O Podcast JazzMan! nº 09 traz a obra de Max de Castro, um dos maiores artistas da sua geração.
A música brasileira é conhecida no mundo inteiro por sua diversidade e capacidade hábil de se fundir aos mais diversos gêneros musicais. Muitos deles como o jazz, hip-hop, rock, soul e funk não são genuinamente brasileiros, mas gradativamente foram se fundindo à nossa cultura, tornando-se parte da nossa linguagem musical. Um artista que representa muito bem esse processo é o cantor e multi-instrumentista Max de Castro.
Max não tem um estilo musical e uma maneira de tocar pré-definidos. Seu trabalho é uma constante busca por diferentes sonoridades e texturas, resultando num som "novo" e peculiar. Seu ouvido produtivo e seu senso de oportunidade fazem de Max de Castro um dos artistas mais criativos da sua geração.
Seu trabalho transita numa linha que vai das raízes até o que há de mais moderno na música contemporânea. Samba, Baião, Jazz, Soul, Funk e muito outros gêneros se misturam a batidas eletrônicas, efeitos e distorções, que fazem da sua música algo atraente e imprevisível.
A criatividade de Max de Castro também é perceptível em suas letras. Com temas que reverenciam a cultura brasileira e seus protagonistas, como Cartola e Pixinguinha, além de outras que focam questões políticas, sociais e cotidianas, Max se destaca como um compositor que funde vida e arte numa coisa só. Letras como Silêncio No Brooklyn e Mancha Roxa são retratos fiéis da sociedade atual e demonstram uma visão progressista do compositor para os nossos problemas.
A música de Max de Castro ainda não é muito difundida pelo país, sendo restrita a um pequeno grupo de admiradores árduos por sua obra desafiadora, que requer sensibilidade e atenção do ouvinte para uma discografia em constante progresso. De fato, sua música não é radiofônica, o que - curiosamente - é um ponto positivo nos dias de hoje. Não que ela não mereça ser executada no rádio, mas sua arte está totalmente descomprometida com esse padrão radiofônico atual, cheio de clichês e vazio no ponto de vista estético. Mas Max não se preocupa muito com isso, mostrando que está no caminho certo ao arquitetar projetos originais e fora dos padrões. Se no Brasil não é muito conhecido, sua originalidade vem abrindo os olhos de adeptos espalhados pelo mundo. Em 2001, Max estampou a capa de uma edição especial sobre música da revista americana Time, que o listou entre grandes nomes da música mundial. “Max é o talento musical mais original surgido no Brasil nas últimas três décadas”, ratificou a revista.
Ouça o podcast JazzMan! nº 9 e viaje com a música de Max de Castro.
Programa:
01-O Futuro Pertence À Jovem Vanguarda [Instrumental]
02-A História da Morena Nua Que Abalou as
Estruturas do Esplendor do Carnaval
03-Samba Raro
04-Afrosamba
05-Balanço das Horas
06-Silêncio No Brooklyn
07-lá vem o homem que matou o homem
(Lanny Gordin & Max de Castro)
08-Candura
09-Pra Você Lembrar
10-Stereo
11-O Nego Do Cabelo Bom
12-não identificado (Lanny Gordin & Max de Castro)
13-Iluminismo
14-Mancha Roxa (Marcha Rancho)
15-Onda Diferente
16-Programa
17-Pixinguinha Superstar
18-Acapulco, Daqui a Pouco [Instrumental]
19-10-Assim é...se lhe parece
Ouça:
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Last Fm Max de Castro
Time Magazine em referência a Max
Um comentário:
Mr.Butterfly,
Aqui estou. Obrigado pelo esclarecimento sobre a obra de John Williams. Caso possa me indicar alguma coletânea das obras dele, ficaria muito grato.
Victor Heuer
(Acho que meu e-mail deve ficar evidente, já que minha conta Google também contém vinculada uma conta Blogger.)
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