Famoso por seus solos de gaita e parcerias com grandes nomes da música mundial, como Elis Regina, Thielemans faleceu aos 94, em Bruxelas. Ao longo de seus 70 anos de carreira, Toots trabalhou com gigantes como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Stevie Wonder, Billy Joel, Quincy Jones, Bill Evans e Ray Charles. Também podemos ouvir o solo de gaita de Thielemans no tema de abertura do programa infantil Vila Sésamo, na famosa Everybody’s Talkin’, trilha sonora do filme Perdidos na Noite, ou na trilha de 'Bonequinha de Luxo' (1961), clássico com Audrey Hepburn. O músico ainda é conhecido como assoviador profissional.
terça-feira, 29 de março de 2022
# 017 - Toots Thielemans - Blues Pour Flirter (1961)
segunda-feira, 28 de março de 2022
Pure Jazz
domingo, 27 de março de 2022
Lady Day: 1954
# 016 - Rene Thomas - The Real Cat (1954-1956)
segunda-feira, 21 de março de 2022
# 015 - Elek Bacsik - Guitar Conceptions (1963)
Credits:
Double Bass – Guy Pedersen
Drums – Daniel Humair
Guitar – Elek Bacsik
Organ – Maurice Vander (faixas: 2, 6, 9)
Percussion – Pepito Riestria (faixas: 5)
Recorded in Paris - 1963
Remasterizado digitalmente em 24 bits,Son Studio, Paris
domingo, 20 de março de 2022
Night and Day: 1947
sábado, 19 de março de 2022
# 014 - Mary Lou Williams - I Made You Love Paris (1954)
Mary Lou Williams foi uma pianista de jazz, arranjadora e compositora americana. Ela escreveu centenas de composições e arranjos e gravou mais de cem discos. Williams escreveu e arranjou para Duke Ellington e Benny Goodman, e ela foi amiga, mentora e professora de Thelonious Monk, Charlie Parker, Miles Davis, Tadd Dameron, Bud Powell e Dizzy Gillespie. Os Pittsburghers carinhosamente a chamavam de 'a menina do piano de East Liberty'. Colaborou com Duke Ellington (Pianista), Art Blakey (Bateria) e Benny Goodman (Clarinista), apresentando-se com este último em seu concerto no Carnegie Hall de 40º aniversário de 1978.
Boa audição - Namastê
quinta-feira, 17 de março de 2022
# 013 - Django Reinhardt - Swing 39 (1939)
domingo, 13 de março de 2022
Ladies and Gentlemen: Billie Holiday
sábado, 12 de março de 2022
# 012 - Django Reinhardt - Swing From Paris (1935-1939)
Uma carta de 1946 cheia de sensibilidade, o famoso físico Albert Einstein revela sua paixão pelo jazz, pela música de Django Reinhardt… e o seu desejo de “trocar algumas notas” de jazz com o renomado músico.
"15 de setembro de 1946 - Caro Reinhardt, no último mês de julho, fui convidado a participar em Nova York de um colóquio sobre a paz mundial. À noite, com alguns amigos, fomos ao Café Society, no Greenwich Village, para assistirmos à apresentação de Duke Ellington, pois fomos informados de que você agora fazia parte da orquestra, e qual não foi nossa surpresa ao notarmos que estava ausente. Ao final da apresentação, fui parabenizar Ellington pela performance pianística e a grande qualidade de sua orquestra. Ele nos apresentou a muito calorosa Rosetta Tharpe, responsável pela primeira parte da noite. É uma mulher muito talentosa, possuidora de grandes qualidades morais, acompanhada de uma estranha guitarra em cujo centro se vê uma espécie de tampa de metal vibrante que gera um som cativante, correspondendo perfeitamente ao repertório de caráter bastante espiritual que executa. Pensando que estivesse de alguma forma sentindo-se mal, perguntei de você a Ellington, que ficou contrariado de não poder responder minha questão, pois não sabia onde você estava pessoalmente. Ele me tranquilizou quanto à sua saúde e me contou que na noite anterior você estava num “estado elétrico” (foi o termo que ele usou). A partir disso, deduzi que você estava bem, percebendo que Ellington tinha uma concepção bastante pessoal de eletricidade. Bem calmamente, ele teceu um elogio sobre você, exaltando suas qualidades expressivas fora do comum, deixando mesmo os próprios músicos da orquestra, dentre os quais o jovial Fred Guy, subjugados pela facilidade que você tem em mudar de tom na improvisação. Compreendi que seus hábitos eram pouco compatíveis com o rigor imposto pelas turnês americanas, e como eu te entendo: toda minha vida, eu lutei pela liberdade e continuo a lutar contra todos os obstáculos capazes de sufocar o espírito criativo, tão caro ao músico quanto ao cientista. Você e eu somos da família daqueles que não possuem raízes, somos incompreendidos e eu seria o mais feliz dos homens no dia em que te desse um aperto de mão. E nesse dia, se você não vê nisso uma ofensa, nós poderíamos trocar algumas notas, você e sua guitarra que muitos consideram excepcional, e eu com meu violino, um Aegidius Klotz de muito bom acabamento, que minha mãe exigiu que meu pai comprasse, para que eu seguisse carreira de violinista, pois esse era o desejo dela… Eu ainda toco um pouco às vezes, quando tenho a necessidade de sentir, e acho que você concorda comigo nesse assunto, a esfericidade do todo que é quase nada se comparada ao vazio criativo. Nós nos encontraremos um dia, tenho certeza disso, pois nada é definitivo.
Sinceramente seu, Albert Einstein.
quarta-feira, 9 de março de 2022
# 011 - Django Reinhardt - Django Et Compagnie (1935-1937)
Entre o mais antigo dos músicos de jazz, o guitarrista belga Jean Reinhardt, falecido em 16 de maio de 1953 e conhecido como Django Reinhardt, conseguia tocar a guitarra com muita velocidade e precisão usando somente dois dedos da mão esquerda. De família cigana, sofreu graves queimaduras em um incêndio no comboio em que dormia, quando tinha 18 anos. Sua mão esquerda ficou bastante machucada, deixando-o com algumas restrições nos movimentos. Para tocar a guitarra, utilizava apenas seus dedos: indicador e médio. Porém, quando se recuperou, conseguiu tocar melhor do que antes, o que surpreendeu a comunidade cigana. Com isso, nos anos 30, criou um estilo que hoje é conhecido como o Gypsy Jazz, uma espécie de ritmo cigano. Em 1934, Django fundou, na França, o Quintette du Hot Club com o violinista Stéphane Grappelli, conhecido atualmente como o avô dos violinistas de jazz. A banda conquistou o status de uma das mais originais do estilo musical. Aposentou-se em 1951 no mesmo país, no qual passou seus últimos dias pescando e pintando até falecer por causa de um AVC.
domingo, 6 de março de 2022
# 010 - Slide Hampton - Exodus (1962)
“Tocar um trombone faz com que você perceba que terá que depender de outras pessoas. Se você vai precisar de ajuda, não pode abusar de outras pessoas. É por isso que existe um verdadeiro senso de companheirismo entre os trombonistas ” - Hampton ao The New York Times em 1982 -
Gravado em 14 (3, 4, 6) e 18 (1, 2, 5, 7) de novembro de 1962 em Paris.
sexta-feira, 4 de março de 2022
# 009 - Dizzy Gillespie - The Giant (1973)
terça-feira, 1 de março de 2022
# 008 - Chet Baker - Broken Wing (1978)
Um dos últimos registros de Baker em vida, que foi lançado pouco depois de sua morte, o documentário é difícil de se ver, é devastador testemunhar o que a heroína fez. Nos últimos anos ele era apenas um rascunho do que foi. Seu rosto está cadavérico e ele sempre parece ter alguma dificuldade em permanecer acordado, e em alguns momentos parece que ele passeia por ‘Let’s Get Lost’ como um sonâmbulo. Para os críticos Chet morrera décadas antes daquele fatal mergulho da janela de seu quarto em Amsterdã. Até hoje ninguém sabe como ele morreu, se foi suicídio, assassinato ou delírios causados pela droga. Para os fãs, como eu, a voz e o trompete de Chet, mesmo decadente, sempre remeterão a um clima sofisticado e intimista. E eu teimo em querer guardar aquele Chet Baker no seu auge, como uma imagem estranhamente espectral, como alguém preso em um bloco de gelo.