Vinte anos depois de sua morte, Chet Baker continua um mistério intangível aos olhos dos fás. Enigma musical, Sua obra é venerada nos quatros cantos do planeta, com exceção de sua terra natal, os EUA que não o aprecia muito bem. À sombra de seu herói Miles Davis – Chet nunca foi reconhecido como um dos grandes nomes da música americana, e não raro seu nome está ausente das listas e compilações dos melhores do jazz e trompetistas. Um terrível equívoco que aos poucos parece estar sendo notado, com os recentes lançamentos literários e musicais sobre a obra deste magnífico artista. Após uma infância conturbada, aos onze anos, estimulado pela mãe, começa a ter aulas de música e ganha seu primeiro trompete. Após alistar-se no exército e passar um tempo em Berlim com a banda militar, Chet retorna ao EUA em 1948 e começa a tocar nos clubes de Los Angeles, sozinho ou em jam sessions. Ainda sem perspectivas profissionais, Chet vai estabelecendo seu estilo e começa também a desenvolver uma maior sensibilidade musical, a despeito de seu público, como se vê em suas anotações à época:
"Parece-me que a maioria das pessoas só se impressiona com três coisas: a rapidez com que se pode tocar, a altura que se pode atingir e o volume do som produzido. Acho isto um tanto exasperante, mas agora, mais experiente, vejo que provavelmente menos de dois por cento do público sabe realmente ouvir". A grande chance de Chet veio quando foi escolhido para fazer uma turnê com Charlie Parker em 1952,(coincidência ou não, Miles também passou na mão de Parker). Apesar de ter sido um trabalho curto, foi o suficiente para que ele fosse reconhecido no mundo do jazz da Costa Leste dos EUA, ou "a parte branca do jazz". Depois, juntou-se ao quarteto do grande saxofonista Gerry Mulligan, alcançando grande sucesso, para finalmente então formar seu próprio quarteto em 1955, quando viaja com seu conjunto pela Europa. Começa então a grande viagem - não só no sentido literal - de Chet Baker. O uso continuado de drogas e suas sucessivas prisões fizeram dele uma figura única no showbizz, com seu tipo galã de Hollywood (ele era sósia de James Dean) em eterno duelo com o establishment. Nas palavras de Carol Baker, sua terceira e última esposa, Chet era o "caos permanente misturado com puro gênio". A figura do músico, contudo, ficou mais associada à do trompetista e intérprete romântico, um dos precursores do "cool jazz", cuja voz límpida e aveludada foi fonte de inspiração assumida da bossa nova de Tom Jobim e João Gilberto que surgiria anos depois. A obra de Chet, um reflexo de sua vida atribulada, é extremamente irregular e diversificada, desde as famosas baladas já citadas até experimentalismos "groovies" na década de 70, quando gravou com diversos músicos e - sempre de mãos dadas com as drogas - passou por momentos embaraçosos em sua carreira, como apresentar-se com trajes típicos mexicanos, entre outras doideiras. O espancamento de que foi vítima em 1968 - e que o fez perder a maioria dos dentes - foi o golpe de misericórdia para que seu rosto nunca mais fosse o mesmo. Aos quarenta anos, Chet parecia ter cem. Ainda hoje, seu trabalho desperta interesse, e não é difícil encontrar solos de Chet permeando os atuais "chill outs" e "lounges" da vida, confirmando a perenidade de seu talento, mesmo tanto tempo depois da fatídica noite de 13 de maio de 1988, quando despencou - ou se jogou?... - da janela de um hotel em Amsterdam, encontrando finalmente a paz. Chet foi enterrado no "Inglewood Park Cemetery", em Los Angeles. Em 04 de outubro de 1979 Chet Baker desempenhou uma excelente performasse num show, em Copenhaga, onde foram registrado o3 albuns de excelente safra depois da obscuridade com duas horas e meia de música, traduzidas em uma aveluda cantinela, pelo selo Touch of Your Lips, deixou gravado pelo mesmo grupo meses antes.
"Parece-me que a maioria das pessoas só se impressiona com três coisas: a rapidez com que se pode tocar, a altura que se pode atingir e o volume do som produzido. Acho isto um tanto exasperante, mas agora, mais experiente, vejo que provavelmente menos de dois por cento do público sabe realmente ouvir". A grande chance de Chet veio quando foi escolhido para fazer uma turnê com Charlie Parker em 1952,(coincidência ou não, Miles também passou na mão de Parker). Apesar de ter sido um trabalho curto, foi o suficiente para que ele fosse reconhecido no mundo do jazz da Costa Leste dos EUA, ou "a parte branca do jazz". Depois, juntou-se ao quarteto do grande saxofonista Gerry Mulligan, alcançando grande sucesso, para finalmente então formar seu próprio quarteto em 1955, quando viaja com seu conjunto pela Europa. Começa então a grande viagem - não só no sentido literal - de Chet Baker. O uso continuado de drogas e suas sucessivas prisões fizeram dele uma figura única no showbizz, com seu tipo galã de Hollywood (ele era sósia de James Dean) em eterno duelo com o establishment. Nas palavras de Carol Baker, sua terceira e última esposa, Chet era o "caos permanente misturado com puro gênio". A figura do músico, contudo, ficou mais associada à do trompetista e intérprete romântico, um dos precursores do "cool jazz", cuja voz límpida e aveludada foi fonte de inspiração assumida da bossa nova de Tom Jobim e João Gilberto que surgiria anos depois. A obra de Chet, um reflexo de sua vida atribulada, é extremamente irregular e diversificada, desde as famosas baladas já citadas até experimentalismos "groovies" na década de 70, quando gravou com diversos músicos e - sempre de mãos dadas com as drogas - passou por momentos embaraçosos em sua carreira, como apresentar-se com trajes típicos mexicanos, entre outras doideiras. O espancamento de que foi vítima em 1968 - e que o fez perder a maioria dos dentes - foi o golpe de misericórdia para que seu rosto nunca mais fosse o mesmo. Aos quarenta anos, Chet parecia ter cem. Ainda hoje, seu trabalho desperta interesse, e não é difícil encontrar solos de Chet permeando os atuais "chill outs" e "lounges" da vida, confirmando a perenidade de seu talento, mesmo tanto tempo depois da fatídica noite de 13 de maio de 1988, quando despencou - ou se jogou?... - da janela de um hotel em Amsterdam, encontrando finalmente a paz. Chet foi enterrado no "Inglewood Park Cemetery", em Los Angeles. Em 04 de outubro de 1979 Chet Baker desempenhou uma excelente performasse num show, em Copenhaga, onde foram registrado o3 albuns de excelente safra depois da obscuridade com duas horas e meia de música, traduzidas em uma aveluda cantinela, pelo selo Touch of Your Lips, deixou gravado pelo mesmo grupo meses antes.
Musicos:
Chet Baker - Trompete & Vocais
Doug Raney - Guitarra
Niels & Henning Orsted Pedersen - Baixo Eletrico
Live In Montmartre - Day Break Live - Vol. I:
01 - For Minors Only
02 - Daybreak
03 - You Can’t Go Home
04 - Broken Wing
05 - Down
Vol. I
Live In Montmartre - This Is Always - Vol. II:
01 - How Deep Is the Ocean
02- House of Jade
03 - Love for Sale
04 - This Is Always
05 - Way To Go Out
Vol. II
Live In Montmartre - Someday My Prince Will Com - Vol. III:
01 - Gnid
02 - Love Vibrations
03 - Sad Walk
04 - Someday My Prince Will Come
05 - I'm Old Fashioned
06 - Chet Baker - In Your Own Sweet Way
Vol. III
Boa audição - Namastê
3 comentários:
thank you - steve.
Bom dia. Os links destes discos estão inativados. Por gentileza, você poderia postar estes discos novamente?
Abrç.
Zezo Maltez
zezomaltez@yahoo.com.br
Rapidshare!!! ISSOU :)
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