quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Freddie Hubbard morre...1938 - 2008

Morre a lenda do jazz Freddie Hubbard, um dos trompetistas mais importantes e versáteis de sua geração.

Por Leonardo Alcântara

No final de 2007, mais precisamente na véspera de Natal, fomos surpreendidos com a notícia da morte do nosso querido Oscar Peterson. Nesta última segunda-feira (29), no final de mais um ano, outro jazzista genial nos deixa: após sofrer um ataque cardíaco, o trompetista Freddie Hubbard morre aos 70 anos de idade.

Segundo seu empresário, o também trompetista David Weiss, do New Jazz Composers Octet, Hubbard morreu no Sherman Oaks Hospital, no noroeste de Los Angeles. Ele havia sido hospitalizado no dia 26 de novembro.

Nas últimas semanas, aconteceram diversos rumores sobre o estado de saúde de Hubbard. O diário Washington City e o site JazzTimes publicaram notícias que davam conta de que o trompetista havia sofrido um ataque cardíaco e entrado em coma.

2008: O renascimento e o fim de Hubbard

Em junho de 2008, os fãs de jazz foram presenteados com o álbum On the Real Side (70th Birthday Celebration), que celebrava os 70 anos de carreira do trompetista e marcava a sua volta às gravações, o que não acontecia desde o álbum New Colors (2001) devido ao seu estado de saúde. Acompanhado do The New Jazz Composers Octet, Hubbard revigorou o seu repertório regular, sendo elogiado por público e crítica especializada.

Hubbard foi conhecido por sua versatilidade. Tocou com os principais nomes, como Thelonious Monk, Miles Davis, Cannonball Adderley e Coltrane, além de ter participado das principais transformações do jazz durante seus 50 anos de carreira. A revista DownBeat descreve-o como tendo uma sonoridade que combinava a técnica de Clifford Brown, a bravura de Lee Morgan e a sensibilidade de Miles Davis. Sua obra inspirou diversas gerações de músicos, que admiraram o seu estilo exuberante de tocar.

“Ele influenciou todos os trompetistas que vieram depois dele”, disse Marsalis. “Certamente eu ouvi muito do seu trabalho... Todos nós o ouvíamos. Ele tem esse som alto, um grande senso de ritmo e tempo e a grande marca do seu estilo é uma exuberância. Sua técnica é exuberante”.

Hubbard, obrigado por tudo! JM

"The night has a thousand eyes" (Berna, 1989)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

1970 - Tristeza on Piano - Oscar Peterson Trio

Oscar Emmanuel Peterson (Montreal, 15 de agosto de 1925 - 23 de dezembro de 2007). Pianista canadense, foi considerado por muitos críticos como um dos maiores pianistas de jazz de todos os tempos. Com cinco anos de idade começou a estudar trompete e piano com seu pai na idade, onde depois por motivos de doença (tuberculose) dedicou ao piano com maestria ate o fim de sua vida. Em 1944 participa da Johnny Holmes Orchestra, aprendendo composição e arranjo onde três anos mais tarde montou seu primeiro trio com Bert Brown e Frank Gariepy, apresentando em concertos semanais na Alberta Lounge, quando Norman Granz o descobriu levando para tocar no Carnegie Hall. Fundou em 1952 um novo trio com o guitarrista Barney Kessel e baixista Ray Brown, substituido por Herb Ellis um ano mais tarde. Meiado dos anos 50 fez apresentações e concertos com grandes nomes do jazz como: Ella Fitzgerald, Billie Holiday, Carmen McRae, Louis Armstrong, Lester Young, Count Basie, Charlie Parker, Quincy Jones, Stan Getz, Coleman Hawkins, Dizzy Gillespie, Roy Eldridge, Clark Terry, Freddie Hubbard e com o Modern Jazz Quartet. Nos anos 70 Ray Brown sai do trio e sendo substituido pelo baixista dinamarquês Niels-Henning Orsted Pedersen. Peterson sofreu um derrame em 1993 deixando paralisado o lado esquerdo por dois anos, recuperando tempo depois e tocando de modo limitado. Em 1997 ganhou um Grammy pela sua obra e foi premiado pela International Jazz Hall of Fame. Grava o DVD "A Night in Vienna" em 2003, pelo selo Verve. Apesar de ter perdido um pouco seu charme, Oscar Peterson continua fazendo apresentações nos Estados Unidos e Europa durante um mês por ano, com intervalos de alguns dias para descanso entre uma apresentação e outra. Apresenta acompanhado de Ulf Wakenius (guitarra), David Young (contrabaixo) e Alvin Queens (percussão). Cancelou sua apresentação no Toronto Jazz Festival 2007 e compareceu no dia 8 de junho a um espetáculo em tributo a ele no Carnegie Hall. Uma das grandes lendas do piano no jazz, morreu em 23 de dezembro de 2007, de insuficiência renal, com idade de 82 anos. "Tristeza on Piano" traz Oscar com parceiros de longa carreira com Sam Bass e Bobbycom Sam Bass e Bobby Brown Durham. Gravado em 1970 por Hans-Georg Brunner Schwer. Este álbum é de uma época onde Peterson fez realmente bons álbuns, embora este talvez não seja tão essencial devido a sonoridae um pouco além do esperado do genio. Produzido por: H.G. Brunner-Schwer - New York, pelo selo Verve Records.


01. Tristeza
02. Nightingale
03. Porgy
04. Triste
05. You Stepped Out Of A Dream
06. Watch What Happens
07. Down Here On The Ground
08. Fly Me To The Moon

Musicos:
Oscar Peterson - Piano
Sam Jones - Baixo Acustico
Bobby Brown Durham. - Bateria

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Boa audição - Namastê.

1981 - The Man With His Horn - Miles Davis

Depois de um longo periodo longe dos palcos e dos estúdios, passando por uma recuparação pós saúde debilitada do vício, bebida e cocaína, Miles triufantimente da a volta por cima, regressando ao mundo da musica depois de assistir atento a evolução do fusion durante sua ausência, na frente de antigos pupilos com: Herbie Hancock, Chick Corea, John Mclaughlin, Wayne Shorter, Joe Zawinul entre muitos outros, acertando o alvo por ele criando com maioridade e caminhos musicais diferentes. Com isso, Miles percebeu uma nova geração de talentosos músicos que nascerem do embrião deixando, num rico horizonte musical de oportunidade de utilizar e revelar o talento desses que iriam dar um novo fugaz ao fusion nos anos 80 e início dos 90. "The man with the horn", lançado setembro de 1981,trouxe uma nova expectativa que o músico não só voltava em plena forma e com excelente acompanhamento, mas continuava com o dom de midas de fazer som modernizado, adaptando o jazz a realidade musical de sua época com perfeição. O album abri com "Fat Time", com Miles impondo sua marca com uma batida forte e de peso com destaque para a sua performance junto a Marcus Miller num recheio de sons e dialogo groover . "Back seat betty", mistura introspecção com batidas de rock com direito de destaque da boa performance do tecladista Robert Irving III. "Shout" traz um ritmo bem mais dançante, sendo basicamente um funk onde Miles dá um longo e excelente solo ou talvez indiretamente respondendo as criticas de que não tinha mais saúde para retornar aos palcos ou estúdios. "Aida" e "Man With The Horn" mostra como Miles tinha um feeling de excelencia em adaptar seu som a elementos bem característicos do período como no início dos anos 80 onde reinavam teclados, sintetizadores, baterias entre outras coisas, de uma forma criativa sem perder sua identidade. Uma forte base de Teclados e uma batida de baixo altamente marcante são créditatas ao excelente Marcus Miller, fazendo parte das duas canções, dando uma característica bem anos 80 nas faixas, mas com a qualidade bem diferenciada e perfeccionista, característica de Miles. "Ursula" com sua melodia altamente contagiante e criativa, fecha esse que é um dos trabalhos mais lembrados de Davis. Após esse albúm, Miles continuaria trilhando seu caminho de adaptar o jazz com o rock de forma empolgante e eficiente e como fez nos anos 60 e 70, revelando e usando novos talentos (nesse álbum por exemplo os músicos Mike Stern e Marcus Miller, futuros produtores de excelentes discos de fusion nos anos 80 e 90 são revelados), buscando sempre novas sonoridades no seu som, inclusive flertando até com o hip-hop no início dos anos 90, até sua morte em 1991. Ótima pegada de um trabalho elogiado por Miles em sua fase "Funk /Soul,Jazz,Rock". A produção ficou a cargo do dinossauro que acompanhou Miles em boa parte de sua carreia Teo Macero, gravado e mixado nos estudios da CBS Recording Studios, New York. "The Man With His Horn" apos ser lançado em 1981, recebeu crítica ruins apesar de ter vendido razoavelmente bem.

Faixas:
01 - Fat Time
02 - Back Seat Betty
03 - Shout
04 - Aida
05 - The Man with the Horn
06 - Ursula

Musicos:
Miles Davis - Trompete
Robert Irving III - Sintetizadores
Al Foster - Bateria
Sammy Figueroa - Percussão
Bill Evans - Teclados, saxofones, Sintetizadores
Mike Stern - Guitarra
Marcus Miller - Baixo

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1964 - Miles in Berlin - Miles Davis Quintet

Gravado no dia 25 de setembro de 1964 durante o festival Berliner Jazztage, "Miles in Berlin" é um daqueles albuns que pode ser chamado de - melhores registros ao vivo de Miles Davis - incluindo as fases de sua inicial carreira até este festival. È considerado uma das primeiras gravações do Segundo Grande Quinteto de Miles, o albúm traz o trompetista acompanhado por Wayne Shorter, Herbie Hancock, Ron Carter e Tony Williams em suas seis faixas de pura inovação,(no bolachão original são apenas cinco, tendo incluido na reedição de 2005 "Stella by Starlight", segundo gravada na época e não colocada por motivos ignorados), apresentando alguns dos momentos mais sublimes de sua carreira de Miles. Nascia, então, o quinteto que viria a estabelecer um novo patamar em sua carreira – e na história do jazz de um modo geral, redefinindo conceitos de textura, dinâmica e improvisação coletiva. Neste show gravado em 64, pode-se ouvir temas como “Milestones”, “Autumn leaves”, “So what” (Shorter mostrando seu fraseado oblíquo, Hancock respondendo com um solo cheio de dissonâncias), uma versão inédita de “Stella by starlight” e “Walkin’” adquirindo nova dimensão, compensando a deficiente qualidade do som mono. Curioso é o fato de Shorter compor especialmente para o grupo, tornando-se peça-chave em uma das melhores fases da multifacetada carreira de Miles – a mais dinâmica, revolucionária e obsessivamente criativa que o jazz conheceu. Outro fator importante foi o fato do disco ser gravado historicamente pela Orquestra Filarmônica de Berlin, onde cinco negros norte-americanos viraram o jazz de cabeça para baixo. Miles executa seu papel de sidemam com brilhantismo habitual, solando com maestria, chamando os outros instrumentistas com seu trumpete, perfazendo com que cada um tenha o seu momento próprio. O disco abre com a swingada "Milestones", cheia de quebras de andamento e malabarismos instrumentais; segue com aquela que muitos dos fás e estudiosos da obra de Miles Davis classificam como a melhor versão de "Autumn Leaves", de arrepiar realmente; o mítico álbum "Kind of Blue" de 1959 é revisitado com a sua faixa de abertura, "So What", devidamente desconstruída pelo quinteto; "Stella by Starlight" traz Miles olhando para o seu início de carreira e "Walkin´" é um exercício policromático repleto de paisagens que se constróem a cada novo movimento. Miles in Berlin é uma obra-prima do jazzmusical, um registro antológico de um músico na esfera da criação.

Faixas:
1. Milestones
2. Autumn Leaves
3. So What
4. Stella by Starlight (Bonus track do Lp original)
5. Walkin´
6. Go-Go (Theme and Announcement)

Musicos:
Miles Davis - Trompete
Wayne Shorter - Saxofone
Herbie Hancock - Piano
Ron Carter - Baixo
Tony Williams - Bateria

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Boa audição - Namastê.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

2005 - Jukka Eskola

Durante as minhas constantes buscas pelo soulseek, sempre me deparo com as coisas mais inusitadas. Uma das minhas últimas descobertas trata-se do jovem trompetista filândes Jukka Eskola, de Espoo, na costa sul da Finlândia. Com as ótimas colaborações de The Five Corners Quintet, NuSpirit Helsinki, Teddy Rok 7, Quintessence e Jimmy Tenor, Eskola nos presenteia com uma complexa viagem musical entre o eletrônico e o jazz, mantendo um forte linha de improviso e experimento.


Tracks
:

1 Introduction (1:49)
2 1974 (7:15)
3 Kulo (6:31)
4 Go Time (2:22)
5 Buttercup (8:38)
6 Timber Up (7:10)
7 Selim (1:20)
8 Duudamdej (6:05)
9 Last Breath (4:45)

Credits:

Bass - Antti Lötjönen
Drums, Percussion, Keyboards - Teppo Mäkynen
Fender Rhodes, Piano - Jukkis Uotila
Producer - Jukka Eskola , Teppo Mäkynen
Saxophones, Alto Flute - Timo Lassy
Trumpet, Flugelhorn - Jukka Eskola

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Uma Colaboração do Blog JazzMan!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

1961 - Where - Ron Carter With Eric Dolphy and Mal Waldron

Quando o crítico da revista Downbeat, Don McMichael classificou "Out To Lunch" com cinco estrelas, escreveu: "Este musico será o jazzman mais premiado da próxima década", estava assinando um dejavu de estrea do saxofonista, flautista e clarinetista, Eric Allan Dolphy ou mais conhecido Eric Dolphy, musico predestinado a ser uns dos criadores e fundamentalista de estilo da chamada corrente dominante do jazz com forte estética ao free. O album em questão era "Outward Bound" com forte raiz no estilo do bop, gravado em 1960, pelo selo Prestige, onde Eric fazia sua estreia nos rool dos lideres de jazz. Don McMichael esta certo e so um item ficou de fora desta visão futurista: Dolphy foi além disto. Apesar do seu estilo ter sido criticado como anti-jazz, a modernidade da sua obra é unica e indiscutível. As inovações por ele introduzida no jazz é tão fundamental como as de Charlie Parker ou John Coltrane. O lirismo da sua flauta no contraste do radicalismo de sua clarinete, o seu discurso no sax. alto era impetuoso, suas composições dissonantes e bizarras, formando estruturas para o desenvolvimento do jazz até aos dias conteporanios. Passava grande parte da sua vida nos estúdios de gravação, onde participou em muitas sessões lideradas pelos grandes músicos, como: Max Roach, Ted Curson, Ron Carter, Mal Waldron, Pony Poindexter, Benny Golson, Gary McFarland, Andrew Hill, Gil Evans, Ken McIntyre e é claro, John Coltrane. Foi em seu apartamento que Dolphy começa a tocar e a partilhar ideias com o seu então amigo Coltrane, que havia convida a trabalhar na sua primeira gravação para a então recém criada editora Impulse, tendo a seu cargo a orquestração e a direção de orquestra. O resultado tem significativa no paralelo discografico de Coltrane, chamado: "Africa/ Brass Sessions" apresenta com o célebre quarteto mais 14 músicos, transmitindo a experiência única de sentir o modalismo livre do quarteto, invadido por sutis arranjos orquestrais. Coltrane decide convidar Eric para as gravações de Olé Coltrane, que, em certa medida, segue os passos musicais já experimentados no album interior, mas desta feita sem orquestra. Dolphy passa a integrar o grupo de Trane e sua colaboração entre ambos tem o seu ponto alto nas gravações feitas em 1961 no mítico e lendario album: "Village Vanguard" em Nova Iorque. Apesar das frequentes colaborações, Dolphy continuava a gravar como líder. Para a história ,ficam as gravações feitas no Five Spot, editadas em dois volumes, onde a banda de Dolphy tinha alguns dos músicos mais criativos desta época, Booker Little, o trompetista de forte tendencias, Mal Waldron, pianista jurassico na historia do jazz, Richard Davis, contrabaixista e o baterista Ed Blackwell, que arquitetou a transição do futuro do jazz sem esquecer a tradição. A preocupação melódica, o fraseado e a estrutura interna dos solos são uma constancia na carreira de Dolphy, isto sem deixar a complexidade criativa das suas composições. É durante este processo criativo que nasce a obran prima "Out To Lunch", inteiramente preenchida com composições soberbas e originais, tocadas de forma espontânea e livre. Se a perfeição existe, ela está presente neste registro, obra inquietante, arriscada e demasiada inovação para a época. Hoje Dolphy é considerado pelo conhecedores de jazz um marco em relação às suas distintas performa-se instrumentais: vibrações líricas da flauta, vôos do sax-alto e os rompantes do clarinete. A sua propensão por buscar adiante novas idéias harmônicas o colocaram numa linha virtuosa entre consonância e dissonância. Enquanto Dolphy caminhava para ser uma figura decisiva nesse começo dos anos 60, o bebop passava por inovações e se desenvolvia para formas mais livres. Sua morte prematura aos 36 anos, devido às complicações causadas pela diabetes em 29 de Junho de 1964, poê fim a uma carreira brilhante e promissora. "Where?" surgiu em 20 de Junho de 1961, na companhia de baixista Ron Carter (04-05-1937) e do pianista Mal Waldron (Malcolm Earl Waldron - 16-08-1925 # 02-12-2002 ) em uma sessão prostraumatica dos musicos em suas carreiras como sidemam. Carter, dono de uma vasta cultura musical, trabalhou dentro de variados estilos musicais: jazz-rock, experimentos em música erudita de câmara, jazz mainstream, música de influência brasileira. Já Mal Waldron é conciderado um inovador pianista, compositor de jazz e world music, tocando com feras como: John Coltrane, Eric Dolphy, Clifford Jordânia, Booker Little, Steve Lacy e Jackie McLean. Habilidoso em suas composições, criou musica pra cinema, teatro e dança com forte tematica de jazz e inovação de estilo e harmonia. Faleceu com 77 anos, vitima de câncer no intestino. Waldron foi o último pianista a tocacou com a cantora Billie Holiday, no final dos anos 50. Item de coleção, Where? traduz uma dinamica de fazer jazz. Relançado em 01 de Abril de 2008. Produção de Rudy Van Gelder (1960, New Jazz, NJLP 8236).

Faixas:
01 - Rally
02 - Bass Duet
03 - Softly, As In a Morning Sunrise Lyrics
04 - Where?
05 - Yes, Indeed
06 - Saucer Eyes

Musicos:
Ron Carter - Violoncelo & Baixo Acustico
Eric Dolphy - Sax. Alto, Flauta & Clarenete
Mal Waldron - Piano
George Duvivier - Baixo Acustico

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Chet Baker - A Longa Noite de um Mito

Chet Baker - A longa noite de um mito (Chet Baker - La Lunga notte di un mito - James Gavin (Ed. Baldini & Castoldi - 2002).
James Gavin reconta, nesta biografia um completo compedio da vida mal estruturada do musico branco, de siluetas mediana e uma forma de tocar jazz na mais requintada e encantadora obra do trompetista Chet Baker. Desde o início dos anos 50 que o rapaz se tornou um símbolo romântico, espiritualmente através de suas notas na corrente típica de Cool-jazz, West-Cost, fervilhando na sombra de distaque em outras forma de tocar trompete. Sua natureza inquieta e ao mesmo tempo hiper-sensível, o levou inevitavelmente a uma constante necessidade de fuga, fugir da responsabilidade e do mundo. Músicas e drogas eram para Chet mundos em que se admite uma combinação, tornar-se um ícone para todos os mitos da American rebeldes. A obra de James Gavin, feito através de uma minuciosa investigação e apaixonada linha de pesquisa, traça centenas de fontes inéditas e entrevistas não disponíveis anteriormente e em seguida, coloca fora do registro histórico da vida do trompetista uma extraordinária relação ao contexto social e político daqueles anos. Alguns enigmas apresenta soluções enquanto outros são especulações mal resolvidas ou foram divulgados de forma maldosa sem preceito. Um classico exemplo é o mistério ligado à sua morte (ocorrida em Amesterdão em 1988). O biógrafo explora com mastria o nascimento essencial melancolia, gosto zen, recheiada de misteriosios e sedução que trouxe Baker para o sucesso. É importante destacar a irônica parábola da sua vida, suas doces melodias e paradisíaca fases, única forma de sublimação do inferno que sentia dentro de si. A droga se tornou para Chet uma meia final e ao mesmo tempo, um equilíbrio instável entre si mesmo e o mundo, calcando um beleza finita, mencionado o preço instavel de um homem que vivia na orla semper oscilante entre o céu e o inferno, bem e mal, vida e morte. Gavin arrastar-nos entre os eventos sempre vivos, com interesse para descobrir a espiral de dependência quimica de Baker, destruindo não só a si, mas todos os que estiveram a sua volta (mulheres, músicos, amigos). A biografia vai além do puro discurso histórico, objetivo, mas através de uma crítica aguda, apresentando destaque a condição pós-guerra americano no nos anos '50 até o final '80. Um relato audacioso pra entender o porque de Chet preferir as drogas em conta partida, pagando o preço de inspirações ao longo de sua brilhante carreira.Uma boa leitura para que quer aprofundar sobre Chet Baker.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O trem que passou...


EU TENHO UM SONHO
Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)

"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".
Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça. Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus. Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só. E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?" Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza. Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero. Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta. Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado. "Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:
"Livre afinal, livre afinal.
Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

Martin Luther King Junior (15 de janeiro de 1929 - 4 de abril de 1968). Também conhecido como Martin Luther King, Pastor da Igreja Batista e ativista político norte-americano.

Boa leitura - Namastê.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

1959 - Bags & Trane - John Coltrane & Milt Jackson

Milton (Milt) Jackson (Detroit, Michigan, 01 de Janeiro de 1923 – Manhattan, 09 de outubro de 1999) foi um vibrafonista de jazz norte-americano e um dos primeiros no gênero bebop. Apelidado de “Bags” (Sacos), foi o principal vibrafonista do jazz pós-swing, e talvez o maior de todo o jazz. Nascido em Detroit, começou tocando violão e piano, antes de se decidir pelo vibrafone na adolescência. Se tornou um vibrafone respeitado, superando até nomes importância na figura de dois históricos instrumentista: Lionel Hampton e Red Norvir, que ficou mantido durante cinqüenta anos no topo da popularidade, até mesmo além de estrelas como Juliana Morais e Gary Burton (1943). Seu estilo era tremendamente variadas, englobando BdP, blues e baladas mais tradicionais. Milt Jackson começou a tocar guitarra e piano na idade sete às onze. Poucos anos depois foi mudado para o vibrafone. Sua estréia profissional foi cantando em um grupo gospel. Dizzy Gillespie o descobriu em Detroit e ofereceu-lhe um emprego no sexteto que havia formado e mais tarde uma orquestra em 1946. Jackson gravado com o trompetista e rapidamente se tornou popular e solicitado por outros músicos. Após tocar com Gillespie sexteto durante anos 1950-1952, formando depois o que seria na historia do jazz o quarteto integrado por: John Lewis, Percy Heath e Kenny Clarke (1952), chamado de Modern Jazz Quartet. No centro do álbum enconta-se uma evidente propósita dos dois músicos em sicronizar os instrumentos um ao outro. Coltrane ataca mais agressivamente, com seu árduo gumes revelador num som perfeito para um sincopado de nota sem que Mr. Jackson's adocica co veemencia o toque vibrado. Em "The night we called a day", pode-se ouvir como eles escutaram com atenção em si, uma mistura de solo para o outro sem cobrar o sintonizar da batida. Bags & Trane é o único álbum gravado em conjuto com Coltrane. O título vem do que os apelidos dos dois músicos: Bags - Milt Jackson e Trane - John Coltrane. Gravado em Janeiro de 1959, SÓ liberado pela Atlantic Records em Dezembro de 1961. Relançado em 25 de Outubro de 1990 pelo selo Rhino Atlantic. Um dos aspectos mais notáveis de Coltrane é o comprimento de seus solos, com vista a eliminar qualquer limite temporal para as notas e sua propagação ao critério das necessidades do intérprete, (daí as muitas questões de excesso de Coltrane por exemplo, nossos solos de trinta minutos). Milt Jackson tambem gracou com Oscar Peterson Trio e Ray Brown - Very Tall Tall Band de 1998.
A produção ficou a cargo de Nesuhi Ertegün & Bob Porter, com fotografias de Lee Friedlander.

Faixas:
01 - Stairway To The Stars
02 - The Late Late Blues
03 - Bags And Trane
04 - Three Little Words
05 - The Night We Called a Day
06 - Be-Bop
07 - Blues Legacy
08 - Centerpiece

Musicos:
John Coltrane - sax. Tenor
Milt Jackson - Vibrafone
Hank Jones - Piano
Paul Chambers - Baixo Acustico
Conny Kay - Bateria

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Boa audição - Namastê.