Pense em sua relação com a música. Se não concordar que a melhor música é aquela capaz que induzir aos melhores pensamentos ou pela ausência dos mesmos, o estado meditativo, então desista agora mesmo desta leitura. Aos que prosseguem, deixo claro desde já que este e qualquer texto introdutorio aqui publicado se tratam de escritos inacabados, em constante desenvolvimento, os quais agrada-me designar por works in progress. "Viva o fim do imprimatur". O que distingue a breve e intensa colaboração entre Evans e o contrabaixista Scott LaFaro (1936-1961) é a idéia, já à época reconhecida como inovadora (coisa rara), de improvisação coletiva na qual o contrabaixo, emancipado de sua função no jazz até então meramente harmônica e rítmica, assume papel proeminentemente temático em continua interação com o piano. Dentre as gravações do Bill Evans Trio com LaFaro, destacam-se o álbum gravado em estúdio Portrait in Jazz (1959) e as resultantes de duas sessões ao vivo em domingos consecutivos no Village Vanguard (1961) dias poucos antes da morte do lendário baixista em um acidente automobilístico. Tais registros emanam um frescor inaudito, neles presenciando-se, também, a invenção de um modo de improvisar com acordes que vem a se constituir num dos mais reconhecíveis pilares da execução única de Evans. Improvisadores de jazz, ao contrário de músicos clássicos que, em situações ideais, ainda que raras, repetem pouco um repertório vastíssimo, improvisam recorrentemente, não raro por uma vida inteira, sobre um número reduzido de obras nas quais se “especializam”. Scott laFaro mudou o mundo dos sons graves, embora com muito pouco tempo para fazê-lo desde que ele morreu em 1961, quando fui a um ensaio com o trio após acompanham Stan Getz em um concerto no Newport Jazz Festival. No entanto, a criatividade de Scott deu para muito mais e apesar de ser lembrado sobretudo pela sua associação com Bill Evans e sua morte prematura, ele colaborou com muitas jazz greats. Como prova, os seus registros com Chet Baker (The Genius 2 Trompete do Fifties), Stan Getz (Stan o homem), Tony Scott (Dedications, Sung Heroes), Ornette Coleman (Free jazz, Ornette!), Miles Davis (Tune Up!), Hampton Hawes (For Real!, O Maior Blues). No final do anos 50, Scott trabalhou ao lado do guitarrista Barney Kessel, no Farol, em Hermosa Beach, até que em 1959 veio para a rua ao lado de Benny Goodman. Depois foi estrableció em Nova York onde ele formou seu próprio trio e trabalhou com gente como Stan Getz até que ele conheceu Bill Evans. Foi durante os anos na Califórnia quando ele gravado este registro que, embora isso possa parecer um concerto de ambos os músicos, este é um recompilatorio ambos com 2 grupos diferentes, com gravações no mesmo The Lighthouse, Hermosa Beach, California, um recompilatorio de cada sidemam, justificando as suas emissão tardias. Joe Gordon, um excelente trompetista que morreram prematuramente com a idade 35, faz se acompanhar no album com sultileza e maestria de um "In Loco"nos sopros de seu trompete. Para os verdadeiros amantes do jazz que irão representar um complemento indispensável às suas coleções.
Estudio: Fresh Sound
Faixas:
01 - Our Delight
02 - Shelly Manne Introduces Joe Gordon / Summertime
03 - Poinciana
04 - It Could Happen to You
05 - Commentary By Richie Kamuca / Bass Blues
Musicos:
Joe Gordon - Trompete
Scott LaFaro - Baixo Acustico
Richie Kamuca - Sax. Tenor
Russ Freeman - Piano
Monty Budwig - Baixo
Shelly Manne & Stan Levey - Bateria
Download Here - Click Aqui
Boa audição - Namastê.
Estudio: Fresh Sound
Faixas:
01 - Our Delight
02 - Shelly Manne Introduces Joe Gordon / Summertime
03 - Poinciana
04 - It Could Happen to You
05 - Commentary By Richie Kamuca / Bass Blues
Musicos:
Joe Gordon - Trompete
Scott LaFaro - Baixo Acustico
Richie Kamuca - Sax. Tenor
Russ Freeman - Piano
Monty Budwig - Baixo
Shelly Manne & Stan Levey - Bateria
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Boa audição - Namastê.
Um comentário:
Grande post!
Apenas uma curiosidade: apesar da capa deste álbum grafar La Faro, na grande maioria dos álbuns grabados com este excepcional músico, os créditos grafam Le Faro.
De qq forma, ele tinha FARO para a música.
Abs.,
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