terça-feira, 4 de outubro de 2022

# 083 - Sarah Vaughan - Vaughan And Violins (1958)

Artista: Sarah Vaughan

Álbum: Jazz in Paris 083

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Vocal, Ballad, Easy Listenin

Sarah Vaughan, juntamente com Ella Fitzgerald, ajudou a elevar o papel da vocalista ao mesmo nível de importância do instrumentista de jazz. Seus primeiros sucessos e uma série de duetos com Billy Eckstine na década de 40 fizeram dela uma das maiores cantoras de jazz durante quase meio século. Possuindo uma perfeita afinação ela cantava com sofisticação a mais desafiadora e complicada harmonia. O sucesso inicial foi atingido com uma mistura de músicas originais de jazz e o melhor da música do ‘Tin Pan Alley’, nome dado aos compositores que se concentravam em New York e que dominavam a música popular dos EUA no século 19 e início do século 20, músicas como ‘Body and Soul’ e ‘Tenderly’. Na década de 50 ela nadou em águas mais comerciais, mas algumas das canções foram descartadas, indignas de seu grande talento. Mesmo assim, em algumas a pirotecnia vocal era evidente, uma exceção foi o seu grande hit ‘Misty’ que ela gravou com a banda de Quincy Jones e com o apoio do brilhante saxofonista Zoot Sims. ‘Misty’ foi a música mais associada à Sarah Vaughan e a mais solicitada pelo público nas apresentações ao vivo, mas nos anos 70, ‘Send in the Clowns’ tornou-se a sua assinatura musical nos encerramentos dos shows. Sarah voltou integralmente à sua força artística nos anos 60, e nos últimos 30 anos de sua carreira ela cantava em clubes de jazz e produziu um notável catálogo musical em vários rótulos. Sua produção foi excelente, mas entre os seus melhores álbuns estão os volumes 1 e 2 de ‘The Duke Ellington Songbook’ que contém versões magníficas. Desde a sua primeira aparição na cena do jazz no início dos anos 1940 até sua morte, a voz de Sarah Vaughan tornou-se um modelo e inspiração para aqueles que querem se aventurar além do simples vocal popular e dominar a arte musical. Sarah Lois Vaughan nasceu em Newark, New Jersey. Aos sete anos estudou piano e aos doze se tornou organista e vocalista solo no coro da igreja. Seu pai era um carpinteiro e um guitarrista amador e sua mãe era lavadeira e vocalista na igreja. Apesar de ser um homem religioso, o pai de Vaughan, passava as noites a tocar blues. Sarah tocava piano e ouvia as gravações de artistas de jazz. Depois de descobrir e se apresentar, cantando e tocando piano, em teatros e clubes locais decidiu atravessar o rio Harlem e passou a freqüentar o ‘Savoy Ballroom’ e o ‘Apollo Theatre’ onde ganhou um concurso amador interpretando ‘Body and Soul’, que tanto impressionou o cantor de jazz Billy Eckstine que persuadiu seu bandleader, Earl Hines, a contratá-la. Pianista talentosa, ao tornar-se membro das bandas de Earl Hines e Billy Eckstine, ela entrou para as fileiras do movimento ‘bebop’, uma das correntes mais influentes do jazz que privilegia os pequenos conjuntos, como os trios, os quartetos e os solistas de grande virtuosismo como ela. Logo formou a sua própria e influenciada por Dizzy Gillespie e Charlie Parker gravou com eles em 1945. Depois de um ano, Sarah começou a sua longa carreira como solista para o resto de sua carreira, alternando entre música popular e jazz trabalhou com pequenas e grandes bandas de jazz e grandes orquestras sinfônicas. Uma mulher conhecida por sua personalidade franca e eloquência artística, carinhosamente era conhecida como ‘Sassy’ e ‘a divina’. Sarah foi casada quatro vezes: com o bandleader George Treadwell, com o jogador de futebol profissional Clyde Atkins, com Marshall Fisher, dono de um restaurante em Las Vegas e com o trompetista de jazz Waymon Reed. Tudo terminou em divórcio. A cantora incansável ainda mantinha uma bela voz, mas nos bastidores, no entanto, os membros da banda começaram a perceber o ritmo lento do seu andar e a falta de ar. Diagnosticada com câncer de pulmão, ela foi submetida a tratamento quimioterápico. Infelizmente, ela morreu em 1990, um ano depois de receber um Grammy por sua obra.

Saxofone Alto – Marcel Hrasko (faixas: 1 a 7)

Saxofone Barítono – Jo Hrasko (faixas: 1 a 7), William Boucaya (faixas: 1 a 7)

Maestro – Quincy Jones

Contrabaixo – Richard Davis 

Bateria – Kansas Field (faixas: 8 a 11), Kenny Clarke (faixas: 1 a 7) ,Roger Paraboschi (faixas: 8 a 11)

Guitarra – Pierre Cullaz (faixas: 1 a 7)

Orquestra – Quincy Jones e sua orquestra

Piano – Maurice Vander (faixas: 8 a 11) , Ronnel Bright

Saxofone Tenor – Zoot Sims (faixas: 1 a 7)

Vibrafone – Michel Hausser (faixas: 1 a 7)

Vocais – Sarah Vaughan


Gravado em Paris em 1958: 7 de julho (1-4), 8 de julho (5-7), 12 de julho (8-11).


Boa audição - Namastê
 

2 comentários:

Cri disse...

Thanks a lot. Merci beaucoup.

Hello, could you please repost from your splendid collection the following: 029? And check 021, please.

Thanks, Grazie, Muchas gracias, Danke.

Borboletas de Jade disse...

Saudações e uma vez mais grato pelo apreço e carinho pelas postagens. Links corrigidos e prontos para serem apreciados sem moderação. Abraço