Artista: Sarah Vaughan
Álbum: The Real...
Lançamento: 2015
Selo: Columbia / Sony Music
Gênero: Vocal Jazz, Standard Music
Sarah Vaughan, juntamente com Ella Fitzgerald, ajudou a elevar o papel da vocalista ao mesmo nível de importância do instrumentista de jazz. Seus primeiros sucessos e uma série de duetos com Billy Eckstine na década de 40 fizeram dela uma das maiores cantoras de jazz durante quase meio século. Possuindo uma perfeita afinação ela cantava com sofisticação a mais desafiadora e complicada harmonia. O sucesso inicial foi atingido com uma mistura de músicas originais de jazz e o melhor da música do ‘Tin Pan Alley’, nome dado aos compositores que se concentravam em New York e que dominavam a música popular dos EUA no século 19 e início do século 20, músicas como ‘Body and Soul’ e ‘Tenderly’. Na década de 50 ela nadou em águas mais comerciais, mas algumas das canções foram descartadas, indignas de seu grande talento. Mesmo assim, em algumas a pirotecnia vocal era evidente, uma exceção foi o seu grande hit ‘Misty’ que ela gravou com a banda de Quincy Jones e com o apoio do brilhante saxofonista Zoot Sims. ‘Misty’ foi a música mais associada à Sarah Vaughan e a mais solicitada pelo público nas apresentações ao vivo, mas nos anos 70, ‘Send in the Clowns’ tornou-se a sua assinatura musical nos encerramentos dos shows. Sarah voltou integralmente à sua força artística nos anos 60, e nos últimos 30 anos de sua carreira ela cantava em clubes de jazz e produziu um notável catálogo musical em vários rótulos. Sua produção foi excelente, mas entre os seus melhores álbuns estão os volumes 1 e 2 de ‘The Duke Ellington Songbook’ que contém versões magníficas. Desde a sua primeira aparição na cena do jazz no início dos anos 1940 até sua morte, a voz de Sarah Vaughan tornou-se um modelo e inspiração para aqueles que querem se aventurar além do simples vocal popular e dominar a arte musical. Uma mulher conhecida por sua personalidade franca e eloquência artística, carinhosamente era conhecida como ‘Sassy’ e ‘a divina’. Sarah foi casada quatro vezes: com o bandleader George Treadwell, com o jogador de futebol profissional Clyde Atkins, com Marshall Fisher, dono de um restaurante em Las Vegas e com o trompetista de jazz Waymon Reed. Tudo terminou em divórcio. A cantora incansável ainda mantinha uma bela voz, mas nos bastidores, no entanto, os membros da banda começaram a perceber o ritmo lento do seu andar e a falta de ar. Diagnosticada com câncer de pulmão, ela foi submetida a tratamento quimioterápico. Infelizmente, ela morreu em 1990, um ano depois de receber um Grammy por sua obra.