Lady Day- The Complete Billie Holiday on Columbia (1933-1944)Vol 06
Lady Day - Fragmentos as Portas do Inferno
No auge da fama em 1941, Billie casou-se com JimmyMonroe. Foram os constantes casos de Monroe com outras mulheres que fizeram com que Billie compusesse uma de suas mais belas canções, Don’t Explain, escrita depois de ver o marido chegar em casa com a roupa manchada de batom. Billie diz que este casamento desastrosos foi um dos motivos pelo qual começou a fazer uso de heroína. Já era alcoolatra, fumante de nicotina e maconha e uso das drogas pesadas com ópio, heroína e das outras que se tornaram populares nos anos 40. “Quando eu estava muito louca, estava muito louca e ninguém me causava problemas. Nem os tiras, nem o imposto de renda, ninguém. Os problemas surgiram quando tentei largar.” Billie pediu ajuda para Joe Glaser e Tony Golucci (seu patrão no Famous Door). Eles lhe emprestaram um dinheiro e Billie internou-se por semanas em uma clínica de reabilitação, havia pedido sigilo absoluto e tudo parecia dar certo mas a informação vazou. Em 31946 contracenou ao lado de Louis Armstrong em um filme chamado New Orleans onde interpreta uma criada. Não foi fácil para a famosa e bem sucedida Lady Day aceitar esse papel, afinal ela já havia mesmo trabalhado como criada e havia lutado a vida toda para nunca mais ser criada de ninguém. “Depois de ter ganho mais de um milhão de dólares, me estabelecido como uma cantora de bom gosto e dignidade, era realmente uma merda ter que ir para Hollywood para acabar fazendo uma empregadinha de faz-de-conta” disse. Quando finalmente foi assistir o filme, aí sim ficou decepcionada. Havia tantos cortes com ela mal aparecia! Nunca mais fez outro filme. Depois da decepção com o filme, a recente morte da mãe e dependência das drogas o que mais falta?. Lady estava sendo perseguida pela polícia desde que havia deixado a clínica, já fazia um ano. Quando terminou a ultima apresentação da temporada no Clube Onyx, na filadélfia em maio de 1947, pegou um táxi e dirigiu-se ao Grapion Hotel, onde dois agentes já a aguardavam no sagão com um mandato de prisão. Dessa vez ficou presa por cerca de 1 ano no Reformatório Federal Feminino de Alderson, West Virginia, onde sofreu crises terríveis de abstinência e chegou até a fabricar, escondido, uísque com cascas de batata fermentadas, mas era tão fedido que Billie foi obrigada a abandonar a prática para que não fosse descoberta. Quando finalmente deixou a prisão, Lady não parou de ser perseguida. Teve que amargar até o fim de sua vida a total proibição por parte da polícia de se apresentar em qualquer clube de Nova York, o que em muito prejudicou sua carreira. Os anos 50 foram de prisões regulares, perda da carteira de motorista, perda de registro profissional. Não podia mais cantar em locais onde havia venda de álcool, ou seja, fecharam-se as portas da carreira ao vivo, mas a venda dos discos garantia uma boa qualidade de vida no plano material. A partir de 1957 as drogas e o álcool detonaram a matriz vocal que se tornou mais e mais rouca e arrastada. De fevereiro de 1958 a maio de 1959, em Londres, ainda participou do Chelsea At Nine Show. De volta aos Estados Unidos, com graves problemas cardíacos e hepáticos, ficou em prisão domiciliar por porte de drogas, outra vez. O desfecho não poderia ser outro. Com o fígado e o coração em frangalhos, Billie morreu na manhã de 17 de julho de 1959. Os capítulos finais de sua vida foram lamentavelmente dignos de uma trajetória marcada pela pobreza, pela perseguição policial e pela tragédia: Billie não viveu o suficiente para apreciar a avalanche de livros, biografias, ensaios, teses de mestrado, textos explicativos em CDs, críticas, discografias, filmes (como o de 1972, estrelado por Diana Ross), referências em obras sobre jazz e documentários de tv. Dicção perfeita, mesmo nos tempos finais quando precisava ser amparada para cantar, o estilo inconfundível, a criatividade na improvisação compensavam a gama vocal limitada. A persona non grata” tornou-se uma deusa, um mito, a melhor vocalista do século XX.
Georgia on My Mind
Body and Soul
Sidemen: Lester Young - Sax Tenor Ben Webster - Sax Tenor Johnny Hodges - Sax Alto Artie Shaw - Clarinete Benny Goodman - Clarinete Roy Eldridge - Trompete Teddy Wilson - Piano & outros....
Faixas
01. Some Other Spring 02. Our Love Is Different 03. Them There Eyes 04. Swing, Brother, Swing 05. Night And Day 06. The Man I Love 07. You're Just A No Account 08. You're A Lucky Guy 09. Ghost Of Yesterday 10. Body And Soul 11. What Is This Going To Get Us? 12. Falling In Love Again 13. I'm Pulling Through 14. Tell Me More-More Then Some 15. Laughing All My Life 16. Time On My Hands (You In My Arms) 17. I'll All For You 18. I Hear Music 19. The Same Old Story 20. Practice Makes Perfect 21. St. Louis Blues 22. Loveless Love 23. Let's Do It Again 24. Georgia On My Mind
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