Artista: Louis Armstrong And The All Stars
Louie viajou para diversos países e continentes, levando consigo o grupo All Stars de um dado momento. Aqui no Rio ele se apresentou para um Maracanãzinho lotado em 1957. Por aqui ele se encontrou com músicos locais e foi recebido pelo Presidente da República Juscelino Kubitscheck, o famoso JK. Com toda a justiça ele foi recebido como a personificação do Jazz e era mesmo. Joe Muranyi, clarinetista de um dos seus últimos All Stars, confirmou uma frase atribuída a Louis Armstrong a respeito da segregação racista no sul norte-americano contra os negros. Louie disse a ele: “Lá estava eu em Oklahoma, com dois mil dólares no bolso e nenhum lugar para comer”. Muitos músicos de Jazz negros, principalmente aqueles acompanhados por músicos brancos, tiveram muitas dificuldades de se apresentar em cidades sulistas da América e Louis não foi exceção. O fato foi tema de uma cena do filme “Bird”, dirigido por Clint Eastwood sobre a vida complicada do saxofonista Charlie Parker. Por sorte, Louis sempre foi reconhecido como o pioneiro que ele de fato era, homenageado por vários de seus pares de músicos. Com o peso da idade e dos problemas cardíacos, passou a tocar as suas célebres notas agudas com uma duração maior e menos cadenciada. Gary Giddins, estudioso e historiador, observa isso e afirma que ele passou a tocar para fazer os anjos chorarem! Eu fui um que não nunca tive vergonha de contar que verti lágrimas quando, em 6 de julho de 1971, o grande Satchmo finalmente descansou, aos 69 anos de idade. Da memória, ficou a imagem do trompetista, cujo som sempre foi inconfundível. Mesmo tendo evoluído como ouvinte, passando a ter em casa discos de hard bop e outros gêneros do Jazz, nunca deixei de apreciar a imensa contribuição de Louis Armstrong. Muitos trompetistas e vocalistas de Jazz nunca deixaram de reconhecer que sem ele todos eles não teriam existido.
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Sax. Alto – Dick Jacobs (faixas: 2-6, 2-7), Hilton Jefferson (faixas: 4-1 to 4-7, 6-1 to 6-3, 6-5 to 6-8), Milt Yaner (faixas: 2-6 to 2-9, 5-15)
Sax. Alto, Flaute – George Dorsey (faixas: 3-10 to 4-13, 6-1 to 6-3, 6-5 to 6-8)
Sax. Barítono, Clarinete Baixo – Dave MacRae (faixas: 3-10 a 4-13, 6-1 a 6-3, 6-5 a 6-8)
Baixo – Arvell Shaw (faixas: 1-1 to 2-3, 2-6, to 3-9), Dale Jones (faixas: 2-4, 2-5), Mort Herbert (faixas: 6-9 to 6-12), Squire Gersh (faixas: 3-10 to 6-8)
Clarinete – Barney Bigard (faixas: 1-1 to 3-9), Edmond Hall (faixas: 3-10 to 5-6), Peanuts Hucko (faixas: 6-9 to 6-12)
Clarinete, Sax. tenor – Donald Ruffell (faixas: 2-4, 2-5)
Bateria – Barrett Deems (faixas: 3-1 to 6-8), Cozy Cole (faixas: 1-1 to 2-9), Danny Barcelona (faixas: 6-9 to 6-12), Gene Krupa (faixas: 2-8, 2-9), Kenny John (faixas: 2-10 to 2-13)
Guitarra – Al Hendrickson (faixas: 6-9 to 6-12), Everett Barksdale (faixas: 2-6, 2-7), Everett Barksdale (faixas: 3-10 to 4-13, 6-1 to 6-8), George Barnes (faixas: 5-1 to 5-18)
Piano – Billy Kyle (faixas: 2-10 to 5-6-to 6-12), Earl Hines (faixas: 1-1 to 2-3), Joe Bushkin (faixas: 2-6, 2-7), Marty Napoleon (faixas: 2-4, 2-5, 2-8, 2-9)
Sax. Tenor – Babe Russin (faixas: 2-8, 2-9), Bud Freeman (faixas: 2-10, 2-11), Eddie Miller (2) (faixas: 6-9 to 6-12), Lucky Thompson (faixas: 3-10 to 4-13), Sam Taylor (2) (faixas: 2-6, 2-7), Seldon Powell (faixas: 6-1 to 6-3, 6-5 to 6-8)
Trombone – Jack Teagarden (faixas: 1-1 to 2-3), Joe Yukl (faixas: 2-8, 2-9), Russ Phillips (2) (faixas: 2-4, 2-5), Trummy Young (faixas: 2-6 to 6-12)
Trompete – Louis Armstrong
Vocals – Edmond Hall (faixas: 5-13, 5-17), Gary Crosby (2) (faixas: 3-8, 3-9), Jack Teagarden (faixas: 1-8, 1-10), Louis Armstrong (faixas: 1-4, 1-6, 1-10, 2-1, 2-3 to 2-11, 3-1, 3-3 to 3-5, 3-7 to 3-15, 4-2 to 4-6, 4-8 to 5-2, 5-10 to 13, 5-15, 6-1, 6-2, 6-11, 6-12), Trummy Young (faixas: 2-13, 5-2, 5-12, 5-13), Verna Middleton (faixas: 2-3, 3-3 to 3-5, 5-15)
# 5 -1 a 5-6: NYC, 23 de janeiro de 1957.
# 5-7 a 5:12: NYC, 24 de janeiro de 1957.
# 5-13 a 5-18: NYC, 25 de janeiro de 1957.
# 6-1 a 6-8: NYC, 28 de janeiro de 1957.
# 6-9 a 6-12: LA, 8 de outubro de 1958.
Faixas 2-9, 2-11, 6-12 mencionam PD (= Domínio Público).
Boa audição - Namastê
2 comentários:
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