressão a partir dos anos sessenta. "Foi bom ter passado para o jazz no Vanguard. Admito que foi difícil no princípio dos anos sessenta. Os miúdos que ouviam música estavam numa embriaguez de rock'n'roll e eu não tinha experiência no jazz. Depois, no final dos anos sessenta e início dos anos setenta as coisas começaram a acontecer. Comecei a encontrar músicos de jazz, músicos novatos com projetos de futuro como Chick Corrêa, Herbie Hancock, Keith Jarrett e outros" - salienta Gordon. 
Dica: Livro - Ao Vivo no Village Vanguard ( Max Gordon Ed. Cosac Naify) Recomendo.
 
Faixas: 
01 - Chesin´The Trane 
02 - Greensleeves 
03 - Impressions 
04 - Spiritual 
05 - Naima 
06 - Impressions 

Músicos:
John Coltrane - Sax. Tenor & Soprano 
Eric Dolphy - Sax. Alto & Clarinete 
McCoy Tyner - Piano 
Jimmy Garrison - Baixo Acústico 
Reggie Workman - Baixo Acústico 
Elvin Jones - Bateria 

Download Here - Click Aqui parte III 

Boa audição - Namastê.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

1961 - The Complete Village Vanguard - John Coltrane Parte II

O Village Vanguard tornou-se o cenário para o jazz assim como o sol do meio dia é conivente com a lua da meia noite, trazendo estilos inovadores e uma forma encorpada na arte do entreterimento a casa que Max Gordon somou ao longo de sua historia, um legado de verdadeiras obras primas do celeiro do jazz. Pra quem visite o local, já na porta há um toldo vermelho com o nome em letras brancas facilmente reconhecível por qualquer um que tenha um mínimo de intimidade com o jazz. Lá dentro - depois de descer uma escada de 15 degraus - são exatos 123 lugares voltados para um palco tão modesto quanto o histórico do Village. O Village Vanguard que abrigou de John Coltrane a Lenny Bruce, de Miles Davis a Woody Allen e suas piadinhas, de Woody Guthrie ao andarilho Joe Gould, não poderia ser lembrados por nada mais e nada menos que o próprio Max Gordon, seu fundador e - até a sua morte em 1989 - em uma autobiografia de tirar o fôlego " Ao Vivo no Village Vanguard". São paginas de riquíssimos detalhes que valoriza ainda mais os pilares do jazz em sua jornada infinito da musica. O livro recupera através da memória de seu fundador alguns dos momentos mais expressivos do que foi feito musicalmente em Nova York durante mais de cinco décadas. A casa fundada em 1934 é exaltada em 19 textos em que o autor não apenas recupera sua convivência com alguns dos gigantes do jazz como também mapeia a história do show business e da vida cultural nos Estados Unidos desde a década de 1930. O reconhecimento foi infinitamente superior ao que Gordon esperava e o Village Vanguard virou sinônimo de programação de qualidade. Gordon conseguiu se transformar num dos poucos donos de casas noturnas respeitados pelos músicos. Até os de convívio mais difícil - como Charles Mingus e Sonny Rollins - que faziam questão de abrir espaço nas suas agendas para se apresentar no Village Vanguard. E foi da convivência com os músicos que Gordon aperfeiçoou o sentido de improviso. Assim o livro reproduz o climax dos mais de 100 discos gravados no local e ainda conta com o crítico Nat Hentoff na introdução do livro que traz um ensinamento fundamental: "Escrever é sentir um ritmo e depois se deixar levar por ele". Atualmente o Village é comandado pela viúva de Gordon, a sra. Lorraine que continua aberto e mantém o alto nível da programação. A segunda parte de quatro do álbum "The Complete 1961 Village Vanguard Recordings" de John Coltrane, gravado nos dias 01 e 02 de Novembro de 1961 no palco aclamado dessa casa de show, traz um Coltrane mais sutil e intimidador em seu sax e sua banda. A performance do grupo como um todo é impar e concisa. São registros históricos e um verdadeiro achado para os amantes do jazz.
Dica: Livro - Ao Vivo no Village Vanguard ( Max Gordon Ed. Cosac Naify). Recomendo.

 Músicas: 
01 - Brasilia 
02 - Chasin´Another Trane 
03 - India 
04 - Spiritual 
05 - Softly As In a Morning Sunrise 

 Músicos: 
John Coltrane - Sax. Tenor & Soprano 
Eric Dolphy - Sax. Alto & Clarinete 
Garvin Bushell - Oboé 
Ahme Abdul-Malik - Oud Turkish (inst. árabe) 
McCoy Jones - Piano 
Jimmy Garrison - Baixo Acústico 
Reggie Wolman - Baixo Acústico 
Elvin Jones - Bateria 
Roy Haynes - Bateria 

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Boa audição - Namastê.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

1961 - The Complete Village Vanguard - John Coltrane Parte I

Ao vivo no Village Vanguard' é o título de mais de uma centena de albúns de jazz, de John Coltrane, Sonny Rollins, Keith Jarret a Brad Mehldau. Só isso já bastaria para estabelecer a lendária reputação do Vanguard como ao clube se referem dos freqüentadores de uma das mais prestigiadas casas noturnas do mundo. Fundada em 1934 por Max Gordon, a casa nasceu segundo a vocação boêmia e iconoclasta do bairro onde se instalou - o Greenwich Village. O mesmo bairro onde Duchamp e alguns amigos na década de 20, proclamaram a 'República Independente de Washington Square', a poucas quadras do Village. Originalmente dedicada a apresentações de poetas como Max Bodenheim e John Rose Gildea e personagens da vizinhança como o escritor-andarilho Joe Gould, aos poucos a casa foi recebendo artistas de variedades e comediantes como Juddy Holiday e Lenny Bruce. Para que se tenha uma idéia da abrangência do leque de atrações da casa o Vanguard receberia ainda o show psicodélico de Timothy Leary (o guru do LSD) e Dick Alpert com projeções, música e efeitos lisérgicos; bem como apresentações de baladas tradicionais irlandesas e escocesas ao alaúde de Richard Dyer-Bennet. Entrando em cena todos gênios da “música clássica negra” que Max já conhecia por sua já então longa experiência no ramo em duas outras casas: o Blue Angel e Le Directoire. Sua dedicação ao jazz era recompensada por cachês muito abaixo do mercado pelo gênios como Miles Davis e Thelonious Monk que cobravam para tocar no Vanguard. O contexto de sua fundação por parte de seu fundador - um lituano nascido em 1903 e formado em Literatura pelo Reed College – incorpora no Village em pleno período pós-Depressão, fim da Lei Seca, o New Deal e as lutas por direitos civis e empregos nos EUA, um verdadeiro chamariz ao gosto do publico. Artista como Pete Seeger e Woody Guthrie são vedetes nos primeiros anos do Village. "Bem-vindo ao Village Vanguard. Faça silêncio porque o show vai começar e Max Gordon está de olho em você" - dizia o apresentador antes de chamar a atração da noite. O Village Vanguard é a mais antiga catedral do jazz em NYC, completando sete gerações e é um verdadeiro testemunho da história do jazz, do swing ao be-bop, palco para o free e para a fusão e ainda hoje lá tocam os mais promissores talentos das novas gerações. Desde 1957 foram gravados no Village mais de 100 discos ao vivo e mesmo com a morte do seu fundador em 1989 o Vanguard não perdeu a alma nem o ritmo: «Open everyday continua a ser o lema da casa. São mais varios álbuns ao vivo, entre os maiores ícones do Jazz, gravados neste pub Novaiorquino por nome Village Vanguard. Feras como Miles Davis, John Coltrane, Sonny Rollins (o primeiro a gravar ao vivo no palco do Village), Keith Jarret, Brad Mehldau entre outros fizeram do palco do Village, obras primas na esfera jazzística. Situado numa pequena cave da Sétima Avenida no bairro de Greenwich Village, o Vanguard é um dos mais prestigiados clubes de jazz de Nova Iorque e seguramente o mais antigo ainda em atividade. Nat Hentoff, reputado crítico de jazz, salienta que uma casa como esta é um marco para a eternidade: "Os clubes com maior longevidade são aqueles a que vamos mesmo quando não sabemos quem está a tocar lá nessa noite. (...) Ou seja, confiamos que quem quer que seja que gerencie o clube e tenha contratado um artista com classe. Pelo que tenho visto, esse tipo de fé num clube é mais evidente no Village Vanguard do que em qualquer outro que eu jamais tenha conhecido". E pra comemorar esta faceta, colocarei alguns álbuns gravados no Village como tema, começando com John Coltrane-The Complete 1961 Village Vanguard Recordings em 04 albuns sendo esta o primeiro álbum gravado em 01 de Novembro de 1961. 

Dica de livro  - Ao Vivo no Village Vanguard - Max Gordon (Ed. Cosac & Naify; 1ª edição (16 novembro 2006)

 Faixas: 

01 - India 
02 - Chesin´The Trane 
03 - Impressions 
04 - Spiritual 
05 - Miles´Mode 
06 - Naima 

Músicos: 
John Coltrane - Sax. Soprano & Tenor 
Eric Dolphy - Sax. Alto e Clarinete 
Ahmed Abdul-Malik - Oud Turkish  (instrumento. árabe na faixa 1) 
McCoy Tyner - Piano 
Jimmy Garrison - Baixo Acústico
Reggie Workman - Baixo Acústico 
Elvin Jones - Bateria 
 
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Boa audição - Namastê.

sábado, 12 de setembro de 2009

1963 - Iron Man - Eric Dolphy

Iron Man é tão essênciais na discografia de um colecionador que estabelece um ambiente mais consistente no gênero tocado por Eric Dolphy ente outras criação do músico. Mais claro ainda, Iron Man antecipa a execução e deixa uma pintura abstrata ao que é digna de ser comparada a maior obra-prima de Dolphy - Out to Lunch. Faixas com Iron Man, Burning Spear e a mais curta, Mandrake, têm temas bastante aflorados, cheio de marca de amplo intervalo em saltos e sentido lúdico da dissonância. Não há uma estrutura suficiente no balanço fortificado para fazer as suas raízes no hard bop ser perfeitamente clara, uma vez que que o front-chifres de linha explode os temas, deixando uma mudança em um conjunto mais cerebral no modo exploratório. Nomes como : Prince Lasha, Bobby Hutcherson, Richard Davis, J.C. Moses, engrossa o caldo, delineando harmonia dissonantes no ar, ancorando espectralmente o resto do grupo. Os duetos de Dolphy com o baixista Richard Davis, o dobro do tempo presente - no clarinete baixo para "Come Sunday" e na flauta em "Ode To C.P.", são lindas, cheia de pedaços de meditação, conversas entre os dois músicos, ilustrando o comprimento de onda semelhante entre eles. Iron Man divide a maneira como Dolphy toca, cria e interpreta suas notas, pairando uma ligeira presença no tempo a sua apresentação, com coesão clássica em qualquer forma e constituem alguns dos trabalhos mais brilhantes do início da carreira deste músico invejável na historia do jazz. Um autêntico trabalho e uma leitura sinora de tirar o folego. Gravado nos dias 01 e 04 de Julho de 1963 para o Selo Douglas International SD 755 e produção de Alan Douglas.

Iron Man

Faixas:
01 - Iron Man
02 - Mandrake
03 - Come Sunday
04 - Burning Spear
05 - Ode To C.P. (Byard)

Músicos:
Eric Dolphy - Sax. Alto, Clarinete & Flauta
Eddie Kahn - Baixo acústico (Iron Man)
Richard Davis - Baixo acústico
J.C. Moses - Bateria
Prince Lasha - Flauta
Huey Simons - Sax. Alto
Clifford Jordan - Sax. Soprano
Woody Shaw - Trompete
Bobby Hutcherson - Vibrafone

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Boa audição - Namastê.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

1964 - Last Date - Eric Dolphy

O saxofonista, flautista e clarinetista Eric Allan Dolphy (Los Angeles, California, 20 de Junho de 1928 – Berlim, 29 de Junho de 1964) ou simplesmente Eric Dolphy teve uma carreira breve, mas bastante intensa. Dolphy gravou com músicos de primeira linha como Ornette Coleman, Charles Mingus e John Coltrane, bem como entre outros, deixando seu nome associado à história do free jazz, um embrião formado nas raizes do bebop, cool e seguimentado em fraseados de pouca logica. No ano de 1964 excursionou com Mingus na Europa onde tocou e gravou com diversos músicos. Bandleader, Composer e Sideman, Dolphy tocava saxofone alto, flauta e clarone e o primeiro claronista a dar dimensão jazzística como solista no jazz, além de ser um dos flautistas mais significantes nesse estilo. Em todos esses instrumentos era um impecável improvisador, chegando a mergulhar na latente de um impossivel movimento de notas. Seu estilo de improvisação era característico por uma torrente de idéias, utilizando amplos saltos intervalares e abusando das doze notas da escala. Em suas primeiras gravações, tocou ocasionalmente um clarinete soprano tradicional em Si bemol. Além disso, era comum que usasse efeitos sugerindo sons de animais. Embora o trabalho de Dolphy seja às vezes classificado como free jazz, suas composições e solos possuem uma lógica diferente da maior parte dos músicos de free jazz. Depois doálbum Out to Lunch e uma aparição no Point of Departure do músico Andrew Hill, Dolphy deixou de excursionar pela Europa com o sexteto de Charles Mingus no início de 1964. A partir daí a intenção de fixar-se na Europa com sua noiva, que trabalhava com ballet em Paris se tornou uma necessidade. Depois de deixar Mingus, tocou e gravou com várias bandas européias e se preparava para juntar-se a Albert Ayler para uma gravação. Na tarde de 18 de Junho de 1964, Dolphy caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros que não sabiam que ele era diabético e diagnosticado como overdose (como acontecia a muitos jazzistas) deixaram num leito até que se passasse o efeito das "drogas". Uma das notas da coleção de nove discos da Prestige relata que ele "caiu em seu quarto de hotel e foi levado ao hospital, onde foi diagnosticado um Coma diabético. Após a administração de insulina (aparentemente um tipo mais forte do que o disponível nos Estados Unidos), passando à hipoglicemia extrema e morreu". Era, todavia, indubitavelmente um vanguardista. Logo após sua morte, sua música era descrita como "demasiado 'out' para ser 'in' e demasiado 'in' para ser 'out'". Last Date traz o registro de um dos últimos momentos de Dolphy- um show realizado em 02 de junho de 1964 na Holanda, no qual ele é acompanhado por músicos europeus. Excelente show e qualidade de gravação.

Faixas:
01 - Epistrophy
02 - South Street Exit
03 - The Madrig Speaks, The Panther Walks
04 - Hypochristmutreefuzz
05 - You Don't Know What Love Is
06 - Miss Ann

Músicos:
Eric Dolphy - Sax. Alto,Flauta & Clarinete Base
Misja Mengelberg - Piano
Jacques Shols - Baixo Acustico
Han Bennink - Bateria

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Boa audição - Namastê.

Eric Allan Dolphy (1928-1964)

Eric Dolphy and the Misha Mengelberg Trio
at the VARA studio in Hilversum ( 2nd of June, 1964)
Fotografado por: Al next.

Eric Allan Dolphy (1928-1964)

Eric Dolphy e John Coltrane - 1961
The Village Vanguard
Fotografado Por: Herb Snitzer

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

1961 - Where - Ron Carter With Eric Dolphy and Mal Waldron

Quando o crítico da revista Downbeat, Don McMichael classificou "Out To Lunch" com cinco estrelas, escreveu: "Este musico será o jazzman mais premiado da próxima década", estava assinando um dejavu de estrea do saxofonista, flautista e clarinetista, Eric Allan Dolphy ou mais conhecido Eric Dolphy, musico predestinado a ser uns dos criadores e fundamentalista de estilo da chamada corrente dominante do jazz com forte estética ao free. O album em questão era "Outward Bound" com forte raiz no estilo do bop, gravado em 1960, pelo selo Prestige, onde Eric fazia sua estreia nos rool dos lideres de jazz. Don McMichael esta certo e so um item ficou de fora desta visão futurista: Dolphy foi além disto. Apesar do seu estilo ter sido criticado como anti-jazz, a modernidade da sua obra é unica e indiscutível. As inovações por ele introduzida no jazz é tão fundamental como as de Charlie Parker ou John Coltrane. O lirismo da sua flauta no contraste do radicalismo de sua clarinete, o seu discurso no sax. alto era impetuoso, suas composições dissonantes e bizarras, formando estruturas para o desenvolvimento do jazz até aos dias conteporanios. Passava grande parte da sua vida nos estúdios de gravação, onde participou em muitas sessões lideradas pelos grandes músicos, como: Max Roach, Ted Curson, Ron Carter, Mal Waldron, Pony Poindexter, Benny Golson, Gary McFarland, Andrew Hill, Gil Evans, Ken McIntyre e é claro, John Coltrane. Foi em seu apartamento que Dolphy começa a tocar e a partilhar ideias com o seu então amigo Coltrane, que havia convida a trabalhar na sua primeira gravação para a então recém criada editora Impulse, tendo a seu cargo a orquestração e a direção de orquestra. O resultado tem significativa no paralelo discografico de Coltrane, chamado: "Africa/ Brass Sessions" apresenta com o célebre quarteto mais 14 músicos, transmitindo a experiência única de sentir o modalismo livre do quarteto, invadido por sutis arranjos orquestrais. Coltrane decide convidar Eric para as gravações de Olé Coltrane, que, em certa medida, segue os passos musicais já experimentados no album interior, mas desta feita sem orquestra. Dolphy passa a integrar o grupo de Trane e sua colaboração entre ambos tem o seu ponto alto nas gravações feitas em 1961 no mítico e lendario album: "Village Vanguard" em Nova Iorque. Apesar das frequentes colaborações, Dolphy continuava a gravar como líder. Para a história ,ficam as gravações feitas no Five Spot, editadas em dois volumes, onde a banda de Dolphy tinha alguns dos músicos mais criativos desta época, Booker Little, o trompetista de forte tendencias, Mal Waldron, pianista jurassico na historia do jazz, Richard Davis, contrabaixista e o baterista Ed Blackwell, que arquitetou a transição do futuro do jazz sem esquecer a tradição. A preocupação melódica, o fraseado e a estrutura interna dos solos são uma constancia na carreira de Dolphy, isto sem deixar a complexidade criativa das suas composições. É durante este processo criativo que nasce a obran prima "Out To Lunch", inteiramente preenchida com composições soberbas e originais, tocadas de forma espontânea e livre. Se a perfeição existe, ela está presente neste registro, obra inquietante, arriscada e demasiada inovação para a época. Hoje Dolphy é considerado pelo conhecedores de jazz um marco em relação às suas distintas performa-se instrumentais: vibrações líricas da flauta, vôos do sax-alto e os rompantes do clarinete. A sua propensão por buscar adiante novas idéias harmônicas o colocaram numa linha virtuosa entre consonância e dissonância. Enquanto Dolphy caminhava para ser uma figura decisiva nesse começo dos anos 60, o bebop passava por inovações e se desenvolvia para formas mais livres. Sua morte prematura aos 36 anos, devido às complicações causadas pela diabetes em 29 de Junho de 1964, poê fim a uma carreira brilhante e promissora. "Where?" surgiu em 20 de Junho de 1961, na companhia de baixista Ron Carter (04-05-1937) e do pianista Mal Waldron (Malcolm Earl Waldron - 16-08-1925 # 02-12-2002 ) em uma sessão prostraumatica dos musicos em suas carreiras como sidemam. Carter, dono de uma vasta cultura musical, trabalhou dentro de variados estilos musicais: jazz-rock, experimentos em música erudita de câmara, jazz mainstream, música de influência brasileira. Já Mal Waldron é conciderado um inovador pianista, compositor de jazz e world music, tocando com feras como: John Coltrane, Eric Dolphy, Clifford Jordânia, Booker Little, Steve Lacy e Jackie McLean. Habilidoso em suas composições, criou musica pra cinema, teatro e dança com forte tematica de jazz e inovação de estilo e harmonia. Faleceu com 77 anos, vitima de câncer no intestino. Waldron foi o último pianista a tocacou com a cantora Billie Holiday, no final dos anos 50. Item de coleção, Where? traduz uma dinamica de fazer jazz. Relançado em 01 de Abril de 2008. Produção de Rudy Van Gelder (1960, New Jazz, NJLP 8236).

Faixas:
01 - Rally
02 - Bass Duet
03 - Softly, As In a Morning Sunrise Lyrics
04 - Where?
05 - Yes, Indeed
06 - Saucer Eyes

Musicos:
Ron Carter - Violoncelo & Baixo Acustico
Eric Dolphy - Sax. Alto, Flauta & Clarenete
Mal Waldron - Piano
George Duvivier - Baixo Acustico

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Boa audição - Namastê.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

1962 - Gaslight - Eric Dolphy & Herbie Hancock

Eric Allan Dolphy (Los Angeles, California, 20 de Junho de 1928 – Berlim, 29 de Junho de 1964) foi um músico de jazz estadunidense. Tocava saxofone alto, flauta e clarone. Dolphy foi um dos vários saxofonistas de jazz de grande peso que se tornaram conhecidos na década de 1960. Foi também o primeiro claronista importante como solista no jazz, além de ser dos flautistas mais significantes nesse estilo. Em todos esses instrumentos era um impecável improvisador. Nas primeiras gravações, ele tocava ocasionalmente um clarinete soprano tradicional em Si bemol. Seu estilo de improvisação era característico por uma torrente de idéias, utilizando amplos saltos intervalares e abusando das doze notas da escala. Além disso, era comum que usasse efeitos sugerindo sons de animais. Embora o trabalho de Dolphy seja às vezes classificado como free jazz, suas composições e solos possuem uma lógica diferente da maior parte dos músicos de free jazz. Era, todavia, indubitavelmente, um vanguardista. Logo após sua morte, sua música era descrita como "demasiado 'out' para ser 'in' e demasiado 'in' para ser 'out'".
Dolphy nasceu em Los Angeles e foi educado no Los Angeles City College. Manteve uma carreira regional por muitos anos, participando, sobretudo, de big-bands de be-bop lideradas por Gerald Wilson e Roy Porter. Dolphy deu finalmente uma guinada em sua carreira ao integrar o quinteto de Chico Hamilton, com Hamilton ele se tornou conhecido de um público maior e teve a oportunidade de rodar os Estados Unidos em 1958, quando se separou de Hamilton e mudou para Nova Iorque. Ao chegar em Nova Iorque, firmou rapidamente diversas parcerias musicais. As duas mais importantes foram com as "lendas" do jazz Charles Mingus e John Coltrane. Sua colaboração formal com Coltrane foi pequena (menos de um ano, entre 1961 e 1962), a associação com Mingus continuou de 1959 até a morte de Dolphy, em 1964. Dolphy era muito querido por ambos os músicos - Coltrane achava-o o único que poderia ser comparado ao próprio Coltrane e Mingus considerava Dolphy seu mais talentoso intérprete. Coltrane havia ganhado audiência e notoriedade no quinteto de Miles Davis. Embora os quintetos de Coltrane com Dolphy (incluindo Village Vanguard e Africa/Brass sessions) sejam hoje lendários, eles levaram a revista Down Beat a classificar a música de Coltrane e Dolphy como "anti-jazz". Mais tarde, Coltrane afirmou, sobre essas críticas: "elas fizeram parecer que nós não sabíamos nem ao menos o mínimo sobre música (...) dói em mim ser atingido dessa forma". A carreira de Dolphy em estúdio começou na gravadora Prestige. Sua associação com a Prestige estendeu-se de Abril de 1960 a Setembro de 1961, somando 13 álbuns, se computadas as atuações em discos de outros músicos. A Prestige lançou posteriormente uma caixa com nove CDs com todas as gravações de Dolphy no selo. Os dois primeiros discos de Dolphy foram Outward Bound e Out There. O primeiro é mais acessível e enraizado no estilo do bop, mas já oferece performances ousadas, o que, no mínimo em parte, contribuiu com a escolha de incluir a palavra out (fora) no título. Out There está mais próximo da música third stream, que também faria parte do legado de Dolphy, e com reminescências ainda da instrumentação do grupo de Hamilton com Ron Carter no violoncelo. Far Cry também foi gravado para Prestige em 1960 e representa sua primeira parceria com o trompetista Booker Little. A música erudita do século XX também desempenhou um importante papel na carreira musical de Dolphy, que tocou e gravou a peça Density 21.5 , de Edgard Varèse, para flauta solo, além de outras obras clássicas, tendo participado fortemente do "Third Stream" nos anos 1960. Em 1964, Dolphy assinou com a lendária gravadora Blue Note e gravou o disco Out to Lunch - novamente, a gravadora insistiu em usar a palavra "out" (fora) no título. Esse álbum era profundamente enraizado na vanguarda e os solos de Dolphy eram tão dissonantes e imprevisíveis como tudo o que ele gravava. Out to Lunch é frequentemente tido como não só o melhor álbum de Dolphy, mas também um dos maiores discos de jazz já feitos. Depois de Out to Lunch e uma aparição no álbum Point of Departure, de Andrew Hill, Dolphy deixou de excursionar pela Europa com o sexteto de Charles Mingus no início de 1964. A partir daí, tinha a intenção de fixar-se na Europa com sua noiva, que trabalhava com ballet em Paris. Depois de deixar Mingus, tocou e gravou com várias bandas européias e se preparava para juntar-se a Albert Ayler para uma gravação. Na tarde de 18 de Junho de 1964, Dolphy caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros do hospital, que não sabiam que ele era diabético, pensaram que ele (como acontecia a muitos jazzistas) havia tido uma overdose, deixaram-no, então, num leito até que as passasse o efeito das "drogas". Uma das notas da coleção de nove discos da Prestige diz que ele "caiu em seu quarto de hotel e foi levado ao hospital, onde foi diagnosticado um coma diabético. Após a administração de insulina (aparentemente um tipo mais forte do que o disponível nos Estados Unidos), passando à hipoglicemia extrema e morreu". A presença musical de Dolphy foi profundamnte marcante para um "quem é quem" na cena dos jovens músicos, entre os quais muitos viriam a se tornar lendas por eles mesmos. Dolphy trabalhou intermitentemente com Ron Carter e Freddie Hubbard ao longo de sua carreira e nos últimos anos contratou Herbie Hancock, Bobby Hutcherson e Woody Shaw várias vezes para tocar em sua banda em estúdio e ao vivo. Out to Lunc contou ainda com outra jovem fera que acabara de começar a tragalhar com Dolphy: o baterista Tony Williams. Carter, Hancock e Williams continuariam sendo a quintessência das "cozinhas" da vanguarda da década, juntos ou em seus álbuns pessoais, além de terem formado a espinha dorsal do segundo grande quinteto de Miles Davis. Essa parte do segundo grande quinteto é uma irônica nota de rodapé para Davis, que não apreciava a música de Dolphy mas herdou uma "cozinha" inteira que trabalhara com Dolphy e criou uma banda cuja marca de "out" era muito semelhante à de Dolphy. Além disso, seu trabalho com o produtor Alan Douglas permitiu que a marca singular da expressão musical de Dolphy se espalhasse postumamente até os ambientes de Fusion e Rock, mais notavelmente em John McLaughlin e Jimi Hendrix. Frank Zappa, artista eclético que buscou inspiração também no jazz, fez um tributo ao estilu de Dolphy no instrumental "The Eric Dolphy Memorial Barbecue." Dolphy gravou com varios musicos com: Chico Hamilton, Charles Mingus, Ornette Coleman, Oliver Nelson, Makanda Ken McIntyre, George Russell, Max Roach. John Lewis e John Coltrane nos famosos albuns: 1961- Olé Coltrane, Africa/Brass e Live at the Village Vanguard e 1963 - Impressions (One Track, "India"). Um dos mais interessantes grupos de trabalho que Eric Dolphy reunido nesta performance ao vivo e gravado em Nova Iorque em 1962, apresenta um esquadrão incomuns de sidemen - incluindo Herbie Hancock - piano, Ed Blindados - trompete, Edgar Bateman - bateria, e Richard Davis - baixo, traduz uma qualidade de gravação definida e de boa colocação ao vivo em sentir forte introsamento nas linhas de conjunto e solo muito incomum que torna o álbum uma parte essencial do entendimento na carreira dos sideman hardbop. Eric toca Sax. alto e clarinete baixo nas faixas "245", "GW", "Left Alone", e "Miss Ann". Nota: O album Gaslight foi gravado no lendário clube Gaslight em Nova York mas faz referencia ao filme do mesmo nome (Gaslight - À meia luz), um suspense 44, dirigido por George Cukor com base na peça teatral de Patrick Hamilton. A data desta gravação é de 10 de julho de 1962 mas o lançamento oficial só foi liberado em outubro de 1962 por burocracia da gravadora.

Faixas:
01 - Miss Ann
02 - Left Alone
03 - G.W
04 - I Got Rhythm
05 - 245

Músicos:
Eric Dolphy - Sax alto, Flauta, Clarinete e Baixo
Ed Armour - Trompete
Herbie Hancock - Piano
Richard Davis - Baixo Acustico
Edgar Bateman - Bateria
Joe Carrol - Vocal (faixa 04)

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Boa audição - Namastê