terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Passa-se o Dia Nacional da Bossa Nova Porque Não é Feriado e Não Tem Descanso!

Comemora-se o dia nacional da Bossa Nova, movimentos culturais mais importantes da história do país, depois que o Congresso aprovou em março de 2009 o projeto, instituindo o Dia Nacional da Bossa Nova (lei 11.926, de 17 de abril de 2009) , a ser celebrado no dia 25 de Janeiro. A data coincide com o aniversário de nascimento do maestro Tom Jobim. A palavra 'bossa' vem do termo da gíria carioca que no fim dos anos cinqüenta significava 'jeito', 'maneira', 'modo'. Quando alguém fazia algo de modo diferente, original, de maneira fácil e simples, dizia-se que esse alguém tinha 'bossa'. Surgida nos bares e apartamentos de Copacabana, a Bossa Nova garantiu à música popular brasileira projeção internacional. Um de seus maiores clássicos - Garota de Ipanema de Tom e Vinicius é até hoje uma das canções mais executadas e regravadas em todo o mundo. Diferentes harmonias, poesias mais simples, novos ritmos - ritmo é batida, como do relógio do pulso, do coração e Bossa Nova é batida diferente do violão, poesia diferente das letras, cantores diferentes dos mestres. A Bossa Nova não seria melhor nem pior. Seria completamente diferente de tudo, mais intimista, mais refinada, mais alegre, otimista. Não começou especificamente num lugar, numa rua, num evento, num Festival. A rigor ela não é nem um gênero musical. É o tratamento que se dá a uma música, em termos de 'batida' e de ritmo. O primeiro grande marco inicial da Bossa Nova aconteceu em primeiro de março de 1958 quando João Gilberto cantou com a batida de violão diferente, 'Chega de Saudade', posteriormente gravada por Eliseth Cardoso no disco 'Canção do amor demais'. Em 1956 ninguém falava em Bossa Nova mas o apartamento onde morava Nara Leão no Edifício Palácio Champs Elysée em frente ao Posto 4 já era ponto de reunião dos rapazes bronzeados de Copacabana. Não se compunham músicas ali. Ouviam-se e trocavam idéias. Só no ano seguinte em 1957 que João Gilberto chegou ao Rio e certa noite foi à casa de Roberto Menescal na Galeria do mesmo nome em Copacabana. E aconteceu o grande encontro: O ritmo encontrou a música e a poesia. Numa visão globolizada a Bossa Nova brasileira esta órfã de sua pátria natal. Assim como aconteceu com a jovem guarda que deteriorou até acabar junto com seus filões criadores a majestosa Bossa Nova perdeu a batida tupiniquins de músicos brasileiro como o maestro Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim - vulgo Tom Jobim e outros músicos ainda em "vita" que beira mais o saudosismo do que a musica em si para gringos encorpora-la ao jazz made american e florear mundo a fora a maneira brasileira de cantar uma das criações que muito deu prazer a uma musica verdadeiramente brasileira. Desculpe o alento mais fica aqui um desabafo do que realmente uma comemoração depois de olhar para o cenário musical da Bossa Nova e ver países como o Japão que além de grande consumidor, investe pesado em músicos para aprenderem Bossa Nova com direito a temporada em solo Brasileiro. "Todas as vezes que Tom abriu o piano, o mundo melhorou. Mesmo que por poucos minutos, tornou-se um mundo mais harmônico, melódico e poético. Todas as desgraças individuais ou coletivas pareciam menores porque, naquele momento, havia um homem dedicando-se a produzir beleza. O que resultasse de seu gesto de abrir o piano - uma nota, um acorde, uma canção - vinha tão carregado de excelência, sensibilidade e sabedoria que, expostos à sua criação, todos nós, seus ouvintes, também melhorávamos como seres humanos." Trecho do livro "A Onda que se Ergueu no Mar" do jornalista e crítico musical Ruy Castro sobre a história da Bossa Nova.

João Gilberto - Chega de Saudade

Um comentário:

odeon14360 disse...

Muito bem informado, documentado e realista o seu post sobre o día da Bossa Nova / Fantástico...!
Abraços.
odeon14360 / Bossa Nova Clube
http://www.bossanovaclube.blogspot.com