sábado, 30 de setembro de 2023

Benny Goodman - The Birth Of Swing (1935-1936)

Artista: Benny Goodman

Álbum: The Birth Of Swing (1935-1936) 3xCD - Compilation

Lançamento: 1991

Selo: BMG Música

Gênero: Swing, Big Band

Como fenômeno da música popular, a era do swing pode ser datada de uma noite, 21 de agosto de 1935, quando a big band de Benny Goodman chegou a uma multidão tumultuada no Palomar Ballroom de Los Angeles, o público jovem inspirado por suas transmissões em uma rádio da Costa Leste. show que já havia sido cancelado. Daria início ao maior período de popularidade já alcançado por um estilo de jazz, e Goodman's foi a banda mais responsável. Todas as gravações RCA de Goodman desse período estão incluídas neste conjunto de três CDs, que contém algumas das canções populares da época, bem como muito jazz inspirado. O clarinete de Goodman gira elegantemente através da música, e as seções de sopros são precisas e suingantes em arranjos de Fletcher, Horace Henderson e Jimmy Mundy. Há momentos eletrizantes da breve estadia de Bunny Berigan na banda. Benny Goodman não inventou o estilo de jazz conhecido como “swing”. Bandas como McKinney's Cotton Pickers, Duke Ellington and His Orchestra, Bennie Moten's Kansas City Orchestra e Fletcher Henderson and His Orchestra vinham tocando forte desde o final dos anos 1920. Até uma banda de swing toda branca, a The Casa Loma Orchestra, já havia impressionado os jovens ouvintes. Mas o título desta coleção de 3 CDs, “Benny Goodman: The Birth of Swing”, está perto de acertar em cheio. Durante 1935 e 1936, anos abrangidos por estas gravações de estúdio, Benny Goodman e a sua orquestra transformaram o swing num fenómeno nacional e o jazz atingiu o seu pico de popularidade na América (nunca mais o jazz seria a música popular do país - uma música bastante popular no país). triste constatação). Talvez não tenha sido o “nascimento” do swing, esses coleção guardam um tesouro da herança musical americana e cada edição aqui, retirada de sessões de estúdio entre abril de 1935 e novembro de 1936, é uma joia em miniatura do jazz swing. A banda Goodman estava avançando nesses anos com uma coleção de grandes músicos (Gene Krupa na bateria, Bunny Berigan no trompete, Jess Stacy no piano, Helen Ward nos vocais) e arranjadores soberbos como Jimmy Mundy e Spud Murphy. Mas foi o arranjador Fletcher Henderson quem deu à banda o estilo suingante do Harlem que a tornou tão distinta e fez os pés dos dançarinos pegarem fogo. Depois de uma passagem popular no programa de rádio "Let's Dance" a banda fez uma turnê cross-country que quase terminou em desastre. Mas esses coleção mostram o quão forte a banda era antes dessa grande virada, com músicas como "The Dixieland Band", "Get Rhythm in Your Feet", "Blue Skies", "Sometimes I'm Happy" e a peça que fez o Palomar Ballroom explodir, "King Porter Stomp". E depois que encontraram o sucesso, Goodman and Company continuou lançando hit após hit: "If I Could Be with You", "It's Been So Long", "Stompin' at the Savoy", "Christopher Columbus" (mais tarde integrado em "Sing , Cante, Cante"), "Swingtime nas Montanhas Rochosas", "Bugle Call Rag" e "Goody Goody". O som é fantástico com poucos ruídos ou estalos, mas também sem técnicas de redução de som que silenciam ou abafam os instrumentos. A clareza está toda aí. Você pode ouvir os impressionantes solos de trompete de Bunny Berigan nas primeiras gravações com tanta nitidez que entenderá por que ele conseguia enlouquecer as multidões. (Infelizmente, ele ficou pouco tempo com a banda.) Essas coleção cobrem apenas um breve período de tempo, então alguns dos maiores sucessos de Goodman gravados depois de 1936, incluindo sua peça mais famosa "Sing, Sing, Sing", não estão aqui. Também está faltando o lendário trompetista Harry James, que se juntou à banda em 1937. No entanto, não há melhor conjunto de gravações de Benny Goodman disponíveis. Honestamente, cada peça aqui é fantástica e tem algo interessante a dizer musicalmente. Junto com os sucessos estão algumas raridades maravilhosas que nem sempre são colocadas em coleções, como uma gravação alternativa de "Bugle Call Rag", takes não utilizados de "St. Louis Blues" e "Love Me or Leave Me", Benny fazendo uma rara virada como um cantor em "Tain't No Use" e uma bela versão de "In a Sentimental Mood" de Duke Ellington. Mais. O livreto que acompanha é enorme e contém informações detalhadas sobre o pessoal de cada sessão de gravação. O encarte fornece uma história detalhada da banda durante esse período e descrições sessão por sessão de cada uma das peças. Todos os fãs de Benny Goodman descobrirão algo novo aqui, e os ouvintes de primeira viagem apreciarão ainda mais a música com este guia útil. Se você quer saber do que se trata toda essa “coisa do swing”, se quer experimentar algumas das músicas mais vibrantes da história americana, ou se você ama Benny Goodman, este conjunto é uma necessidade absoluta. Tudo bem, Benny, cante uma música de swing para mim e deixe-me dançar!


Sax. Alto – Benny Goodman (faixas: 3-15), Bill DePew (faixas: 1-18 e 3-23), Hymie Schertzer, Toots Mondello (faixas: 1-1 e 1-17)

Baixo – Harry Goodman

Clarinete – Benny Goodman (faixas: 1-1 e 3-14, 3-16 e 3-23)

Bateria – Gene Krupa

Guitarra – Allan Reuss (faixas: 1-6 e 1-9, 1-18 e 3-23), George Van Eps (faixas: 1-1 e 1-5, 1-10 e 1-17)

Piano – Frank Froeba (faixas: 1-1 e 1-17), Jess Stacy (faixas: 1-18 e 3-23)

Sax. Tenor  – Art Rollini, Dick Clark (faixas: 1-1 e 3-10), Vido Musso (faixas: 3-8, 3-9, 3-11 e 3-23)

Trombone – Jack Lacey (faixas: 1-1 e 1-17), Jack Teagarden (faixas: 1-6 e 1-9), Joe Harris (2) (faixas: 1-18 e 2-16), Murray McEachern (faixas: 2-17 e 3-23), Red Ballard (faixas: 1-1 e 1-5, 1-10 e 3-23)

Trumpete – Bunny Berigan (faixas: 1-10 e 1-21), Chris Griffin (3) (faixas: 2-17 e 3-23), Harry Geller (faixas: 1-22 e 3-23), Jerry Neary (faixas: 1-1 e 1-13), Manny Klein (faixas: 3-2 e 3-5), Nate Kazebier (faixas: 1-6 e 3-1), Pee Wee Erwin (faixas: 1-1 e 1-9, 2-9 to 2-16), Ralph Muzillo (faixas: 1-1 e 1-5, 1-14 e 2-8), Sterling Bose (faixas: 3-6 e 3-10), Zeke Zarchey (faixas: 3-11 e 3-23), Ziggy Elman (faixas: 3-11 to 3-23)

Vocals – Benny Goodman (faixas: 3-19), Ella Fitzgerald (faixas: 3-21 e 3-23)

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1-1 a 1-5: Cidade de Nova York, 4 de abril de 1935

1-6 a 1-9: Cidade de Nova York, 19 de abril de 1935

1-10 a 1-13: Cidade de Nova York, 25 de junho de 1935

1- 14 a 1-17: Cidade de Nova York, 1º de julho de 1935

1-18 a 1-21: Hollywood, 27 de setembro de 1935

1-22 a 2-4: Chicago, 22 de novembro de 1935

2-5 a 2-8: Chicago, 24 de janeiro de 1936

2-9 a 2-11: Chicago, março de 1936

2-12 a 2-16: Chicago, 23 de abril de 1936

2-17, 2-19, 2-20: Nova York, 27 de maio , 1936

2-21 a 2-24: Nova York, 15 de junho de 1936

2-18, 3-1: Nova York, 16 de junho de 1936

3-2 a 3-5: Hollywood, 13 de agosto de 1936

3-6 a 3-10: Hollywood, 21 de agosto de 1936

3-11 a 3-16: Nova York, 7 de outubro de 1936

3-17 a 3-23: Nova York, 5 de novembro de 1936


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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

VA – Clássicos do Jazz

Artista: VA

Álbum: Cssicos do Jazz

Lançamento: 1988

Selo: CBS Records

Gênero: Smooth, Cool jazz, Soul jazz, Bebop, Hard bop

‘Classics in Jazz’ é uma coleção de peças clássicas de Debussy, Strauss, Fauré, Villa-Lobos, Satie, Bach, Purcell e Joaquín Rodrigo com interpretações de jazz executadas por grandes nomes do jazz, fugindo um pouco do tradicionalista sincopado. Compilação feitas pelo engenheiro Rudy Van Gelder uma das lendas por trás da cena do jazz, gravando centenas de sessões Jazzística, incluindo muitas consideradas clássicas.

Hubert Laws, flautista norte-americano com 30 anos de carreira no jazz, música clássica, e outros gêneros musicais. Laws é um músico extremamente talentoso, e é um dos poucos artistas clássicos que também domina jazz, pop, e rhythm and blues; transitando facilmente de um repertório para outro.

George Benson, guitarrista norte-americano de smooth jazz com uma carreira de mais de 50 anos, os feitos de Benson são numerosos e variados. Como um virtuoso guitarrista de jazz, já se apresentou ao lado de Miles Davis e Herbie Hancock, enquanto na arena pop sua emocionante voz de tenor trouxe-lhe fama e legiões de admiradores. Um artista completo, multifacetado.

Paul Desmond,  saxofonista e compositor norte-americano, que ficou famoso por tocar no quarteto de Dave Brubeck, entre 1959 e 1967. Fez parte do ‘West Coast Jazz’, e uma das suas composições mais conhecidas é ‘Take Five’. Paralelamente ao seu trabalho com Brubeck, Desmond tocou também com Gerry Mulligan, Jim Hall e Chet Baker. De fraca saúde, Desmond era um fumante inveterado, acabando por morrer de câncer no pulmão, em 1977, após ter feito uma última turnê com Brubeck.

Jackie & Roy, foi um grupo de jazz composto pela vocalista Jackie Cain e por seu marido também vocalista e pianista Roy Kral.

Jim Hall  guitarrista de jazz estadunidense, suas colaborações com Bill Evans, Paul Desmond, e Ron Carter são legendárias, é considerado um dos maiores guitarristas de jazz vivo.

Eumir Deodato produtor musical e arranjador brasileiro, embora seja predominantemente ligado ao jazz, Deodato é também conhecido por seu ecletismo, por misturar diversos gêneros musicais, como o rock, o pop, o rhythm and blues, o funk e a música de orquestra. Um de seus mais conhecidos trabalhos é a versão do tema de ‘Also Sprach Zarathustra’ (Assim Falava Zaratustra) de Richard Strauss que foi utilizada no cinema, no filme ‘Being There’ (Muito Além do Jardim) de 1979, dirigido por Hal Ashby, com Peter Sellers.


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terça-feira, 26 de setembro de 2023

NORK & JRM - New Orleans Rhythm Kings & Jelly Roll Morton

Álbum: NORK & JRM
Lançamento: 1992
Selo: Milestone Classic Jazz
Gênero: Dixieland, Ragtime
 

Quando o trompetista Lee Collins foi contratado por Jelly Roll Morton, a primeira coisa que Morton disse ao surpreso Collins foi: “Você sabe que trabalhará para o melhor pianista de jazz do mundo... não um dos maiores - eu sou o maior”, de acordo com historiador do jazz Martin Williams. Quando Morton se apresentava, ele costumava dizer: “Eu inventei o jazz”. Convencido? Definitivamente. Arrogante? Certamente. Mas acontece que ele provavelmente estava certo. De acordo com historiadores do jazz, quando Jelly Roll Morton disse: “Eu inventei o jazz”, havia muito em sua afirmação. Buddy Bolden pode ter sido o primeiro músico a adicionar improvisação ao que viria a ser conhecido como jazz, mas Jelly Roll Morton é considerado o primeiro verdadeiro compositor de jazz. Ele foi o primeiro a escrever seus arranjos de jazz – e várias de suas composições tornaram-se um marco do jazz. Jelly nasceu Ferdinand Joseph Le Menthe em 1885, em uma família crioula de classe média na Frenchmen Street, em Nova Orleans. Aos 8 anos, Ferdinand recebeu aulas formais de violão. Pouco tempo depois, ele foi contratado como pianista pela condessa Willie Piazza, uma senhora de Storyville, que dizia falar sete línguas, usar um monóculo e pontuar sua fala com uma piteira de trinta centímetros de comprimento. Ela também conhecia boa música quando a ouvia. Quando Jelly tinha vinte e poucos anos, ele era um músico requisitado, tocando em toda a Costa do Golfo. De 1917 a 1922, ele conquistou a Costa Oeste. E em 1922, ele trocou a Califórnia por Chicago. Durante esse período, ele criou algumas das músicas mais inovadoras e criativas que já surgiram – músicas como “King Porter Stomp”, “New Orleans Blues”, “Kansas City Stomp”, “Shreveport Stomp” e “Original Jelly Roll Blues”. ” Em seu típico jeito humilde, Jelly disse uma vez: “Todo mundo hoje está tocando minhas músicas e eu nem recebo crédito". Estilo Kansas City, estilo Chicago, estilo Nova Orleans, inferno, todos eles são estilo Jelly Roll. Em 1938, Jelly coroou uma brilhante carreira musical com uma grande sessão de gravação para a Biblioteca do Congresso. Resultaram 52 discos com mais de cem composições individuais. Jelly seria a primeira a dizer: “Eles eram os maiores”. Ele morreu em 1941.

Banjo - Lou Black 

Baixo - Steve Brown 

Clarinete – Leon Rappolo 

Bateria - Ben Pollack, Frank Snyder

Piano - Charlie Pierce, Elmer Schoebel, Jelly Roll Morton , Mel Stitzel

Saxofone - Glen Scoville, Jack Pettis

Trombone – George Brunis

Trombeta – Paul Mares


(Faixas 1 a 8) gravadas em Richmond, Indiana, de 29 a 30 de agosto de 1922, originalmente emitidas como "Friar's Society Orchestra".

(Faixas 9 a 13) gravadas em Richmond, Indiana, de 12 a 13 de março de 1923.

(Faixas 14 a 27) gravadas em Richmond, Indiana, de 17 a 18 de julho de 1923.


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sábado, 23 de setembro de 2023

King Oliver - The Complete Victor Recordings, Vol.2 - New Orleans Shout

Lançamento: 2007
Selo: Frog Records
Gênero: Dixieland, Ragtime


Na década de 1890, New Orleans já era um caldeirão musical. Em seguida, o ragtime e o blues chegaram. O ragtime era uma música dançante, que combinava elementos de marchas militares, música européia e a arte dos menestréis. Os jovens adoravam. Seus pais odiavam. O blues chegou na mesma época, trazido por negros refugiados provenientes de outros estados do Sul, que vieram para New Orleans para escapar ao ódio racial e aos campos de algodão. Basicamente, o jazz de New Orleans nasceu quando os músicos negros e os crioulos adicionaram ragtime e estilos de blues à mistura já potente da música que tocavam e sobre tudo improvisavam. Enquanto a secção rítmica, termo que designa um grupo de instrumentos musicais, tocava uma música, um trombetista interrompia mostrando seu talento e habilidade. E depois outros também o faziam e assim, a improvisação tornou-se a essência do jazz. Um pianista crioulo chamado Jelly Roll Morton foi o primeiro homem a escrever melodias do jazz original, e ele alegou ter ‘inventado’ o jazz. Mas a tradição diz que o trompetista e barbeiro Buddy Bolden foi o primeiro homem a liderar uma banda de jazz real. Buddy Bolden foi internado num hospício em 1907 e lá permaneceu até sua morte em 1931. Até então, os sucessores como King Oliver e Louis Armstrong tinham levado o jazz a um novo patamar de popularidade e para outras cidades como Chicago e Nova York. A música nascida em New Orleans é considerada a mais importante. Como uma linguagem musical, o jazz através dos negros das Américas a partir da batida sincopada do ragtime, das fanfarras e dos coros de gospel misturado aos gritos dos campos de algodão e ao rosnado profundo do blues foi exportado para todo o mundo. As ‘brass bands’, um grupo musical em geral, constituído exclusivamente por instrumentos de metal, para o conforto das famílias, tocam durante os funerais. O ‘jazz funeral’ começa sombrio. Em seu caminho para o cemitério, a banda de metais executa tristes hinos fúnebres chamados ‘lamúrias’. ‘Nearer My God to Thee’ é a escolha mais popular, mas pode ser qualquer outra música que lembre aos enlutados os altos e baixos da vida. Este tom sombrio dura até que a procissão resolve mandar o carro fúnebre para o destino final, o cemitério. É neste ponto que a banda de repente passa a tocar ‘When the Saints Go Marching In’ ou ‘Didn’t He Ramble,’ ou talvez ‘Lil Liza Jane’. E os próprios enlutados, parentes e carpideiras, dançam com abandono selvagem. Eles vão freqüentemente enfeitados com guarda-chuvas, e os transeuntes são convidados, com sorrisos e alegria, a participarem da comemoração. Este funeral remonta a antigas tradições africanas dos iorubás da África Ocidental. Uma crença de que a vida acabou neste mundo, mas um espírito corre livre e solto e aqueles que vivem em luto podem deleitar-se com o conhecimento de que seu parente ou velho amigo estará dançando do outro lado com o coração cheio de alegria.


Boa audição - Namastê

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

King Oliver - The Complete Victor Recordings, Vol.1 - Call of the Freaks


Lançamento: 2007
Selo: Frog Records
Gênero: Dixieland, Ragtime


 King Oliver's Creole Jazz Band FOI uma das melhores ou a melhores bandas de jazz clássico de sua época. A Creole Jazz era formada pela nata dos músicos do Hot Jazz de Nova Orleans com Baby Dodds (bateria), Honore Dutrey (trombone), Bill Johnson (baixo), Louis Armstrong (segunda corneta), Johnny Dodds (clarinete) , Lil Hardin-Armstrong (piano), e o líder da emblemática banda, Joe “King” Oliver (corneta). King era cego de um olho quando criança além de mentor e professor de Louis Armstrong iniciando sua carreira solo. Era famoso por usar surdinas, derbies, garrafas e copos para alterar o som de sua corneta, técnica que inspirou muitos, Oliver começou a tocar em Nova Orleans por volta de 1908 como membro de várias bandas marciais (The Olympia, The Onward Brass Band, The Original Superior, the Eagle Band…), trabalhou frequentemente na banda de Kid Ory e em 1917 foi anunciado como “King ” pelo líder da banda. Em 1919 se mudou para Chicago com Ory e tocou na The Original Creole Orchestra de Bill Johnson no Dreamland Ballroom. Excursionou com a banda mas quando retornou a Chicago em 1922 fundou a King Oliver's Creole Jazz Band em Lincoln Gardens (459 East 31st Street). Infelizmente a Creole Jazz Band gradualmente se desfez em 1924. Oliver gravou dois duetos com o pianista Jelly Roll Morton naquele mesmo ano e então assumiu a banda de Dave Peyton em 1925, rebatizando-a de Dixie Syncopators. Oliver mudou a banda para Nova York em 1927 onde tomou algumas péssimas decisões de negócios como recusar o show regular no Cotton Club que catapultou Duke Ellington para a fama entreoutros  músicos. Em 1929, Luis Russell assumiu os Dixie Syncopators e mudou o nome para Luis Russell e sua Orquestra. Oliver continuou a gravar até 1931 mas rapidamente se tornou um nome esquecido mas continuou a viajar pelo Sul com vários grupos, até ficar sem dinheiro e se estabelecer na Geórgia onde trabalhou como zelador em um salão de bilhar até sua morte em 1938.

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terça-feira, 19 de setembro de 2023

Boxset: Jazz In Britain 1919-1950 (04xCD - Compilation)

Artista: VA 
Lançamento: 2005
Selo: Proper Records
Gênero: Swing, Trad Jazz, Ragtime


‘His Master’s Voice’, abreviado para HMV, por muitos anos foi uma grande gravadora britânica. O nome foi cunhado em 1899 junto com a marca criada por Francis Barraud do cão Nipper da raça Jack Russel Terrier ouvindo um gramofone cilíndrico. His Master's Voice (trad.: A Voz do Dono), hoje normalmente abreviado para HMV, é uma marca registrada famosa no negócio de música e por muitos anos era o nome de uma marca de uma grande gravadora. O nome foi cunhado em 1899 como o título de uma pintura do cachorro Nipper de Jack Russell Terrier que escuta um gramofone. Na pintura original, o cachorro estava escutando um fonógrafo de cilindro. Na década de 1970, a estátua do cachorro e do gramofone, His Master's Voice, foi recoberta em bronze e dada pela gravadora (EMI) a artistas, produtores ou compositores como um prêmio musical e, muitas vezes, somente após a venda de mais de cem mil gravações. A imagem da marca registrada vem de uma pintura do artista inglês Francis Barraud e intitulada de His Master's Voice. Ela foi adquirida do artista em 1899 pela recém-criada Gramophone Company e adotada como uma marca comercial por sua aliada dos Estados Unidos, a Victor Talking Machine Company. De acordo com o material publicitário da Gramophone Company, o cachorro, um terrier chamado Nipper, pertencera originalmente ao irmão de Barraud, Mark. Quando Mark Barraud morreu, Francis herdou Nipper, com um fonógrafo de cilindro e gravações da voz de Mark. Francis notou o interesse peculiar que o cão tinha na voz gravada de seu falecido dono emanando do aparelho e concebeu a ideia de colocar a cena em uma tela. O incidente ocorreu na 92 Bold Street, Liverpool.

Boa audição - Namastê

sábado, 16 de setembro de 2023

Boxset: Jazz In Britain 1919-1950 (04xCD - Compilation)

Artista: VA 

Álbum: Jazz Takes Hold in the UK - CD03

Lançamento: 2005

Selo: Proper Records

Gênero: Swing, Trad Jazz, Ragtime


 O livro ‘A History of Jazz In Britain 1919-50’ retrata a chegada do jazz no Reino Unido, a influência de músicos norte-americanos, a era big-band e depois o ‘bop’, o desenvolvimento do jornalismo especializado e os clubes de jazz e, sobretudo, as apresentações de músicos norte-americanos na Grã-Bretanha. De autoria de Jim Godbolt foi a primeira pesquisa verdadeiramente abrangente do fenômeno a partir de uma perspectiva puramente britânica. O livro traça a história do jazz no Reino Unido e não de jazz britânico. Apesar da já existente literatura de jazz antes de ter sido publicado pela primeira vez em 1984, não há nenhum outro livro para rivalizar com ele. O autor, que conviveu com o jazz ao longo da sua vida analisa em detalhes a chegada do jazz com a ‘Original Dixieland Jazz Band’ em 1919, a era das big bands e a extraordinária revolução causada pelo bop. Todos os artistas e as fulgurantes bandas do período são abordadas: Ted Lewis com Jimmy Dorsey e Muggsy Spanier, Louis Armstrong, Duke Ellington, Paul Whiteman, Cab Calloway, Dizzy Gillespie, Fats Waller, Benny Goodman, Sidney Bechet e muitos mais. A influência destes mestres sobre os músicos britânicos é examinada assim como os relatos da imprensa da época, alguns efusivos, outros ofensivos. As revistas especializadas, os clubes, a discografia e as raízes são discutidas. Além disso, o livro narra o duelo que se travou e culminou na apresentação de Sidney Bechet e Coleman Hawkins nos palcos britânicos em desafio à proibição do sindicato dos músicos ‘Musicians’ Union’ que resultou em um fiasco judicial. O livro é referência indispensável para os aficionados do jazz e interessante e às vezes surpreendente para o leitor leigo. Jim Godbolt nasceu no sul de Londres em 1922. Após ser dispensado da marinha, tornou-se empresário do pianista auto-didata, bandleader e dixielander (dixieland é um sub-gênero do jazz criado em 1910 em New Orleans) George Webb em 1946. George, assim como Jim, também era amante do jazz desde a adolescência e fundou o clube ‘Bexleyheath Rhythm Club’ onde ele e os adeptos do jazz se reuniam para ouvir música gravada principalmente dos seus ídolos: King Oliver e Louis Armstrong. George Webb em 1941 fundou a sua própria dixielander e foi apelidado de ‘pai do jazz tradicional britânico’. Jim Godbolt por sua vez, dirigia uma agência com Lyn Dutton e Humphrey Lyttelton em 1951, e fundou a sua própria em 1952 representando a ‘Magnolia Jazz Band’ de Mick Mulligan, trompetista e bandleader que tornou-se dono de cavalos de corrida, quando o rock’n’roll amorteceu o entusiasmo pelo jazz. Por mais de 60 anos Jim dedicou-se à música, trabalhando como jornalista, agente e gerente, não apenas para músicos de jazz, mas também para os grupos dos anos 1960. Em 1971, Jim deixou o negócio do entretenimento para se concentrar em sua carreira de escritor.

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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Boxset: Jazz In Britain 1919-1950 (04xCD - Compilation)

 Artista: VA 

Álbum: Louis and Duke Arrive - CD02

Lançamento: 2005

Selo: Proper Records

Gênero: Swing, Trad Jazz, Ragtime

O jazz britânico chegou a Grã-Bretanha através de gravações e artistas norte-americanos que visitaram o país enquanto ele era um gênero relativamente novo, logo após o fim da I Guerra Mundial. Ele começou a ser tocado por músicos britânicos nos anos 30 e ganhou popularidade em 1940, tocado nos salões pelas big bands. A partir do final dos anos 40 o moderno jazz britânico, altamente influenciado pelo bebop americano, começou a surgir e foi divulgado pelo compositor de jazz, saxofonista e clarinetista inglês John Dankworth e pelo saxofonista tenor e dono do clube de jazz Ronnie Scott, enquanto os trompetistas Ken Colyer e Humphrey Lyttelton e o pianista George Webb enfatizaram o jazz de New Orleans. A partir dos anos 60 o jazz britânico começou a desenvolver mais as suas características individuais e absorver uma variedade de influências, incluindo o blues britânico, bem como o europeu. Um grande número de músicos britânicos ganhou reputação internacional, embora tivessem uma participação minoritária dentro do próprio Reino Unido.

Ronnie Scott, originalmente Ronald Schatt, nasceu em Aldgate, leste de Londres, em uma família de ascendência judaica da Rússia por parte de pai e de portugueses do lado da mãe. Scott começou a tocar em pequenos clubes de jazz com dezesseis anos e foi um dos primeiros músicos britânicos a ser influenciado por Charlie Parker e outros do bebop. Ele é mais lembrado por fundar com o ex-saxofonista tenor Pete King, o ‘Scott Jazz Ronnie Club’.

Coleridge George Emerson Goode, notável baixista que colaborou com o saxofonista Joe Harriott. Goode era jamaicano e veio para a Inglaterra em 1934 para estudar no Royal Technical College em Glasgow e depois engenharia na Universidade de Glasgow. Ele já era um violinista clássico, mas se encantou com o jazz e assumiu o baixo após ouvir Count Basie, Duke Ellington, Billie Holiday e Louis Jordan, abandonando os seus planos de voltar para a Jamaica.

Mossie Thomas ‘Tommy’ McQuater foi trompetista escocês, notável por seu trabalho no Reino Unido com Bert Ambrose em 1930, e também em algumas gravações feitas com George Chisholm e Benny Carter.

Frank Deniz foi um dos primeiros guitarristas da Inglaterra, do movimento swing. Filho mais velho de um violinista de Cabo Verde, Frank estudou violino e banjo antes de se mudar definitivamente para a guitarra. Em 1937 mudou-se para Londres quando o swing norte-americano estava na moda nos círculos sociais da cidade.


Boa audição  - Namastê

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Boxset: Jazz In Britain 1919-1950 (04xCD - Compilation)

Artista: VA 

Álbum: The Twenties - CD01

Lançamento: 2005

Selo: Proper Records

Gênero: Swing, Trad Jazz, Ragtime

‘Jazz in Britain 1919-1950’ é um conjunto de 04 CDs gravados pela gravadora britânica ‘Proper Records’ para acompanhar a republicação do livro, publicado pela primeira vez em 1984. O autor do livro, Jim Godbolt, foi quem também reuniu as compilações. Tanto o livro quanto o conjunto de CDs receberam críticas, mas trata-se de uma visão sólida do jazz na Grã-Bretanha nos primeiros 30 anos da história. O conteúdo revela não só o talento britânico, por si só, mas também os demais músicos da Europa, Paris, principalmente, e claro, dos Estados Unidos. Entre as 101 faixas existem surpresas e raridades. No primeiro disco: ‘Fred Elizade & His Cambridge Undergarments’ em ‘Stomp Your Feet’, ‘Allan Selby And His Band’ no clássico ‘Love Me or Leaver Me’ e ‘Ted Lewis And His Band’ em ‘Sobbin’ Blues’. Jimmy Dorsey com Spike Hughes fazem uma excelente leitura de ‘St. Louis Blues’. A partir do disco dois é documentado a ‘American Invasion’ com as apresentações de Cab Calloway, Duke Ellington, e Garland Wilson nas ilhas britânicas. Mas são com os praticamente desconhecidos por muitos que esta coleção encontra o seu maior charme com a inclusão de Buck and Bubbles, Duncan Whyte, Ambrose & His Orchestra, Danny Polo, Jack Hylton’s Rhythmagicians, Ted Heath, Ala Dean & His Beboppers, Yorkshire Jazz Band, Graeme Bell & His Australian Jazz Band, Freddy Randall e outros. Sentado no seu apartamento no quarto andar, em Lissenden Gardens, Dartmouth Park onde viveu por 30 anos, Jim Godbolt, com 82 anos, lembra-se das noites em claro em que tentava encontrar, nas milhares gravações, apenas 100 faixas. Bob Glass da loja ‘Ray’s Jazz’ em Shaftesbury Avenue se juntou a ele como colaborador e os dois analisaram CDs, LPs, EPs, 78s e catálogos de livros em uma busca agradável, mas maníaca. Nem o livro nem o conjunto de discos são acerca de jazz britânico em si, mas sobre o jazz na Grã-Bretanha.


Boa audição - Namastê

 

sábado, 9 de setembro de 2023

Fats Waller - Sugar Blues

Artista: Fats Waller 
Lançamento: 2002
Selo: Past Perfect
Gênero: Jazz Vocal, Stride


Embora seu nome não seja conhecido entre os leigos do jazz, Fats Waller é considerado, por muitos críticos, como o mais completo pianista de jazz, acima de Duke Ellington, Jelly Roll Morton, e até mesmo de Erroll Garner. De 1934, quando assinou contrato com a RCA Victor até 1942 foram gravadas 300 peças. E os seus registros e o nome de Fats Waller, no curto espaço de tempo em que viveu, tornaram-se um dos maiores tesouros da história do jazz. Pianista, organista, vocalista e compositor tocava o estilo ‘stride’ de piano, estilo que foi desenvolvido nas grandes cidades da Costa Leste, principalmente em Nova York, durante 1920 e 1930. E com sofisticação influenciou pianistas estilisticamente diferentes como Art Tatum, Thelonious Monk, Bud Powell e Joe Zawinul. Fats Waller foi um pianista de um impressionante talento que chamou a atenção dos ricos e famosos. Em Chicago, no ano de 1926, foi seqüestrado por quatro capangas do famoso gangster Al Capone e levado para uma festa em andamento e com uma arma nas costas foi ordenado que tocasse. A festa era o aniversário de Capone e Fats Waller tocou durante três dias. Quando deixou o prédio estava muito bêbado, extremamente cansado e com milhares de dólares nos bolsos. Inimitável e com um incansável senso de humor, Fats Waller e sua personalidade efervescente eram maiores que a vida. Ele espremeu cada gota de vida, e, aparentemente, cada garrafa que ele pode colocar em suas mãos. Foram anos de vida dura e uma rigorosa agenda de shows, que terminou em uma pneumonia brônquica. Thomas Wright Waller nasceu em New York, em 1904, e era filho de um pastor de Igreja, seu avô era violinista e aprendeu a tocar órgão na igreja com sua mãe. Sua importância é também como o primeiro grande organista do jazz. Aos 15 anos já era organista do Lincoln Theater, fato que irritou o seu pai que queria que ele seguisse o seu caminho, o caminho de Deus. Em 1918, Fats ganhou um concurso de talentos tocando ‘Carolina Shout’ do pianista James P. Johnson que ele aprendeu ouvindo em uma pianola que tocava a música. Mais tarde, ele viria a ter aulas de piano com o próprio Johnson que o ensinou como fazer rolos para piano. E depois estudou com o pianista e compositor polonês naturalizado estadunidense, Leopold Godowsky, e teve aulas na ‘Juilliard School’.


Boa audição - Namastê

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Bix Beiderbecke - Anthology (Compilation)

Lançamento: 1993
Selo: Recording Arts SA
Gênero: Dixielândia

Bix Beiderbecke, cornetista, pianista e compositor, desenvolveu na década de 20 um estilo independente com influência de Louis Armstrong. Ele era conhecido por seu tom de voz suave, e seu timbre único ao dedilhar a corneta deu a sua obra um caráter introspectivo e ganhou reputação e influenciou outros músicos brancos de jazz. Seus solos mais famosos estão nas gravações ‘Singin′ the Blues’ e ‘I’m coming Virginia’ com a orquestra do saxofonista Frankie Trumbauer. Um dos muitos mitos ditos sobre Bix Beiderbecke é que ele jogou fora a sua carreira na companhia de músicos que não entendiam as suas avançadas idéias musicais. Frankie ‘Tram’ Trumbauer, entendeu o que Bix estava tentando fazer. Também influenciado pelo compositor clássico Claude Debussy, são poucos os exemplares sobreviventes de Bix Beiderbecke como pianista, a notável ‘In a Mist’ de 1927, é uma delas, assim como ‘In The Dark’ e ‘Candlelights’, posteriormente gravadas por grandes pianistas. Bix Beiderbecke foi um dos maiores músicos de jazz da década de 20, sua ascensão e queda, e eventual status como mártir, fez dele uma lenda, mesmo antes de morrer. E ficou como prova de que nem todos os inovadores da história do jazz eram negros. Possuidor de um estilo de improvisar notavelmente original, o seu único concorrente foi Louis Armstrong, mas devido aos seus diferentes sons e estilos é realmente difícil compará-los. Se Bix Beiderbecke tivesse vivido mais tempo ele teria se tornado um dos maiores compositores da América. Apesar de sua falta de treinamento formal, Beidebecke surgiu como o primeiro jazzmen a tentar unir os mundos do jazz e do expressionismo europeu. Com sua corneta e piano ele contribuiu para expandir a estrutura melódica e harmônica do jazz. Leon Bismark ‘Bix’ Beiderbecke, o segundo filho de imigrantes alemães de classe média foi uma criança prodígio. Nasceu em 1903, em Davenport, Iowa, cidade situada ao longo do rio Mississippi em cujas margens, quando adolescente, ia para ouvir as bandas vindas do sul. Seu pai era proprietário de uma madeireira e carvoaria e sua mãe, pianista. Dotado de um ouvido musical preciso, aos três anos de idade, começou a tocar melodias simples. Tocava de ouvido e aulas particulares semanais fizeram pouco para incutir a disciplina da leitura ao jovem talentoso, o que frustrava seu instrutor. Após a Primeira Guerra Mundial, seu irmão mais velho Charles trouxe vários 78 rpm gravados pela ‘Original Dixieland Jazz Band’ e Bix foi atraído pelo som do trompetista da banda, Nick LaRocca, e com uma corneta de um amigo aprendeu nota por nota. Mantendo esse seu estudo em segredo, ele continuou a tocar piano, e começou um pequeno grupo que tocava em bailes no ginásio da escola. Desiludido sobre o interesse de seu filho em uma forma de arte nada ‘respeitosa’ e com as baixas notas do ensino médio, Bismark e Agatha enviaram Bix para uma escola rigorosa localizada ao norte de Chicago onde ganhou reputação como pianista versátil na orquestra da escola. Em 1921, Bix Beiderbecke juntou forças com o saxofonista Samuel ‘Sid’ Stewart, e com o baterista Walter Ernest ‘Cy’ Welge, na formação da ‘Cy-Bix Orchestra’. 

Boa audição - Namastê

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Bix Beiderbecke - The Art of Bix Beiderbecke (1924-1930) 2CD Set


Lançamento: 2006
Selo: The Primo Collection 
Gênero: Dixielândia


Leon Bismark Beiderbecke foi um influente pianista, cornetista e compositor de jazz americano, também conhecido pelo nome artístico de “Bix” Beiderbecke. Ele é conhecido por alguns como o pai do gênero 'cool jazz', bem como do estilo de balada de jazz. Bix Beiderbecke nasceu em 10 de março de 1903 em Davenport, Iowa. Sua mãe tocava órgão na Igreja Presbiteriana de seu bairro e ensinou o filho a tocar piano quando ele tinha apenas dois anos de idade. O talento de Beiderbecke com o piano era maravilhoso, aos sete anos ele ganhou popularidade em todo Davenport, parte disso se deveu a um artigo de jornal que sugeria sua habilidade de tocar qualquer música que quisesse. As primeiras influências do jazz de Beiderbecke incluiriam a 'Original Dixieland Jazz Band' e Nick LaRocca. Ele muitas vezes evitava a atenção de seus pais para assistir bandas de jazz quentes e apresentações únicas de jazz em clubes da cidade. Em 2006 a ‘Primo Records’ lançou a coleção de 40 faixas intitulada ‘The Art of Bix Beiderbecke’ que cobre o período de tempo que se estende desde 20 de junho de 1924 a 21 de maio de 1930, sobre o trabalho precoce de Bix com a ‘The Wolverine Orchestra’ e ‘The Sioux City Six’; revisita suas colaborações com o saxofonista Frankie Trumbauer e como líder da ‘Bix and his Rhythm Jugglers’. Também está incluído as participações de Bix como membro da orquestra de Paul Whiteman em dois títulos: ‘Rockin’ Chair’ e ‘Barnacle Bill the Sailor’ que acabou sendo a última sessão de Bix que já bastante doente e sentado em uma cadeira tocou a sua corneta ao lado do trompetista Bubber Miley, outro brilhante músico cuja vida e carreira foram devastadas pelo alcoolismo. Este grupo, liderado pelo vocalista Hoagy Carmichael também incluia o trombonista Tommy Dorsey, o clarinetista Benny Goodman, o saxofonista tenor Bud Freeman, o violinista Joe Venuti, o guitarrista Eddie Lang, o baterista Gene Krupa e em ‘Barnacle Bill the Sailor’ pelo rude cantor de country Carson Robison. ‘The Art of Bix Beiderbecke’ é um mistura vertiginosa de gravações de jazz clássico ao longo de um período de seis anos, uma excelente forma de ouvir os destaques do legado de Bix Beiderbecke.



Boa audição - Namastê

sábado, 2 de setembro de 2023

Ben Webster - Three Classic Albums

Artista: Ben Webster
Lançamento: 2011
Selo: Avid Entertainment – Avid Jazz
Gênero: Hard Bop


 Apesar da música de Ben Webster ser considerada fora de moda nessa década, o saxofone de Webster em baladas, tocadas com calor e sentimento, se tornou bastante popular e Norman Granz gravou com ele em muitas sessões. Nessa mesma década, Webster gravou com Billie, Peggy Lee, Ella e Carmen McRae. Gravou também com Art Tatum, em 1956, apoiado pelo baixista Red Callender e o baterista Bill Douglass. Tocou de forma constante até 1964 quando se mudou permanentemente para Copenhagen, Dinamarca, para se juntar a outros músicos de jazz norte-americanos. Como músico expatriado tocava em shows, festivais e excursionou pela Europa desfrutando de grande popularidade. Tocou e gravou à vontade, seja com músicos locais, seja com músicos americanos. Faleceu em Amsterdam, Holanda, em 1973. Após a sua morte, foi criado o ‘Ben Webster Foundation’ para apoiar a divulgação do jazz na Dinamarca. E o prêmio anual ‘Ben Webster Prize’ é atribuído a jovens músicos excepcionais. A coleção particular de Webster de gravações de jazz esta arquivada no departamento de música da biblioteca da Universidade do Sul da Dinamarca em Odense. ‘Three Classic Albums’ contém três grandes álbuns em dois CDs: ‘Soulville’, de 1957, e ‘Ben Webster Meets Oscar Peterson’ de 1959, ambos gravados com o trio do pianista canadense Oscar Peterson, com Herb Ellis na guitarra, Ray Brown no baixo, Stan Levey na bateria (no álbum ‘Soulville’) e Ed Thigpen na bateria do álbum ‘Ben Webster Meets Oscar Peterson’; e ‘Ben Webster & Associates’, também gravado em 1959, logo após a morte de Lester Young. Ben Webster é acompanhado por Coleman Hawkins e Johnson Budd, dois dos grandes nomes do sax tenor. O trompetista Roy Eldridge também está presente e a seção rítmica é composta pelo pianista Jimmy Jones, o guitarrista Les Spann, o baixista Ray Brown e o baterista Jo Jones.

Ben Webster 'Soulville'- 1957: faixas 01-07

Ben Webster & Oscar Peterson — 1959: faixas 08-11 e 01-03

Ben Webster & Associates — 1959: - faixas 05-08