segunda-feira, 27 de outubro de 2008

1957 - 'Round About Midnight - Miles Davis

"Quando toquei com Miles pela primeira vez, eu tinha muito o que aprender. Percebi que me faltava conhecimento de música em geral. Fico muito envergonhado por aquelas primeiras gravações que fiz com ele. Por que Miles me escolheu, eu não sei. Talvez tinha algo no meu modo de tocar e achasse que aquilo pudesse crescer. Mas eram tantas conclusôes musicais a que eu ainda não tinha chagado, que me sentia inadequado". - John Coltrane, 1961. O tom autodepreciativo de John talvez soe familiar. Dez anos antes, Miles havia sentido da mesma forma ao dividir os holofortes com Charles Parker. Agora era a vez de Coltrane se questionar. E Miles? Havia dois anos, ele tinha parado de se picar e voltadoa se concentrar na profissão. Tudo estava muito bem. Ele mesmo disse: "Eu estava tocando meu trompete e liderando a melhor banda do mercado, uma banda criativa, imaginativa, soberbamente coesa e artistica". No final de 1955, amparado pela liberdade artistica e financeira propiciada por um generoso adiantamento da Columbia Records e por uma consistente turnê arranjada pela Shaw Artis, Miles estava pronto para subir ao topo do mundo do do jazz. O novo quinteto aterrissou na Costa Oeste no inicio de 1956 para uma temporada de duas semanas na casa noturna Jazz City, em Los Angeles. Miles marcou a entrada do primeiro numero, e o som de Nova York - um hard bop funkeado com um sofisticado toque liríco - tomou de assalto o erritorio cool onde Gerry Mulligan e Chet Baker haviam estrelado seu quinteto sem piano alguns anos antes. O compositor e arranjador de jazz Sy Johson, que frequentava a casa toda noite, lembraria tempos depois, "Ninguém sábia o que pensar. Literalmente enlouqueceu todo mundo. Destruiu o jazz da Costa Oeste da noite para o dia". O quinteto logo se tornou um fenômeno pais afora. O empresário Jack Whittemore cumpriu á risca sua promessa, e, ao longo de 1956, o quinteto de Miles tocou constantimente numa série de shows em casas que variavam de pequenos clubes negros da Costa Leste a locais menos segregados e cidades como St. Louis, chicago e São Francisco. Pela primeira vez em sua carreira, Miles consiguiu manter a alta qualidade das apresentações, noite após noite. Na exuberância e potência do auge, o grupo simplismente tinha muito a ofereçer; as ásperas, geniosa - ás vezes intermináveis - improvisações do Tenor de Coltrane. O rompete com surdina - e con mistero - e Miles. Os solos com arco de Chambers, competente e plenos de sentimento. Anos após a estréia do quinteto, escritores de jazz ainda estavam maravilhados com aquele som. "Na minha opinião, a intricada complexidade de ligação entre as mentes daqueles músicos jamais foi igualada por qualquer outro grupo", escreveu Ralph Gleason em 1972. As duas gravadoras de Miles - Prestige, ainda sem selo oficial, e a Columbia - vibravam igualmente com o novo grupo. O presidente da Prestige, Bob Weinstock, saudou-o como o "Hot Five de Louis Armstrong da era moderna". Ambas logo colocaram o quinteto em estúdio. As gravações realizadas nos dezoitos meses seguinte, finalmente foram lançadas em seis albúns pelo primeiro selo (Miles, Cookin, Relaxin´, Miles Davis and the Modern JazzGiants, Workin´ e Steamin´) e um pelo segundo (´Round About Midnight), definem o ápice da improvisação de jazz para pequenas formações. Apesar da disparidade no numero de albúns lançados, foi a Columbia dispendeu mais em fitas de gravações e horas de estúdios com Miles. Quatro dos seis albúns da Prestige - Cookin´, Relaxin´, Workin´ e Steamin´ - foram gerados numa maratona de duas sessões, em que o quinteto simplismente executou seu muito bem ensaiado repertório de shows, sem necessidadde de repetição. Por outro lado, a estréia de Miles na Columbia foi resultado de tres sessões com multliplas gravações de matérial cuidadosamente selecionado. A versão final de cada faixa era resultado da colagem dos melhores momentos de duas ou mais gravação diferentes. A flexibilidade de Miles em estúdio - sua segurançatanto no trabalho meticuloso quanto na espontaniedade de um take único sem rédeas - lhe seria muito útil durante os nos na Columbia. Ao final da década, esses dois atributos converigiam, dando forma ao processo que iria gerar Kind of Blue. Em 1956, os discos de Miles e quinteto pela Prestige começaram a circular pelas receptivas mãos da crítica, que respondeu extasiada. A Down Beat, que conteve seus elogios ao albúm de estréia do grupo, Miles, deu incondicionais cinco estrelas para Cookin´, em 1957; - "A tremenda coesão, o swing impetuoso, a absoluta exaltação e a emoção controlada, presente nos melhores momentos do quinteto de Davis, foram captados nessa gravação. (Philly Joe) Jones disse que essas sessão...são as melhores já realizada por Davis. Estou inclinado a concordar". A combinação de apresentação ao vivo aclamadass universalmentecom os albúns da Prestige garantiu a reputação do quinteto e também a de Miles. Mas as atenções se voltaram para além da música. Davis estava virando um simbolo uiniversal do cool. O que o trompetista vestia, o que dizia (ou não dizia) no palco, se ele votava ou não as costas para o publico, tudo isso recebia da impresa tanto destaque quanto suas performances. Quando saia do palco depois de um solo, não 0 importava se estivesse concentrado na música ou tentando não ofuscar outros solistas. Miles pasou a ser bombardeado pela crítica por seu aparente distanciamento e desdém. A imagem escolhida pela Columbia para a capa do primeiro albúm de Miles com a gravadora, ´Round About Midnight, era impactante, mas, intencionalmente ou não, também serviu para sustentar sua imagem blasée. Tirada por Marvin Kuner no Café Bohemia, a foto mostra um Miles introspectivo, de óculos escuro , abraçando o trompete paternalmente, com uma mão no ouvido. Que retrato poderia mostra-lo mas distante e introvertido?. Na verdade - como vários outras fotos atestam - Davis estava simplismente fazendo por puro hábito o que muito cantores fazem quando se concentram na música: tapou os ouvidos para filtrar o rúido externo. Os mesmos modos silenciosos e atitude áspera que Coltrane tinha achado desconcertantes se tornou parte da ascensão do mito. No ano anterior, sua voz ficara tão áspera quanto seus modos: enquanto se recuperava de uma cirurgia na garganta, Davis teve uma discursão aos berros com um executivo da música que causou danos permanentes ás suas cordas vocais. Pelo resto de sua vida a rouquidão seria seu cartão de visita vocal. O que era controverso para o público branco tinha signicado positivo junto a comunidadenegra. Era um tanto incomum nos anos 50, para um negro da estatura de Miles, adotar uma postura pública intransigente e sem concessões. Sua taciturna, porem determinada, autoconsciência em meio a uma soiendade agitada peloa tensão racial, era um exemplo a outros afro-americanos. Para eles dar as costas para as platéias em sua maioria branca, tinha um significado simbólico bastante claro. Em meados dos anos 50, poucos heróis negros - Nat King Cool, Jackie Robinson, Sugar Ray Robinson, Ralph Ellison, Sidney Poitier - pareciam tão fortes, tão modernos ou (a partir de 1957) tão bm sucedidos quanto Miles Davis. McCoy Tyner lembra que, para músicos e fás afro-americanos, era "uma espécie de guru para muita gente". Bill Cosby, relembra..."Na década de 50, o simbolo de status para certos grupos de adolecentes no norte da Filadélfia era gostar de Miles Davis. Ou seja, se vc. dissesse "Miles Davis" , já era cool, se tivesse seus albúns, era o máximo, por isso digo que o homem era mais do que apenas um músico". Nos primeiros anos do Apartheid na Africa do Sul, Hugh Masekela, encontrou o modelo que tanto lhe faltava ouvindo discos de Miles..."Não foi apenas na música, mas Miles influênciou o meu modo de vestir, influênciou minhas atitudes diantes da autoridades: sua perspectiva da vida, seu desdém pela autoridade que cerceia a liberdade do povo. Ele era verdadeiramente honesto. Se não gostava de alguma coisa, dizia "Foda-se", em vez de usar linguagem alaborada". A condição de Miles como modelo era consequência de um respeito conquistado nos seus primeiros dias de astro do bebop. Jimmy Cobb se lembra de ver colegas músicos imitando aa atitude ea postura de Miles no final dos anos 40: "Alguns caras andavam por ai tentando se vestir com Miles, segurando e carregando o trompete como ele. Foi assim até o final de sua vida, sabe?. Os sujeitos tentando imita-lo". Quincy Jones admite abertamente que foi um deles no começo dos anos 50..."Eu tinha de fazer um solo num negocio que compus para (Leonel) Hampton chamado "Kingfish" (em 1951). Era um solo baseado em um único acorde. Era muito influenciado por Miles, aquela coisa dele com Gil Evans, (John) Carisi. Naquela época todo mundo frequentava o mesmo lugar, e certa noite, Oscar Pettiford e Miles estavam conversando atrás de mim, e (Miles) disse que tinha ouvido a música no ráadio, "Algum filho-daputa tentando tocar como eu". Registrado entre outubro de 1955 e setembro de 1956, foi o álbum oficial de estréia de Miles Davis na Columbia. Iniciava-se, assim, uma associação de três décadas com a gravadora, que alavancou a carreira do trompetista, ampliando sua popularidade. O intervalo entre o início e o final das gravações teve um motivo burocrático: o acordo entre a CBS e a Prestige permitia o início das gravações, mas o lançamento do material só poderia ocorrer depois de cumprida a obrigação contratual com a Prestige. Miles se tornou, pública e oficialmente, um artista da Colimbia com o lançamento de "Round About Midnight" em 18 de março de 1957. Em 2005 foi relançado em um duplo albúm com varios live, com o titulo "Round About Midnight: Legacy Edition". Produção: George Avakian.
Para saber mais: Kind of Blue: The Making of the Miles Davis Masterpiece (Ashley Kahn - Da Capo Press, 2000) pp. 57-61.

Músicas:
01 - 'Round Midnight
02 - Ah-Leu-Cha
03 - All of You
04 - Bye Bye Blackbird
05 - Tadd's Delight
06 - Dear Old Stockholm
07 - Two Bass Hit
08 - Little Melonae
09 - Budo
10- Sweet Sue, Just You

Músicos:
Miles Davis – Trompete
John Coltrane – Sax. Tenor
Julian ‘Cannonball’ Adderley – Sax. Alto
Bill Evans – Piano
Paul Chambers – Baixo Acústico
James Cobb – Bateria
Wynton Kelly – Piano (Faixa: “Freddie Freeloader”)

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Boa audição - Namastê.

1999 - Three on The Moon - Jazz Pistols

Durante as minhas buscas por novidades musicais, acabo me deparando com muita coisa interessante e inusitada. Uma das últimas descobertas é o Jazz Pistols, grupo alemão de Jazz-Fusion, formado por Christoph Victor Kaiser (baixo), Stefan Ivan Schäfer (guitarra) e Thomas Lui Ludwig (bateria). Em seu site oficial, o trio define o seu estilo como "Energy Jazz", com melodias complexas e arranjos progressivos. Mesmo com uma formação clássica, o trio demonstra versatilidade e ricas texturas, numa constante busca por diversas vertentes, abrindo espaço para o rock, soul, funk e tudo que tiver direito. A expressividade do trio é confirmada nos solos dos músicos, com performances de muita energia e pegada. No repertório, a marca produtiva do grupo é apresentada em novas versões para os clássicos Spain (Chick Corea) e Birdland (Josef Zawinul), grande sucesso do Weather Report. Venha conhecer o Jazz Pistols e surpreenda-se.

Tracks:

01 - Moby Dick
02 - Blues For Gordon
03 - Mystic Train
04 - Spain
05 - Man in the Woods
06 - Beast
07 - Happy Hour
08 - Second Feeling (feat. Rosevelt)
09 - Birdland

Credits:

Victor Kaiser (baixo)
Stefan Ivan Schäfer (guitarra)
Thomas Lui Ludwig (bateria)

Host: Sharebee
Size: 99.09MB

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YouTube: Spain (Chick Corea)


Site - jazz-pistols
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

1961 - My Favorite Things - John Coltrane

My Favorite Things é considerado por muitos críticos e ouvintes uma significante e histórica gravação. Foi a primeira sessão gravada por Coltrane para o selo Atlantic e a primeira a apresentar o novo quarteto que Trane acabara de formar: McCoy Tyner - Piano, Elvin Jones - Bateria e Steve Davis - Baixo. É um álbum com profunda mudanças do estilo bop, introduzindo revisitações harmônicas mais complexas, pricipalmente nas músicas: "My Favorite Things" (uma valsa de Richard Rodgers & Oscar Hammerstein, usada no filme Noviça Rebelde de 1965), e "But Not For Me" (de George Gershwin). Em uma época em que o saxofone soprano se tornava obsoleto por alguns musicos, Coltrane demonstrou uma inventiva habilidade para o idioma do jazz. O standard "Summertime" é notável por seu ritmo alegre, e pela demonstração da técnica sheets of sound (folhas de som, muito usado por Coltrane), uma total antítese à melancolia de Miles Davis na versão lírica de Porgy and Bess. "But Not For Me" é reharmonizada usando outra técnica de John Coltrane chamada Coltrane changes, apresentando um longa coda sob uma progressão em II-V-I-vi. A faixa título é uma versão modal de autoria de Richard Rogers e Oscar Hammerstein do musical The Sound of Music. A melodia é escutada diversas vezes por todos os 14 minutos de duração, e ao invés de solar sobre os acordes escritos, tanto Tyner quanto Coltrane tocam os solos sob vamps de dois acordes tônicos "E" menor e "E" maior. O solo de Tyner ficou famoso por ser extremamente cordal e rítmico ao contrário de desenvolver melodias. No documentário The World According to John Coltrane, o narrador Ed Wheeler diz: "Em 1960, Coltrane deixa Miles Davis e forma seu prórpio quarteto para explorar o estilo modal, com livres direções com certa influência Indiana. Eles transformaram "My Favorite Things", a famosa e alegre canção de The Sound of Music, uma hipnótica dança abdal. A gravação virou um hit tornando-se a gravação de Coltrane mais requisitada. Gravado em 21, 24 e 26 de Outubro de 1960 na cidade de Nova Iorque.
Nota: Em 3/3/1998 foi relançado pela Atlantic - WEA com duas faixas bonus: My Favorite Things pt. I e pt. II (Single Version)

Faixas:
01 - My Favorite Things
02 - Everytime We Say Goodbye
03 - Summertime
04 - But Not for Me

Musicos:
John Coltrane - Sax. Soprano (Faixas 1 & 2), Sax. Tenor (Faixas 3 & 4)
McCoy Tyner - Piano
Steve Davis - Baixo
Elvin Jones - Bateria

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Boa audiçãi - Namastê

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Oliver Nelson 1936 - 1975

Oliver Edward Nelson (04 Junho de 1932 St. Louis - 28 de Outubro de 1975, Missouri). Saxofonista, Clarinista, Arranjador e Compositor Americano. O Início de sua vida e carreira, coicide com as viradas do mundo do jazz. Oliver Nelson como é conhecido no meu jazzistico vem de uma família de musicos: o irmão dele também era um saxofonista que tocou com Cootie Williams na década de 1940, e sua irmã cantou e tocou piano em varias banda. Nelson começou seus estudos de piano quando tinha seis, e iniciou logo sdeixou de lado e atacou o saxofone com onze anos. Desde 1947 ele tocou no "território" em torno de bandas de Saint Louis, antes de aderir à Louis Jordan big band de 1950 a 1951, tocando saxofone alto e organizando os musicos na falta do lider. Após o serviço militar como fuzileiro, retorna ao Missouri para estudar composição e teoria musical em Washington, Lincoln e Universidades, formando em 1958. Após a formatura, Nelson mudou-se para Nova York e tocando com Erskine Hawkins e Wild Bill Davis, e trabalhando como arranjador no Teatro Apollo no Harlem. Chegou a costa oeste com Louie Bellson big band em 1959, e no mesmo ano começou a gravar como líder com pequenos grupos. Entre 1960 e 1961 tocou sax, tenor com Quincy Jones, tanto nos os E.U. como em direção a Europa que o descobriu. Após seis álbuns como líder entre os anos 1959 e 1961 para a selo Prestige com a formação classica de músicos como: Kenny Dorham, Johnny Hammond Smith, Eric Dolphy, Roy Haynes, King Curtis e Jimmy Forrest, Nelson um grande avanço e grava "A Blues" e "Abstract Truth", para a Impulse com a musica de trabalho "Stolen Moments", hoje considerada uma lenda. Isto fez de seu nome um compositor e arranjador de talent, passando a registar um grande número de álbuns, bem como trabalhos como arranjador para Cannonball Adderley, Sonny Rollins, Eddie Davis, Johnny Hodges, Wes Montgomery, Buddy Rich, Jimmy Smith, Billy Taylor, Stanley Turrentine, Irene Reid, Aníbal Vinhas entre muitos outros. Em 1967, Nelson mudou-se para Los Angeles e viajou com sua big-band para varios paises (Berlim, Montreux), visitando a África Ocidental, com um pequeno grupo. Escreveu varias musicas para a televisão (Ironside, Night Gallery, Columbo, The Six Million Dollar Man, The Bionic Woman, e Longstreet) e filmes: 1969 - Death of a gunfighter - A morte de um pistoleiro, um faroeste para o diretor Alan Smithee e arranjos para Gato Barbieri's em 1972,Last Tango em Paris - Último Tango em Paris, com Marlon Brando em cena. Produziu e arranjou para varias estrelas do pop, como Nancy Wilson, James Brown, o Temptations, e Diana Ross. Oliver Nelson morreu de ataque cardíaco em 28 de Outubro de 1975, com 43 anos de idade sem se deixar levar pela procrastinação. Sua discografia se estende por vários nomes do mundo do jazz e sua criatividade, uma soberba admiração pelos fas que o admira e o chamava carinhosamente de Nelsinho.

discografia:
1959 - Meet Oliver Nelson
1960 - Takin' Care of Business
1960 - Images
1960 - Screamin' the Blues
1960 - Nocturne
1960 - Soul Battle
1960 - Afro-American Sketches
1961 - Three Dimensions
1961 - The Blues and the Abstract Truth
1961 - Straight Ahead
1961 - Main Stem
1962 - Full Nelson
1962 - Impressions of Phaedra
1964 - Fantabulous
1964 - More Blues and the Abstract Truth Buy
1966 - Oliver Nelson Plays Michelle
1966 - Happenings
1966 - Leonard Feather Presents the Sound of Feeling
1966 - Sound Pieces
1967 - Musical Tribute to JFK: The Kennedy Dream
1967 - live from Los Angeles
1968 - Soulful Brass
1968 - And the Sound of Oliver Nelson
1969 - Black Brown and Beautiful
1970 - Black, Brown and Beautiful
1970 - Berlin Dialogue for Orchestra
1970 - Live in Berlin
1971 - Swiss Suite (Live)
1971 - Zigzag (Original Soundtrack)
1974 - Oily Rags
1975 - Skull Session
1975 - Stolen Moments
1976 - A Dream Deferred
1978 - Soulful Brass #2
1990 - Back Talk
1990 - Meet Oliver Nelson (EP)
1991 - Oliver Nelson, Vol. 2: Three Dimensions
1995 - Verve Jazz Masters 48
2000 - Les Incontournables
2005 - Zigzag/The Supercops (Original Soundtrack)
2006 - The Argo, Verve and Impulse Big Band Studio Sessions

Um fantastico album dessa fase criativa de Oliver é "Alfie" - (Como Conquistar As Mulheres) de 1966, num verdadeiro arranjo para a trilha original do filme adaptado de Bill Naughton na telona. Alfie (Michael Caine) é um charmoso conquistador que vive em Londres. Ele tem várias aventuras amorosas, pois sempre quer mais mulheres na sua "coleção". Ele as usa, pois não tem nenhum tipo de censura e pula de uma cama para outra sem nenhum remorso. Porém Alfie não é tão despreocupado ou indiferente como tenta passar para a audiência, para quem fala diretamente diversas vezes. Tentando ser livre como um pássaro, ele ignora quem realmente o ama e seu filho acaba sendo criado por outro homem. Somente após várias conquistas e vitórias dúbias ele começa a questionar sua vida.
No elenco: Michael Caine (Alfie), Shelley Winters (Ruby), Millicent Martin (Siddie). Julia Foster (Gilda), Jane Asher (Annie) e Shirley Anne Field (Carla).

Faixas:
01 - Alfie's Theme
02 - He's Younger Than You Are
03 - Street Runner With Child
04 - Transition Theme For Minor Blues Or Little Malcolm Loves His Dad
05 - On Impulse
06 - Alfie's Theme Differently

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Boa audição - Namastê.

1973 - Live at the Village Gate - Sivuca

Natural de Itabaiana, interior da Paraíba, Severino Dias de Oliveira começou a tocar sanfona aos 9 anos de idade, em feiras, festas, batizados etc., e tornou-se um dos estilistas do instrumento. Aos 15 anos foi para Recife, onde começou a carreira profissional na Rádio Clube de Pernambuco, e adotou o nome artístico de Sivuca. Aos 18 tornou-se aluno do maestro Guerra-Peixe, com quem aprendeu arranjo e composição. Gravou o primeiro LP em 1950, em parceria com Humberto Teixeira, que gerou o primeiro sucesso, "Adeus, Maria Fulô", regravada em versão psicodélica pelos Mutantes em seu disco de 1968. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1955, sendo contratado pela Rádio e TV Tupi. Gravou mais três LPs e fez algum sucesso, até que em 1958 foi pela primeira vez para a Europa com o grupo Os Brasileiros, de que era o acordeonista. Acabou radicando-se em Lisboa, e em seguida em Paris, onde gravou discos e fez diversas apresentações. Em 1964 mudou-se para Nova York, e lá viveu por 12 anos. Trabalhou com Miriam Makeba, para quem fez o célebre arranjo do mega sucesso "Pata Pata" e com ela excursionou pela Ásia, África, Europa e Américas, até 1969. Nos Estados Unidos trabalhou com outros artistas brasileiros, como Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Gloria Gadelha, com quem se casou e compôs "Feira de Mangaio", considerado um dos clássicos do forró. Outras parceria bem-sucedidas são "João e Maria" (com Chico Buarque), "No Tempo dos Quintais" (com Paulo Tapajós), "Energia" (com Glória Gadelha) e "Cabelo de Milho" (com Paulo Tapajós). Na década de 70 tornou-se popular nos países escandinavos, gravando discos ao vivo e fazendo muitos shows. Compôs trilhas para os filmes Os Trapalhões na Serra Pelada (1982) e Os Vagabundos Trapalhões (1982). Em 20 de novembro de 2006 lança o DVD “Sivuca – O Poeta do Som”, totalmente produzido na Paraíbaem em homenagem aos seus 75 anos, que contou com a participação de 160 músicos convidados. Foram gravadas 13 faixas, além de duas reproduzidas em parceria com a Orquestra Sinfônica da Paraíba. Faleceu em 14 dezembro de 2006, depois de dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o acometia desde 2004. Sivuca deixa uma filha, Flavia, que atualmente está levantando o acervo do pai e mais três netos, Lirah, Lívia e Pedro. É chamado no meio artistico de "O maestro da sanfona". É amado por Caetano Veloso, Jorge Ben, e Gilberto Gill. Se essa referência não é o suficiente para que os reis da Tropicália têm todos reconheceram a influência da Sivuca, ele foi um dos primeiros artistas brasileiros jazz para estabelecer uma carreira na E.U.A. nos anos 60. O fantástico Live at the Village Gate de 1973, traduz um Sivuca de primeira linha para os americanos que o aplaudiu de pé ao desgusta a cultura brasileira nas veias desse multinstrumentista do sertão da paraiba como o codnome de Sivuca. Além de vocalizar, surpriende como acordianista, guitarrista, e compositor, para o espanto dos gringos. Simplesmente um album album impecável para qualqur coleção e o melhor, uma viagem pela bossa nova e um passeio pelas raizes tupinique. "Live at Village Gate" é magistral e uma obra prima na carreira de Sivuca. Selo: Vanguard (EUA) / Copacabana (Brazil).Vale apena ler o texot do jornalista Arnaldo DeSouteiro sobre Sivuca: "Ontem eu soube da morte de 2 amigos meus, o saxofonista Frank Vicari e o produtor Ahmet Ertegun (fundador da gravadora Atlantic), mas nada sabia sobre o Sivuca. Tomei conhecimento somente agora. Eu poderia escrever até um livro sobre Sivuca, conheço profundamente a obra dele. Mas agora, só dá pra sair um pequeno comentário" ...
http://www.clubedejazz.com.br/noticias/noticia.php?noticia_id=426.

Faixas
:
01 - Adeus Maria Fulo
02 - Berimbau
03 - It Might Have Been
04 - Rancho Fundo
05 - Ain's No Sunshine
06 - Marina
07 - Coisa nº 10
08 - Batucada

Musicos:
Sivuca - Vocais, Guitarra, Accordion, Piano e Percussões
Cindy Kimball - Vocais e Percussões
Morris Goldberg - Woodwind (inst. de sopro de madeira)
Mervin Bronson - Baixo
Angel Allende - Percussões
Sadiq Shabazz- Bateria

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1961 - Sunday at the Village Vanguard - Bill Evans Trio

O que falar de um músico que participou do mais importante disco da história do jazz – Kind Of Blue, de Miles Davis -, que teve um dos mais influentes trios de todos os tempos - com Paul Motion (bateria) e Scott LaFaro (baixo) - e gravou discos definitivos como Portrait In Jazz, The Paris Concert, Waltz for Debby e Sunday at the Village Vanguard? Diante desses fatos, não há muito mais o que falar a não ser reverenciar e principalmente, escutar todo o talento do pianista norte-americano Bill Evans. Nascido em Plainfield no dia 16 de agosto de 1929, William "Bill" John Evans (Bill Evans no mundo do jazz), foi o único músico branco nas gravações do mitológico Kind Of Blue e um dos jazzistas brancos mais influentes de toda a história. Assim como acontece com outros músicos de jazz, indicar um único disco de Bill Evans é quase uma heresia, mas no caso do pianista a escolha não poderia ser mais óbvia, Sunday At The Village Vanguard, lançado em 1961. O disco, gravado ao vivo na casa de jazz nova-iorquina, traz Evans acompanhado de seu mais importante trio, composto por Paul Motian e Scott LaFaro. Outro fato “interessante” sobre este disco foi a despedida de LaFaro, que morreu 10 dias após a gravação deste concerto, em um acidente de carro, aos 25 anos de idade com indicios de bebidas e heroina. O disco abre com a clássica “Gloria’s Step”, com LaFaro solando como poucos e Motian atacando no estilo “vassourinha”. Toda a delicadeza de Evans está exposta em “My Man’s Gone Now”, composta pelos irmãos Gershwin, e “Jade Visions”. Outro clássico presente aqui é “All Of You”, de Cole Porter, com solos de LaFaro e Motian. Para terminar, Evans recria “Alice in Wonderland” e faz uma versão de quase 9 minutos da composição de Miles Davis, “Solar”, faixa que traz solos “completos” dos três músicos. Outra dica importante é procurar o disco Waltz for Debby, uma espécie de volume 1 deste disco que será postado em breve. Para alguns críticos, Waltz é a personificação do clássico trio de jazz. Diferentemente do que acontece em Sunday, no qual LaFaro está em destaque, Waltz traz o trio mais conciso e interagindo mais entre si. Apesar da morte prematura - Evans morreu em Nova York aos 51 anos em 15 de Setembro de1980 de nisuficiência hepática e hemorragia interna prococada pelo uso continuado de heroína e cocaína - o pianista continua uma referência para os novos músicos. Nomes como Brad Mehldau, Benny Green, Mulgrew Miller, Bill Charlap, Stephen Scott e Fred Hersch são exemplos vivos do legado deixado pelo maior pianista branco que o jazz já produziu.
Had Bud Powell and Bill Evans not existed, Jazz would have had to invent them.” - C. M. Bailey

* Gravado ao vivo no Village Vanguard, NY, 25/06/1961.
* Um dos melhores discos de jazz feitos ao vivo, de acordo com qualquer crítica de jazz.
* LaFaro é considerado um “pai” para os baixistas de jazz, por criar estilo libertário, improvisador e marantes. Morreu num acidente de carro dez dias depois desta gravação, aos 25 anos.
* Produção - Orrin Keepnews
* Engenheiro de Gravação - Dave Jones
* Selo - Riverside
Em 2006, o selo Riverside publicou um box de três Cds set contendo praticamente todo o material gravado no Village Vanguard de Bill Evans. Embora toda esta música, disponível na caixa de Riverside, tem a audiência de ambientação reforçada e inclui apresentações, discussões em palco entre os músicos, a interação com a platéia e alguns compassos da música que Evans improvisados para preencher a fita no final da noite. No total são 28 musicas e um estojo de luxo com umaresenha da vida e obra de Bill como também curiosidades.

Faixas:
01 - Gloria’s Step (take II)
02 - My Man’s Gone Now
03 - Solar
04 - Alice in Wonderland (take II)
05 - All of You (take II)
06 - Jade Visions (take II)
07 - Gloria’s Step (take III)
08 - Alice in Wonderland (take I)
09 - All of You (take III)
10 - Jade Visions (take I)

Músicos:
Bill Evans - Piano
Scott LaFaro - Baixo Acustico
Paul Motian - Bateria

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domingo, 19 de outubro de 2008

Vitrine: Renatinho Santos

Vitrine - Novidades e descobertas da Música


Renatinho Santos Black Groove
Ano:2004
Selo Independente

Estilos: R&B / Soul / Latino

Host: Sharebee
Size: 29.93 MB

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Tracks:

1 - Taco
2 - D.Ang
3 - Black Groove
4 - Contente
5 - Groove Maximo
6 - Samba Encomenda
7 - Ta No Pente

Credits:

Bass - Renatinho Santos
Drums - Giba Favery
Guitar - Thiago Pitiá
Keyboards - Ilca Leanza
Percussion - Kadu Fernandes
Sax - Vitor Alcantara
Voice(Taco) Maria Diniz E Rita Kfouri
Music Producer - Celso Pixinga

Iniciou seus estudos com Celso Pixinga no ano de 2003, já tendo uma visão instrumental decidiu no mesmo ano gravar seu CD solo instrumental intitulado Black Groove com elementos de soul, funk, salsa, samba, balada , etc...Com Produção de Celso Pixinga,onde contou com grandes músicos como, Giba Favery(bateria), Ilca Leanza(teclados), Thiago Pitía(guitarra), Kadu fernandes(percussao), Vitor Alcantara(saxofone), Rita kfouri e Maria Diniz(vocais) .

Com o lançamento do cd, o caminho na música estava só começando, pois surgiram convites para gravações, shows etc... Acompanhou diversas bandas de vários estilos destacando o Quarteto black Primus, Descontrasom, Doce Encontro, Edson e Raphael e Nereu(trio Mocotó), Elisabeth Viana: O TALENTO SE RENOVA A CADA GERAÇÃO,NOSSOS OUVIDOS AGRADECEM (palavras do baixista Nilton Wood sobre cd publicado na revista cover baixo em 2004).

Em 2005 participou do maior evento do País, o Cover Baixo IBT Festival, uma edição que reúne os melhores baixistas do Brasil. Teve a honra também de se apresentar em grandes casas, como, Café Piu Piu, Livraria Cultura, Saraiva,Centro Cultural São Paulo, Sesc Santo Amaro (ao lado de Celso Pixinga),e em São Carlos participou do festival Ada..s Drums. Atualmente, sideman toca com Lucas Poletto, Chá Roots,Luis Vagner, Instrumental BLACK SUPER BAND GROOVE onde dá continuidade ao trabalho com objetivo de expandir a música instrumental no cenário Brasileiro.

Festivais que já participou: Cover Baixo Ibt festival 2005 (EMT)SP Cover Baixo Ibt festival 2006 (EMT)SP Festival Adah Drums 2006 (São Carlos)SP Cover baixo Ibt festival 2007(EMT Campinas) Cover baixo santos 2008(santos) Cover baixo são josé dos campos 2008.

MySpace: http://www.myspace.com/renatinhogroove

YouTube: Renatinho Santos & Instrumental Black Groove: "Taco"


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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

1957 - Prestige 7105 - John Clotrane

“Trane era o saxofonista mais ruidoso e mais rápido que eu já ouvi. Tocava rápido e alto, ao mesmo tempo, o que é difícil de fazer. Porque quando a maioria dos músicos toca alto, se trava. Já vi muitos saxofonistas se enrolarem tentando tocar assim. Mas Trane fazia isso e era fenomenal. Era como se estivesse possuído, quando levava aquele instrumento à boca. Era muito apaixonado – feroz – e ao mesmo tempo muito tranqüilo e delicado quando não estava tocando. Um cara puro.
Jamais compôs coisa alguma durante o tempo que esteve em meu conjunto. Tudo que fazia era começar a tocar. A gente conversava muito sobre música nos ensaios e a caminho do trabalho. Eu lhe mostrava muita coisa, e ele sempre escutava. E eu dizia:
- Trane, tome aqui estes acordes, mas não é pra tocar assim o tempo todo, não, sabe? Isso quer dizer que você tem dezoito, dezenove coisas diferentes pra tocar em dois acordes.
Ele ficava ali sentado, de olhos arregalados, absorvendo tudo. Trane era um inovador, e a gente tem de dizer a coisa certa às pessoas desse tipo. Por isso que eu mandava que ele começasse no meio, pois era assim que sua cabeça funcionava mesmo. Ele buscava desafios, e se a gente lhe desse o troço errado, ele não escutaria. Mas era o único músico que podia tocar aqueles acordes que eu lhe dava sem fazê-los soar como acordes.
Depois do trabalho, ele voltava pra seu quarto de hotel e praticava, enquanto todos os demais andavam pela rua. Praticava durante horas, depois de acabar de tocar três sets. E mais tarde, em 1960, quando lhe dei um sax soprano que conseguira com uma conhecida de Paris, uma antiquária, isso teve um efeito no seu tenor. Antes de ganhar aquele soprano, ele ainda tocava com Dexter Gordon, Eddie “Lockjaw” Davis, Sonny Stitt e Bird. Depois de ganhar o instrumento, seu estilo mudou. Depois disso, não tocava mais como ninguém a não ser ele mesmo. Descobriu que podia tocar mais suave e mais rápido no soprano que no tenor. E isso realmente o deixou ligado, pois não podia fazer no tenor o que podia no alto, porque o soprano é um instrumento direto, e como ele gostava do registro baixo, descobriu que também podia pensar e ouvir melhor com o soprano do que com o tenor. Quando tocava o soprano, depois de algum tempo, parecia mais uma voz humana, um lamento.
Depois que gravamos aqueles últimos lados pra Prestige, em outubro de 1956, levei o grupo de volta ao Café Bohemia, e foi lá que aconteceu muita coisa entre Coltrane e eu. Essas coisas já vinham se acumulando há algum tempo. Cara, era uma merda ver o que ele fazia consigo mesmo, a essa altura já se achava realmente dependente da heroína, e também bebendo muito. Chegava atrasado e cabeceava no palco. Uma noite, fiquei tão puto com ele que lhe dei um tapa na cabeça e um soco na barriga, no camarim. Thelonious Monk estava lá nessa noite; fora ao camarim dar boa-noite e viu o que eu fiz com Trane. Quando viu que Trane não reagia e apenas ficava ali sentado como um bebezão, se revoltou. Disse a Trane:
- Cara, do jeito que você toca saxofone, não tem de aceitar essa merda; pode vir tocar comigo quando quiser. E você Miles, não devia bater nele desse jeito.
Eu estava tão puto que pouco ligava pro que Monk dizia, porque, pra começar, não era da conta dele. Despedi Trane essa noite, e ele voltou pra Filadélfia, pra tentar se livrar do vício. Me senti mal mandando-o embora, mas não via que mais podia fazer nas cincunstâncias.
Por mais que eu gostasse de Trane, nós não andávamos juntos depois que deixávamos o estrado, porque tínhamos estilos diferentes. Antes, era porque ele vivia afundado na heroína, e eu acabara de sair dessa. Agora ele estava limpo e quase não saía, voltava direto pro hotel, pra praticar. Sempre levara a música a sério, e sempre praticara muito. Mas agora era quase como se estivesse numa espécie de missão. Me dizia que já fizera muita confusão, perdera muito dinheiro e não dera muita atenção à sua vida pessoal, à sua família e, acima de tudo, à sua música. Portanto, só se preocupava em tocar sua música e crescer como músico. Era só no que pensava. Não podia ser seduzido pela beleza de uma mulher, porque já fora seduzido pela beleza da música, e era fiel à sua esposa. Quanto à mim, depois que acabava a música, eu saía logo buscando a dona boa com quem ia ficar naquela noite. Cannonball Adderley (vocal) e eu conversávamos e saíamos às vezes, quando eu não estava com alguma mulher. Philly e eu ainda éramos amigos, mas ele vivia se enchendo de droga, ele, Paul e Red. Mas éramos todos amigos e todos nos dávamos muito bem juntos.” (“Miles Davis, a Autobiografia” - pp 180, 194 e 195)
Prestige 7105 é um álbum fantástico que reúne alguns dos clássicos de John Coltrane, um dos saxofonistas mais cultuados do jazz, que começou sua carreira tocando em big bands, fez parte do grupo de Miles Davis, durante cinco anos, além de ter liderado, a partir de 1960, um quarteto com o pianista McCoy Tyner, o baixista Jimmy Garrison e o baterista Elvin Jones. São seis faixas com o melhor de seu estilo, entre elas, "Violets for Your Furs" e "While My Lady Sleeps", alguns dos destaques. Algo que não pode faltar em sua coleção. Gravado em 31 de Maio de 1957
Dica: Les Musiciens de Jazz et Leurs Trois Voeux - Pannonica de Koenigswarter (Ed. Ruchet-Chasiel). Boa leitura.


Faixas:
01 - Bakai
02 - Violets For Your Furs
03 - Time Was
04 - Straight Street
05 - While My Lady Sleeps
06 - Chronic Blues

Musicos:
John Coltrane - Sax. Tenor
Johnnie splawn - Trompete
Sahib Shihab - Sax. Barito
Red Garland - Piano (1-3)
Mal Waldron - Piano (4-6)
Paul Chambers - Baixo Acustico
Albert Heath - Bateria

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A Casa de John Coltrane será considerada local histórico

A casa de John Coltrane e de sua esposa Alice Coltrane, em Dix Hills , Long Island, será designada como local histórico para o Estado de Nova York e para o Registro Nacional de Locais Históricos . A casa foi residência da família Coltrane no período de 1964 a 1973. John Coltrane(na foto) faleceu em 1967. Alice, que casou com John só no último ano de sua vida, foi uma respeitada musicista e compositora jazzística , faleceu em janeiro do corrente ano. Robert C. Hugh , historiador da Cidade de Huntington , Nova York , informou , através da imprensa , não ser usual designar como histórica uma casa dos meados dos anos cinqüenta. Isto demonstra a significância do local para o impacto mundial da música de Coltrane. A designação é vista como um passo fundamental para a completa preservação da casa , bem como a instalação , futuramente , de um museu, que abrigará matéria musical importante, e de um centro educacional , como deseja a Coltrane Home , uma entidade sem fins lucrativos. De acordo com o músico Ravi Coltrane , filho de John e Alice , que passou a infância na casa , esta era a visão da sua mãe.A casa suburbana foi poupada da demolição em 2004, depois que o historiador de Dix Hills , Steve Fulgoni , descobriu que ela estava à venda para um incorporador , que construiria uma casa de luxo no local. Fulgoni , um fã de John Coltrane, chamou a atenção da cidade de Huntington para o fato e convenceu-a da significância da casa. Em 2005 com o apoio de músicos e aficionados do Jazz no mundo , incluindo Carlos Santana e Herbie Hancock , a cidade adquiriu a casa.

Fonte: Bolg Sojazz Link

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

1953 - With The Lighthouse All Stars - Chet Baker & Miles Davis -

Opiniões têm sido limitadas a cerca de jazz clássico e absoluto na história dos que fazem parte dela assim como é possível aprender o máximo a partir de um álbum cheio de bons eventos, de modo que no espírito de músico como Miles Davis, Chet Baker e do Farol All-Star de 1952 possa apresentar. Este arquivo é uma perola da lendaria versão completa dessa sessão no famoso clube Farol em Hermosa Beachpara para os amantes que gosta de Cool jazz-hard bop literalmente na sua essência de criação. Além de ser uma ponte que liga Miles Davis com os dois pilares da criação do jazz: Chet Baker e John Coltrane, traz Russ Freeman, um pianista de vanguarda na esfera do seu All Star Band. Aqui se da ainda um encontro único de dois jovens trompetista na linha de frente por Chet e Miles, no magistral duo dos criadores de estilos diferente ao longo de sua vida. Tudo acontece no lendario Lighthouse café/clube localizado em Hermosa Beach - Califórnia, onde ainda hoje continua ativo. Após a II Guerra Mundial quando o músico Howard Rumsey, cansado de tocar em big bands de fim de noites, resolveu passear pela cidade e foi dar de cara no Lighthouse, encontrando uma casa literalmente vazia. Rumsey pediu ao dono do local uma oportunidade para tocar neste espaço. O Lighthouse All-Star era a banda que tocava no Farol Club, um grupo em sua maioria de músicos branco da costa oeste da Califórnia. Max Roach apresentou neste tempo uma curta temporada de apresentações no local, que posteriormente trouxe o seu amigo Miles Davis para ingressar conjunto que logo chega Chet para completar. O resultado é o antologico album "With The Lighthouse All Stars" gravado em 13 de Setembro 1953 . O album apresenta nove faixas de altissima qualidade entre os musicos de estrema inquietude. At Last abre o album norteando um belo arranjo cool, sendo seguida por Winter Wonderland com clichês-chave. levando Miles a solar seu trompete que quase fala, Loaded, I'll Remember April, Pirouette, Witch Doctor, Infinity Promenade, 'Round Midnight', e A Night in Tunisia apresenta uma semelhança entre ambas, embora reconheço que Bud Haste tem um belo solo em Tunísia, mostrando aos outros como deve ser feito, constróindo declarações pautadas e claras sobre o saxofone em uma estrutura coesa que complementa a canção. Chet Baker apresenta um trompete ascendente da Costa Oeste simpaticamente balançando o caminho que Miles completa. De certa maneira, é um trabalho históricoe e interessante para os amantes deste período de início da carreira do Miles, depois de ter quebrado seu vício no início dos anos 1950. Realizada em 13 de setembro de 1953, e gravado pelo Selo que Contemporânea, quando Miles Davis estava na Califórnia. Genre: Jazz / cool, hard bop.


Músicos:
Chet Baker - Trompete
Miles Davis - Trumpete
Rolf Ericson - Trumpete
Jimmy Giuffre - Clarinete
Bud Shank - Sax. Alto
Bob Cooper - Sax. Tenor
Russ Freeman, Lorraine Geller & Claude Williamson - Piano
Max Roach - Bateria

Faixas:
1. At Last
2. Winter Wonderland
3. Loaded
4. I'll Remember April
5. Pirouette
6. Witch Doctor
7. 'Round Midnight
8. Infinity Promenade
9. A Night in Tunisia

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Boa audição - Namastê.

1962 - Gaslight - Eric Dolphy & Herbie Hancock

Eric Allan Dolphy (Los Angeles, California, 20 de Junho de 1928 – Berlim, 29 de Junho de 1964) foi um músico de jazz estadunidense. Tocava saxofone alto, flauta e clarone. Dolphy foi um dos vários saxofonistas de jazz de grande peso que se tornaram conhecidos na década de 1960. Foi também o primeiro claronista importante como solista no jazz, além de ser dos flautistas mais significantes nesse estilo. Em todos esses instrumentos era um impecável improvisador. Nas primeiras gravações, ele tocava ocasionalmente um clarinete soprano tradicional em Si bemol. Seu estilo de improvisação era característico por uma torrente de idéias, utilizando amplos saltos intervalares e abusando das doze notas da escala. Além disso, era comum que usasse efeitos sugerindo sons de animais. Embora o trabalho de Dolphy seja às vezes classificado como free jazz, suas composições e solos possuem uma lógica diferente da maior parte dos músicos de free jazz. Era, todavia, indubitavelmente, um vanguardista. Logo após sua morte, sua música era descrita como "demasiado 'out' para ser 'in' e demasiado 'in' para ser 'out'".
Dolphy nasceu em Los Angeles e foi educado no Los Angeles City College. Manteve uma carreira regional por muitos anos, participando, sobretudo, de big-bands de be-bop lideradas por Gerald Wilson e Roy Porter. Dolphy deu finalmente uma guinada em sua carreira ao integrar o quinteto de Chico Hamilton, com Hamilton ele se tornou conhecido de um público maior e teve a oportunidade de rodar os Estados Unidos em 1958, quando se separou de Hamilton e mudou para Nova Iorque. Ao chegar em Nova Iorque, firmou rapidamente diversas parcerias musicais. As duas mais importantes foram com as "lendas" do jazz Charles Mingus e John Coltrane. Sua colaboração formal com Coltrane foi pequena (menos de um ano, entre 1961 e 1962), a associação com Mingus continuou de 1959 até a morte de Dolphy, em 1964. Dolphy era muito querido por ambos os músicos - Coltrane achava-o o único que poderia ser comparado ao próprio Coltrane e Mingus considerava Dolphy seu mais talentoso intérprete. Coltrane havia ganhado audiência e notoriedade no quinteto de Miles Davis. Embora os quintetos de Coltrane com Dolphy (incluindo Village Vanguard e Africa/Brass sessions) sejam hoje lendários, eles levaram a revista Down Beat a classificar a música de Coltrane e Dolphy como "anti-jazz". Mais tarde, Coltrane afirmou, sobre essas críticas: "elas fizeram parecer que nós não sabíamos nem ao menos o mínimo sobre música (...) dói em mim ser atingido dessa forma". A carreira de Dolphy em estúdio começou na gravadora Prestige. Sua associação com a Prestige estendeu-se de Abril de 1960 a Setembro de 1961, somando 13 álbuns, se computadas as atuações em discos de outros músicos. A Prestige lançou posteriormente uma caixa com nove CDs com todas as gravações de Dolphy no selo. Os dois primeiros discos de Dolphy foram Outward Bound e Out There. O primeiro é mais acessível e enraizado no estilo do bop, mas já oferece performances ousadas, o que, no mínimo em parte, contribuiu com a escolha de incluir a palavra out (fora) no título. Out There está mais próximo da música third stream, que também faria parte do legado de Dolphy, e com reminescências ainda da instrumentação do grupo de Hamilton com Ron Carter no violoncelo. Far Cry também foi gravado para Prestige em 1960 e representa sua primeira parceria com o trompetista Booker Little. A música erudita do século XX também desempenhou um importante papel na carreira musical de Dolphy, que tocou e gravou a peça Density 21.5 , de Edgard Varèse, para flauta solo, além de outras obras clássicas, tendo participado fortemente do "Third Stream" nos anos 1960. Em 1964, Dolphy assinou com a lendária gravadora Blue Note e gravou o disco Out to Lunch - novamente, a gravadora insistiu em usar a palavra "out" (fora) no título. Esse álbum era profundamente enraizado na vanguarda e os solos de Dolphy eram tão dissonantes e imprevisíveis como tudo o que ele gravava. Out to Lunch é frequentemente tido como não só o melhor álbum de Dolphy, mas também um dos maiores discos de jazz já feitos. Depois de Out to Lunch e uma aparição no álbum Point of Departure, de Andrew Hill, Dolphy deixou de excursionar pela Europa com o sexteto de Charles Mingus no início de 1964. A partir daí, tinha a intenção de fixar-se na Europa com sua noiva, que trabalhava com ballet em Paris. Depois de deixar Mingus, tocou e gravou com várias bandas européias e se preparava para juntar-se a Albert Ayler para uma gravação. Na tarde de 18 de Junho de 1964, Dolphy caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros do hospital, que não sabiam que ele era diabético, pensaram que ele (como acontecia a muitos jazzistas) havia tido uma overdose, deixaram-no, então, num leito até que as passasse o efeito das "drogas". Uma das notas da coleção de nove discos da Prestige diz que ele "caiu em seu quarto de hotel e foi levado ao hospital, onde foi diagnosticado um coma diabético. Após a administração de insulina (aparentemente um tipo mais forte do que o disponível nos Estados Unidos), passando à hipoglicemia extrema e morreu". A presença musical de Dolphy foi profundamnte marcante para um "quem é quem" na cena dos jovens músicos, entre os quais muitos viriam a se tornar lendas por eles mesmos. Dolphy trabalhou intermitentemente com Ron Carter e Freddie Hubbard ao longo de sua carreira e nos últimos anos contratou Herbie Hancock, Bobby Hutcherson e Woody Shaw várias vezes para tocar em sua banda em estúdio e ao vivo. Out to Lunc contou ainda com outra jovem fera que acabara de começar a tragalhar com Dolphy: o baterista Tony Williams. Carter, Hancock e Williams continuariam sendo a quintessência das "cozinhas" da vanguarda da década, juntos ou em seus álbuns pessoais, além de terem formado a espinha dorsal do segundo grande quinteto de Miles Davis. Essa parte do segundo grande quinteto é uma irônica nota de rodapé para Davis, que não apreciava a música de Dolphy mas herdou uma "cozinha" inteira que trabalhara com Dolphy e criou uma banda cuja marca de "out" era muito semelhante à de Dolphy. Além disso, seu trabalho com o produtor Alan Douglas permitiu que a marca singular da expressão musical de Dolphy se espalhasse postumamente até os ambientes de Fusion e Rock, mais notavelmente em John McLaughlin e Jimi Hendrix. Frank Zappa, artista eclético que buscou inspiração também no jazz, fez um tributo ao estilu de Dolphy no instrumental "The Eric Dolphy Memorial Barbecue." Dolphy gravou com varios musicos com: Chico Hamilton, Charles Mingus, Ornette Coleman, Oliver Nelson, Makanda Ken McIntyre, George Russell, Max Roach. John Lewis e John Coltrane nos famosos albuns: 1961- Olé Coltrane, Africa/Brass e Live at the Village Vanguard e 1963 - Impressions (One Track, "India"). Um dos mais interessantes grupos de trabalho que Eric Dolphy reunido nesta performance ao vivo e gravado em Nova Iorque em 1962, apresenta um esquadrão incomuns de sidemen - incluindo Herbie Hancock - piano, Ed Blindados - trompete, Edgar Bateman - bateria, e Richard Davis - baixo, traduz uma qualidade de gravação definida e de boa colocação ao vivo em sentir forte introsamento nas linhas de conjunto e solo muito incomum que torna o álbum uma parte essencial do entendimento na carreira dos sideman hardbop. Eric toca Sax. alto e clarinete baixo nas faixas "245", "GW", "Left Alone", e "Miss Ann". Nota: O album Gaslight foi gravado no lendário clube Gaslight em Nova York mas faz referencia ao filme do mesmo nome (Gaslight - À meia luz), um suspense 44, dirigido por George Cukor com base na peça teatral de Patrick Hamilton. A data desta gravação é de 10 de julho de 1962 mas o lançamento oficial só foi liberado em outubro de 1962 por burocracia da gravadora.

Faixas:
01 - Miss Ann
02 - Left Alone
03 - G.W
04 - I Got Rhythm
05 - 245

Músicos:
Eric Dolphy - Sax alto, Flauta, Clarinete e Baixo
Ed Armour - Trompete
Herbie Hancock - Piano
Richard Davis - Baixo Acustico
Edgar Bateman - Bateria
Joe Carrol - Vocal (faixa 04)

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