sábado, 14 de maio de 2022

# 033 - Claude Bolling - Plays The Original Piano Greats (1972)

Artista: Claude Bolling

Álbum: Jazz in Paris #33

Lançamento: 2000

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Piano Jazz, Trad Jazz

Renomado pianista, compositor, arranjador, produtor e líder de banda, e ocasionalmente também ator, Claude Bolling foi mestre no ‘trad jazz’, abreviação de ‘tradicional jazz’, um gênero de jazz com origem nas décadas de 50 e 60 em contraste com qualquer estilo mais moderno. Popular no Reino Unido o estilo tinha por base a dixieland e o ragtime, estilos de jazz do início do século 20. Pianista hábil Bolling foi fortemente influenciado por Duke Ellington, Teddy Wilson, Earl Hines e Art Tatum. Ele também insistiu nas apresentações do velho estilo do jazz durante os anos em que os EUA e a Europa estavam sob o domínio da cultura pop de Elvis Presley e os Beatles. A partir de 1975, Bolling criou o seu próprio gênero, um cruzamento de jazz clássico e de câmara, compondo e gravando suites inteiras que contou com vários dos virtuoses mais aclamados do mundo que lhe renderam um fiel seguimento de fãs na Europa. Nascido em Cannes, estudou no conservatório de Nice e posteriormente em Paris. Sua influência do jazz primário foi Duke Ellington. Criança prodígio, aos 14 anos tocava jazz profissionalmente com Lionel Hampton, Roy Eldridge e Kenny Clarke. E o pequeno grupo que montou em 1945 foi inspirado em antigas lendas do jazz de New Orleans como Jelly Roll Morton, King Oliver, Louis Armstrong e Sidney Bechet, bem como nos grupos liderados por Ellington, Johnny Hodges, Rex Stewart, Barney Bigard e Cootie Williams. Essa mistura de interesses colocou-o no mesmo terreno do trombonista Chris Barber. Em 1948 Bolling acompanhou a lendária vocalista de blues Bertha Chippie Hill e posteriormente os trompetistas Roy Eldridge e Cat Anderson, o cornetista Rex Stewart, o saxofonista Paul Gonsalves e o vibrafonista Lionel Hampton. Ele formou a sua própria orquestra, a ‘Show Bizz Band’ em 1955. Seus livros de técnica jazzística mostram que não se aprofundou muito além do bebop no jazz de vanguarda. Entretanto, foi uma figura importante no renascimento do jazz tradicional ocorrido no fim da década de 60, tendo feito grande amizade com Oscar Peterson. Foi compositor em mais de cem filmes, na maioria franceses. Sua primeira trilha sonora foi para um documentário de 1957 sobre o festival de Cannes. Além disso, compôs para os filmes ‘Borsalino’ de 1970 e ‘California Suite’ em 1979. Bolling também é conhecido por uma série de colaborações com músicos eruditos. Sua ‘Suite for Flute and Jazz Piano Trio’, uma mistura de elegância barroca e ritmo moderno, em parceria com Jean-Pierre Rampal, conhecido como o ‘homem da flauta de ouro’ por ser o dono da única flauta de ouro manufaturada pelo célebre fabricante de flautas Louis Lot, foi campeã de vendas durante anos e foi seguida por outras obras do mesmo quilate. Seu trabalho foi particularmente popular nos Estados Unidos, onde esteve por dois anos nas paradas de sucesso, além de constar do Top 40 da Billboard por 530 semanas, isto é, cerca de dez anos. Após o trabalho com Rampal, Bolling trabalhou com vários outros músicos de diferentes gêneros, incluindo o violonista clássico egípcio Alexandre Lagoya; o violinista, violista e maestro israelense Pinchas Zukerman; o trompetista francês Maurice André; o flautista norte-americano Hubert Laws e o violoncelista norte-americano Yo-Yo Ma. Nos anos posteriores, Bolling colaborou com o violinista Stéphane Grappelli e a vocalista Guy Marchand além de prestar tributos a vários outros, como Lionel Hampton, Duke Ellington, Stéphane Grappelli, Django Reinhardt e Oscar Peterson. Há mais de 80 anos, Claude Bolling continua a se apresentar na França em piano solo, ou com o seu trio, o seu quinteto, ou com sua big band. Além disso, é o patrocinador de uma escola de música que tem o seu nome.

Claude Bolling - Piano

Gravado em 1972 no Studio des Dames, Paris.


 Boa audição - Namastê

Um comentário:

Cri disse...

Thanks, Grazie, Muchas gracias, Danke.