quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lady Day- The Complete Billie Holiday on Columbia (1933-1944)Vol 06

Lady Day - Fragmentos as Portas do Inferno

No auge da fama em 1941, Billie casou-se com Jimmy Monroe. Foram os constantes casos de Monroe com outras mulheres que fizeram com que Billie compusesse uma de suas mais belas canções, Don’t Explain, escrita depois de ver o marido chegar em casa com a roupa manchada de batom. Billie diz que este casamento desastrosos foi um dos motivos pelo qual começou a fazer uso de heroína. Já era alcoolatra, fumante de nicotina e maconha e uso das drogas pesadas com ópio, heroína e das outras que se tornaram populares nos anos 40. “Quando eu estava muito louca, estava muito louca e ninguém me causava problemas. Nem os tiras, nem o imposto de renda, ninguém. Os problemas surgiram quando tentei largar.” Billie pediu ajuda para Joe Glaser e Tony Golucci (seu patrão no Famous Door). Eles lhe emprestaram um dinheiro e Billie internou-se por semanas em uma clínica de reabilitação, havia pedido sigilo absoluto e tudo parecia dar certo mas a informação vazou. Em 31946 contracenou ao lado de Louis Armstrong em um filme chamado New Orleans onde interpreta uma criada. Não foi fácil para a famosa e bem sucedida Lady Day aceitar esse papel, afinal ela já havia mesmo trabalhado como criada e havia lutado a vida toda para nunca mais ser criada de ninguém. “Depois de ter ganho mais de um milhão de dólares, me estabelecido como uma cantora de bom gosto e dignidade, era realmente uma merda ter que ir para Hollywood para acabar fazendo uma empregadinha de faz-de-conta” disse. Quando finalmente foi assistir o filme, aí sim ficou decepcionada. Havia tantos cortes com ela mal aparecia! Nunca mais fez outro filme. Depois da decepção com o filme, a recente morte da mãe e dependência das drogas o que mais falta?. Lady estava sendo perseguida pela polícia desde que havia deixado a clínica, já fazia um ano. Quando terminou a ultima apresentação da temporada no Clube Onyx, na filadélfia em maio de 1947, pegou um táxi e dirigiu-se ao Grapion Hotel, onde dois agentes já a aguardavam no sagão com um mandato de prisão. Dessa vez ficou presa por cerca de 1 ano no Reformatório Federal Feminino de Alderson, West Virginia, onde sofreu crises terríveis de abstinência e chegou até a fabricar, escondido, uísque com cascas de batata fermentadas, mas era tão fedido que Billie foi obrigada a abandonar a prática para que não fosse descoberta. Quando finalmente deixou a prisão, Lady não parou de ser perseguida. Teve que amargar até o fim de sua vida a total proibição por parte da polícia de se apresentar em qualquer clube de Nova York, o que em muito prejudicou sua carreira. Os anos 50 foram de prisões regulares, perda da carteira de motorista, perda de registro profissional. Não podia mais cantar em locais onde havia venda de álcool, ou seja, fecharam-se as portas da carreira ao vivo, mas a venda dos discos garantia uma boa qualidade de vida no plano material. A partir de 1957 as drogas e o álcool detonaram a matriz vocal que se tornou mais e mais rouca e arrastada. De fevereiro de 1958 a maio de 1959, em Londres, ainda participou do Chelsea At Nine Show. De volta aos Estados Unidos, com graves problemas cardíacos e hepáticos, ficou em prisão domiciliar por porte de drogas, outra vez. O desfecho não poderia ser outro. Com o fígado e o coração em frangalhos, Billie morreu na manhã de 17 de julho de 1959. Os capítulos finais de sua vida foram lamentavelmente dignos de uma trajetória marcada pela pobreza, pela perseguição policial e pela tragédia: Billie não viveu o suficiente para apreciar a avalanche de livros, biografias, ensaios, teses de mestrado, textos explicativos em CDs, críticas, discografias, filmes (como o de 1972, estrelado por Diana Ross), referências em obras sobre jazz e documentários de tv. Dicção perfeita, mesmo nos tempos finais quando precisava ser amparada para cantar, o estilo inconfundível, a criatividade na improvisação compensavam a gama vocal limitada. A persona non grata” tornou-se uma deusa, um mito, a melhor vocalista do século XX.

Georgia on My Mind

Body and Soul



Sidemen:
Lester Young - Sax Tenor
Ben Webster - Sax Tenor
Johnny Hodges - Sax Alto
Artie Shaw - Clarinete
Benny Goodman - Clarinete
Roy Eldridge - Trompete
Teddy Wilson - Piano & outros....

Faixas

01. Some Other Spring
02. Our Love Is Different
03. Them There Eyes
04. Swing, Brother, Swing
05. Night And Day
06. The Man I Love
07. You're Just A No Account
08. You're A Lucky Guy
09. Ghost Of Yesterday
10. Body And Soul
11. What Is This Going To Get Us?
12. Falling In Love Again
13. I'm Pulling Through
14. Tell Me More-More Then Some
15. Laughing All My Life
16. Time On My Hands (You In My Arms)
17. I'll All For You
18. I Hear Music
19. The Same Old Story
20. Practice Makes Perfect
21. St. Louis Blues
22. Loveless Love
23. Let's Do It Again
24. Georgia On My Mind

Download - Here

Boa audição - Namastê.





Nenhum comentário: