quinta-feira, 29 de setembro de 2022

# 081 - Elek Bacsik - Nuages (1962)

Artista: Elek Bacsik
Lançamento: 2001
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Bossa Nova, Cool Jazz



 Enquanto o fusion parecia dominar o mercado do jazz nos anos 70 e começo dos 80, havia também outros desenvolvimentos. Alguns músicos começaram a tomar emprestado da música clássica do século 20 bem como da música africana e de outras formas da música internacional. Entre esses músicos incluem-se Don Cherry, Charlie Haden, os saxofonistas Anthony Braxton, David Murray e Dewey Redman, o clarinetista John Carter, os pianistas Carla Bley e Muhal Richard Abrams, o World Saxophone Quartet, com quatro saxofonistas e sem seção rítmica, e o Art Ensemble Of Chicago, com o trompetista Lester Bowie e Roscoe Mitchell tocando instrumentos de sopro de madeira. A música deles tendia a enfatizar elementos composicionais mais sofisticados do que a forma tema-solos-tema. Alguns grupos, como o Oregon, rejeitaram a complexidade e as dissonâncias do jazz moderno e tocaram num estilo muito mais simples, que deu início à atual música New Age. No outro extremo estavam músicos como o saxofonista John Zorn e os guitarristas Sonny Sharrock e Fred Frith, que se engajaram numa frenética forma de livre improvisação às vezes chamada “energy music”. Em algum ponto no meio desses extremos estava o duradouro grupo formado pelo saxofonista George Adams, que foi influenciado por Coltrane e Pharoah Sanders, e o pianista Don Pullen, influenciado por Cecil Taylor. Esse grupo pegou muito do blues, bem como da música de vanguarda. Outros músicos importantes durante os anos 70 e 80 foram os pianistas Abdullah Ibrahim, Paul Bley, Anthony Davis e Keith Jarrett. Nem todos os desenvolvimentos do jazz ocorreram nos Estados Unidos. Muitos músicos europeus estenderam algumas das ideias do free jazz de Ornette Coleman e Cecil Taylor, e dispensaram ainda mais as formas tradicionais. Outros se voltaram a uma música mais introspectiva. Entre os mais bem-sucedidos dos improvisadores europeus estão os saxofonistas Evan Parker, John Tchicai, John Surman e Jan Garbarek, os trompetistas Kenny Wheeler e Ian Carr, o pianista John Taylor, os guitarristas Derek Bailey e Allan Holdsworth, o baixista Eberhard Weber, o baterista John Stevens e os arranjadores Mike Westbrook, Franz Koglman e Willem Breuker.


Contrabaixo – Michel Gaudry (faixas: 2, 3, 6, 9), Pierre Michelot (faixas: 1, 4, 5, 7, 8, 10)

Bateria – Daniel Humair (faixas: 2, 3, 6, 9), Kenny Clarke (faixas: 1, 4, 5, 7, 8, 10)

Guitarra Elétrica – Elek Bacsik


Gravado em 1962 em Paris.

Boa audição - Namastê

terça-feira, 27 de setembro de 2022

# 080 - Henri Crolla - Begin The Beguine (1955)

Artista: Henri Crolla

Álbum: Jazz in Paris 080

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Gypsy Jazz

O elemento mais básico do suingue do jazz é a colcheia suingada. Na música clássica, as colcheias num compasso 4/4 devem ocupar exatamente metade de um tempo cada. Elas são chamadas pelo pessoal do jazz de colcheias exatas (straight eighth notes, ou simplesmente straight eighths). Toque uma escala de Dó Maior (“Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó”) com colcheias exatas. Se tiver um metrônomo, ajuste ele para 96 batidas por minuto. Essas são semínimas: “um dois três quatro”. Agora subdivida isso mentalmente: “um-e dois-e três-e qua-e”. Uma aproximação comum para o suingue do jazz usa tercinas. Os tempos básicos são subdivididos mentalmente como “um-e-a dois-e-a três-e-a qua-e-a”, e você toca somente no tempo e no “a”. A primeira nota de cada tempo terá o dobro da duração da segunda. Isso vai soar como um Código Morse traço-ponto-traço-ponto-traço-ponto-traço-ponto, e é exagerado demais para sua utilização no jazz. Em algum ponto entre as colcheias exatas (proporção 1:1 entre a primeira e a segunda nota) e as tercinas (proporção 2:1) estão as notas do verdadeiro suingue do jazz. Não posso dar uma proporção exata, contudo, porque ela varia dependendo do andamento e do estilo da peça. Em geral, quanto mais rápido o andamento, mas exatas as colcheias. Além disso, os músicos da era pré-bebop geralmente usam um suingue mais exagerado do que os de períodos posteriores, mesmo no mesmo andamento. Independente de qual seja a proporção, a segunda “metade” de cada tempo geralmente é acentuada, e os tempos dois e quatro geralmente são acentuados também. Aqui também a quantidade de acento depende do músico e da situação. Também há o problema de tocar antes ou depois do tempo. Quando Dexter Gordon toca, até mesmo as notas que deviam cair no tempo são geralmente tocadas um pouco retardadas. Isso geralmente é chamado de laying back. Isso dá um ar mais relaxado para a música, enquanto tocar um pouco antes as notas que deviam cair no tempo pode ter o efeito oposto. Os baixistas geralmente tocam ligeiramente antes do tempo, especialmente nos andamentos mais rápidos, para fazer a música seguir à frente. Nem todos os estilos de jazz usam o suingue da mesma maneira. A maioria dos estilos de jazz latino e muitos estilos de fusion e jazz moderno usam colcheias exatas, ou colcheias que são só ligeiramente suingadas. O shuffle e alguns outros estilos de rock usam um suingue muito exagerado. Ouça de perto a gravações de diferentes estilos, prestando atenção às diferenças. Não se engane achando que o suingue é uma constante universal.


Clarinete – Maurice Meunier (faixas: 9 a 16)

Contrabaixo – Emmanuel Soudieux

Bateria – Jacques David

Guitarra – Henri Crolla

Piano – Georges Arvanitas (faixas: 9 a 16) , Lalos Bing (faixas: 1 a 8)

Vibraphone – Michel Hausser (faixas: 9 a 16)


Gravado em 1955 em Paris

* Géo Daly é erroneamente listado como vibrafonista.


Boa audição - Namastê
 

sábado, 24 de setembro de 2022

# 079 - Stan Getz Quartet In Paris (1966)

Artista: Stan Getz

Álbum: Jazz in Paris 079

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Bossa Nova, Post Bop


Um dos maiores saxofonistas tenor de todos os tempos, Stan Getz tinha um dos tons mais bonitos da história do jazz. Conhecido como O Som, seu nome figura entre os grandes improvisadores por seu som e vocabulário únicos! Apesar de ser mais conhecido no Brasil por sua parceria de sucesso com João Gilberto — que levou a bossa nova para o mundo — o jazz era a sua verdadeira casa. Desde cedo, o jovem Getz demonstrava aptidão para a música e, aos 6 anos, tocava gaita ouvindo as canções que passavam no rádio. Aos 13 anos, ganha do pai seu primeiro saxofone e clarinete. De instrumento na mão, não demorou muito para que ingressasse na All City High School Orchestra, na cidade de Nova York. A música Girl from Ipanema (Garota de Ipanema) já foi a 5ª mais ouvida nos Estados Unidos e já figurou no top da Billboard? Pois é, uma loucura! Aconteceu em julho de 1964. Neste mesmo ano, Stan Getz e João Gilberto foram indicados ao Grammy em 4 categorias e venceram 3, sendo elas: Melhor Performance Instrumental de Jazz, Álbum do Ano e Música do Ano por Girl from Ipanema!

Contrabaixo – Steve Swallow (faixas: 1 a 5, 7)

Bateria – Roy Haynes (faixas: 1 a 5, 7)

Saxofone Tenor – Stan Getz (faixas: 1 a 5, 7)

Vibrafone – Gary Burton

Gravado em 13 de novembro de 1966 na Salle Pleyel, Paris


 Boa audição - Namastê 

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

# 078 - Don Byas – En Ce Temps-La (1947-1952)

Artista: Don Byas
Lançamento: 2001
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Bop, Swing


(1912 – 1972) foi saxofonista tenor, mais associado ao estilo bebop. Ele tocou com Count Basie, Duke Ellington, Art Blakey e Dizzy Gillespie, entre outros, bem como liderou sua própria banda. Carlos Wesley Byas nasceu em Muskogee, Oklahoma, de pais músicos. Sua mãe tocava piano, e o pai clarinete. Byas iniciou sua formação em música clássica, aprendendo a tocar clarinete, violino e saxofone alto, que tocou até o final da década de 20. Benny Carter, que tocava muitos instrumentos, era seu ídolo nesta época. Don Byas começou a tocar em orquestras locais com 17 anos, com o pianista Bennie Moten, o trompetista Terrence Holder e o multi-instrumentista Walter Page. Depois mudou para o saxofone tenor e tocou com várias bandas de Los Angeles. Em 1935 tocou na banda de Lionel Hampton juntamente com o arranjador Eddie Barefield. Em 1937, mudou-se para Nova York para trabalhar com a banda de Eddie Mallory acompanhando a esposa de Mallory, a cantora Ethel Waters, em turnê, e também no Cotton Club. Gravou seu primeiro disco solo ‘Is This to Be My Souvenir’ em 1939. E no início de 1941, teve sua grande chance quando Count Basie o escolheu para suceder Lester Young. Em 1946, foi para a Europa em turnê com a big band de Don Redman. Eles eram a primeira orquestra só de negros a aparecer na capital francesa desde o final da segunda guerra mundial. Byas permaneceu na Europa onde viveu durante os últimos 26 anos de sua vida. Depois de tocar na Bélgica e na Espanha, ele finalmente se estabeleceu em Paris, e foi capaz de gravar quase imediatamente. Enquanto esteve em Genebra, gravou ‘Laura’ e ‘How High the Moon’. Em 1946, gravou pela primeira vez na França. Em 1947 e 1948 viveu em Barcelona. Byas estava no auge de sua forma ao longo destes anos e se tornou uma figura conhecida não só em Paris, mas também na Riviera. O tenor gravava regularmente e tinha muitos amigos. Eles o adoravam, não só pelo seu talento musical, mas também pelas suas habilidades na mesa de bilhar; como desportista da pesca e do mergulho; e como chef de cozinha especialista em comida crioula. Byas finalmente se mudou para Holanda e se casou com uma nativa. E trabalhou extensivamente na Europa, muitas vezes com músicos em turnês tais como Art Blakey, Duke Ellington, Gillespie, Bud Powell e Ben Webster. E também gravou fado com a cantora portuguesa Amália Rodrigues. Byas não retornou aos EUA até 1970, quando se apresentou no Festival de Jazz de Newport. Don Byas morreu em Amsterdam de câncer no pulmão, aos 59 anos.

Baixo – Joe Benjamin (faixas: 7 to 13), Lucien Simoens (faixas: 1 to 6)

Bateria – Armand Molinetti (faixas: 1 to 6), Bill Clark (faixas: 7 to 13)

Guitarra – Jean-Jacques Tilché (faixas: 1 to 6)

Piano – Art Simmons (faixas: 7 to 13), Jack Diéval (faixas: 1 to 6)

Sax. Tenor – Don Byas


Gravado em 12 de junho de 1947 no estúdio Technisonor, Paris (1-6)

Gravado em 1952 no estúdio Pathé-Pelouze, Paris: 26 de março (7-10), 

10 de abril (11-13)


Boa audição - Namastê

terça-feira, 20 de setembro de 2022

# 077 - Le Dernier Message De - Lester Young (1959)

Artista: Lester Young

Álbum: Jazz in Paris 077

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Bop



 Lester Young foi um músico cujo estilo inovador no saxofone teve uma grande influência sobre outros grandes nomes do instrumento. Ele era particularmente conhecido por seu trabalho com a banda de Count Basie nos anos 30 e 40 e nas gravações com a vocalista Billie Holiday a quem apelidou de ‘Lady Day’ e esta, por sua vez, o apelidou de ‘presidente’, mais tarde encurtado para ‘pres’ ou ‘prez’. Com olhos verdes e cabelos avermelhados, vestia ternos trespassados e chamativos e chapéu estilo ‘pork pie’, sua outra marca, que foram copiados por várias gerações de músicos do jazz. O estilo exuberante de Young incluía a maneira de tocar o saxofone em ângulos estranhos. Com o seu saxofone para cima em um ângulo de 45 graus, a presença de Young no palco era impressionante. Suas frases, tanto em palavras quanto na música, tornaram-se lendárias entre outros músicos. Lester Young e seu contemporâneo Coleman Hawkins são frequentemente listados como as torres gêmeas do saxofone do jazz moderno. Um dos gigantes do jazz, Lester ao invés de adotar a abordagem então dominante de Coleman Hawkins veio com uma concepção completamente diferente. Um não-conformista que foi importante para o desenvolvimento progressivo do cool jazz, que surgiu no final de 1940. Certa vez, Young observou que seu estilo era muito parecido com o cantar de Billie Holiday. Na autobiografia de Billie, ‘Lady Sings the Blues’, Lester é citado como tendo dito que ao ouvir os discos de Billie em duetos com ele teve a impressão de que o saxofone e a voz de Billie soavam como uma única voz, e se prestasse mais atenção era como se fossem uma só pessoa. A verdade é que ele amava Billie Holiday. Se o quente do jazz foi definido por Louis Armstrong em 1920, o lado lírico do jazz encontrou seus expoentes perfeitos em Billie Holiday e Lester Young durante os anos 30 e 40. Suas colaborações revelaram um lado diferente na arte do jazz. A emoção, a simplicidade e a força de expressão que somente são conseguidos através da sensibiidade. Como se para esta música sensível de Billie e Lester fosse necessário algum tipo de magnestismo, atração mútua para tornar isso possível. Ou simplesmente um romance musical. ‘All of Me’, a minha predileta, revela tudo isso. Lester Young gravou para o selo ‘Aladdin’ entre 1945 e 1947, liderando uma série de pequenos grupos que variavam de quintetos para sextetos. E a formação dos grupos poderia ser simplesmente casual e incluíam fiéis da era swing ou boppers dedicados. Parece que isso pouco importava para Lester Young. Seu som era uma das maravilhas do jazz, e não apenas por sua transparência, mas por sua suavidade. Além das sessões de ‘Aladdin’, este dois CDs incluem músicas com o trio de 1942 que tinha Nat ‘King’ Cole no piano e Red Callendar no baixo. O solo de Young em ‘Indiana’ é uma das maravilhas do swing. Há também uma sessão de 1945 com a cantora Helen Humes com a participação fantástica do trompetista Snooky Young e o saxofonista Willie Smith, bem como Lester Young.

Tenor Saxofone – Lester Young

Piano - René Urtreger

Guitarra - Jimmy Gourley

Contrabaixo - Jamil Nasser

Bateria - Kenny Clarke


Gravado em 1959 At The Studio Hoche, Paris.

Boa audição - Namastê

sábado, 17 de setembro de 2022

# 076 - Dance A Saint-Germain-des-Pres (1958-1961)

Artista: Michel De Villers & Claude Bolling Et Son Orchestre

Álbum: Jazz in Paris 076

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Easy Listening, Big Band, Swing


Embora as big bands, como são chamadas as orquestras de jazz, sejam normalmente associadas a uma era ligeiramente posterior, havia várias dessas orquestras tocando durante os anos 20 e o começo dos 30, entre elas a de Fletcher Henderson. Bix Beiderbecke foi um solista de corneta que tocava com várias bandas e era considerado uma legenda em sua época. Os meados dos anos 30 trouxeram a Era do Swing e o surgimento das big bands como a música popular do momento. Glenn Miller, Benny Goodman, Tommy Dorsey, Artie Shaw, Duke Ellington e Count Basie regeram algumas das orquestras mais conhecidas. Houve também algumas importantes gravações de pequenos grupos de swing durante os anos 30 e 40. Essas diferiam dos pequenos grupos anteriores porque faziam muito pouca improvisação coletiva. A música enfatizava o solista individual. Goodman, Ellington e Basie gravaram com frequência nesses arranjos de pequenos grupos. Entre os importantes saxofonistas dessa era estão Johnny Hodges, Paul Gonsalves, Lester Young, Coleman Hawkins e Ben Webster. Entre os trompetistas estão Roy Eldridge, Harry “Sweets” Edison, Cootie Williams e Charlie Shavers. Entre os pianistas, temos Ellington, Basie, Teddy Wilson, Erroll Garner e Oscar Peterson; no violão, Charlie Christian, Herb Ellis, Barney Kessell e Django Reinhardt; no vibrafone, Lionel Hampton; entre os principais baixistas estão Jimmy Blanton, Walter Page e Slam Stewart; bateristas, Jo Jones e Sam Woodyard. Billie Holiday, Dinah Washington e Ella Fitzgerald foram importantes cantoras dessa era. A maioria desses músicos gravava em pequenos grupos, bem como com grandes orquestras de jazz. Os estilos desses músicos pode ser melhor resumido dizendo-se que eles se concentraram basicamente em tocar melodicamente, no molejo do suingue, e no desenvolvimento da sonoridade individual. O blues foi, como em muitos outros estilos, um importante elemento dessa música.

Alto Saxofone – Claude Civelli (faixas: 13 a 22) , Michel de Villers (faixas: 01 a 12)
Dirigido por [Tv Show] – Jean-Christophe Averty (faixas: 13 a 22)
Contrabaixo – Michel Gaudry (faixas: 13 a 22)
Bateria – Roger Paraboschi (faixas: 13 a 22)
Piano, Escrito por – Claude Bolling (faixas: 13 a 22)
Saxofone Tenor, Clarinete – Gérard Badini (faixas: 13 a 22)
Trombone – Claude Gousset (faixas: 13 a 22), Raymond Katarzynsky (faixas: 13 a 22)
Trompete – Ivan Jullien (faixas: 13 a 22), Vincent Casino (faixas: 13 a 22)

Gravado em 1958 (5-12), 1959 (1-4) e 1961 (13-22) em Paris.
Faixas 13-22: trilha sonora original do programa de TV "Spécial Show", dirigido por Jean-Christophe Averty.


 Boa audição - Namastê

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

# 075 - Earl Hines In Paris (1970)

Artista: Earl Hines

Álbum: Jazz in Paris 075

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Swing


Um pianista crioulo chamado Jelly Roll Morton foi o primeiro musico a escrever melodias do jazz original, e alegou-se ter ‘inventado’ o jazz. Mas a tradição diz que o trompetista e barbeiro Buddy Bolden foi o primeiro homem a liderar uma banda de jazz real. Buddy Bolden foi internado num hospício em 1907 e lá permaneceu até sua morte em 1931. Até então, os sucessores como King Oliver e Louis Armstrong tinham levado o jazz a um novo patamar de popularidade e para outras cidades como Chicago e Nova York. A música nascida em New Orleans é considerada a mais importante. Como uma linguagem musical, o jazz através dos negros das Américas a partir da batida sincopada do ragtime, das fanfarras e dos coros de gospel misturado aos gritos dos campos de algodão e ao rosnado profundo do blues foi exportado para todo o mundo.

Contrabaixo – Larry Richardson 

Bateria – Richie Goldberg

Piano – Earl Hines

Vocais – Earl Hines (faixas: 7)


Gravado em dezembro de 1970 em Paris.

#7 é uma faixa inédita


 Boa audição - Namastê

terça-feira, 13 de setembro de 2022

# 074 - Alain Goraguer - Go-Go-Goraguer (1956)

Artista: Alain Goraguer

Álbum: Jazz in Paris 074

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Easy Listening

O uso de outros instrumentos, como instrumentos de sopro de metal ou madeira, na qualidade de instrumentos de acompanhamento é geralmente limitado a uns poucos “riffs“, ou fraseados repetidos. Esse tipo de acompanhamento é bem usado em bandas de blues. Geralmente um dos sopros toca uma linha simples baseada na escala de blues, e outros a repetem. As formas de free jazz permitem um acompanhamento menos estruturado. Se você ouvir os discos Free Jazz, de Ornette Coleman, ou Ascension, de John Coltrane, notará que os sopros que não estão solando ficam livres para tocar qualquer figura de fundo que queiram. O resultado é geralmente cacófono, mas se esse for o efeito desejado, então não é ruim por si só. Na outra ponta desse espectro estão arranjos de big bands, que frequentemente têm intricados fundos de sopros escritos para os solos. Arranjar para seções de sopros é similar a acompanhar no piano, no sentido de que as partes geralmente formam aberturas de acordes e são usadas numa maneira ritmicamente interessante. As partes são geralmente mais suaves e mais melódicas do que um típico acompanhamento de piano, entretanto, tanto porque a parte do piano é geralmente improvisada, enquanto o arranjo de sopros pode ser planejado com antecedência, como porque é mais fácil para uma seção de sopros tocar linhas melódicas distribuídas em acordes do que para um pianista. Arranjos para a seção de sopros geralmente enfatizam a articulação, ou variações no ataque e na dinâmica, mais do que o piano normalmente é capaz. Entre os artifícios usados geralmente em arranjos para a seção de sopros estão o uso de sforzando, ou notas de volume repentino; alternar passagens de staccatos, ou notas curtas, e legatos, ou notas longas; “bent notes“, ou notas em que o músico muda brevemente a altura da nota quando está tocando, e “falloffs“, ou notas em que o músico rapidamente reduz a altura da nota, às vezes em uma oitava ou mais, geralmente para encerrar uma frase. Você não precisa tocar numa big band ou ser um arranjador experiente para usar o acompanhamento de uma seção de sopros. Frequentemente dois ou três instrumentos de sopro são suficientes para tocar figuras de fundo interessantes. A maioria dos mesmos princípios usados na abertura de acordes para o piano pode ser usada em aberturas para a seção de sopros. Aberturas drop funcionam especialmente bem. Quando há somente dois instrumentos de sopro, linhas que caminham em terças paralelas geralmente funcionam bem. Ouça The Birth Of The Cool, de Miles Davis, ou qualquer dos discos de Art Blakey with the Jazz Messengers, para ter ideias de como se pode arranjar para grupos relativamente pequenos. O livro Arranging And Composing, de David Baker, também pode dar ideias para você começar.

Contrabaixo – Paul Rovère

Bateria – Christian Garros

Piano – Alain Goraguer

Gravado em 1956 em Paris.


Boa audição - Namastê

sábado, 10 de setembro de 2022

# 073 - Lucky Thompson With Dave Pochonet All Stars (1956)

Lançamento: 2001
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Hard Bop, Swing


As gravações mais antigas de jazz fáceis de encontrar são dos anos 20 e do começo dos anos 30. O trompetista e vocalista Louis Armstrong (“Pops”, “Satchmo”) foi de longe a figura mais importante desse período. Ele tocava com os grupos chamados Hot Five e Hot Seven; qualquer gravação que você puder encontrar desses grupos é recomendada. O estilo desses grupos, e de muitos outros desse período, geralmente é chamado de jazz de Nova Orleans ou Dixieland. Ele é caracterizado pela improvisação coletiva, em que todos os músicos tocam simultaneamente linhas melódicas improvisadas dentro da estrutura harmônica da música. Louis, como cantor, é tido como o inventor do scat, em que o vocalista usa sílabas sem sentido para cantarolar linhas melódicas improvisadas. Outros músicos notáveis do jazz de Nova Orleans ou Dixieland são o clarinetista Johnny Dodds, o saxofonista soprano Sidney Bechet, o trompetista King Oliver e o trombonista Kid Ory. Outros estilos populares desse período são várias formas de jazz no piano, entre eles o ragtime, o Harlem stride, e o boogie-woogie. Esses estilos são na verdade bem distintos uns dos outros, mas todos os três são caracterizados por linhas rítmicas e percussivas para a mão esquerda e linhas velozes e cheias para a mão direita. Scott Joplin e Jelly Roll Morton foram pioneiros do ragtime. Fats Waller, Willie “The Lion” Smith e James P. Johnson popularizaram o padrão stride para mão esquerda (baixo, acorde, baixo, acorde); Albert Ammons e Meade Lux Lewis desenvolveram isso nos padrões mais rápidos de movimento da mão esquerda do boogie-woogie. Earl “Fatha” Hines foi um pianista especialmente conhecido por sua mão direita, com a qual frequentemente, em vez de tocar acordes cheios ou arpejos, tocava linhas puramente melódicas, típicas dos sopros. Isso virou um lugar-comum desde então. Art Tatum é considerado por muitos como o maior pianista de jazz de todos os tempos; ele foi certamente um dos mais bem dotados tecnicamente, e suas descobertas harmônicas abriram caminho para muitos que vieram depois dele. Ele é às vezes considerado um precursor do bebop.

Saxofone Alto – Michel de Villers (faixas: 2 a 5, 7)

Alto Saxofone, Clarinete – Jo Hrasko (faixas: 2 a 5, 7)

Saxofone Barítono – Marcel Hrasko , Michel de Villers

Trombone baixo – Charles Verstraete (faixas: 1, 6, 8, 9)

Contrabaixo - Benoit Quersin

Bateria – Dave Pochonet 

Guitarra – Jean-Pierre Sasson

Piano – Henri Renaud (faixas: 2 a 5, 7), Martial Solal (faixas: 1, 6, 8, 9)

Saxofone Tenor – Lucky Thompson

Trombone – Charles Verstraete (faixas: 2 a 5, 7)

Trompete – Fernand Verstraete (faixas: 2 a 5, 7)


Gravado em Paris em 1956 em 16 de abril (1, 6, 8, 9) e 11 de maio (2-5, 7)


Boa audição - Namastê

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

# 072 - Jazz In Paris - Bebop (1947-1949)

Artista: Bebop & VA

Álbum: Jazz in Paris 072

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Bebop


O nascimento do bebop nos anos 40 é geralmente considerado um marco do começo do jazz moderno. Esse estilo surgiu diretamente dos pequenos grupos de swing, mas deu uma ênfase muito maior à técnica e a harmonias mais complexas, por oposição a melodias cantáveis. Boa parte da teoria a ser discutida mais adiante nesta Introdução deriva diretamente das inovações desse estilo. O sax alto Charlie “Bird” Parker foi o pai desse movimento e o trompetista Dizzy Gillespie (“Diz”) foi seu principal cúmplice. Dizzy também regeu uma big band e ajudou a introduzir a música afro-cubana, inclusive ritmos como o mambo, para públicos americanos, por meio de seu trabalho com percussionistas cubanos. Mas foram as gravações em quinteto e outros grupos pequenos com Diz e Bird que formaram a fundação do bebop e da maioria do jazz moderno. Embora, como nos estilos anteriores, muito se tenha usado do blues e da música popular da época, inclusive canções de George Gershwin e Cole Porter, as composições originais dos músicos de bebop começaram a divergir da música popular pela primeira vez, e o bebop, especialmente, não tinha intenção de ser uma música para dançar. As composições geralmente tinham andamentos rápidos e difíceis sequências de colcheias. Muitos dos standards do bebop são baseados em progressões de acordes de outras músicas populares, como “I Got Rhythm”, “Cherokee” ou “How High The Moon”. As improvisações eram baseadas nas escalas subentendidas nesses acordes, e as escalas usadas incluíam alterações como a quinta bemol. O desenvolvimento do bebop levou a novas abordagens de acompanhamento, bem como de solo. Bateristas começaram a depender menos do bumbo e mais do prato de condução e do chimbal. Baixistas tornaram-se responsáveis por manter a pulsação rítmica, passando a tocar quase que exclusivamente uma linha do baixo que consistia principalmente de semínimas enquanto marcavam a progressão harmônica. Os pianistas puderam usar um toque mais leve, e em especial suas mãos esquerdas não eram mais obrigadas a definir a pulsação rítmica ou a tocar a nota fundamental dos acordes. Além disso, a forma padrão do jazz moderno tornou-se universal. Os músicos tocavam o tema (“the head”) de uma peça, geralmente em uníssono, daí revezavam tocando solos baseados na progressão de acordes da peça, e finalmente tocavam a melodia novamente. A técnica de trocar quatro compassos, em que os solistas revezavam frases de quatro compassos entre si ou com o baterista, também virou lugar-comum. O formato padrão de quarteto e quinteto (piano, baixo, bateria; saxofone e/ou trompete) usado no bebop mudou muito pouco desde os anos 40. Muitos dos músicos das gerações anteriores ajudaram a abrir o caminho para o bebop. Entre esses músicos estão Lester Young, Coleman Hawkins, Roy Eldridge, Charlie Christian, Jimmy Blanton e Jo Jones. Young e Hawkins especialmente são geralmente considerados dois dos mais importantes músicos dessa empreitada. Entre outros notáveis músicos do bebop estão os saxofonistas Sonny Stitt e Lucky Thompson, os trompetistas Fats Navarro, Kenny Dorham e Miles Davis, os pianistas Bud Powell, Duke Jordan, Al Haig e Thelonious Monk, o vibrafonista Milt Jackson, os baixistas Oscar Pettiford, Tommy Potter e Charles Mingus e bateristas como Max Roach, Kenny Clarke e Roy Haynes. Miles, Monk e Mingus fizeram avanços posteriores nas eras pós-bebop, e a música deles será abordada mais adiante.

Saxofone Alto – Hubert Rostaing (faixas: 1 a 06) , Jimmy Heath (faixas: 13 a 19)
Contrabaixo – Jean Bouchety (faixas: 1 a 12) , Lucien Simoens (faixas: 20 a 23), Percy Heath (faixas: 13 a 19)
Bateria – Buford Oliver (faixas: 1 a 12), Richie Frost (faixas: 20 a 23), Specs Wright (faixas: 13 a 19)
Guitarra – Jean-Jacques Tilché (faixas: 1 a 12)
Piano – Bernard Peiffer (faixas: 20 a 23), Billy Taylor (faixas: 1 a 12), Vernon Biddle (faixas: 13 a 19)
Sax. Tenor – Don Byas (faixas: 1 a 12, 20 a 23), James Moody (faixas: 20 a 23 ), Jesse Powell (faixas: 13 a 19)
Trombone – Nat Peck (faixas: 20 a 23), Tyree Glenn (faixas: 1 a 12)
Trompete – Howard McGhee (faixas: 13 a 19), Peanuts Holland (faixas: 1 a 12)
Vocais – Peanuts Holland (faixas: 11)

Don Byas / Tyree Glenn Orchestra
01-06 Paris, 13 de junho de 1947

Don Byas Ree-Boppers
07-12 Paris, 27 de janeiro de 1947.

Howard McGhee sexteto
13-19, Paris, 18 de maio de 1948

James Moody quinteto
20-23, Paris, 07 de julho de 1949


Boa audição - Namasê

terça-feira, 6 de setembro de 2022

071 - Jazz In Paris - Jazz & Cinema, Vol. 3 (1959-1961)

Artista: Jazz & Cinéma Vol. 3

Álbum: Jazz in Paris 071

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Stage & Screen, Soundtrack


Em 1927, o filme “O Cantor de Jazz”, dirigido por Alan Crosland, rompeu a barreira do cinema mudo e apresentou, pela primeira vez, um diálogo audível. Foi um marco do cinema, com som gravado separadamente das imagens.O primeiro filme falado, cantado e musicado estreia nos Estados Unidos em 6 de outubro de 1927. Trata-se da obra audiovisual "O Cantor de Jazz" (no original, The Jazz Singer), de Alan Crosland, em que ator-vedete, Al Jolson, de origem russa judaica, aparece maquiado com a pele negra.  A trilha sonora comportava apenas 354 palavras, mas o sucesso é imediato e os irmãos Warner da "Warner Bros" veem a caixa registradora tilintando sem cessar. É o primeiro filme de grande duração com falas e canto sincronizado com um disco de acetato.  A partir daí, os filmes mudos passaram a ser totalmente substituídos pelos filmes falados que se tornaram a grande novidade Depois deste filme, o jazz foi pano de fundo para diversos outros, como Bird, de Clint Eastwood, e Round Midnight (Por volta da meia-noite), de Bertrand Tavernier.

Saxofone Alto – Georges Grenu (faixas: 1 a 5) , ​​Pierre Gossez (faixas: 6 a 10)

Arranjo – Alain Goraguer (faixas: 1 a 5) , ​​Luis Fuentes (faixas: 15) , René Urtreger (faixas: 11 a 14)

Backing Band – Le Jazz Groupe De Paris (faixas: 6 a 10)

Saxofone Barítono – William Boucaya (faixas: 1 a 5)

Contrabaixo – Guy Pedersen (faixas: 11 a 15) , Pierre Michelot (faixas: 1 a 5)

Bateria – Christian Garros (faixas: 1 a 5) , ​​Daniel Humair (faixas: 11 a 15)

Flauta – Raymond Guiot (faixas: 1 a 5)

Piano – Alain Goraguer (faixas: 1 a 5) , ​​Eddy Louiss (faixas: 11 a 15)

Vocais Soprano – Christiane Legrand (faixas: 6 a 10)

Saxofone Tenor – Jean-Louis Chautemps (faixas: 11 a 15)

Trombone – Luis Fuentes (faixas: 11 a 15)

Trompete – Roger Guérin (faixas: 1 a 10) , Sonny Gray (faixas: 11 a 15)


 Boa audição - Namastê

sábado, 3 de setembro de 2022

# 070 - Le Jazz Groupe De Paris Joue Andre Hodeir (1956)

Artista: Le Jazz Groupe De Paris

Álbum: Jazz in Paris 070

Lançamento: 2001

Selo: Gitanes Jazz Produção

Gênero: Big Bang

As ‘brass bands’, um grupo musical em geral, constituído exclusivamente por instrumentos de metal, para o conforto das famílias, tocam durante os funerais. O ‘jazz funeral’ começa sombrio. Em seu caminho para o cemitério, a banda de metais executa tristes hinos fúnebres chamados ‘lamúrias’. ‘Nearer My God to Thee’ é a escolha mais popular, mas pode ser qualquer outra música que lembre aos enlutados os altos e baixos da vida. Este tom sombrio dura até que a procissão resolve mandar o carro fúnebre para o destino final, o cemitério. É neste ponto que a banda de repente passa a tocar ‘When the Saints Go Marching In’ ou ‘Didn’t He Ramble,’ ou talvez ‘Lil Liza Jane’. E os próprios enlutados, parentes e carpideiras, dançam com abandono selvagem. Eles vão freqüentemente enfeitados com guarda-chuvas, e os transeuntes são convidados, com sorrisos e alegria, a participarem da comemoração. Este funeral remonta a antigas tradições africanas dos iorubás da África Ocidental. Uma crença de que a vida acabou neste mundo, mas um espírito corre livre e solto e aqueles que vivem em luto podem deleitar-se com o conhecimento de que seu parente ou velho amigo estará dançando do outro lado com o coração cheio de alegria.

Alto Saxophone – Jean Algedon (faixas: 1 to 6, 9 to 10)
Saxofone Barítono – Armand Migiani
Maestro – André Hodeir
Contrabaixo – Pierre Michelot
Bateria – Christian Garros
Saxofone Tenor – Georges Grenu
Trombone – Nat Peck (faixas: 1 to 6, 9 to 10)
Trompete – Jean Liesse , Roger Guérin
Vibrafone – Fats Sadi


Gravado 26 (1-4) e 27 de junho (5, 8) e 02 (9-10) de julho de 1956 em Paris


 Boa audição - Namastê

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

# 069 - Art Blakey - 1958 Paris Olympia (1958)

Artista: Art Blakey
Lançamento: 2001
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Hard Bop
Hard Bop


The Jazz Messengers, grupo fundado por Art Blakey, baterista e bandleader que junto com Kenny Clarke e Max Roach, foi um dos inventores do moderno bebop, uma das correntes mais influentes do jazz que privilegia os pequenos conjuntos, como os trios, os quartetos e os solistas de grande virtuosismo. Art Blakey sempre deu apoio aos solistas, e mais tarde, como líder do ‘The Jazz Messengers’, incluiu muitos jovens músicos que se tornaram nomes de destaque no jazz. O legado da banda não é conhecido apenas pela sofisticada música que produziu, mas como um campo de provas para várias gerações de músicos de jazz. ‘The Jazz Messengers’ foi inicialmente liderado por Blakey e o pianista Horace Silver. Embora o nome não tivesse sido usado na primeira das suas gravações, Blakey e Silver gravaram juntos em várias ocasiões, mas o nome foi usado pela primeira vez em uma gravação de 1954, nominalmente liderada por Horace Silver, com Blakey na bateria, o saxofonista Hank Mobley, trompetista Kenny Dorham e o baixista Doug Watkins. O trompetista Donald Byrd substituiu Kenny Dorham, e o grupo gravou um álbum chamado simplesmente de ‘The Jazz Messengers’ em 1956. A banda ficou conhecida como ‘Art Blakey and the Jazz Messengers’ com Blakey assumindo o grupo como único líder quando Horace Silver com Mobley, Byrd e Watkins formaram um novo quinteto com uma variedade de bateristas. Durante um período que abrange mais de quarenta anos ‘Art Blakey and The Jazz Messengers’ produziu centenas de registros e prosperou em meio a inúmeras mudanças de formação, sempre recebendo os melhores músicos do jazz incluindo os trompetistas Lee Morgan, Freddie Hubbard e Wynton Marsalis, bem como o saxofonista Wayne Shorter e os pianistas Keith Jarrett e Joanne Brackeen.

Contrabaixo – Jymie Merritt

Bateria – Art Blakey

Piano – Bobby Timmons

Saxofone Tenor – Benny Golson

Trompete – Lee Morgan


Gravado em "L'Olympia", Paris, França, 22 de novembro de 1958 (Faixas 1, 2, 3)

Gravado em "L'Olympia", Paris, França, 17 de dezembro de 1958 (Faixas 4, 5, 6, 7)


Boa audição - Namastê