terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Jazz In Paris - 50 Reasons To Love Paris (3 CD)

Artista: VA

Álbum: 50 Reasons To Love Paris (3 CD)

Lançamento: 2007

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: OST, Bebop, Hard bop 


Gênero musical marcado pelos improvisos e virtuosismo dos instrumentistas, o jazz surgiu nos Estados Unidos, mas logo conquistou o mundo. Trata-se de um estilo que, de tão rico e diverso, não é fácil de ser conceituado. Afinal, o jazz se desdobrou em muitos subgêneros, cada um com sonoridades bastante peculiares. E também influenciou a criação de outros estilos. Apesar disso, há características em comum em todo esse mosaico jazzístico. A cidade de Nova Orleans, no Estado de Louisiana, nos Estados Unidos, é o berço do jazz. Sua raiz remonta às canções produzidas pelos escravos negros trazidos da África, que tinham na música uma válvula de escape diante do sofrimento oriundo da situação de escravidão. Os cânticos eram entoados durante os trabalhos forçados nas plantações, muitas vezes seguindo um padrão de “pergunta e resposta”. Inclusive, a chamada blue note, presente tanto no jazz quanto no blues, originou-se a partir dessa proposta musical e rítmica de matriz africana. É interessante notar que a blue note não integra uma escala diatônica comum. Traz uma afinação diferenciada, podendo estar no terceiro, quinto ou sétimo grau da escala. Quando tocada, transmite uma sensação de lamento e melancolia. O blues, principalmente, sempre teve essa característica de forma emblemática, mas logo o jazz também incorporou essa vertente em suas peças musicais. A música entoada e composta no período da escravidão, que trazia a influência africana, logo se misturou às vertentes culturais americana e europeia. Essa miscelânea resultou no florescimento de diversos ritmos, principalmente após a abolição da escravatura, ocorrida em 1863. Destaque para o ragtime, surgido no final do século XIX e que está diretamente ligado à origem do jazz. Desenvolvido por comunidades afro-americanas, o ragtime rapidamente popularizou-se em bailes. Seu precursor foi William Krell, com a composição “Mississippi Rag”, mas foi o pianista Scott Joplin quem realmente consagrou o estilo. Ele é autor de obras famosas mundialmente nesse gênero, como “Maple Leaf Rag”, de 1899, e “The Entertainer”, de 1902. Na época, Joplin ensinava que o segredo para se tocar bem o ragtime no piano era pegar o “swing”. Esse termo virou posteriormente o primeiro subgênero do jazz, dominando o cenário musical americano nos anos 30 e 40. No final dos anos 40, as big bands já não tinham mais tanto apelo popular. O jazz seguiu caminhos bastante diversificados, trazendo outros subgêneros. Porém, características tipicamente jazzistas permaneceram, como o improviso, o virtuosismo dos músicos e a liberdade de interpretação. E esses três aspectos foram ainda mais explorados no período pós-swing, com ritmos e sonoridades cada vez mais imprevisíveis e menos lineares. O bebop, que tem Charlie Parker e Dizzy Gillespie como alguns de seus principais representantes, é um exemplo disso. O nome do estilo deriva de uma onomatopeia, referente ao som da batida de martelos no metal durante a construção de ferrovias. As melodias no bebop são compostas de muitas notas, executadas com bastante rapidez, exigindo muita habilidade do instrumentista. Em seu streaming de música preferido, experimente escutar “Donna Lee”, um dos maiores clássicos do estilo. Na gravação original está o próprio Charlie Parker no sax alto, acompanhado de Miles Davis no trompete, Bud Powell no piano, Tommy Potter no baixo e Max Roach na bateria. Após o bebop, o cool jazz passou a despontar no cenário musical, trazendo uma proposta mais leve e romântica. O genial Miles Davis também participou dessa fase. Um de seus álbuns mais populares, “Birth of the Cool”, é bastante representativo do estilo. Já a partir do final dos anos 50 o jazz assumiu uma vertente bastante experimental. Uma prova disso é o free jazz, que elevou à máxima potência a liberdade de interpretação dos músicos. John Coltrane e Rashied Ali estão entre os criadores desse movimento jazzístico. Podemos citar, ainda, entre os subgêneros, o jazz fusion que, como o próprio nome diz, propõe uma fusão do jazz com outros gêneros musicais, como o rock e o funk. O jazz latino está entre os precursores dessa tendência, pois apresenta uma mistura bem ajambrada com estilos como salsa e merengue.


 Boa audição - Namastê

Um comentário:

Borboletas de Jade disse...

Boa tarde.
CASO o link apresentar erro e só copiar a URLL do arquivo em outra abra do navegador.