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quarta-feira, 23 de julho de 2025

Boxser: Miles Davis - All Miles, The Prestige Albums - Vol:03

Artista: Miles Davis 
Lançamento: 1956
Selo: Prestige / Original Jazz Classics /  Universal Music Group
Gênero: Bop, Hard Bop

Sessão de 30 de janeiro de 1953:
Miles Davis – Trompete
Sonny Rollins – sax. Tenor
Charlie Parker (como "Charlie Chan") – Sax. Tenor
Walter Bishop Jr. – Piano
Percy Heath – Baixo
Philly Joe Jones – Bateria

Sessão de 16 de março de 1956:
Miles Davis – Trompete
Sonny Rollins – Sax. Senor
Tommy Flanagan – Piano
Paul Chambers – Baixo
Art Taylor – Bateria


Boa audição - Namastê

quarta-feira, 16 de abril de 2025

The A-Z Encyclopedia Of Jazz (2xCD)

Artista: VA
Lançamento: 1996
Selo: RETRO (The Gold Collection)
Gênero:  Dixieland, Swing


O jazz é, sem dúvida, a música mais livre do planeta. Nela é permitido ao músico esquecer as regras e os dogmas criados pelo mundo e ao ouvinte entregar-se ao feitiço e pureza do seu ritmo. Quando surgiu, no final do século XIX e início do século XX, no sul dos Estados Unidos, principalmente na cidade de Nova Orleans, o jazz foi considerado profano. No início do ano de 1800, os escravos se reuniam na Praça do Congo para tocar suas músicas e mostrar suas danças tradicionais. Os negros norte-americanos foram os porta-vozes do jazz. Cantado ou tocado eles fizeram do jazz a sua identidade, que é respeitada e admirada até hoje em todo o mundo. embora a maioria dos historiadores considera o ano de 1935 como o início da era das ‘Big Bands’, o tema é discutível, pois o jazz das Big Band já tinha sido gravado em 1920. Em 1917, a ‘Original Dixieland Jazz Band’ gravou os primeiros discos na história do jazz. A homenagem não é concedida a esta verdadeira pioneira do gênero, pois, esses historiadores consideram esse pequeno grupo como uma simples imitação, uma banda pobre. Entretanto, as suas gravações venderam mais de um milhão de cópias e permitiram que o jazz fosse ouvido em todo o país. O jazz começou em Nova Orleans, com Oliver King, no início de 1900. O som do jazz foi difundido pelos músicos e bandas como entretenimento nos barcos que navegavam pelo Mississippi. Na década de 20 começou a migrar para um formato de big band que combinavam elementos do ragtime, spirituals, blues e música européia. Duke Ellington, Ben Pollack, Don Redman e Fletcher Henderson eram os líderes das primeiras grandes bandas. Depois vieram os bandleaders Coleman Hawkins, Benny Goodman, Glenn Miller, Red Allen, Roy Eldridge, Benny Carter e John Kirby. Enquanto esses músicos estavam tocando big band jazz, a popularidade da dance band jazz nos hotéis da década de 20 também foi um fator importante na evolução da era das Big Bands.



Boa audição - Namastê

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Boxset: Les Trésors Du Jazz - 1944-1951




Artista: VA
Álbum: CD20 (1951)
Lançamento: 2002
Selo: Le Chant Du Monde
Série: Boxset 'Les Trésors Du Jazz' (10 CD)
Gênero: Swing, Big Band, Bop, Cool Jazz, Mainstream Jazz



Boa audição - Namastê

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Boxset: Les Trésors Du Jazz - 1944-1951

Artista: VA
Lançamento: 2002
Selo: Le Chant Du Monde
Série: Boxset 'Les Trésors Du Jazz' (10 CD)
Gênero: Swing, Big Band, Bop, Cool Jazz, Mainstream Jazz


Boa audição - Namastê



sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Boxset: Les Trésors Du Jazz - 1944-1951



 Artista: VA
Lançamento: 2002
Selo: Le Chant Du Monde
Série: Boxset 'Les Trésors Du Jazz' (10 CD)
Gênero: Swing, Big Band, Bop, Cool Jazz, Mainstream Jazz

Boa audição - Namastê


segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Boxset: Les Trésors Du Jazz - 1944-1951

Artista: VA

Álbum: CD14 (1946-1947)

Lançamento: 2002

Selo: Le Chant Du Monde

Série: Boxset 'Les Trésors Du Jazz' (10 CD)

Gênero: Swing, Big Band, Bop, Cool Jazz, Mainstream Jazz



 Boa audição - Namastê

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Boxset: Les Trésors Du Jazz - 1944-1951


Artista: VA
Lançamento: 2002
Selo: Le Chant Du Monde
Série: Boxset 'Les Trésors Du Jazz' (10 CD)
Gênero: Swing, Big Band, Bop, Cool Jazz, Mainstream Jazz

 

Boa audição - Namastê

sábado, 1 de abril de 2023

Ellington At Newport (Complete) 1956 (2 CD)

Artista: Duke Ellington

Álbum: Ellington At Newport

Lançamento: 1999

Selo: Columbia –  Legacy  

Gênero: Big Band, Swing

Edward Kennedy Ellington nasceu em 1899, e herdou a elegância de sua mãe e autoconfiança de seu pai. Foi um dos artistas musicais mais completos, um maestro invejável, um pianista excepcional e compositor de mais de três mil músicas escritas. Recebeu o apelido de Duke (duque) de um amigo de infância, por sua pose e por sempre estar bem vestido. Teve uma infância tranquila, seu pai era mordomo na Casa Branca e era mimado por sua mãe que o incentivou a estudar piano desde os sete anos, mas Ellington apenas demonstrou interesse pelo instrumento quando conheceu o pianista Harvey Brooks. Sua paixão era o baseball, e para ver seus ídolos, vendia amendoim nas arquibancadas. Em Washington, os pianistas Oliver “Doc” Peri e Louis Brown ensinaram o jovem Duke a ler partituras e a aprimorar a sua técnica. Começou a tocar profissionalmente em bailes com um sexteto chamado ‘The Washingtonians’, e logo foi eleito o líder da banda. Formou seu próprio conjunto em 1922, um quinteto com o baterista Sonny Greer e o saxofonista Otto Hardwicke. Eram tempos difíceis e Ellington e seus quatro músicos chegaram a dividir uma salsicha como jantar. Dirigiu orquestras e fez arranjos de obras dos grandes clássicos, como Mozart, Schubert, Bach, e Brahms. Mas o jazz foi uma constante. Quando Duke Ellington participou do ‘Newport Jazz Festival’ em 1956, a banda fazia shows em ringues de patinação e estava precisando revitalizar a sua imagem e trazer de volta a popularidade perdida com o surgimento do bebop, o estilo de jazz que foi desenvolvido por Charlie Parker, Dizzy Gillespie e Thelonious Monk, o hard bop, e outras correntes do jazz. ‘Ellington At Newport’ é um álbum gravado ao vivo no histórico festival que reformulou a reputação de Ellington e sua banda. ‘Diminuendo em Blue’ e ‘Crescendo in Blue’, foram desempenhadas pelo saxofonista tenor Paul Gonsalves que desmoronou de exaustão quando o solo terminou e ganhou as manchetes ao redor do mundo.

Duke Ellington - Piano 
Ray Nance - Vocal, Trompete 
Jimmy Grisson - Vocal 
Russell Procope - Sax. Alto, Clarinete 
Johnny Hodges - Sax. Alto 
Paul Gonçalves - Sax. Tenor 
Jimmy Hamilton - Sax. Tenor, Clarinete 
Harry Carney - Saxofone Barítono 
John Cook, Clark Terry, William "Cat" Anderson - Trompete 
John Sanders, Quentin Jackson, Britt Woodman - Trombone 
Jimmy Woode - Baixo 
Sam Woodyard - Bateria 

Baixo – Al Lucas (faixas: 1-01, 1-03, 1-05), Jimmy Woode (faixas: 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2,09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17, 2-18)
Clarinete – Jimmy Hamilton (faixas: 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2,09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17, 2-18), Russell Procope (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17)
Bateria – Sam Woodyard (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17)
Piano – Duke Ellington (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17)
Sax. Alto – Johnny Hodges (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17), Russell Procope (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17)
Sax. Baritono – Harry Carney (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17)
Sax. Tenor – Paul Gonsalves (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17)
Trombone – Britt Woodman (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17), Quentin Jackson (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17)
Trompete – Cat Anderson (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17), Clark Terry (faixas: 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2,09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17, 2-18), Ray Nance (faixas: 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2,09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17, 2-18), Willie Cook (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17)
 Trombone Valvulado – John Sanders (faixas: 1-01, 1-03, 1-05, 1-07, 1-09, 1-11, 1-13, 1-15, 1-17, 1-19, 2-02, 2-03, 2-05, 2-07, 2-08, 2-09, 2-11, 2-13, 2-15, 2-17)


Gravado no The American Jazz Festival, Newport em 07 de julho de 1956.
Caixa com 2 CDs e livreto de 36 páginas incluído arte de lançamento original, tracklist com tempos e créditos de composição, informações de gravação, encarte original, fotografias de arquivo, um ensaio de fevereiro de 1999 e créditos de reedição.

Todas as faixas estão em estéreo, exceto 'os anúncios' e as faixas 2-08 a 2-18, que estão em mono.

Boa audição - Namastê

terça-feira, 28 de março de 2023

Chet Baker Sings and Plays from the Film "Let's Get Lost" (1989)

Artista: Chet Baker
Álbum: Let's Get Lost 
Lançamento: 1989
Selo: Verve Records
Gênero: Cool Jazz, OST

No documentário ‘Let’s Get Lost’, Bruce Weber parece que quis parar o tempo, preservando a ilusão de que nada de trágico aconteceu a Chet Baker desde o início dos anos 50. No álbum composto especialmente para o documentário, na companhia de Frank Strazzeri no piano, John Leftwich no baixo, Ralph Penland na bateria e percussão e Nicola Stilo na guitarra e flauta, nas músicas de Duke Ellington & Billy Strayhorn, Cole Porter, Johnny Burke & Jimmy Van Huesen e Antônio Carlos Jobim, o talento musical de Chet Baker é indiscutível, e estas gravações são um testemunho incrível disso. Cada uma delas é filtrada através do coração e alma de Chet Baker. Há momentos em que parece que ele está pendurando nas notas e carinhosamente acaricia cada canção. A intimidade que ele é capaz de expressar faz parecer que estamos em um mal iluminado clube de jazz. Os músicos são perfeitos em seu apoio e a voz de Baker é o centro de cada arranjo, e não há dor tão clara quanto a expressa na sua voz sussurrada. O fotógrafo Bruce Webber resgatou Baker e na companhia de fantásticos músicos gravou 12 antológicas canções para um dos mais importantes documentários sobre o famoso representante do cool jazz e do west coast. Weber mostra que Chet Baker mesmo corroído pelo uso contínuo de drogas, era um gênio. Feito em 1988, Weber traça a carreira de Chet a partir da década de 50, tocando com grandes nomes do jazz como Charlie Parker, Gerry Mulligan e o pianista Russ Freeman, até a década de 80, quando seu vício em heroína manteve-o na Europa. Através da justaposição dessas duas décadas, entre clips de arquivamento e imagens de 1987, Weber apresenta um contraste acentuado entre o Baker bonito e sexy que se assemelhava a uma mistura de James Dean e Jack Kerouac e em que ele se tornou: uma triste figura destruída. ‘Let’s Get Lost’ começa perto do final da vida de Baker, nas praias de Santa Monica, e termina no Festival de Cannes. Bruce Weber aos 16 anos se interessou por Chet Baker quando viu a foto do músico na capa do LP de vinil de 1955 em uma loja de discos de Pittsburgh. Pessoalmente, Weber conheceu Baker, no inverno de 1986 em um clube de jazz na cidade de Nova York e convenceu-o a fazer uma sessão de fotos e o que foi originalmente um filme de três minutos. Eles estiveram um bom tempo juntos e Baker começou a revelar-se a Weber. Posteriormente, Baker foi convencido a fazer mais um filme e as filmagens começaram em 1987. Entrevistar Baker foi um desafio para Weber devido ao vício, mas Weber conseguiu um retrato sonhador de Chet Baker. ‘Let’s Get Lost’ teve sua estreia mundial no ‘Festival Internacional de Toronto’ e foi indicado para o Oscar de melhor documentário. O título do filme é de uma canção gravada no álbum ‘Chet Baker Sings and Plays’, o primeiro álbum de Chet Baker que o diretor Bruce Weber comprou quando tinha 16 anos. Um dos últimos registros de Baker em vida, que foi lançado pouco depois de sua morte, o documentário é difícil de se ver, é devastador testemunhar o que a heroína fez. Nos últimos anos ele era apenas um rascunho do que foi. Seu rosto está cadavérico e ele sempre parece ter alguma dificuldade em permanecer acordado, e em alguns momentos parece que ele passeia por ‘Let’s Get Lost’ como um sonâmbulo. Para os críticos Chet morrera décadas antes daquele fatal mergulho da janela de seu quarto em Amsterdã. Até hoje ninguém sabe como ele morreu, se foi suicídio, assassinato ou delírios causados pela droga. Para os fãs, como eu, a voz e o trompete de Chet, mesmo decadente, sempre remeterão a um clima sofisticado e intimista. E eu teimo em querer guardar aquele Chet Baker no seu auge, como uma imagem estranhamente espectral, como alguém preso em um bloco de gelo. 

Baixo – John Leftwich
Bateria, Percussão – Ralph Penland
Violão, Flauta – Nicola Stilo
Piano – Frank Strazzeri
Produtor – Steve Backer
Gravado por – Jim Mooney ( faixas: 1, 2, 4 a 7, 9, 10 ) , Philippe Omnes ( faixas: 3, 8, 11, 12 )
Gravado por (assistente) – Jerry Wood ( faixas: 1, 2, 4 a 7, 9, 10 )
Trompete, Vocais – Chet Baker

Faixas 1, 2, 4, 5, 6, 7, 9 e 10 gravadas no Sage & Sand Sound Studios, Hollywood, CA.
Faixas 3, 8, 11 e 12 gravadas no Studio Davout Recording, Paris, França.
Todas as músicas mixadas no Clinton Recording Studios, Nova York, NY.

Boa audição - Namastê


quinta-feira, 23 de março de 2023

Chet Baker Almost Blue

Artista: Chet Baker

Álbum: Almost Blue 

Lançamento: 2002

Selo: Verve Records

Gênero: Vocal Jazz, Cool Jazz

Morreu em 1988 ao cair da janela de um hotel em Amsterdã. A causa do acidente tem duas versões: suicídio ou excesso de drogas. O que dá no mesmo. Foi um trompetista de jazz. Na infância, começou a cantar na igreja e ganhou um trompete do pai, guitarrista amador de bandas de country, de quem herdou a paixão pela música. Aos 17 anos, acrescentou um ano em seus documentos e alistou-se no Exército. Sendo transferido para Berlim começou a tocar em bandas militares. É nesse período que ouve jazz pela primeira vez, pela rádio do exército. Ao sair do exército parte para Los Angeles e começa a estudar teoria musical. Iniciou a sua carreira de sucesso com Charlie Parker quando este estava à procura de um trompetista para acompanhá-lo em sua turnê pelos Estados Unidos e Canadá. Baker tinha grande afeição por Charlie Parker, por sua gentileza, honestidade e pela maneira como protegia os músicos da banda, tentando mantê-los longe da heroína que tanto lhe corroía. Amante do jazz, Baker não tardou em conquistar o sucesso, sendo apontado como um dos melhores trompetistas do gênero. Em seguida, entrou para o ‘Gerry Mulligan Quartet’, que criou o estilo ‘west coast’, um estilo de jazz mais calmo, menos frenético cujas músicas caracterizavam-se por composições mais elaboradas. Tempos depois, Chet conquistou um novo público ao lançar-se como cantor, à frente do próprio quarteto. Sua versão de ‘My Funny Valentine’ com Mulligan é clássica. A música de Chet foi um retrato de sua vida, triste. O trompetista teve tudo: prestígio, dinheiro, todas as mulheres que poderia, beleza e talento. Lendo isso nem parece que seu fim foi tão trágico e, a culpa é (mais uma vez), do álcool e das drogas, mais especificamente da Heroína, companheira do americano durante boa parte de sua vida. Conheci o timbre de seu trompete logo depois de escutar a mística de Miles Davis e, mesmo Chet não sendo tão virtuoso (ou até mesmo visionário como o mestre do Fusion), acho que poucos realmente percebem seu talento, sendo este um dos nomes mais injustiçados e subestimados do Jazz. Um ser dotado de uma voz leve, calma, aveludada, e um trompete delicado, econômico, que mesmo não sendo nada assombrosamente técnico, era sentimento puro. 


Saxofone Alto – Steve Houben (faixas: 1 a 5)

Baixo – Hein Van de Geyn (faixas: 6 a 8) e Kermit Driscoll (faixas: 1 a 5) 

Bateria – Bruno Castellucci (faixas: 1 a 5) e John Engels (faixas: 6 a 8) 

Guitarra – Bill Frisell (faixas: 1 a 5) 

Piano – Dennis Luxion (faixas: 1 a 5) e Harold Danko (faixas: 6 a 8) 

Trompete e Vocais – Chet Baker  

 

Faixas 01-05, gravando em Bruxelles, novembro de 1979 (originalmente emitido como Chet Baker - Steve Houben). Faixas 06-08 gravando em Tóquio, junho de 1987 (faixas 6, 8 de Memories - In Tokyo, faixa 07 do álbum 'Four' de 1989). Almost Blue foi composto por Elvis Costello


 Boa audição - Namastê

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

1990 - Charlie Parker Jam Session - Charlie Parker

Álbum: Jam Session
Lançamento :1990
Selo: Verve Records
Gênero: Bop 


 No início da carreira Charlie Parker foi apelidado de ‘Yardbird’ e esse apelido mais tarde foi encurtado para ‘Bird’ e permaneceu como o seu apelido para o resto da sua vida. Parker foi retratado em dois filmes cult. Clint Eastwood dirigiu a cinebiografia ‘Bird’. Bertrand Tavernier, em ‘Round Midnight’, criou um fictício Dale Turner, visivelmente inspirado nele, e interpretado por outro famoso saxofonista, Dexter Gordon, que nunca tinha trabalhado como ator. Parker é considerado um dos melhores músicos de jazz. Sua reputação como um dos melhores saxofonistas é tal que alguns críticos dizem que ele é insuperável. Os improvisos possuíam uma intensidade, liberdade e virtuosismo até então desconhecidos no jazz. Charlie Parker aprendeu a tocar sax sozinho tentando tirar os sons que vinham de uma vitrola velha. Acontece que a vitrola tinha problemas na velocidade da rotação: a música saía em outro tom. E assim Bird começou a tocar sax em tons que ninguém tocava. Por várias vezes fundiu o jazz com outros estilos musicais, do clássico à música latina, abrindo um caminho seguido mais tarde por outros. Inúmeros músicos têm estudado a música de Parker e absorvido elementos do seu estilo.

Saxofone alto – Benny Carter , Charlie Parker , Johnny Hodges

Baixo – Ray Brown

Bateria – JC Heard

Guitarra – Barney Kessel

Piano – Oscar Peterson

Saxofone tenor – Ben Webster , William Flippen

Trompete – Charlie Shavers

Gravado: Los Angeles, julho de 1952

Boa audição - Namastê

1963 - The Essential Dave Brubeck - The Dave Brubeck Quartet

Lançamento: 2003
Selo: Columbia
Gênero: Bebop, Hard bop 

Dave Brubeck começou sua carreira no início dos anos 50 na região do West Coast americano, ou seja, em San Francisco, EUA. Em 1951 ele fundou, com o saxofonista Paul Desmond, seu amigo dos tempos do serviço militar, o quarteto que seria um dos maiores da história do jazz. Inicialmente, o jazz de Dave Brubeck era mais ao gosto de West Coast, um estilo do bebop, o cool jazz, composto por baladas e swing mais lento e suave. Foi o saxofonista Charlie Parker que inventou o bebop, e na época era comum a rivalidade entre os músicos negros de New York e os brancos de San Francisco ou Los Angeles, os músicos negros diziam que os brancos não sabiam swingar com os negros, e os músicos brancos diziam que os negros, apesar de serem virtuoses, não tinham lirismo. E Dave Brubeck, em uma jogada de marketing, provou que tinha capacidade de tocar como os negros chamando a atenção da mídia sendo capa da revista ‘Time’ em 1954. Em 1957 o quarteto se estabilizou até 1967, com Dave Brubeck no piano, Paul Desmond no saxofone alto, Eugene Wright no contrabaixo e o notável Joe Morelo na bateria. Com essa formação, o quarteto gravou o clássico ‘Time Out’, o primeiro álbum de jazz a ganhar um disco de platina em 1959, devido a ‘Take Five’, tema e composição de Paul Desmond, tímido e quieto, mas sempre rodeado de lindas mulheres, com o seu som limpo e lírico, e seus improvisos impactantes fizeram Charlie Parker seu fã. Depois o quarteto lançou os notáveis ‘Time Further Out’, ‘Time Changes’ e ‘Jazz Impressions of Japan’. Todas as capas desses discos foram ilustradas por pintura contemporânea de artistas como Neil Fujita, Joan Miró, Franz Kline e Sam Francis. Dave Brubeck adorava o pintor espanhol Miró. ‘The Essential Dave Brubeck’ com 31 faixas de 24 álbuns, dos 53 anos de carreira de Dave Brubeck, é a introdução perfeita para um dos maiores artistas de jazz de todos os tempos. As primeiras nove faixas são mono. Brubeck não apenas fazia boa música, ele experimentou e inventou novos conceitos. Há também vocalistas convidados, como Tony Bennett, Carmen McRae, Jimmy Rushing, e Louis Armstrong, com uma faixa cada. Como Brubeck gosta de se apresentar frente a uma platéia, quase metade do álbum são faixas ao vivo. A coleção começa com ‘Indiana’, gravada em 49 e termina com ‘Love for Sale’ escrita por Cole Porter. Para os fãs de Dave Brubeck, Paul Desmond, Eugene Wright, Joe Morello, Ron Crotty e Lloyd Davis, ‘The Essential Dave Brubeck’ é uma introdução sólida para o que Oscar Peterson classificaria como ‘música boa’.

Saxofone alto – Paul Desmond (faixas: 1-2 a 1-6, 1-9 a 1-13, 2-1 a 2-5, 2-9 a 2-12) 

Baixo – Bob Bates (faixas: 1-3 a 1-6), Eugene Wright (faixas: 1-10, 1-12, 1-13, 2-1 a 2-5, 2-9 a 2-12), Jack Six (faixas: 2-13, 2-15), Joe Benjamin ( faixas: 1-11), Norman Bates (2) (faixas: 1-9), Ron Crotty (faixas: 1-1, 1-2)

Bateria – Cal Tjader (faixas: 1-1), Joe Dodge (faixas: 1-3 a 1-6), Joe Morello (faixas: 1-9 a 1-13, 2-1 a 2-5, 2-9 para 2-12), Lloyd Davis (2) (faixas: 1-2)

Piano – Dave Brubeck

Produtor (gravações originais) – Cal Lampley (faixas: 1-10, 1-11), Chris Brubeck (faixas: 2-14), Dave Brubeck (faixas: 1-1, 1-2), George Avakian (faixas: 1 -3 a 1-9), Russel Gloyd (faixas: 2-14 a 2-17), Téo Macero (faixas: 1-12, 1-13, 1-14, 2-1 a 2-13)

Boa audição - Namastê

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Jazz In Paris - 50 Reasons To Love Paris (3 CD)

Artista: VA

Álbum: 50 Reasons To Love Paris (3 CD)

Lançamento: 2007

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: OST, Bebop, Hard bop 


Gênero musical marcado pelos improvisos e virtuosismo dos instrumentistas, o jazz surgiu nos Estados Unidos, mas logo conquistou o mundo. Trata-se de um estilo que, de tão rico e diverso, não é fácil de ser conceituado. Afinal, o jazz se desdobrou em muitos subgêneros, cada um com sonoridades bastante peculiares. E também influenciou a criação de outros estilos. Apesar disso, há características em comum em todo esse mosaico jazzístico. A cidade de Nova Orleans, no Estado de Louisiana, nos Estados Unidos, é o berço do jazz. Sua raiz remonta às canções produzidas pelos escravos negros trazidos da África, que tinham na música uma válvula de escape diante do sofrimento oriundo da situação de escravidão. Os cânticos eram entoados durante os trabalhos forçados nas plantações, muitas vezes seguindo um padrão de “pergunta e resposta”. Inclusive, a chamada blue note, presente tanto no jazz quanto no blues, originou-se a partir dessa proposta musical e rítmica de matriz africana. É interessante notar que a blue note não integra uma escala diatônica comum. Traz uma afinação diferenciada, podendo estar no terceiro, quinto ou sétimo grau da escala. Quando tocada, transmite uma sensação de lamento e melancolia. O blues, principalmente, sempre teve essa característica de forma emblemática, mas logo o jazz também incorporou essa vertente em suas peças musicais. A música entoada e composta no período da escravidão, que trazia a influência africana, logo se misturou às vertentes culturais americana e europeia. Essa miscelânea resultou no florescimento de diversos ritmos, principalmente após a abolição da escravatura, ocorrida em 1863. Destaque para o ragtime, surgido no final do século XIX e que está diretamente ligado à origem do jazz. Desenvolvido por comunidades afro-americanas, o ragtime rapidamente popularizou-se em bailes. Seu precursor foi William Krell, com a composição “Mississippi Rag”, mas foi o pianista Scott Joplin quem realmente consagrou o estilo. Ele é autor de obras famosas mundialmente nesse gênero, como “Maple Leaf Rag”, de 1899, e “The Entertainer”, de 1902. Na época, Joplin ensinava que o segredo para se tocar bem o ragtime no piano era pegar o “swing”. Esse termo virou posteriormente o primeiro subgênero do jazz, dominando o cenário musical americano nos anos 30 e 40. No final dos anos 40, as big bands já não tinham mais tanto apelo popular. O jazz seguiu caminhos bastante diversificados, trazendo outros subgêneros. Porém, características tipicamente jazzistas permaneceram, como o improviso, o virtuosismo dos músicos e a liberdade de interpretação. E esses três aspectos foram ainda mais explorados no período pós-swing, com ritmos e sonoridades cada vez mais imprevisíveis e menos lineares. O bebop, que tem Charlie Parker e Dizzy Gillespie como alguns de seus principais representantes, é um exemplo disso. O nome do estilo deriva de uma onomatopeia, referente ao som da batida de martelos no metal durante a construção de ferrovias. As melodias no bebop são compostas de muitas notas, executadas com bastante rapidez, exigindo muita habilidade do instrumentista. Em seu streaming de música preferido, experimente escutar “Donna Lee”, um dos maiores clássicos do estilo. Na gravação original está o próprio Charlie Parker no sax alto, acompanhado de Miles Davis no trompete, Bud Powell no piano, Tommy Potter no baixo e Max Roach na bateria. Após o bebop, o cool jazz passou a despontar no cenário musical, trazendo uma proposta mais leve e romântica. O genial Miles Davis também participou dessa fase. Um de seus álbuns mais populares, “Birth of the Cool”, é bastante representativo do estilo. Já a partir do final dos anos 50 o jazz assumiu uma vertente bastante experimental. Uma prova disso é o free jazz, que elevou à máxima potência a liberdade de interpretação dos músicos. John Coltrane e Rashied Ali estão entre os criadores desse movimento jazzístico. Podemos citar, ainda, entre os subgêneros, o jazz fusion que, como o próprio nome diz, propõe uma fusão do jazz com outros gêneros musicais, como o rock e o funk. O jazz latino está entre os precursores dessa tendência, pois apresenta uma mistura bem ajambrada com estilos como salsa e merengue.


 Boa audição - Namastê

sábado, 26 de novembro de 2022

# 105 - Sonny Stitt - Sits In With The Oscar Peterson Trio (1959)

Artista: Sonny Stitt

Álbum: Jazz in Paris 105

Lançamento: 2007

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Bebop

Sonny Stitt (1924-1982) foi um saxofonista competente e confiável, e isso fica demonstrado pelo grande número de sessões de gravação em que participou como sideman, nos anos 50, 60 e 70. No início dos anos 40 tocou sax alto na orquestra de Tiny Bradshaw, e em 1945 entrou para a célebre big band de Billy Eckstine, onde estavam também outros bebop como os tenoristas Gene Ammons e Dexter Gordon. Ammons seria seu parceiro musical entre o fim dos anos 40 e o início dos anos 60. Depois tocou na big band e no sexteto de Dizzy Gillespie e gravou com Bud Powell e J. J. Johnson em 1949. Nesse ano começou a tocar sax tenor e barítono. Liderou diversos pequenos grupos nos anos 50 e gravou com o trio de Oscar Peterson em 1957. Voltou a se reunir por um breve período com Dizzy no final dos anos 50, e tocou com o quinteto de Miles Davis em 1960, substituindo John Coltrane. Sonny Stitt tocou com os ‘giants of jazz’: Dizzy Gillespie, Art Blakey, Kai Winding, Thelonious Monk e Al McKibbon no início dos anos 70. A influência de Charlie Parker sobre Sonny Stitt é incontestável, e absorveu muito de Bird, evidente apenas quando toca sax alto. À medida que Sonny começou a privilegiar o sax tenor em vez do alto, a similaridade de estilo, inicialmente muito forte, foi se diluindo. Quando toca tenor lembra, em vários momentos, Lester Young. Nas baladas, em particular, apresenta seu lado mais lírico. Nesse sentido, Sonny está mais próximo de Dexter Gordon. Dominou o bebop, pois esteve presente no movimento desde sua origem, mas também teve o seu lado mais cool; e assim acabou desenvolvendo um estilo próprio, que combina influências de ambos. Sonny Stitt morreu de câncer aos 58 anos. (por V.A. Bezerra)

Alto Sax. (tracks 1-5), Tenor Sax. (tracks 6-8) – Sonny Stitt

Baixo – Ray Brown

Bateria – Ed Thigpen

Piano – Oscar Peterson


Gravado em 08 de maio de 1959 em Paris.


Boa audição - Namastê

terça-feira, 26 de julho de 2022

# 053 - Chet Baker Quartet Plays Standards (1955)

Artista: Chet Baker 

Álbum: Jazz in Paris 053

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Easy Listening, Cool Jazz

Chet Baker, trompetista e cantor, depois de tocar em bandas do exército, atraiu a atenção durante os seus embates musicais com Charlie Parker e Gerry Mulligan em 1952 e 1953. As gravações como ‘My Funny Valentine’, com sua abordagem frágil como vocalista, se reflete no seu estilo no trompete. Grande parte de sua carreira, interrompida várias vezes por problemas decorrentes da dependência de drogas, foi na Europa. Periodicamente, recebendo elogios da crítica durante uma carreira errática devido ao vício e outros problemas pessoais, Chet Baker foi uma força fundamental por trás do cool jazz, um movimento que surgiu no final da década de 40 em Nova Iorque e ganhou popularidade na década de 50. Um de seus maiores representantes foi o músico Miles Davis. O estilo caracteriza-se por ser, na maioria das vezes, uma música mais lenta e mais melancólica. Chet Baker produziu solos com uma beleza introspectiva que sintetizou a sensibilidade do estilo cool. Estabeleceu sua reputação primeiramente como trompetista tocando com o quarteto de Gerry Mulligan, em seguida, como instrumentista e cantor por conta própria. Sua aparência, semelhante ao ídolo James Dean, e seu tom de voz suave e gentil ajudaram a garantir a sua popularidade e fez dele um símbolo do cool jazz.

Contrabaixo – Jimmy Bond

Bateria – Bert Dahlander 

Piano – Gérard Gustin

Trompete – Chet Baker

Gravado em 24 de outubro de 1955 no Estúdio Pathé-Magellan, Paris


Boa audição - Namastê