terça-feira, 13 de setembro de 2022

# 074 - Alain Goraguer - Go-Go-Goraguer (1956)

Artista: Alain Goraguer

Álbum: Jazz in Paris 074

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Easy Listening

O uso de outros instrumentos, como instrumentos de sopro de metal ou madeira, na qualidade de instrumentos de acompanhamento é geralmente limitado a uns poucos “riffs“, ou fraseados repetidos. Esse tipo de acompanhamento é bem usado em bandas de blues. Geralmente um dos sopros toca uma linha simples baseada na escala de blues, e outros a repetem. As formas de free jazz permitem um acompanhamento menos estruturado. Se você ouvir os discos Free Jazz, de Ornette Coleman, ou Ascension, de John Coltrane, notará que os sopros que não estão solando ficam livres para tocar qualquer figura de fundo que queiram. O resultado é geralmente cacófono, mas se esse for o efeito desejado, então não é ruim por si só. Na outra ponta desse espectro estão arranjos de big bands, que frequentemente têm intricados fundos de sopros escritos para os solos. Arranjar para seções de sopros é similar a acompanhar no piano, no sentido de que as partes geralmente formam aberturas de acordes e são usadas numa maneira ritmicamente interessante. As partes são geralmente mais suaves e mais melódicas do que um típico acompanhamento de piano, entretanto, tanto porque a parte do piano é geralmente improvisada, enquanto o arranjo de sopros pode ser planejado com antecedência, como porque é mais fácil para uma seção de sopros tocar linhas melódicas distribuídas em acordes do que para um pianista. Arranjos para a seção de sopros geralmente enfatizam a articulação, ou variações no ataque e na dinâmica, mais do que o piano normalmente é capaz. Entre os artifícios usados geralmente em arranjos para a seção de sopros estão o uso de sforzando, ou notas de volume repentino; alternar passagens de staccatos, ou notas curtas, e legatos, ou notas longas; “bent notes“, ou notas em que o músico muda brevemente a altura da nota quando está tocando, e “falloffs“, ou notas em que o músico rapidamente reduz a altura da nota, às vezes em uma oitava ou mais, geralmente para encerrar uma frase. Você não precisa tocar numa big band ou ser um arranjador experiente para usar o acompanhamento de uma seção de sopros. Frequentemente dois ou três instrumentos de sopro são suficientes para tocar figuras de fundo interessantes. A maioria dos mesmos princípios usados na abertura de acordes para o piano pode ser usada em aberturas para a seção de sopros. Aberturas drop funcionam especialmente bem. Quando há somente dois instrumentos de sopro, linhas que caminham em terças paralelas geralmente funcionam bem. Ouça The Birth Of The Cool, de Miles Davis, ou qualquer dos discos de Art Blakey with the Jazz Messengers, para ter ideias de como se pode arranjar para grupos relativamente pequenos. O livro Arranging And Composing, de David Baker, também pode dar ideias para você começar.

Contrabaixo – Paul Rovère

Bateria – Christian Garros

Piano – Alain Goraguer

Gravado em 1956 em Paris.


Boa audição - Namastê

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