Muitas
cantoras de Jazz são reconhecidas apenas pelo primeiro nome. Ella é
reconhecida como a melhor de todas. Abençoada com uma amplitude
vocal ímpar, entonação clara, dicção perfeita e dona de um
delicioso improviso vocal – seus famosos SCATS –, Ella Fitzgerald
se transformou em uma das cantoras de Jazz mais amadas de todos os
tempos, adorada por músicos, críticos e públicos. Um dínamo
musical capaz de absorve tudo o que ouvia e de transformar esse
aprendizado em desempenhos memoráveis no palco e no estúdio. Foi
assim desde as primeiras gravações ao lado de Louis Armstrong,
passando pelos registros do Scat-singing de Leo Watson, até a
mimetização do estilo de vários instrumentistas. Não por acaso o
nome de Ella invariavelmente é acompanhado do epíteto “a
primeira-dama do Jazz”. Ella Jane Fitzgerald nasceu em 25 de Abril
de 1917 em Newport News, Virgínia, Estados Unidos, filha de
Temperance e William Fitzgerald. A mãe, conhecida como Tempie, logo
encontrou um novo amor: Joseph da Silva, um imigrante português. A
família se mudou para Yonkers, no estado de Nova York e em 1923,
Frances, meia irmã de Ella nasceu. Garotinha, Ella já gostava de
cantar e dançar. A igreja teve um papel fundamental em seu apreço
pela música. Ella adorava a voz da cantora Connee Boswell, do grupo
The Boswell Sisters, que ouvia incessantemente em um disco que a mãe
comprara. Logo demonstrou talento para a imitação, descobrindo como
soar como as Boswells e também cantar no estilo do grupo canções
que nem se quer haviam gravado. Antes de chegar á adolescência,
Ella já apresentava hits para os colegas como forma de conquistar
amigos, considerando que era “sem graça” e grandona para a
idade. Ella queria ser dançaria e conseguiu para Nova York como um
amigo, Charles Gulliver, a fim de se apresentar em pequenos clubes em
troca de qualquer dinheiro. Seu mundo sofreu um abalo com a morte
repentina da mãe, vitima de um ataque cardíaco aos 38 anos. Ella
continuou dançando em clubes e acabou se afastando do padrasto, que
tentava mantê-la em casa. Finalmente, a irmã de Tempie, que morava
no Harlem, insistiu em levar Ella para sua casa. A morte do padrasto
também vítima de um ataque cardíaco não muito tempo de Tempie,
fez com que Virgínia adotasse Frances. A vida em família não era
fácil. Ella competia com a meia-irmã e a prima, Georgina pela
atenção da tia. Nessa época abandonou a escola. Ganhava dinheiro
com apontadora de jogos ilegais e trabalhava como vigia de
prostíbulos. Presa, foi enviada para um reformatório de onde fugiu
em 1934. Impedida de voltar pra casa da tia, pois seria presa
novamente, acabou morando na rua. Mas nunca desistiu de entrar para o
show business. Resolveu tentar a sorte como dançaria numa seleção
para o Wednesday Amateur Night, no Apollo, evento que garantia aos
escolhidos uma semana de apresentações. No ensaio, intimidada pela
habilidade dos concorrentes, decidiu trocar a dança pela música.
Cantou duas canções: The Object of My Affection e Judy, aplaudidas
pela audiência e lhe garantiu o primeiro lugar no concurso, ao mesmo
tempo que causaram boa impressão ao bandleader Benny Carter, cuja
orquestra se apresentava naquela mesma noite. Apesar disso suas
roupas surradas espantaram muitas oportunidades de trabalho. Ella por
exemplo, nunca recebeu o prêmio do Wednesday Amateur Night. O
encontro com o bandleader Fletcher Hendersoon, promovido por Carter,
também não deu em nada. (inserto: Ella Fitzgerald, Ken Dryden, - jornalista e critico musical)
Boa leitura - Namastê
Um comentário:
Eu gosto d'Ella! Abraço!
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