Artista: Rhoda Scott
Álbum: Jazz in Paris 063
Lançamento: 2001
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Hard Bop, Soul-Jazz, Jazz-Funk
O órgão Hammond é um órgão eletromecânico desenvolvido e construído por Laurens Hammond e John M. Hanert em 1935. Enquanto originalmente vendido para igrejas como uma alternativa de baixo custo ao órgão de tubos, acabou sendo usado para o jazz e o blues e então para uma extensão do rhythm and blues, rock e reggae, sendo um instrumento importante no rock progressivo sem esquecer a música gospel e a música sacra. Em janeiro de 1934 Laurens Hammond, um inventor e engenheiro dos Estados Unidos, patenteou um novo tipo de instrumento musical elétrico. A invenção foi revelada ao público em abril do ano seguinte, e o primeiro modelo (modelo A) foi disponibilizado em junho do mesmo ano. Vários outros modelos foram produzidos pelos próximos vinte anos, mas nenhum foi mais conhecido ou usado que os modelos de 1955: B-3 e C-3. Junto com o A-100, produzido em 1959, esse trio de órgãos compartilhavam uma mecânica similar de produção de som. Ao final dos anos 80 a companhia foi comprada pela japonesa Suzuki e revigorada com o lançamento de órgãos portáteis e novos modelos com a tecnologia de tonewheel digital. Laurens Hammond visava que seus órgãos substituíssem os órgãos de tubos e o piano para residências de classe média e para uso em estações de rádio e estúdios de gravação. Nos primeiros anos de produção foi isso que aconteceu, mas na década de 1950 músicos de jazz como Jimmy Smith, Buddy Cole, Earl Grant e Rhoda Scott começaram a usar o som distinto do instrumento. Na década de 1960 o Hammond tornou-se popular entre grupos de pop. Ele foi parte relevante do som inovador das bandas de rock Deep Purple, Procol Harum e Uriah Heep no início da década de 1970, quando teve seu ápice de popularidade, até a proliferação dos sintetizadores, em especial os polifônicos. Uma versátil intérprete recente em Hammond é a organista alemã Barbara Dennerlein, com seu excepcional uso da pedaleira em suas interpretações. No Brasil, alguns artistas utilizaram o instrumento,, Walter Wanderley, que explorou a pluralidade do instrumento dentro de um fraseado do samba e Ed Lincoln, numa linha parecida, mas com voz própria em um ritmo dançante. Outros intérpretes e admiradores do instrumento, como Djalma Ferreira, versátil músico titular da extinta Boite Drink, no Rio de Janeiro, Lafayette Coelho Varges Limp, falecido em março de 2021, inovou quanto ao uso do instrumento no iê-iê-iê e na chamada Jovem Guarda, Chuca-Chuca e Steve Bernard com seus conjuntos de baile e o escritor Gustavo Corção, apreciador de música sacra, podem também ser citados.
Bateria – Cornelius 'Cees' Kranenburg
Flauta, Saxofone Tenor – Joe Thomas
Órgão, Vocais – Rhoda Scott
Gravado em 11 de outubro de 1971 no Olympia, Paris
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