quinta-feira, 30 de junho de 2022
# 045 - Lionel Hampton & His French New Sound, Vol. 2 (1955)
terça-feira, 28 de junho de 2022
# 044 - Lionel Hampton & His French New Sound, Vol. 1 (1955)
Artista: Lionel Hampton & His French New Sound
Álbum: Jazz in Paris 044
Lançamento: 2000
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Hard Bop, Swing
Lionel Hampton (1908 – 2002), foi considerado o primeiro vibrafonista do jazz, também foi um hábil baterista, pianista e cantor e foi líder de bandas. Ao longo da sua vida, Hampton tocou com os grandes nomes do jazz desde Benny Goodman e Buddy Rich, a Charlie Parker e Quincy Jones. Como membro do grupo de Benny Goodman ele fez alguns de seus melhores discos, tendo solos memoráveis em canções como ‘Dizzy Spells’ e ‘Moonglow’. Ele também realizou sessões de gravação com músicos lendários como Coleman Hawkins, Benny Carter e Nat Cole, alguns dos melhores do jazz da época. Lionel Leo Hampton nasceu em Louisville, Kentucky, e foi criado por sua avó e em 1916 sua família mudou-se para Chicago. Na juventude, Hampton era um membro do ‘Bud Billiken Club’, um clube para jovens negros. Durante a década de 20, quando ainda era um adolescente teve aulas de xilofone e bateria com o baterista de blues e jazz Jimmy Bertrand. E mudou para Califórnia em 1927 ou 1928, tocando bateria para o ‘Dixieland Blues-Blowers’. Sua estréia em gravações foi com ‘The Quality Serenaders’, e foi baterista do bandleader Les Hite. Durante este período começou a praticar no vibrafone. Em 1930, Louis Armstrong chegou à Califórnia e contratou a banda de Les Hite, pedindo a Hampton para tocar o instrumento. Assim começou sua carreira como vibrafonista, popularizando o seu uso desde então. Durante os anos 30, ele estudou música na ‘University of Southern California’. Em 1934, conduziu a sua própria orquestra. Em 1936, a orquestra de Benny Goodman chegou a Los Angeles para tocar no famoso salão de dança ‘Palomar Ballroom’, e Goodman convidou Lionel Hampton para integrar seu trio, que assim se tornou o famoso ‘Benny Goodman Quartet’, com o pianista Teddy Wilson e o baterista Gene Krupa completando o lineup. O trio e depois quarteto estavam entre os primeiros grupos de jazz racialmente integrados e em uma época que o jazz era dominado por grandes bandas. Enquanto trabalhou para Goodman em New York, Hampton também gravou com diversos pequenos grupos conhecidos como ‘Lionel Hampton Orchestra’. Em 1940 deixou Goodman em circunstâncias amistosas para formar sua própria big band que se tornou popular durante os anos 40 e início dos anos 50. Sua terceira gravação em 1942 produziu uma versão do clássico ‘Flying Home’ com solo do saxofonista Illinois Jacquet que antecipou o rhythm & blues. O sucesso fez com que gravasse ‘Flying Home, Number Two’ com o saxofonsta Arnett Cobb. O guitarrista Billy Mackel ingressou em sua orquestra em 1944, e iria tocar e gravar com ele quase continuamente através dos anos 70. Em 1947 Lionel Hampton gravou ‘Stardust’ com o trompetista Charlie Shavers e com o baixista Slam Stewart no concerto ‘Just Jazz’. Dos anos 40 até início dos anos 50, Hampton gravou para a ‘Decca Records’ com inúmeros jovens artistas que mais tarde alcançaram fama, como o baixista Charles Mingus, o saxofonista Johnny Griffin, o guitarrista Wes Montgomery, a vocalista Dinah Washington e o tecladista Milt Buckner. E continuou a gravar com pequenos grupos e em jam sessions. Durante os anos 60, os grupos de Hampton estavam em declínio, e não se sairam muito melhor na década de 70. Mesmo assim, Lionel Hampton permaneceu ativo até sofrer um derrame em Paris em 1991. Esse incidente, combinado com anos de artrite crônica forçou-o a parar drasticamente. Em 1997, seu apartamento pegou fogo e destruiu seus prêmios e pertences. Hampton escapou ileso vindo a falecer em 2002.
sexta-feira, 24 de junho de 2022
# 043 - Jean-Luc Ponty - Jazz Long Playing (1964)
O jazz é, sem dúvida, a música mais livre do planeta. Nela é permitido ao músico esquecer as regras e os dogmas criados pelo mundo e ao ouvinte entregar-se ao feitiço e pureza do seu ritmo. Quando surgiu, no final do século XIX e início do século XX, no sul dos Estados Unidos, principalmente na cidade de Nova Orleans, o jazz foi considerado profano. No início do ano de 1800, os escravos se reuniam na Praça do Congo para tocar suas músicas e mostrar suas danças tradicionais. Os negros norte-americanos foram os porta-vozes do jazz. Cantado ou tocado eles fizeram do jazz a sua identidade, que é respeitada e admirada até hoje em todo o mundo.
Contrabaixo – Gilbert Rovère ( faixas: 1 a 4, 6, 9 ) , Guy Pedersen ( faixas: 5, 7, 8, 10, 11 )
Bateria – Daniel Humair
Flauta – Michel Portal ( faixas: 2, 6 )
Órgão – Eddy Louiss ( faixas: 4, 9, 11 )
Piano – Eddy Louiss ( faixas: 1 a 3, 5 a 8, 10 )
Violino – Jean-Luc Ponty
Gravado em junho e julho de 1964 em Paris.
terça-feira, 21 de junho de 2022
# 042 - Stephane Grappelli - Improvisations (1956)
O termo ‘swing’, que significa balanço e oscilação, é utilizado no jazz de duas formas completamente diferentes. No sentido técnico, usualmente arranjado para grandes orquestras dançantes, caracterizado por uma batida menos acentuada que a do estilo tradicional, e menos complexo, rítmica e harmonicamente falando, do que o jazz moderno. No sentido histórico, o swing coincide com a era do swing, o período clássico do jazz, que começa nos primeiros anos após a grande depressão econômica dos anos 20 e os últimos da Segunda Guerra Mundial, aproximadamente entre 1932 e 1943. Embora o swing só tenha caído no gosto popular com a ascensão de Benny Goodman em 1935, o estilo já existia há mais de uma década. O jazz nas suas formas iniciais enfatizava a improvisação espontânea, mas à medida que as bandas de dança se tornaram populares nos anos 20 e começaram a usar mais três ou quatro instrumentos de sopros, se tornou necessário que os arranjos fossem escritos para que a música pudesse estar organizada e coerente. O swing remete também às músicas de big bands. Até 1924, as big bands tendiam a tocar arranjos que ficavam amarrados às melodias, oferecendo poucas surpresas e inibindo a espontaneidade e a criatividade dos melhores solistas. Em 1924, o jovem cornetista Louis Armstrong se juntou à orquestra de Fletcher Henderson. Seu timbre, adicionado ao uso dramático do espaço e ao seu senso de balanço impressionaram bastante o arranjador chefe da orquestra de Henderson, Don Redman, e esse momento pode ser datado como o início do swing. Outras importantes big bands da década foram a de: ‘Bennie Moten’s Kansas City Orchestra’, que no meio da década de 30 se tornaria a de Count Basie; a de Jean Goldkette em 1927 que contava com os arranjos de Bill Challis e solos do cornetista Bix Beiderbecke e do saxofonista Frankie Trumbauer; a de Ben Pollack que serviu de aprendizado para Benny Goodman, Glenn Miller e para o trombonista Jack Teagarden e a de Paul Whiteman, que por volta de 1927 tinha se tornado na maior orquestra de jazz. Porém, a essa altura os arranjos eram sempre mais avançados para os solistas do que aqueles praticados no jazz de New Orleans. A mais importante big band do final dos anos 20 e aquela que se sucedeu à de Fletcher Henderson foi a de Duke Ellington. Com a crise de 1929 e o começo da depressão econômica, era de se esperar que as big bands se tornassem pouco viáveis economicamente, mas por ironia, ocorreu o contrário. (fonte: clube do jazz)
Contrabaixo – Pierre Michelot
Bateria – Baptiste "Mac Kac" Reilles
Piano, Cravo – Maurice Vander
Violino – Stéphane Grappelli
Gravado em 1956 em Paris: em 6 de fevereiro (2, 3, 7, 13, 14), 14 de fevereiro (1, 4, 6, 8, 12, 15, 16, 17) e 10 de abril (5 , 9, 10, 11)
sábado, 18 de junho de 2022
# 041 - Eddy Louiss & Ivan Jullien - Porgy & Bess (1971)
Artista: Eddy Louiss & Ivan Jullien
Álbum: Jazz in Paris 041
Lançamento: 2000
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Big Band
Big Band é um tipo de conjunto musical associado com o jazz, um estilo de música que se tornou popular durante a era do swing. O swing começou na década de 20, e a Walter Page, baixista e líder do ‘Oklahoma City Blue Devils’, é frequentemente creditado o seu desenvolvimento. Este tipo de música floresceu através dos anos 30, embora tenha havido muito pouca audiência até 1936. Até esse momento era vista com escárnio e encarada como uma curiosidade. Depois de 1935, com as Big Bands ganhou destaque e um papel importante na definição como um estilo distinto. O estilo swing dançante dos bandleaders como Benny Goodman e Count Basie foi a forma dominante de música popular americana entre 1935-1945. As Big Bands evoluíram com o tempo e continuam até hoje. Na segunda metade do século XX, a instrumentação de 17 peças-padrão evoluiu. Esta instrumentação é composta por cinco saxofones (dois altos, dois tenores e um barítono), quatro trompetes, três ou quatro trombones além de vocalistas e seção rítmica. No caso de bandas de swing, a seção rítmica clássica compreende um quarteto de guitarra, piano, contrabaixo e bateria, um exemplo notável é a do Count Basie Orchestra com Freddie Green, Walter Page e Jo Jones. Instrumentos de percussão latinos como chocalhos, congas, pandeiros, ou triângulos podem ser adicionados. Bandas de jazz anteriores haviam utilizado o banjo no lugar da guitarra. Os termos ‘jazz band’, ‘jazz ensemble’, ‘stage band’, ‘jazz orchestra’, ‘society band’ e ‘dance band’ podem ser usados para descrever um tipo específico de Big Band. Em contraste com os grupos menores de jazz, em que a maioria da música é improvisada ou criada espontaneamente, a música tocada pelas Big Bands é arranjada, preparada com antecedência e anotada na partitura. A música é tradicionalmente chamada de ‘charts’. Solos improvisados apenas podem ser tocados quando solicitado pelo arranjador.
terça-feira, 14 de junho de 2022
# 040 - Art Blakey - Paris Jam Session (1959)
Artista: Art Blakey
Álbum: Jazz in Paris 040
Lançamento: 2000
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Bop, Hard Bop
The Jazz Messengers, grupo fundado por Art Blakey, baterista e bandleader que junto com Kenny Clarke e Max Roach, foi um dos inventores do moderno bebop, uma das correntes mais influentes do jazz que privilegia os pequenos conjuntos, como os trios, os quartetos e os solistas de grande virtuosismo. Art Blakey sempre deu apoio aos solistas, e mais tarde, como líder do ‘The Jazz Messengers’, incluiu muitos jovens músicos que se tornaram nomes de destaque no jazz. O legado da banda não é conhecido apenas pela sofisticada música que produziu, mas como um campo de provas para várias gerações de músicos de jazz. ‘The Jazz Messengers’ foi inicialmente liderado por Blakey e o pianista Horace Silver. Embora o nome não tivesse sido usado na primeira das suas gravações, Blakey e Silver gravaram juntos em várias ocasiões, mas o nome foi usado pela primeira vez em uma gravação de 1954, nominalmente liderada por Horace Silver, com Blakey na bateria, o saxofonista Hank Mobley, trompetista Kenny Dorham e o baixista Doug Watkins. O trompetista Donald Byrd substituiu Kenny Dorham, e o grupo gravou um álbum chamado simplesmente de ‘The Jazz Messengers’ em 1956. A banda ficou conhecida como ‘Art Blakey and the Jazz Messengers’ com Blakey assumindo o grupo como único líder quando Horace Silver com Mobley, Byrd e Watkins formaram um novo quinteto com uma variedade de bateristas. Durante um período que abrange mais de quarenta anos ‘Art Blakey and The Jazz Messengers’ produziu centenas de registros e prosperou em meio a inúmeras mudanças de formação, sempre recebendo os melhores músicos do jazz incluindo os trompetistas Lee Morgan, Freddie Hubbard e Wynton Marsalis, bem como o saxofonista Wayne Shorter e os pianistas Keith Jarrett e Joanne Brackeen.
Alto Saxofone – Barney Wilen ( faixas: 1, 2 )
Baixo – Jymie Merritt
Bateria – Art Blakey
Piano – Bud Powell ( faixas: 1, 2 ) , Walter Davis Jr. ( faixas: 3, 4 )
Saxofone Tenor – Wayne Shorter
Trompete – Lee Morgan
Gravado ao vivo em 18 de dezembro de 1959 no Théâtre des Champs-Elysées, Paris
sexta-feira, 10 de junho de 2022
# 039 - Kenny Clarke Sextet Plays Andre Hodeir (1956)
Artista: Kenny Clarke's Sextet
Álbum: Jazz in Paris 039
Lançamento: 2000
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Hard Bop
terça-feira, 7 de junho de 2022
# 038 - Earl Hines - Paris One Night Stand (1957)
Artista: Earl Hines
Álbum: Jazz in Paris 038
Lançamento: 2000
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Hard Bop, Piano Jazz
O jazz é o laboratório musical ao vivo e algumas gravações são verdadeiras obras de arte e representam períodos importantes no desenvolvimento do gênero e ainda hoje são tão frescas como quando foram gravadas. Nascido nos Estados Unidos, o jazz pode ser visto como um reflexo da diversidade cultural e do individualismo do país. New Orleans, Louisiana, na virada do século 20 foi um caldeirão de culturas, uma grande cidade portuária, onde as pessoas de todo o mundo se reuniam ali, e como resultado, os músicos foram expostos a uma grande variedade de música. Música clássica européia, o blues norte-americano, e as canções e ritmos sul-americanos se reuniram para formar o que se tornou conhecido como jazz. A origem da palavra é amplamente contestada, embora tenha sido pensado originalmente para ser um termo sexual. Na sua essência, é a abertura a todas as influências e expressão pessoal através da improvisação. Ao longo de sua história, o jazz averiguou minuciosamente desde o mundo da música popular até a música erudita, e se expandiu a tal ponto que seus estilos são tão variados que um é completamente alheio a outro. Tocado, pela primeira vez, em bares, o jazz depois foi ouvido em clubes, salas de concerto, universidades e grandes festivais em todo o mundo.
Contrabaixo – Guy Pedersen
Bateria – Gus Wallez
Piano – Earl Hines
Gravado em 15 e 16 de novembro de 1957 em Paris
sábado, 4 de junho de 2022
# 037 - Sammy Price & Lucky Thompson - Paris Blues (1957)
O blues e o jazz são dois estilos musicais que nasceram em solo americano e conquistaram o mundo além das fronteiras e estilos! Ainda que eles sejam baseados em ritmos parecidos e terem histórias em comum, são diferentes! Os primeiros blues fazia com que um dos participantes cantasse um verso e os demais repetiam junto o mesmo verso, em coro. Tudo na base do improviso sendo o improviso parte tanto do blues quanto do jazz, assim como o canto solo. Só que no blues conta com um perfil mais calmo, quase tristonho e melancolico tendo como base a guitarra elétrica, a gaita, o baixo e posteriormente a bateria!
Contrabaixo – Pierre Michelot
Bateria – Gérard Pochonet
Guitarra – Jean-Pierre Sasson
Piano, Vocais – Sammy Price
Saxofone Tenor – Lucky Thompson
Gravado em 6 de julho de 1957 no teatro Pigalle, Paris