terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Jazz In Paris - 50 Reasons To Love Paris (3 CD)

Artista: VA

Álbum: 50 Reasons To Love Paris (3 CD)

Lançamento: 2007

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: OST, Bebop, Hard bop 


Gênero musical marcado pelos improvisos e virtuosismo dos instrumentistas, o jazz surgiu nos Estados Unidos, mas logo conquistou o mundo. Trata-se de um estilo que, de tão rico e diverso, não é fácil de ser conceituado. Afinal, o jazz se desdobrou em muitos subgêneros, cada um com sonoridades bastante peculiares. E também influenciou a criação de outros estilos. Apesar disso, há características em comum em todo esse mosaico jazzístico. A cidade de Nova Orleans, no Estado de Louisiana, nos Estados Unidos, é o berço do jazz. Sua raiz remonta às canções produzidas pelos escravos negros trazidos da África, que tinham na música uma válvula de escape diante do sofrimento oriundo da situação de escravidão. Os cânticos eram entoados durante os trabalhos forçados nas plantações, muitas vezes seguindo um padrão de “pergunta e resposta”. Inclusive, a chamada blue note, presente tanto no jazz quanto no blues, originou-se a partir dessa proposta musical e rítmica de matriz africana. É interessante notar que a blue note não integra uma escala diatônica comum. Traz uma afinação diferenciada, podendo estar no terceiro, quinto ou sétimo grau da escala. Quando tocada, transmite uma sensação de lamento e melancolia. O blues, principalmente, sempre teve essa característica de forma emblemática, mas logo o jazz também incorporou essa vertente em suas peças musicais. A música entoada e composta no período da escravidão, que trazia a influência africana, logo se misturou às vertentes culturais americana e europeia. Essa miscelânea resultou no florescimento de diversos ritmos, principalmente após a abolição da escravatura, ocorrida em 1863. Destaque para o ragtime, surgido no final do século XIX e que está diretamente ligado à origem do jazz. Desenvolvido por comunidades afro-americanas, o ragtime rapidamente popularizou-se em bailes. Seu precursor foi William Krell, com a composição “Mississippi Rag”, mas foi o pianista Scott Joplin quem realmente consagrou o estilo. Ele é autor de obras famosas mundialmente nesse gênero, como “Maple Leaf Rag”, de 1899, e “The Entertainer”, de 1902. Na época, Joplin ensinava que o segredo para se tocar bem o ragtime no piano era pegar o “swing”. Esse termo virou posteriormente o primeiro subgênero do jazz, dominando o cenário musical americano nos anos 30 e 40. No final dos anos 40, as big bands já não tinham mais tanto apelo popular. O jazz seguiu caminhos bastante diversificados, trazendo outros subgêneros. Porém, características tipicamente jazzistas permaneceram, como o improviso, o virtuosismo dos músicos e a liberdade de interpretação. E esses três aspectos foram ainda mais explorados no período pós-swing, com ritmos e sonoridades cada vez mais imprevisíveis e menos lineares. O bebop, que tem Charlie Parker e Dizzy Gillespie como alguns de seus principais representantes, é um exemplo disso. O nome do estilo deriva de uma onomatopeia, referente ao som da batida de martelos no metal durante a construção de ferrovias. As melodias no bebop são compostas de muitas notas, executadas com bastante rapidez, exigindo muita habilidade do instrumentista. Em seu streaming de música preferido, experimente escutar “Donna Lee”, um dos maiores clássicos do estilo. Na gravação original está o próprio Charlie Parker no sax alto, acompanhado de Miles Davis no trompete, Bud Powell no piano, Tommy Potter no baixo e Max Roach na bateria. Após o bebop, o cool jazz passou a despontar no cenário musical, trazendo uma proposta mais leve e romântica. O genial Miles Davis também participou dessa fase. Um de seus álbuns mais populares, “Birth of the Cool”, é bastante representativo do estilo. Já a partir do final dos anos 50 o jazz assumiu uma vertente bastante experimental. Uma prova disso é o free jazz, que elevou à máxima potência a liberdade de interpretação dos músicos. John Coltrane e Rashied Ali estão entre os criadores desse movimento jazzístico. Podemos citar, ainda, entre os subgêneros, o jazz fusion que, como o próprio nome diz, propõe uma fusão do jazz com outros gêneros musicais, como o rock e o funk. O jazz latino está entre os precursores dessa tendência, pois apresenta uma mistura bem ajambrada com estilos como salsa e merengue.


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sábado, 28 de janeiro de 2023

HS 11 - Cravic, Roussin, Varis - Cordes Et Lames

Artista: Cravic, Roussin & Varis

Álbum: Jazz in Paris- Hors-Série 11

Lançamento: 2012

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Post-bop

Post-bop é um gênero de jazz de combo pequeno que evoluiu no início e meados da década dos anos 1960, Nova York. Instrumentos típicos: Bateria saxofone trompete trombone clarinete piano contrabaixo.  O Post-bop é um termo que utilizado para designar pequenos grupos de jazz, que se desenvolveram em meados da década de 60. O género tem a sua origem em músicos como John Coltrane, Miles Davis, Bill Evans, Charles Mingus e, em particular, Herbie Hancock. Atualmente, este género de jazz tem uma natureza eclética, que envolve influências de hard bop, avant-garde jazz e free jazz, sem no entanto se identificar com estes. Vários trabalhos de post-bop foram gravados pela Blue Note Records e desses destacam-se Speak No Evil de Wayne Shorter; The Real McCoy de McCoy Tyner; Maiden Voyage de Herbie Hancock; e Search For the New Land de Lee Morgan. A evolução natural dos artistas do post-bop foi o Jazz fusion, na década de 70. Wynton Marsalis e Branford Marsalis, lideraram um revivalismo deste estilo nos anos 80, até hoje.

Acordeão – Francis Varis

Contrabaixo – Yves Torchinsky

Bateria – Jean-Claude Jouy

Guitarra [Gibson 175] – Dominique Cravic

Violino – Dominique Pifarely


Gravado em Studio J.L. Witas, Chaville - setembro, 1985

Gravado em Studio J.L. Witas, Chaville - março e junho, 1983

Gravado em Studio Bob Mathieu, Dravell - maio 1988, Sutton's Place Studio, Hollywood


Boa audição - Namastê


quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

HS 10 - Boulou Ferre - Complete Barclay Recordings

Artista: Boulou Ferre
Lançamento: 2012
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Gypsy Jazz, Fusion

As rádios em todo o país começaram a transmissão dos clubes de jazz durante as décadas de 30 a 50. O rádio foi um fator importante na obtenção de fama, como Benny Goodman, que ficou conhecido como o ‘Rei do Swing’. Em breve, outros o desafiaram, e ‘as batalhas das bandas’ tornaram-se um espetáculo. As Big Bands também começaram a aparecer no cinema em 1930 até a década de 60. Filmes biográficos de Glenn Miller, Gene Krupa, Benny Goodman e outros foram feitos na década de 50, como tributo nostálgico aos anos de glória das Big Bands. A essa altura, as Big Bands foram uma força dominante no jazz que a geração mais velha descobriu e teve que se adaptar a elas ou simplesmente se aposentar pela falta de mercado para gravações de pequenos grupos já que devido à depressão as gravadoras relutavam em assumir riscos. Alguns músicos como Louis Armstrong e Earl Hines formaram suas próprias bandas, enquanto outros, como Jelly Roll Morton e Oliver King, caíram no esquecimento. Os principais afro-americanos líderes de bandas na década de 30 além das lideradas por Ellington, Hines e Calloway, foram Jimmie Lunceford, Chick Webb e Count Basie. As bandas ‘brancas’ de Benny Goodman, Artie Shaw, Tommy Dorsey, Shep Fields e, posteriormente, Glenn Miller eclipsaram as aspirações em termos de popularidade das bandas ‘negras’. Adolescentes brancos e adultos jovens foram os principais fãs das Big Bands no final de 1930 e início dos anos 40. Eles dançavam e assistiam os shows ao vivo sempre que podiam. Para as bandas era extenuante chegar aos seus fãs em todos os lugares. As condições de deslocamento e alojamento eram difíceis, devido à segregação na maior parte dos Estados Unidos, e os integrantes tinham que se apresentar com sono e pouca comida, além dos salários baixos. Os vícios eram comuns, além dos problemas pessoais e da discórdia entre os componentes que afetavam o grupo. E os principais solistas eram muitas vezes atraídos por melhores contratos. Sem contar com as apresentações que muitas vezes eram em coretos muito pequenos, inadequados e com pianos desafinados. E os bandleaders de sucesso tinham que lidar com esses perigos para manter a sua banda coesa, alguns com disciplina rígida como Glenn Miller, outros com uma psicologia sagaz como Duke Ellington.


Guitarra Acústica – Boulou Ferré (faixas: 1-12), Elios Ferré (faixas: 2-9 a 2-16)

Saxofone alto – Paul Schelker (faixas: 2-9 a 2-16)

Organizado por – Takashi Kako (faixas: 2-11)

Arranjado por, Maestro – Alain Goraguer (faixas: 1-1 a 1-4), Boulou Ferré (faixas: 2-9 a 2-16 ), Jean Bouchety (faixas: 1-13 a 1-20)

Baixo – Richard Fistisch (faixas: 2-9 a 2-16)

Guitarra Clássica – Boulou Ferré (faixas: 1-16)

Contrabaixo – Michel Gaudry (faixas: 1-13 a 1-15, 1-17 a 1-20)

Bateria – André Arpino (faixas: 1-13 a 1-15, 1-17 a 1-20)

Guitarra – Boulou Ferré (faixas: 1-13 a 1-20, 2-5 a 2-16)

Guitarra, Vocais – Boulou Ferré (faixas: 1-1 a 1-11, 2-1 a 2-4)

Órgão – André Hervé (faixas: 2-9 a 2-16), Eddy Louiss (faixas: 1-15, 1-17, 1-18, 1-20), Maurice Vander (faixas: 1-13, 1-14 , 1-19)

Percussão – Alain Clarel (faixas: 2-9 a 2-16), Emile Serré (faixas: 1-13 a 1-15, 1-17 a 1-20)

Piano, Harmonium, Cravo – Takashi Kako (faixas: 2-9 a 2-16)

Saxofone tenor – Pierre Gossez (faixas: 1-13 a 1-15, 1-17 a 1-20)

Trombone – Christian Guizien (faixas: 2-9 a 2-16)

Trompete – Pierre Barreau (faixas: 2-9 a 2-16)

Vibraphone – Dany Doriz (faixas: 1-13, 1-14, 1-19), Guy Boyer (faixas: 1-15, 1-17, 1-18, 1-20)

Vocais – Danielle Licari ( faixas: 1-17 )

Escrito por – Boulou Ferré (faixas: 2-8 a 2-10, 2-12 a 2-16)

Acompanhado por – Alain Goraguer (faixas: 1-5 a 1-11), Alain Goraguer Et Son Orchester (faixas: 2-1 a 2-4), Paris All Stars (2) (faixas: 1-5 a 1-11 , 1-13 a 1-20)


Faixa 1-12 (inédita) Gravado em 9 de novembro de 1964.

Faixas 1-13, 1-14 e 1-19 Gravadas em 3 de fevereiro de 1966.

Faixas 1-15, 1-17, 1-18 e 1-20 Gravadas em 4 de fevereiro de 1966.

Faixa 1- 16 Gravado em 11 de fevereiro de 1966.

Faixas 2-1 a 2-4 Gravadas em março e maio de 1964

Faixas 2-5 a 2-8 Gravadas em 7 de março de 1968

Faixas 2-9 a 2-16 Gravadas na primavera de 1974


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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

HS 09 - Ivan Jullien - Complete Riviera Recordings

Artista: Ivan Jullien
Lançamento: 2012
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Soul-Jazz, Jazz-Funk, Big Band

O swing remete também às músicas de big bands. Até 1924, as big bands tendiam a tocar arranjos que ficavam amarrados às melodias, oferecendo poucas surpresas e inibindo a espontaneidade e a criatividade dos melhores solistas. Em 1924, o jovem cornetista Louis Armstrong se juntou à orquestra de Fletcher Henderson. Seu timbre, adicionado ao uso dramático do espaço e ao seu senso de balanço impressionaram bastante o arranjador chefe da orquestra de Henderson, Don Redman, e esse momento pode ser datado como o início do swing. Outras importantes big bands da década foram a de: ‘Bennie Moten’s Kansas City Orchestra’, que no meio da década de 30 se tornaria a de Count Basie; a de Jean Goldkette em 1927 que contava com os arranjos de Bill Challis e solos do cornetista Bix Beiderbecke e do saxofonista Frankie Trumbauer; a de Ben Pollack que serviu de aprendizado para Benny Goodman, Glenn Miller e para o trombonista Jack Teagarden e a de Paul Whiteman, que por volta de 1927 tinha se tornado na maior orquestra de jazz. Porém, a essa altura os arranjos eram sempre mais avançados para os solistas do que aqueles praticados no jazz de New Orleans. A mais importante big band do final dos anos 20 e aquela que se sucedeu à de Fletcher Henderson foi a de Duke Ellington. Com a crise de 1929 e o começo da depressão econômica, era de se esperar que as big bands se tornassem pouco viáveis economicamente, mas por ironia, ocorreu o contrário. (fonte: clube do jazz)

Violão Acústico – Pierre Cullaz (faixas: 2-1 a 2-20)

Saxofone Alto, Saxofone Tenor – Robert Garcia 

Saxofone barítono – Jacques Di Donato (faixas: 2-13 a 2-20), Jean-Louis Chautemps (faixas: 1-5, 1-6, 2-13 a 2-20)

Bass Trombone – Benny Vasseur (faixas: 2-13 a 2-20), Camille Verdier (faixas: 1-1 a 1-8), Gérard Vassot (faixas: 2-13 a 2-20)

Maestro – Ivan Jullien (faixas: 1-1 a 2-12)

Contrabaixo – Gilbert Rovère (faixas: 1-1 a 1-8), Jacky Samson (faixas: 2-13 a 2-20)

Bateria – André Arpino (faixas: 2-1 a 2-12), André Ceccarelli (faixas: 2-13 a 2-20), Charles Bellonzi (faixas: 1-1 a 2-12)

Bateria, Percussão – André Arpino (faixas: 1-1 a 1-8)

Baixo elétrico – Francis Darizcuren (faixas: 2-1 a 2-12, 2-14, 2-15, 2-17, 2-20)

French Horn – Jean-Jacques Justafre (faixas: 2-13 a 2-20), Yves Valada (faixas: 2-13 a 2-20)

Guitarra – Francis Olivère (faixas: 2-1 a 2-12) , Raymond Gimenes (faixas: 2-1 a 2-12)

Órgão – Eddy Louiss (faixas: 1-1 a 2-12)

Percussão – Bernard Lubat (faixas: 1-5, 1-6) , Marc Chantereau (faixas: 2-13 a 2-20)

Piano – Eddy Louiss (faixas: 1-1 a 1-8), Maurice Vander (faixas: 2-1 a 2-12), Michel Colombier (faixas: 2-1 a 2-12), Michel Graillier (faixas: 2 -13 a 2-20)

Saxofone – Georges Grenu (faixas: 2-1 a 2-12), Pierre Gossez (faixas: 2-1 a 2-20)

Saxofone Soprano, Saxofone Barítono – Jacques Noureddine

Sousaphone – Marc Steckar (faixas: 2-13 a 2-20)

Saxofone tenor – Marcel Canillard (faixas: 2-13, 2-16, 2-19, 2-20)

Saxofone Tenor, Saxofone Alto, Flauta – Michel Portal (faixas: 1-1 a 1-8)

Trombone – Charles Verstraete (faixas: 2-13, 2-16, 2-19, 2-20), Christian Guizien, Jacques Bolognesi (faixas: 2-13 a 2-20), Pierre Goasguen (faixas: 2-14, 2-15, 2-17, 2-18), Raymond Katarzynsky (faixas: 1-1 a 2-12)

Trompete – Fernand Verstraete (faixas: 2-13 a 2-20), Frédéric Gérard (faixas: 1-1 a 1-8), Henry Van Haeke (faixas: 2-14, 2-15, 2-17, 2-18), Ivan Jullien (faixas: 1-1 a 2-12), Jean Baissat (faixas: 1-1 a 1-8), Jean Baissat (faixas: 2-1 a 2-12, 2-13, 2-16, 2-19, 2-20), Maurice Thomas, Michel Poli (faixas: 2-13 a 2-20), Roger Guérin (faixas: 1-1 a 2-12), Tony Russo (faixas: 2-13 a 2-20)

Trompete, Flugelhorn – Bernard Vitet (faixas: 1-1 a 1-8)


Faixas 11, 12 e 28 gravado de fevereiro de 1966, Paris Jazz All Stars - Paris 

Faixas 2-1 a 2-12 gravadas de março de 1968 a fevereiro de 1969, Big Jullien And His All Star - Paris 

Faixas 2-13 a 2-20 gravadas em 19 de abril e 14 de junho de 1971 , Ivan Jullien Big Band - Paris


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sábado, 21 de janeiro de 2023

HS 08 - Rhoda Scott - Paris - New York

Artista: Rhoda Scott
Lançamento: 2012
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Soul Jazz 


Rhoda Scott, é um americano de jazz organista e cantor nascido em3 de julho de 1938Para Dorothy  (in), no estado de New Jersey . Ela é apelidada de "The Barefoot Lady" (a senhora descalça, hábito que adquiriu quando era pequena de tocar pedalboard e que continuou no palco), Rhoda Scott é descoberta por Count Basie que a contrata imediatamente em seu clube do Harlem. Foi lá que Eddy Barclay e seu cúmplice Raoul Saint-Yves, sempre em busca de novos talentos, o ofereceram para vir a Paris, onde este o contratou em seu cabaré, o Bilboquet, de Julho de 1968. Depois de passar pela prestigiosa Manhattan School of Music, estudou no American Conservatory of Fontainebleau (França) com Nadia Boulanger. Rhoda Scott combina aptidões clássicas com um grande talento para jazz e música religiosa. Esta embaixadora do órgão Hammond emocionou um grande público em todo o mundo desde 1963. Ela toca com os maiores nomes, Ray Charles, George Benson, Count Basie, Ella Fitzgerald, Sarah Morrow. Rhoda tem um talento completo que a torna tão à vontade na música clássica quanto no jazz, evangelho ou blues. Dotada de uma memória musical excepcional, sabe de cor, por exemplo, mais de mil peças e compõe a maior parte do seu repertório. Além disso, ela nunca impõe um programa para uma noite e joga de acordo com sua inspiração do momento e principalmente de acordo com a reação do público. Ela criou o Lady Quartet para o Festival de Viena de 2004. Com Sophie Alour ( saxofone tenor ), Airelle Besson (clarim), depois Lisa Cat-Berro (saxofone alto) e Julie Saury (bateria), ela fez turnês em clubes de jazz e gravou um álbum no21 de janeiro de 2008no pôr do sol. Rhoda Scott gosta muito da França e possui uma propriedade em Coulonges-les-Sablons em Orne, onde ela reside regularmente. É também madrinha do coro da Universidade de Le Mans, dirigido por Evelyne Béché. Em 2010, por ocasião do festival musical Printemps des Orgues, acompanhou o Coro de Mauges de Beaupréau sob a direção de Katika Blardone. 

Saxofone Alto, Saxofone Soprano, Flauta – Ed Xiques (faixas: 2-1 a 2-9), Jerry Dodgion (faixas: 2-1 a 2-9)
Saxofone barítono – Pepper Adams (faixas: 2-1 a 2-9)
Baixo – Bob Bowman (3) ( faixas: 2-1 a 2-9 )
Bateria – Daniel Humair (faixas: 1-1 a 1-7), Cees Kranenburg (faixas: 1-8 a 1-13), Mel Lewis (faixas: 2-1 a 2-9)
Piano Elétrico – Harold Danko (faixas: 2-1 a 2-9)
Flugelhorn, organizado por – Thad Jones (faixas: 2-1 a 2-9)
Flauta, Saxofone Tenor – Joe Thomas (faixas: 1-8 a 1-13)
Órgão – Rhoda Scott
Saxofone Tenor, Clarinete – Larry Schneider (faixas: 2-1 a 2-9)
Saxofone Tenor, Flauta, Clarinete – Gregory Herbert (faixas: 2-1 a 2-9)
Trombone – Billy Campbell (faixas: 2-1 a 2-9), Clifford Adams (faixas: 2-1 a 2-9), Earl McIntyre (faixas: 2-1 a 2-9), John Mosca (faixas: 2 -1 a 2-9)
Trompete – Al Porcino (faixas: 2-1 a 2-9), Cecil Bridgewater (faixas: 2-1 a 2-9), Earl Gardner (faixas: 2-1 a 2-9), Lynn Nicholson (faixas: 2 -1 a 2-9)

#1-1 a 1-7 Gravado no Studio Hoche, Paris, setembro de 1968.
# 1-8 a 1-13 Gravado em outubro de 1971 em Paris.

#2-1 a 2-9 Gravado no Media Sound Studio, Nova York, junho de 1976 em Paris.

Boa audição - Namastê

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

HS 07 - Bernard Peiffer - Improvision

Artista: Bernard Peiffer

Álbum: Jazz in Paris- Hors-Série 07

Lançamento: 2012

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Bop, Hard Bop 


Bernard Peiffer nasceu em 23 de outubro de 1922 em Epinal, no distrito de Vosges, no nordeste da França. O pai de Bernard, ex-militar, era violinista e se dedicava à música de câmara. Um tio, Georges Peiffer, era compositor e organista de igreja. Bernard começou seus estudos musicais aos 9 anos; ele estudou piano e harmonia em particular com Pierre Maire (um aluno de Nadia Boulanger) e deslumbrou os alunos mais velhos com sua capacidade de reproduzir seções extensas de peças clássicas de ouvido. Ele continuou seus estudos durante a adolescência na École Normale de Paris, no Conservatório de Marselha e no Conservatório de Paris, onde ganhou o cobiçado e reverenciado Primeiro Prêmio em Piano. Atraído pela liberdade e base improvisacional do jazz e influenciado pelos estilos pianísticos de Fats Waller e Art Tatum , Bernard estreou-se profissionalmente em 1943 , aos 20 anos, com o saxofonista alto Andre Ekyan. Logo após sua estreia trabalhou na boate Boeuf Sur Le Toit Paris com Django Reinhardt . Bernard atribuiu a Reinhardt o ensino do negócio da música e Django previu uma carreira brilhante para o jovem Peiffer. Depois de testemunhar a execução de seu amigo em uma rua de Paris nas mãos da Gestapo , Bernard se juntou ao Movimento de Resistência Francesa. Ele acabou sendo capturado pela Gestapo e preso por mais de um ano. Fora do exército em 1946 , ele retomou sua carreira musical, fazendo shows para o French Hot Club na Salle Pleyel e retomando sua associação com Django Reinhardt. Excursionou com Hubert Rostaing e Jacques Helian . Em fevereiro de 1948 , ele se apresentou em Nice no que provavelmente foi o primeiro festival de jazz do mundo; foi lá que o desempenho de Bernard impressionou tanto o ex-aluno de Ellington, Rex Stewart , que ele contratou Bernard para fazer uma turnê e gravar com sua banda. Depois de trabalhar com Stewart, ele gravou com Don Byas, James Moody e Kenny Clarke , e novamente se reuniu com Django para datas em clubes e uma turnê. Na segunda-feira, 20 de dezembro de 1954 , Bernard Peiffer deixou sua carreira de sucesso na França e imigrou para os Estados Unidos. Influenciado pelo incentivo de seus colegas e por seu próprio compromisso com o crescimento artístico contínuo, Bernard mergulhou na cena do jazz americano e na cultura americana. Ele se estabeleceu na Filadélfia em 1954 e logo foi acompanhado por sua esposa Corine e filha bebê Rebecca . Frederique, sua filha de um casamento anterior com a cantora Monique Dozo, permaneceu em Paris. Seu primeiro filho nascido nos Estados Unidos, Pascale , nasceu em 1956 ; sua trágica doença e morte aos 2 anos de idade afetou profundamente Bernard e se reflete em seu comovente “Poema para uma criança solitária”. O filho Stephan chegou em 1962. Em 1974, ele se apresentou na noite de piano solo do Newport-New York Festival, realizada no Carnegie Hall. Ele derrubou a casa. “Achei que Carnegie fosse explodir”, disse ele mais tarde. Bernard continuou a ensinar e se apresentar na Filadélfia até que seus problemas renais pioraram em 1976 . Ele morreu em 7 de setembro. Ele tinha 53 anos. Sua carreira, que começou com tanta aclamação e promessa na França, nunca alcançou o nível de sucesso nos Estados Unidos que a crítica e outros músicos esperavam. Sua biografia sobre Bernard Peiffer vem diretamente de meus escritos sobre ele, que foram concluídos, publicados e apresentados após muita pesquisa e reflexão. A maior parte do meu trabalho sobre meu professor e amigo Bernard Peiffer pode ser encontrada em um artigo apresentado à IAJE ou publicado no AllAboutJazz. Trechos também foram usados ​​no encarte de Formidable por Stephan Peiffer. Tenho certeza de que sua intenção era simplesmente fornecer uma breve informação sobre Bernard. Eu agradeceria se você me citasse como autor e fonte da biografia e adicionasse links para as obras completas para seus leitores.  Don Glanden


Contrabaixo – Al Stauffer , Chuck Andrus , Gus Nemeth , Oscar Pettiford
Bateria – Billy Jones , Ed Thigpen , Jerry Segal , Jimmy Paxson
Guitarra Elétrica – Joe Puma
Piano – Bernard Peiffer

CD1-1 a 10: 11/04/1956,
CD1-11 a 14:Live at The Cherry Hill Inn, 12/10/1972
CD2-01 a 06: Modern Jazz For the People Who Lik, 1959 New-York City
CD2-07:NPR Radio Program 1972 B.Peiffer,A
CD2-08 à 10 : Live From Glassboro State University, 1976



 Boa audição - Namastê

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

06 - Anachronic Jazz Band – Anthropology

Lançamento: 2009
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Bop , Hard Bop , Big Band , Dixieland

A origem do termo ‘boogie-woogie’ é desconhecido. No entanto, Dr. John Tennison, psiquiatra, pianista e musicólogo sugeriu alguns precursores interessantes da linguística africana. Entre eles estão quatro termos africanos: a palavra ‘boog’ da língua Hausa e ‘booga’ da língua Mandinga, ambas significando ‘bater’, como batendo um tambor. Há também a palavra ‘bogi’ do Oeste Africano que significa ‘para dançar’, e ‘mbuki mvuki’ do Bantu, ‘mbuki’ que significa ‘voar’ e mvuki ‘dançar descontroladamente’. Os significados de todas estas palavras são consistentes com a dança e os comportamentos desinibidos historicamente associados a música boogie-woogie. A origem africana é evidente pois a música surgiu entre os recém-emancipados afro-americanos. Na literatura das partituras antes de 1900, há pelo menos três exemplos do uso da palavra ‘bogie’ em títulos de música nos arquivos da Biblioteca do Congresso dos EUA. E em 1901, ‘hoogie boogie’ apareceu no título de partituras publicadas. Quanto às gravações de áudio, a primeira aparição no título de uma gravação parece ter sido feita do ‘American Quartet’ por Thomas Edison em ‘That Synchopated Boogie Boo’ em 1913, e na composição ‘Boogie Rag’ de Wilbur Sweatman em 1917. No entanto, nenhum destes exemplos de partituras ou de gravação de áudio contém os elementos musicais que os identificam como boogie-woogie. As gravações ‘Weary Blues’ de 1915, do grupo ‘Louisiana Five’, uma das primeiras dixieland jazz band, e do pianista Artie Matthews são reconhecidas como as mais antigas com figuras musicais do boogie-woogie.


Banjo – François Fournet

Clarinet, Alto Saxophone, Music Director – Marc Richard

Clarinet, Saxophone [C-Melody Sax] – Jean-François Bonnel

Clarinet, Soprano Saxophone, Tenor Saxophone – André Villéger

Drums – Sylvain Glévarec

Piano, Music Director – Philippe Baudoin

Trombone – Pierre Guicquéro

Trumpet – Patrick Artero

Tuba – Gérard Gervois

Vocals, Alto Saxophone – Daniel Huck


Gravado em d'Etampes, 15 e 20 Abril, 1976 - em Paris

Gravado em Theatre du Ranelegh, novembro 1978 - em Paris

Gravado em Live, ORFT, paris 21 fevereiro 1976 - em Paris

Gravado em Live, Necy, outubro 1977 - em paris 

Gravado em Live, Mantes, novembro 1978 - em Paris

Gravado em Live, Allemangne, 16 março 1979 - em Paris

Boa audição - Namastê

sábado, 14 de janeiro de 2023

HHS 05 - Alain Jean-Marie - Afterblue


Lançamento: 2009
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Jazz Contemporâneo , Cool Jazz


 

Alain Jean-Marie: Afterblue (Jazz in Paris Special Edition 05) A edição especial n.º 5 é dedicada a Alain Jean-Marie, com a reedição de dois álbuns gravados para a editora Shaï. “Afterblue” é o primeiro disco a solo da pianista: “Gravei-o num estado de espírito para além do blues, quase sem esperança. Daí a cor não escura, mas austera. Uma série de sequências que, com simplicidade, sinceridade e elegância, comunicam a verdadeira emoção. Para “Lazy Afternoon”, Alain Jean-Marie convocou dois cúmplices que, como ele, sabem ser solistas quando acompanham enquanto constroem seu discurso em reação ao de seus parceiros.

Piano (Solo) – Alain Jean-Marie

Baixo: Gilles Naturel (faixas: 2-1 e 2-10)

Bateria: John Betsch (faixas: 2-1 e 2-10)


Gravado em 20 e 21 de Abril de 1999, em Paris

Boa audição - Namastê

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

HS 04 - Henri Crolla - Le Long Des Rues

Artista: Henri Crolla
Lançamento: 2005
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Post Bop

Muitos viam o jazz como promíscuo e relacionado à classe baixa, devido às ligações raciais, mas nem todos se opunham a ele e músicos brancos começaram a procurar músicos negros. Oficialmente, a primeira gravação de jazz aconteceu em 1917, com a original ‘Dixieland Jazz Band’, um conjunto formado por músicos brancos de Chicago. Mas foi a partir do pianista Jelly Roll Morton e da cantora Bessie Smith que o jazz começou sua verdadeira viagem. O primeiro grande expoente do jazz foi Louis Armstrong, que era trompetista da banda ‘Creole Jazz Band’, liderada por Joe King Oliver. Entre 1925 e 1928, após deixar Oliver, Armstrong entrou definitivamente para a história e é considerado o primeiro grande solista do jazz. Duke Ellington é considerado o Mozart do jazz. Seus arranjos sofisticados e sua orquestra de virtuosos foram as novidades, no meio dos anos 30, que regeram a era do swing. No meio dos anos 40, uma revolução acontece no jazz, nasce o bebop, estilo que tem como característica principal a vocalização do instrumento. Seus precursores foram o saxofonista Charlie ‘Bird’ Parker , o trompetista Dizzy Gillespie e o pianista Thelonius Monk. Nessa época, as cantoras ajudaram a reerguer as big-bands, que estavam em franco declínio. Quanto tudo parecia calmo, um trompetista discreto apareceu, era Miles Davis. Junto a outro gênio, o saxofonista John Coltrane, Davis cria o que ficou rotulado de cool jazz, algo mais tranquilo e requintado que o bebop.


CD1: Gravado em 1956 (faixas 1-8) e 1957 (faixas 9-20) em Paris.

CD2: Gravado em 1957 (faixas 1-13) 1960 (faixas 14-19), 1959 (faixas 20-21), 1959 (faixa 22) e 1958-1959 (faixas 23-24) em Paris.


Boa audição - Namastê

 

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

HS 03 - Jean-Claude Fohrenbach - Fohrenbach French Sound

Lançamento: 2005
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Cool Jazz, Swing, Post Bop


O jazz é, sem dúvida, a música mais livre do planeta. Nela é permitido ao músico esquecer as regras e os dogmas criados pelo mundo e ao ouvinte entregar-se ao feitiço e pureza do seu ritmo. Quando surgiu, no final do século XIX e início do século XX, no sul dos Estados Unidos, principalmente na cidade de Nova Orleans, o jazz foi considerado profano. No início do ano de 1800, os escravos se reuniam na Praça do Congo para tocar suas músicas e mostrar suas danças tradicionais. Os negros norte-americanos foram os porta-vozes do jazz. Cantado ou tocado eles fizeram do jazz a sua identidade, que é respeitada e admirada até hoje em todo o mundo.


Baixo – Jacky Samson (faixas: 1-9 a 1-12)

Contrabaixo – Bibi Rovère (faixas: 2-6 a 2-9), Jacques Hess (faixas: 2-10), Jean Vasse (2), Henri 'Ricky' Garzon (faixas: 1-1 a 1-8)

Bateria – Charles Saudrais (faixas: 1-9 a 1-12), Claude Vaillant (2), Franco Manzecchi (faixas: 2-10), Japy Gauthier (faixas: 1-1 a 1-8), Jean-Louis Viale (faixas: 2-6 a 2-9)

Flugelhorn – Bernard Vitet (faixas: 2-6 a 2-9)

Guitarra – Henri Cenni (faixas: 1-1 a 1-8), Pierre Cullaz (faixas: 2-6 a 2-9)

Orquestra – Jean-Claude Fohrenbach Et Son Orchester (faixas: 2-11 a 2-13)

Órgão – Jean-Claude Fohrenbach (faixas: 2-11 a 2-13)

Piano – Georges Arvanitas (faixas: 1-9 a 1-12), Louis Aldebert (faixas: 1-1 a 1-8)

Piano, Saxofone Tenor, Flauta doce – Jean-Claude Fohrenbach (faixas: 2-1 a 2-5)

Saxofone Tenor – Jean-Claude Fohrenbach

Trombone – Marc Steckar (faixas: 2-14)

Trompete – Ivan Jullien (faixas: 2-14), Roger Guérin (faixas: 2-6 a 2-9)

Vibraphone – Géo Daly (faixas: 2-10)


Gravado em Paris, 26 de março de 1954 (CD 1, faixas 1-9); 1978 (CD 1, faixas 9-12; CD 2, faixas 1-5); 1966 (CD 2, faixas 6-13); 20 de fevereiro de 1963 (CD 2, faixa 14).



Boa audição - Namastê