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segunda-feira, 14 de abril de 2025

Boxser: Jazz Cats Sax (3xCD)

Artista: VA
Lançamento: 2006
Selo: GOLDEN STARS Records
Gênero: Bop, Bebop

 O saxofone se tornou particularmente popular no jazz, onde foi usado por muitos músicos talentosos, incluindo Charlie Parker, John Coltrane e Stan Getz. O som único do saxofone é bem adequado ao jazz, permitindo que os músicos expressem suas emoções e improvisem com facilidade. O sax é um instrumento musical único e versátil que tem uma longa história e uma rica tradição. Desde a sua invenção no século XIX por Adolphe Sax até os dias de hoje, o saxofone tem sido usado em uma variedade de gêneros musicais, incluindo jazz (seu epicentro), blues, rock e música clássica. O saxofone é um instrumento musical fascinante e emocionante que continuará a encantar e inspirar músicos e amantes da música por muitos anos vindouros.

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"O saxofone é um instrumento especial. Ele tem um som quente e expressivo que pode fazer você sentir tudo, desde tristeza até felicidade." - Charlie Parker

Boa audição - Namastê


segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

VA - Bebop 1945-1953

Artista: VA
Lançamento: 1988
Selo: Giants Of Jazz (Immortal Concerts)
Gênero: Bop, Bebop, Swing

Boa audição - Namastê


quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Boxset: Les Trésors Du Jazz - 1944-1951


Artista: VA
Álbum: CD15 (1947)
Lançamento: 2002
Selo: Le Chant Du Monde
Série: Boxset 'Les Trésors Du Jazz' (10 CD)
Gênero: Swing, Big Band, Bop, Cool Jazz, Mainstream Jazz

Boa audição - Namastê

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Boxset: Les Trésors Du Jazz - 1944-1951

Artista: VA
Lançamento: 2002
Selo: Le Chant Du Monde
Série: Boxset 'Les Trésors Du Jazz' (10 CD)
Gênero: Swing, Big Band, Bop, Cool Jazz, Mainstream Jazz


Boa audição - Namastê

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

CD2: Lennie Tristano Personal Recordings 1946-1970 (Boxset 6CDs).

Artista: Lennie Tristano

Álbum: Personal Recordings - CD2

Lançamento: 2021

Selo: Mosaic Records / Dot Time Records

Gênero: Bop, Hard-bop, Pós-Bop

Lennie Tristano é frequentemente mal classificado como um progenitor do estilo “cool” de jazz, possivelmente porque a sua abordagem era tão comedida, lírica e precisa em contraste com a energia irregular do bebop. Mas a amplitude e a profundidade de sua forma de tocar vão muito além do gênero pós-Segunda Guerra Mundial em ambas as direções. Estudante do Conservatório Americano de Música de Chicago, ele começou a se destacar em Nova York em meados da década de 1940, chegando a tocar ao lado de Charlie Parker, Dizzy Gillespie e Max Roach. Os beboppers maravilhavam-se com seus dons harmônicos excepcionais, sua habilidade em tocar linhas solo longas e intrincadas e seu virtuosismo infalível. Ele contribuiu para a música de Parker e Gillespie sem copiar servilmente sua abordagem. As gravações vêm de um tesouro de material da coleção pessoal de Tristano – airchecks, gravações remotas, datas ao vivo preservadas por seus associados no coreto e faixas gravadas no estúdio de Lennie na East 32 nd Street, em Nova York . Não originalmente destinados ao lançamento comercial, eles fornecem uma visão íntima da gama de Tristano e de sua abordagem inconfundível ao jazz. O disco 2 apresenta maravilhosas gravações de piano solo de Tristano gravadas no Rudy Van Gelder Studio e no próprio estúdio de Lennie na East 32nd Street. As 15 faixas deste disco demonstram o mundo interior de harmonia de Tristano. Não se pode deixar de ficar maravilhado com a facilidade técnica de Tristano, mas o que é verdadeiramente surpreendente é o pathos e a alma sentidos em cada faixa.

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Sax. Alto  – Lee Konitz (faixas: 3-1 to 3-8, 6-1 to 6-7, 6-14)

Baixo – Arnold Fishkin (faixas: 1-15, 3-1 to 3-6), Joe Shulman (faixas: 3-7, 3-8), Peter Ind (faixas: 4-1 to 4-11), Sonny Dallas (faixas: 5-1 to 5-8, 6-8 to 6-14)

Bateria – Al Levitt (faixas: 4-8 to 4-11), Jeff Morton (faixas: 3-1 to 3-8), Nick Stabulas (faixas: 5-7, 5-8, 6-8 to 6-14), Tom Wayburn (faixas: 4-1 to 4-7)

Guitarra – Billy Bauer (faixas: 1-1 to 1-5, 1-7 to 1-15, 3-1 to 3-8, 6-1 to 6-7, 6-14)

Piano – Lennie Tristano

Sax. Tenor  – Warne Marsh (faixas: 3-1 to 3-8, 6-1 to 6-7), Zoot Sims (faixas: 6-14)

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Gravações – Lennie Tristano (faixas: 2-2 to 2-15, 4-1 to 5-8), Lenny Popkin (faixas: 2-16 to 2-18), Rudy Van Gelder (faixas: 2-1)

Gravado por [Wire Recordings] - Billy Bauer (faixas: 1-7 a 1-11, 3-1 a 3-5, 6-1 a 6-7)

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Locais e datas de gravação:

2-1: Van Gelder Studio, Hackensack, Nova Jersey , 1952

2-2 a 2-15 : Estúdio de Lennie, Palo Alto St., Hollis, NY, c. 1961

2-16 a 2-18: estúdio de Lennie, Palo Alto St., Hollis, NY, 15 de outubro de 1970


 Boa audição - Namastê



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Boxset: Born To Swing "100 Original Big Band Classics" - Vol.01

Artista: VA

Álbum: Born To Swing Vol.01 

Lançamento: 1996

Selo: PLC da Castle Communications 

Gênero: Big Band, Swing

O termo ‘swing’, que significa balanço e oscilação, é utilizado no jazz de duas formas completamente diferentes. No sentido técnico, usualmente arranjado para grandes orquestras dançantes, caracterizado por uma batida menos acentuada que a do estilo tradicional, e menos complexo, rítmica e harmônicamente falando, do que o jazz moderno. No sentido histórico, o swing coincide com a era do swing, o período clássico do jazz, que começa nos primeiros anos após a grande depressão econômica dos anos 20 e os últimos da Segunda Guerra Mundial, aproximadamente entre 1932 e 1943. Embora o swing só tenha caído no gosto popular com a ascensão de Benny Goodman em 1935, o estilo já existia há mais de uma década. O jazz nas suas formas iniciais enfatizava a improvisação espontânea, mas à medida que as bandas de dança se tornaram populares nos anos 20 e começaram a usar mais três ou quatro instrumentos de sopros, se tornou necessário que os arranjos fossem escritos para que a música pudesse estar organizada e coerente.

Alton Glenn Miller (1904-1944) foi trombonista profissional na banda de Ben Pollack e bandleader na era do swing. Mais tarde transformou-se num organizador de orquestras, sobretudo das dos irmãos Dorsey, iniciada em 1934, e de Ray Noble, organizada em 1935. Depois de ter tentado infrutiferamente formar a sua própria orquestra em 1937, acabou por conseguir no ano seguinte. Ele foi um dos artistas de mais vendas entre 1939 e 1942, liderando uma das mais famosas big bands. Durante a 2.ª Guerra Mundial, era capitão, sendo promovido mais tarde a major e a diretor da banda da força aérea do exército dos Estados Unidos na Europa. Ao voar da Inglaterra para Paris, desapareceu; os corpos dos ocupantes nem os destroços do avião jamais foram avistados.

Rowland Bernard ‘Bunny’ Berigan (1908-1942) foi trompetista que chegou à fama durante a era do swing, mas cujo virtuosismo e influência foram encurtados por uma batalha perdida com o alcoolismo, que terminou em sua morte prematura aos 33 anos. Sua clássica gravação de 1937, ‘I Cant Get Started’, com letra do então pouco conhecido Ira Gershwin e música de Vernon Duke foi introduzida no Hall da Fama do Grammy em 1975.

Earl Kenneth Hines (1903-1983) foi compositor, líder de bandas e um dos mais importantes pianistas da história do jazz. Em Chicago conheceu Louis Armstrong e, juntamente com Zutty Singleton, tocaram no ‘Sunset Café’. Em 1927, esta torna-se a banda de Louis Armstrong, e Hines o seu diretor. Armstrong percebe o estilo ‘avant garde’ de Hine ao tocar piano como um trompete, recorrendo ao uso de oitavas para que o seu piano pudesse ser mais facilmente ouvido. Em 1928, lidera a sua própria banda. Foi no clube de Al Capone, o ‘Grand Terrace Ballroom’, que estreou como líder de banda. Pela sua banda passaram Nat King Cole, que o substituía no piano, Dizzy Gillespie, Sarah Vaughan e Charlie Parker. Liderou a sua banda até 1947, quando passou temporariamente a liderar a banda de Duke Ellington, enquanto este se encontrava doente. O tempo das grandes bandas e orquestras encontrava-se no fim.


James Fletcher Henderson Hamilton Jr. (1897-1952) foi pianista, bandleader, arranjador e compositor, importante no desenvolvimento das big bands e do swing. Henderson, juntamente com Don Redman, estabeleceu a fórmula para a música swing. Foi o responsável por trazer Louis Armstrong de Chicago para Nova York. Em 1922 ele formou sua própria banda, que rapidamente se tornou conhecida como a melhor banda composta por afro-americanos em Nova York. Além de sua própria banda, ele arranjou para várias outras bandas, incluindo as de Teddy Hill, Isham Jones, e a mais famosa, a de Benny Goodman.

Benjamin David Goodman (1909-1986) foi clarinetista e bandleader conhecido como ‘O Rei do Swing’, ‘Patriarca da Clarineta’, ‘O Professor’ e ‘Mestre do Swing’. Na década de 30, Benny Goodman liderou um dos grupos musicais mais populares da América. Seu concerto de 1938 no Carnegie Hall em Nova York é descrito como o mais importante na história da música popular. Goodman lançou as carreiras de muitos grandes nomes do jazz, e durante a era de segregação ele foi um dos primeiros a integrar em sua banda músicos negros. Foi responsável por um passo significativo na integração racial na América. No início dos anos 30, músicos negros e brancos não podiam tocar juntos na maioria dos clubes ou concertos. Benny Goodman quebrou a tradição ao contratar o pianista negro Teddy Wilson e o baterista branco Gene Krupa para tocarem no Trio Benny Goodman. Goodman continuou a sua ascensão meteórica ao longo do final dos anos 30 com sua big band, o seu trio e quarteto e um sexteto. Por meados dos anos 40, no entanto, as grandes bandas perderam muito de sua popularidade.



 Boa audição - Namastê

sábado, 15 de julho de 2023

Dizzy Gillespie – Dizzy Gillespie No Brasil Com Trio Mocotó 2010

Artista: Dizzy Gillespie

Álbum: Dizzy Gillespie & Trio Mocotó

Lançamento: 2010

Selo: Biscoito Fino

Gênero: Bebop, Latin Jazz 

Culminando em uma música realmente sem fronteiras, com registros realmente incríveis e que acima de tudo comprovam que um músico com mente aberta rende muito mais. Não há nada igual a uma surpresa e a maior delas (acredite se quiser), foi gravada em terras plenamente brasileiras meus amigos e o resultado só os fortes compreendem, no fim das contas é um Jazz-Samba-Rock que à princípio parece até mentira, Dizzy Gillespie rachando o assolha com o Trio Mocotó. Essa gravação é absolutamente desconhecida do grande público, admirador não só de Jazz, mas das obscuridades nacionais. O registro é oriundo de uma passagem de Dizzy pelo Brasil em agosto de 1974. Aparentemente o músico viu do que o Trio Mocotó era capaz e, fazendo jus ao seu trompete visionário, correu para o estúdio Eldorado e registrou seis takes com este forte condimento na Jam, unindo seu Bebop ao som fervilhante do trio tupiniquim. São apenas seis faixas apenas. As duas primeiras músicas, “Samba” e “The Truth”, são do pianista e compositor Michael Josef  ‘Mike’ Longo, que trabalhou com Dizzy (com quem dividiu o disco The Earth Is But One Country). O solo de trompete atravessa a seção rítmica de “Samba”,  já “The Truth” é mais experimental, com solos concêntricos de Dizzy costurando um percurso no meio da percussão. Em “Evil gal blues”, há um dueto com a cantora Mary Stallings. As duas faixas aparentemente criadas durante as sessões, “Dizzy’s shout/Brazilian improvisation” e “Rocking with Mocotó” são creditadas ao trompetista. O trompetista Dizzy Gillespie  foi um dos responsáveis pela modernização do Jazz e pelo alargamento de suas fronteiras, buscando conexões com os ritmos afro-cubanos, por exemplo. A primeira vez que Dizzy desembarcou aqui no Brasil foi em agosto de 1956. Já nesta primeira visita, falou de seu fascínio por Dorival Caymmi. Em 1961 e 1963, voltou e elogiou a batida da bossa nova de João Gilberto. Em 1971, arrumou batucadas com sambistas de escolas de samba. Em agosto de 1974 retornou ao Brasil disposto a inovações. Na visita que fez em 1974, tinha em mente, segundo executivos das gravadoras Philips e do selo americano Perception, fazer um disco inteiro em que o trompetista se faria acompanhar por cerca de 100 ritmistas brasileiros. Chegou a tocar com sambistas da Escola de Samba Mocidade Alegre de Padre Miguel. Mas gravar era um problema. “Reunir 100 ritmistas para uma gravação foi a primeira ideia que os empresários tentaram tirar da cabeça de Dizzy”, relata reportagem do “Jornal da Tarde” de 14 de agosto de 1974. Os produtores sugeriram que um único conjunto o acompanhasse. E após alguns ensaios, Dizzy acabou se entrosando com o Trio Mocotó, formado por Nereu Gargalo, João Parayba e Fritz Escovão. Além do trio, estavam lá no estúdio Branca de Neve (surdo), Teo (cuíca), Rubetão, Jair e Carlinhos (pandeiros). A banda de Dizzy incluía Mickey Roker (bateria), Al Gafa (guitarra) e Earl May (contrabaixo). Havia também Mary Stallings, uma cantora de São Francisco, muito influenciada por Carmen McRae, que Dizzy trouxe em sua comitiva anunciando como uma das prováveis sucessoras de Ella Fitzgerald. “Dizzy chegou depois do almoço, por volta das 3 da tarde, e deu um chá de cadeira em todo mundo. Ficou uma hora fazendo meditação, deitado no chão do estúdio”, conta o percussionista João Parahyba. Durante 8 horas, no Estúdio Eldorado em São Paulo, Dizzy gravou com o Trio Mocotó. O plano era lançar o disco em janeiro do ano seguinte. O resultado daquela sessão não ficou conhecido. Dizzy foi embora levando a master do disco debaixo do braço, porém nunca o lançou. Chegou a fazer discos híbridos de jazz e música brasileira, mas não se teve mais notícia daquela master. Até 2008, quando então a famigerada master de “sambabop” chegou às mãos do produtor Suíço Jacques Muyal, trazendo na capa feita à mão apenas uma foto do trompetista e a frase “Com o Trio Mocotó”. Muyal saiu em campo e aos poucos, com a ajuda de entre outros do percussionista Parahyba (do Mocotó) e o jornalista Jotabê Medeiros, identificou músicos, repertório, autores e estúdio para poder trazer à tona esse disco, lançado pelo selo Groovin’ High Records, e, no Brasil, pela Biscoito Fino. “Entre os brasileiros, reencontrei a sonoridade ideal porque, para mim, música boa é aquela que, de um modo ou de outro, tem cor negra”, afirmou certa vez Dizzy. Ao lado de Charlie Parker, Lester Young, Thelonious Monk e Miles Davis, Dizzy Gillespie implantou uma das mais revolucionárias mudanças na face da música do século 20, criando o bebop. Deixou canções imortais do jazz, como “A Night in Tunisia” e “Salt Peanuts”. Filho de um pedreiro da Carolina do Sul, começou na música substituindo Roy Eldridge na orquestra de Ted Hill. Veio oito vezes ao Brasil, a última em 1991, quando tocou no extinto Free Jazz Festival com sua banda multiétnica United Nation Orchestra. Sempre foi fascinado pela música brasileira. Na Europa, em shows na França em 1958 e 1962, tocou temas da bossa nova, como “Chega de Saudade”, “Manhã de Carnaval” e “Samba de Uma Nota Só”. Nos anos 60, aproximou-se da música cubana e projetou nomes como Paquito D’Rivera, Giovanni Hidalgo e Arturo Sandoval. Gravou mais de 100 discos e, ao morrer, aos 75 anos, no Englewood Hospital de Nova York, tinha câncer no pâncreas. Dizem que morreu dormindo, com uma de suas músicas 'Dizzy’s Nine', tocando num gravador ligado. Fonte: GABI, Tá em Choque?

Cuíca – Fritz Escovão 

Contrabaixo – Earl May

Bateria – Mickey Roker

Guitarra – Al Gafa

Pandeiro – Nereu Gargalo

Percussão – João Parahyba

Trompete – Dizzy Gillespie

Vocais – Mary Stallings (faixas: 4)

Gravado em Agosto de 1974 – Estúdios Eldorado, São Paulo 


Boa audição - Namastê

sábado, 17 de junho de 2023

Gillespiana And Carnegie Hall Concert (1960)

Lançamento: 1993
Selo: Verve Records
Gênero: Bop, Afro-Cuban Jazz, Big Band

O efeito de John Birks "Dizzy" Gillespie no jazz não pode ser exagerado: seu trompete influenciou vários dos músicos que vieram depois dele, suas composições se tornaram parte do cânone do jazz e suas bandas incluíram alguns dos nomes mais importantes do ramo. Também foi, junto com Charlie Parker, um dos principais líderes do movimento bebop. O pai de Gillespie era um líder de uma banda amadora que, embora morto quando Gillespie tinha dez anos, deu a seu filho algumas de suas primeiras bases na música. Dizzy começou a tocar trompete aos 14 anos, depois de experimentar brevemente o trombone e seu primeiro treinamento musical formal veio no Laurinburg Institute, na Carolina do Norte. Os primeiros trabalhos profissionais de Dizzy foram com a banda Frankie Fairfax, onde ele supostamente ganhou o apelido de Dizzy por causa de suas travessuras bizarras. Sua primeira influência foi Roy Eldridge a quem ele mais tarde substituiu na banda de Teddy Hill. De 1939 a 1941, Dizzy foi um dos principais solistas da banda de Cab Calloway, até ser demitido por uma notória pegadinha de coreto. Com Calloway conheceu o trompetista cubano Mario Bauza, de quem adquiriu grande interesse pelos ritmos afro-cubanos. Nessa época, ele também fez amizade com Charlie Parker, com quem começaria a desenvolver algumas das ideias por trás do bebop enquanto estava tocando no Minton's Playhouse no Harlem. De 1941 a 1943, Dizzy trabalhou como freelancer para várias big bands, incluindo a de Earl "Fatha" Hines. A banda de Hines continha vários músicos com os quais Dizzy interagiria no desenvolvimento do bebop, como o cantor Billy Eckstine, que formou sua própria banda com Dizzy no trompete em 1944. O ano de 1945 foi crucial tanto para o bebop quanto para Dizzy. Ele gravou com Parker muitos de seus pequenos sucessos, como "Salt Peanuts", e formou sua própria big band de bebop. Apesar dos problemas econômicos, conseguiu manter a banda unida por quatro anos. Seu toque de trompete estava no auge com ataques rápidos de notas e um incrível alcance harmônico. Vários futuros grandes músicos se apresentaram com a big band de Dizzy, incluindo os saxofonistas Gene Ammons, Yusef Lateef, Paul Gonsalves, Jimmy Heath, James Moody e John Coltrane. A seção rítmica de John Lewis, Milt Jackson, Kenny Clarke e Ray Brown que viria se tornar o Modern Jazz Quartet original. Levou várias bandas em turnês do Departamento de Estado ao redor do mundo a partir de 1956, a primeira vez que o governo dos Estados Unidos forneceu ajuda econômica e reconhecimento ao jazz. Essas excursões não apenas mantiveram Dizzy trabalhando, mas também estimularam seus interesses musicais quando ele começou a incorporar diferentes elementos étnicos em sua música, como os ritmos afro-cubanos, caribenha que ele inseriu em seus arranjos para big band. Nunca perdendo sua sede de colaboração, Dizzy trabalhou com uma variedade de estrelas do jazz, além de liderar seus próprios grupos na década de 1980.

Baixo - Art Davis
 Trombone Baixo – Paul Faulise (faixas: 1 to 5)
Bongos – Jack Del Rio (faixas: 1 to 5)
Congas – Candido Camero (faixas: 1 to 5)
Bateria - Chuck Lampkin
Flauta, Saxofone Alto – Leo Wright
Trompa Francesa – Al Richman (faixas: 1 to 3), Gunther Schuller, James Buffington (faixas: 1 to 3, 6 to 10), John Barrows (faixas: 6 to 10), Julius Watkins (faixas: 1 to 5), Morris Scott (faixas: 4, 5), Richard Berg (faixas: 6 to 10), William Lister (faixas: 4, 5
Percussão – Jose Mangual (faixas: 6 to 10), Julio Collazo (faixas: 6 to 10), Ray Barretto (faixas: 6 to 10)
Piano e Arranjado – Lalo Schifrin
Produtor (gravações originais) – Norman Granz
Tímpanos – Willie Rodriguez (faixas: 1 to 5)
Trombone – Arnet Sparrow (faixas: 6 to 10), Britt Woodman, Frank Rehak (faixas: 1 to 5), George Matthews (2) (faixas: 6 to 10), Paul Faulise (faixas: 6 to 10), Urbie Green (faixas: 1 to 5)
Trompete – Carl Warwick (faixas: 6 to 10), Clark Terry, Dizzy Gillespie, Ernie Royal (faixas: 1 to 5), Joe Wilder (faixas: 1 to 5), John Frosk, Nick Travis (faixas: 6 to 10)
Tuba – Don Butterfield
Vocais – Dizzy Gillespie (faixas: 6 to 10), Joe Carroll (faixas: 6 to 10)
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Faixas 1-3: Gravado em 14 e 15 de novembro de 1960 em Nova York.
Faixas 4 e 5: Gravadas em 16 de novembro de 1960 em Nova York.
Edição original do LP: Gillespiana Verve MGV 8394
Faixas 6-10: Gravado em 4 de março de 1961 no Carnegie Hall, Nova York.
Edição original do LP: Concerto no Carnegie Hall - Gravado ao vivo Verve V6-8423

Boa audição - Namastê

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Dizzy Gllespie - The Complete RCA Victor Recordings 1937-1949 (2CD)


Lançado: 1995
Selo: Bluebird, BMG Music
Gênero: Bop, Jazz afro-cubano, Big Band
Dizzy Gillespie (1917-1993) é um dos mentores do bebop, um dos criadores da linguagem do trompete jazzístico moderno, e um verdadeiro embaixador da música. Os únicos trompetistas que se equiparam a Dizzy, em termos de importância musical e histórica, são Louis Armstrong e Miles Davis. Nascido em Cheraw, Carolina do Sul, John Birks Gillespie experimentou o trombone antes de se decidir aos 12 anos pelo trompete, instrumento com o qual se iniciou profissionalmente aos 14 anos. Tocou em diversas orquestras, na segunda metade dos anos 30 e na no início dos anos 40 e teve como grande modelo o trompetista Roy Eldrige, a quem inclusive substituiu na ‘Teddy Hill Band’, em 1937. O jeito irreverente e as brincadeiras que fazia com colegas e mesmo com os próprios regentes lhe valeram não poucas reprimendas e até demissões. Entre 1942 e 1945, Dizzy tocou nas orquestras de Earl Hines e de Billy Eckstine, que constituíram verdadeiros celeiros de talentos do nascente estilo bebop. Em 1941 Dizzy encontrou Charlie Parker pela primeira vez, quando este tocava na orquestra de Jay McShann. A partir daí, os dois tocaram juntos diversas vezes, com diferentes grupos e dando contornos definitivos ao bebop. Somente em 1945, porém, Dizzy e Bird finalmente gravariam juntos. Em 1945 Dizzy optou pelo formato big band. Sua orquestra do período 1946-1950 contou com músicos de peso, como Milt Jackson, John Lewis, Ray Brown e Kenny Clarke que, juntos, constituiriam a primeira formação do ‘Modern Jazz Quartet’, além de Jay Jay Johnson, Yusef Lateef e até John Coltrane. Essa orquestra teve que ser desfeita em 1950 devido a dificuldades econômicas. Mas Dizzy continuou muito ativo, e participou de turnês do ‘Jazz at the Philarmonic’. Em 1956 formou novamente uma orquestra, que fez turnês patrocinadas pelo Departamento de Estado norte-americano. Nos anos 60, 70 e 80, alternou as big bands com as pequenas formações e fez numerosíssimas turnês por todo o mundo. Durante toda a carreira, Dizzy esteve sempre aberto a influências étnicas, como a música cubana, brasileira, africana e do Oriente Médio. Dizzy Gillespie é um dos maiores virtuoses do trompete, talvez o maior, e tratou de explorar essa qualidade em suas apresentações. Seu fraseado é cheio de elementos surpreendentes e saltos vertiginosos, explorando as notas superagudas do instrumento. Sua capacidade criativa como improvisador parece inesgotável. O arrojo, a agressividade e o humor da música de Dizzy podem ser vistas como uma extensão de sua personalidade de showman nato. Dizzy também cantou e nunca deixou totalmente de lado o seu lado brincalhão, para deleite das plateias de todo o mundo. (por V.A. Bezerra)


Sax. Alto – Benny Carter (faixas: 1-6), Charlie Parker (faixas: 2-18 a 2-21), Ernie Henry (faixas: 2-2 a 2-17), Howard Johnson (faixas: 1 -1, 1-3 a 1-5, 1-13 a 2-1), John Brown (faixas: 1-1, 1-13 a 2-17), Russell Procope (faixas: 1-3 a 1-5)
Sax. Barítono – Al Gibson (faixas: 2-6 a 2-17), Cecil Payne (faixas: 1-1, 1-13 a 2-5), Ernie Caceres (faixas: 2-18, 2-19, 2- 21)
Baixo – Al McKibbon (faixas: 1-1, 1-17 a 2-17), Eddie Safranski (faixas: 2-18 a 2-21), Milt Hinton (faixas: 1-6), Ray Brown (faixas: 1 -2, 1-7 a 1-16), Richard Fullbright (faixas: 1-3 a 1-5)
Bongos – Sabu Martinez (faixas: 2-2 a 2-5)
Clarinete – Buddy DeFranco (faixas: 2-18 a 2-21)
Congas – Joe Harri (faixas: 2-2 a 2-5), Vince Guerra (faixas: 2-6 a 2-17)
Congas, Bongos – Chano Pozo (faixas: 1-1, 1-17 a 2-1)
Bateria – Bill Beason (faixas: 1-3 a 1-5), Cozy Cole (faixas: 1-6), JC Heard ( faixas: 1-2, 1-7 a 1-12), Joe Harris (faixas: 1-13 a 1-16), Kenny Clarke (faixas: 1-1, 1-17 a 2-1), Shelly Manne (faixas: 2-18 a 2-21), Teddy Stewart ( faixas: 2 -2 a 2-17)
Guitarra – Bill DeArango (faixas: 1-2, 1-7 a 1-12), Billy Bauer (faixas: 2-18 a 2-21), Charlie Christian (faixas: 1-6), John Collins (faixas: 1-13 a 1-16 ), John Smith (faixas: 1-3 a 1-5)
Piano – Al Haig (faixas: 1-2, 1-7 a 1-12), Clyde Hart (faixas: 1-6), James Forman (faixas: 2-2 a 2-17), John Lewis (faixas: 1-1, 1-13 a 2-1), Lennie Tristano (faixas: 2-18 a 2-21), Sam Allen (faixas: 1-3 a 1-5)
Sax. Tenor – Ben Webster (faixas: 1-6), Big Nick Nicholas (faixas: 1-1, 1-17 a 2-1), Budd Johnson (faixas: 2-2 a 2-5), Charlie Ventura (faixas : 2-18 a 2-21 ), Coleman Hawkins (faixas: 1-6), Don Byas (faixas: 1-7 a 1-11), James Moody (faixas: 1-13 a 1-16), Joe Gayles (faixas: 1-1, 1-13 a 2-17),Chu Berry (faixas: 1-6), Robert Carroll (faixas: 1-3 a 1-5), Teddy Hill (faixas: 1-3 a 1-5), Yusef Lateef (faixas: 2-6 a 2- 17)
Trombone – Andy Duryea (faixas: 2-2 a 2-17), Charles Greenlea (faixas: 2-14 a 2-17), Dicky Wells (faixas: 1-3 a 1-5), JJ Johnson (faixas: 2-14 a 2-19, 2-21), Jesse Tarrant (faixas: 2-2 a 2-13), Kai Winding (faixas: 2-18 a 2-21), Sam Hurt (faixas: 2 -2 a 2-13), Taswell Baird (faixas: 1-13 a 1-16), Ted Kelly (faixas: 1-1, 1-17 a 2-1), William Shepherd (faixas: 1-1, 1-13 a 2-1)
Trompete – Benny Bailey (faixas: 1-1, 1-17 a 2-1), Benny Harris (faixas: 2-6 a 2-17), Bill Dillard (faixas: 1-3 a 1-5), Dave Burns (faixas: 1-1, 1-13 a 2-5), Dizzy Gillespie, Elmon Wright (faixas: 1-1, 1-13 a 2-17), Fats Navarro (faixas: 2-18, 2-19, 2-21), Lamar Wright (faixas: 1-1, 1-17 a 2-1), Matthew McKay (faixas: 1-13 a 1-16), Miles Davis (faixas: 2-18, 2-19, 2-21), Ray Orr (faixas: 1-13 a 1-16), Shad Collins (faixas: 1 -3 a 1-5), Willie Cook (faixas: 2-2 a 2-1)
Vibraphone – Lionel Hampton (faixas: 1-6), Milt Jackson (faixas: 1-2, 1-7 a 1-16)
Vocais – Bill Dillard (faixas: 1-4), Dizzy Gillespie (faixas: 1-14, 1-18, 1-21, 2-5, 2-11, 2-13, 2-14, Dizzy Gillespie e sua Orquestra (faixas: 2-14), Joe Carroll (faixas: 2-11, 2-14, 2-17), Johnny Hartman (faixas: 2-8 a 2-10, 2-16), Kenny Hagood (faixas: 1-14, 1-18, 1-21)
Vocais [Chanting] – Chano Pozo (faixas: 1-20)

Faixas tiradas:
1-1 & 1-18 de Shellac 10" A e B-side (1948) [RCA Victor ‎20 3023] creditadas a Dizzy Gillespie And His Orchestra
1-2 & 1-12 da compilação LP "Crazy And Cool" (1953) [RCA Victor ‎LPT 3046] creditado a Vários Artistas. A faixa, por sua vez é creditada a Dizzy Gillespie And His Orchestra
1-3 from Shellac 10" A-side (1937) [Bluebird B 6988] creditado a Teddy Hill And His NBC Orchestra
1-4 from Shellac 10" A-side (1937) [Bluebird B 7013] creditado a Teddy Hill And His NBC Orchestra
1-5 from Shellac 10" B-side of" I'm Happy Darling, Dancing With You" (1937) [Bluebird B 6989] creditado a Teddy Hill And His NBC Orchestra
1-6 from Shellac 10"Lado A (1939?) [Victor ‎26371] creditado a Lionel Hampton e Orquestra
1-7, 1-9 e 1-11 do LP (4 x Shellac 10") "New 52nd Street Jazz" (1946) [RCA Victor ‎HJ 9] creditado a Dizzy Gillespie e sua orquestra / Coleman Hawkins' 52nd Street All Estrelas
1-8 da compilação do LP "The Greatest Of Dizzy Gillespie" (1961) [RCA Victor ‎LPM 2398]
1-10 e 2-13 da compilação do LP "Dizzy Gillespie" (1966) [RCA Victor ‎LPV 530]
1- 13 & 1-14 de Shellac 10" B e lado A (1947) [RCA Victor ‎20 2480] creditado a Dizzy Gillespie And His Orchestra
1-15 & 1-16 de Shellac 10" A e B-side (1947) [RCA Victor ‎20 2603] creditado a Dizzy Gillespie And His Orchestra
1-17 and 1-22 from Shellac 10" B and A-side ( 1949 ) [RCA Victor ‎20 3186] creditado a Dizzy Gillespie And His Orchestra
1-19 e 1-20 do LP (4 x Shellac 10") "Bebop (Álbum Of Modern Jazz)" (1948) [RCA Victor ‎P 226] creditado a Vários Artistas
1-21 e 2-1 de Shellac 10" Lado A e B (1948) [RCA Victor ‎20 2878] creditado a Dizzy Gillespie And His Orchestra
2-2 & 2-4 from Shellac 10" B and A-side (1949) [RCA Victor ‎20 3370] creditado a Dizzy Gillespie And His Orchestra
2-3, 2-5, 2-7, 2-12, 2-14 and 2-15 da compilação LP "Dizzier And Dizzier" (1954) [RCA ‎LJM 1009] creditado a Dizzy Gillespie And His Orchestra
2-6 & 2-8 from Shellac 10" A and B-side (1949) [RCA Victor ‎20 3457] creditado a Dizzy Gillespie And His Orchestra
2-9 & 2-11 from Shellac 10"Lado A (1949) [RCA Victor ‎20 3481] creditado a Dizzy Gillespie e sua orquestra
2-10 da compilação de 2 LPs "Dizziest" (1987) [Bluebird 5785 1 RB]
2-16 e 2-17 da Shellac 10" B e A-side (1949) [RCA Victor ‎20 3538] creditado a Dizzy Gillespie And His Orchestra
2-18 & 2-20 from Shellac 10" A and B-side (1949) [RCA Victor ‎20 3361] creditado a Metronome All Stars
2-19 & 2-21 da compilação LP "Crazy And Cool" (1953) [RCA Victor ‎LPT 3046] creditado a Vários Artistas. As faixas, por sua vez, são creditadas ao Metronome All Stars

Gravações dos anos 1937 a 1949
1-1 e 1-21 a 2-1 30 de dezembro de 1947, Nova York
1-2 e 1-7 a 1-12 22 de fevereiro de 1946, Nova York Cidade
1–3 a 1–5 17 de maio de 1937, Nova York
1–6 13 de junho de 1939, Nova York
1–13 a 1–16 22 de agosto de 1947, Nova York
1-17 a 1-20 22 de dezembro de 1947, Nova York
2-2 a 2-5 29 de dezembro de 1948, Nova York
2-6 a 2-9 14 de abril de 1949, Chicago, IL. De acordo com www.jazzdisco.org, o local da gravação é Nova York
2-10 a 2-13 6 de maio de 1949, Chicago, IL. De acordo com www.jazzdisco.org, o local de gravação é New York City
2-14 a 2-17 6 de julho de 1949, New York City
2-18 a 2-21 3 de janeiro de 1949, New York City

 Boa audição - Namastê

sábado, 25 de fevereiro de 2023

2003 - Bird And Diz - Charlie Parker (1950) Releases Studio

Artista: Charlie Parker & Dizzy Gillespie

Álbum: Bird And Diz

Lançamento: 2003

Selo: Verve Records

Gênero: Bebop, Hard bop 

‘Bird e Diz’ é um álbum de estúdio de Charlie Parker e o trompetista Dizzy Gillespie, gravado primeiramente em 1950 em New York. Duas faixas em destaque na prensagem original, ‘Passport’ e ‘Visa’ foram gravadas por Parker em 1949, sem Gillespie e com um pessoal diferente do que das outras faixas. Produzido por Norman Granz, o álbum contém composições executadas com o padrão bebop, instrumentação de saxofone, trompete, piano, baixo e bateria. E é a gravação colaborativa definitiva de Parker e Gillespie, e também é notável por apresentar uma rápida aparição do pianista Thelonious Monk. Norman Granz é geralmente lembrado também por sua notável posição anti-racista e consequentemente pelas batalhas que lutou pelos seus artistas, dos quais muitos, talvez a maioria, eram negros, em tempos e lugares onde a cor da pele era a causa da discriminação aberta. Em 1955, em Houston, Texas, ele, pessoalmente, retirou os rótulos de ‘brancos’ e ‘negros’, que separavam a audiência no auditório, onde dois concertos estavam sendo realizados por Ella Fitzgerald e Dizzy Gillespie. Preso pela polícia local, depois de algumas negociações foi liberado, no entanto, insistiu na luta contra as acusações, que lhe custou uma imensa soma em dinheiro. Oscar Peterson contou como Granz uma vez insistiu para que taxistas brancos levassem seus artistas negros como clientes, mesmo quando um policial apontava uma pistola carregada em seu estômago. Granz também foi um dos primeiros a pagar para artistas brancos e negros o mesmo salário e dar-lhes igualdade de tratamento, mesmo em pequenos detalhes, como vestiários. Amado por seus artistas, não só porque ele pagava mais do que a média, ele teve três objetivos principais na vida, como ele várias vezes e francamente declarou: lutar contra o racismo, para dar aos ouvintes um bom produto e ganhar dinheiro com música boa.

Saxofone Alto – Charlie Parker
Baixo – Curly Russel
Bateria – Buddy Rich
Piano – Thelonious Monk
Trompete – Dizzy Gillespie

Gravado em 06 de junho de 1950 na cidade de Nova York.
As faixas 01 a 06 aparecem na sequência original do LP de 10". As faixas 07 a 13 são tomadas completas.
As edições remasterizadas do Verve/PolyGram apresentam 18 tomadas adicionais e encarte do estudioso da música James Patrick e do produtor Norman Granz. As faixas 14, 15, 17 a 24 são tomadas.
As faixas "Passport" e "Visa" incluídos no "Bird And Diz" 10"-LP, foram omitidos desta edição porque não foram gravados durante a sessão "Bird And Diz".

Boa audição - Namastê

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

2003 - Jazz Completo no Massey Hall - Charlie Parker

Artista: Charlie Parker

Álbum: Jazz Completo no Massey Hall

Lançamento: 2003

Selo: The Jazz Factory

Gênero: Bebop, Hard bop 


‘Jazz at Massey Hall’ é um álbum ao vivo com a apresentação de ‘The Quintet’ em 1953 no Massey Hall em Toronto. O quinteto era composto por vários líderes da época: Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Bud Powell, Charles Mingus e Max Roach. Foi a única vez que os cinco gravaram juntos e foi a última reunião registrada de Parker e Gillespie. Nesta data, Parker tocou um saxofone Grafton, pois havia penhorado seu saxofone, algumas fontes dizem para comprar heroína. Um representante de vendas da Grafton, ou o dono da empresa, pediu para Parker tocar o saxofone. Embora Parker estivesse sob um contrato exclusivo para utilizar apenas um tipo de saxofone, enquanto se apresentasse nos Estados Unidos, fora dos EUA, ele estava livre para usar qualquer sax que quisesse, incluindo este Grafton. Parker foi o mais notável representante de um saxofone Grafton, e este em particular, foi vendido na casa de leilões ‘Christie’ em Londres em 1994, e o comprador foi o Museu do Jazz Americano localizado na cidade de Parker, Kansas City, Missouri. E Charlie Parker também não poderia aparecer na capa do álbum original, também por razões contratuais, assim foi creditado como Charlie Chan, uma alusão ao detetive fictício chinês-americano criado por Earl Derr Biggers. O plano original era para que a Jazz Society e os músicos partilhassem os lucros da apresentação. No entanto, devido a uma luta de boxe entre Rocky Marciano e Jersey Joe Walcott ocorrendo simultaneamente, o público era tão pequeno que a Jazz Society foi incapaz de pagar as taxas dos músicos. Parker foi o único capaz de realmente ganhar dinheiro; Gillespie, por anos e anos, reclamou que não recebeu seus honorários. A nova versão reeditada em 2004 contém o concerto completo, das quais das faixas 5 a 11 são sem Parker e Gillespie, e foi intitulada ‘Complete Jazz at Massey Hall’. A apresentação foi introduzida ao ‘Grammy Hall of Fame’ em 1995, e é, por muitos, considerado o maior concerto de jazz de sempre.

 Saxofone Alto, Vocal – Charlie Parker (faixas: 1 a 4, 12 a 14)

Baixo – Charles Mingus (faixas: 1 a 4, 6 a 14)
Bateria – Max Roach
Piano – Bud Powell (faixas: 1 a 4, 6 a 14)
Trompete, Vocais – Dizzy Gillespie (faixas: 1 a 4, 12 a 14)

Gravado no Massey Hall, Toronto (Canadá), 15 de maio de 1953.
Boa audição - Namastê

sábado, 17 de dezembro de 2022

HS 01 - Sacha Distel - Jazz Guitarist




Artista: Sacha Distel

Álbum: Jazz in Paris- Hors-Série 01

Lançamento: 2003

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Bop

 Surgido em meados de 1910, em New Orleans, o Jazz é talvez, um dos estilos mais "mistificados" por ouvintes e músicos de outras vertentes, pela sua estrutura, digamos, não muito convencional e complexa. São muito comuns os admiradores dos grandes músicos do Jazz, como Charlie Parker e John Coltrane. As primeiras guitarra de jazz nasceram no final do século XIX o Luthier americano Orville Gibson criou a primeira guitarra archtop em Kalamazoo, Michigan. As archtop são guitarras com cordas de metal e geralmente com corpo maior ao do violão. Possuem uma ponte ajustável, orifícios em formato de F e o tampo dela é arqueado, daí o nome. Assemelha o visual de um violino. Antes das archtops, o mais comum era usar o banjo como instrumento de acompanhamento nas agrupações de jazz, devido a sua projeção sonora maior que a do violão e também por ser mais fácil de transportar do que um piano. Mas após a invenção da guitarra archtop, ela passa a substituir o banjo como instrumento de acompanhamento e, com guitarristas como Eddie Lang, ela também começa a ter um pouco de destaque como instrumento solista. Embora ela não podia ser tocada como solista em agrupações muito grandes e com muitos instrumentos pois seu som tinha um volume muito baixo como para destacar fazendo melodias. Quando pensamos em guitarras uma das primeiras coisas que vem na nossa cabeça são os captadores, a alma da guitarra. Eles transformam as vibrações das cordas em sinais elétricos que são enviados ao amplificador. No entanto as primeiras guitarras de jazz eram totalmente acústicas, até que em 1923 o músico e engenheiro acústico americano Lloyd Loar criou os primeiros captadores. Depois do Charlie Christian, surgem outros grandes guitarristas dentro da cena do Jazz como Wes Montgomery, Joe Pass, Jim Hall, entre outros que revolucionaram o instrumento e influenciaram todas as gerações de guitarristas que vieram após eles. Todos eles usavam guitarras archtop acústicas com captadores. Isso faz com que o som desse tipo de guitarras seja associado, historicamente, ao jazz, blues e subgêneros desses estilos ou gêneros derivados deles. É o que conhecemos hoje em dia como “o timbre das guitarras de jazz”. Um problema das guitarras acústicas amplificadas era que ao aumentar muito o volume do amplificador causava microfonia. Para resolver este problema Gibson criou um modelo que misturava a característica acústica das guitarras archtop com a sustentação de uma guitarra de corpo sólido e assim nascem as semiacústicas. As semiacústicas possuem uma caixa de propagação, mais fina do que as acústicas, com uma peça de madeira interna que se estende do braço ao fim do corpo. Desta forma temos um instrumento que não apresenta problemas de microfonia e mantém as características de uma guitarra acústica de jazz. É por essa razão que guitarristas de jazz preferem esse tipo de guitarras. Mas isso não quer dizer que as de corpo sólido não possam ser usadas no jazz. Grandes guitarristas como Mike Stern ou Ed Bickert tem usado guitarras de corpo sólido neste gênero. Afinal é uma escolha timbrística! Da mesma forma que muitos preferem usar uma stratocaster para tocar rock clássico, muitos vão preferir uma semiacústica para tocar jazz.

Acompanhado por, Orquestra – Artista Desconhecido ( faixas: 2-3 a 2-6 )
Alto Saxophone – Hubert Fol (faixas: 1-15, 1-16), Ronnie Chamberlain (faixas: 2-7 to 2-10), Roy Willox (faixas: 2-7 to 2-10)
Baritone Saxophone – Don Honeywell (faixas: 2-7 to 2-10)
Baritone Saxophone, Bass Clarinet – William Boucaya (faixas: 1-1, 1-2, 1-4, 1-5, 1-7, 1-8)
Double Bass – Benoit Quersin (faixas: 1-9 to 1-14), Frank Clark* (faixas: 2-7 to 2-10), George Duvivier (faixas: 1-3, 1-6), Paul Rovère (faixas: 1-9 to 1-14, 2-3 to 2-6), Pierre Michelot (faixas: 1-1, 1-2, 1-4, 1-5, 1-7, 1-8, 1-15 to 2-2)
Bateria – Al Levitt (faixas: 1-9 to 1-14), Charles Saudrais (faixas: 1-3, 1-6), Christian Garros (faixas: 1-1, 1-2, 1-4, 1-5, 1-7, 1-8), Baptiste "Mac Kac" Reilles (faixas: 1-15, 1-16), Kenny Clarke (faixas: 2-1, 2-2), Marcel Blanche (faixas: 2-3 to 2-6), Ronnie Stevenson* (faixas: 2-7 to 2-10)
Flauta – Bobby Jaspar (faixas: 1-14)
Guitarra – Paul Piguilem* (faixas: 2-3 to 2-6), Sacha Distel
Órgão – Raymond Le Senechal ( faixas: 2-1, 2-2 )
Piano – Gene Di Novi* (faixas: 1-3, 1-6), Gérard Gustin (faixas: 2-3 to 2-6), Laurie Holloway (faixas: 2-7 to 2-10), René Urtreger (faixas: 1-9 to 1-13, 1-15, 1-16)
Tenor Saxophone – Bobby Jaspar (faixas: 1-9 to 1-13), Georges Grenu (faixas: 1-1, 1-2, 1-4, 1-5, 1-7, 1-8), Keith Bird (faixas: 2-7 to 2-10), Tommy Whittle (faixas: 2-7 to 2-10)
Trombone – Bobby Lamb (faixas: 2-7 to 2-10), Gibb Wallace (faixas: 2-7 to 2-10), Nat Peck (faixas: 2-7 to 2-10), Ted Barker (faixas: 2-7 to 2-10)
Trombone, Arranged By – Billy Byers (faixas: 1-1 to 1-8, 1-12), Slide Hampton (faixas: 2-3 to 2-10)
Trumpet – Bernard Hulin (faixas: 2-1, 2-2), Bobby Haughey (faixas: 2-7 to 2-10), Duncan Campbell (faixas: 2-7 to 2-10), Eddie Blair (faixas: 2-7 to 2-10), Jean Liesse (faixas: 1-1, 1-2, 1-4, 1-5, 1-7, 1-8), Tony Fisher (2) (faixas: 2-7 to 2-10)

CD:1-1, 1-2, 1-4, 1-5, 1-7, 1-8 registrado em 1º e 2 de junho de 1956 em Paris
1-3, 1-6 registrado em 28 de maio de 1956 em Paris
1-9 a 1-11, 1-13, 1-14 gravado em 11 de setembro de 1957 em Paris
1-12 gravado em 12 de setembro de 1957 em Paris
1-15, 1-16 gravado em maio de 1954 no Appollo-Théâtre, Paris
CD:2-1, 2 -2 Trilha sonora original do filme de Roger Vadim, gravada em 6 de dezembro de 1961 no Studio Blanqui, Paris
2-3 a 2-6 gravada em 12 de novembro de 1968 em Paris
2-7 a 2-10 gravada em 19 de novembro de 1968 em Londres



 Boa audição - Namastê

terça-feira, 18 de outubro de 2022

# 089 - Henri Crolla - Quand Refleuriront Les Lilas Blancs (1955)

Artista: Henri Crolla

Álbum: Jazz in Paris 089

Lançamento: 2002

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Bop, Gypsy Jazz, Easy Listening


A improvisação é o aspecto mais importante do jazz, do mesmo modo que o desenvolvimento é geralmente considerado a parte mais importante de uma sonata clássica. Quando estiver ouvindo uma peça, tente cantar o tema para você mesmo por trás dos solos. Poderá notar que alguns solistas, especialmente Thelonious Monk e Wayne Shorter, geralmente baseiam seus solos no tema melódico tanto quanto na progressão harmônica. Você também notará que frequentemente se tomam liberdades com o tema em si; músicos como Miles Davis, Coleman Hawkins, Sonny Rollins e John Coltrane foram especialmente adeptos de fazer declarações pessoais até mesmo quando tocavam somente o tema. Há duas formas muito comuns de um tema no jazz. A primeira é a forma do blues, que normalmente é uma forma de 12 compassos. Há muitas variantes das progressões harmônicas do blues, mas a maioria é baseada na ideia de três frases de quatro compassos. Em sua forma original, a segunda frase seria uma repetição da primeira, e a terceira seria uma resposta a essa frase, embora raramente se siga essa convenção no jazz. Você pode dar uma conferida nas progressões harmônicas do blues apresentadas mais adiante para ter uma ideia de como elas soam, de modo que possa reconhecer as formas do blues quando ouvi-las. Os textos nas capas e folhetos dos discos e os títulos das músicas também geralmente ajudam a identificar quais faixas são baseadas no blues. Entre as músicas de jazz bem conhecidas baseadas nas progressões do blues estão “Now’s The Time” e “Billie’s Bounce”, de Charlie Parker, “Straight, No Chaser” e “Blue Monk”, de Thelonious Monk, e “Freddie Freeloader” e “All Blues”, de Miles Davis.

Clarinete, Saxofone Tenor – Maurice Meunier (faixas: 7 a 13)

Contrabaixo – Emmanuel Soudieux

Bateria – Jacques David

Guitarra – Henri Crolla

Piano – Lalos Bing (faixas: 1 a 6), Maurice Vander (faixas: 7 a 13)

Vibrafone – Michel Hausser (faixas: 7 a 13)


01-6 gravado em novembro de 1955 em Paris.

07-13 gravado em junho de 1955 em Paris.

Boa audição - Namastê