Artista: Lester Young
O estilo exuberante de Prez incluía a maneira de tocar o saxofone em ângulos um tanto estranho com o seu saxofone para cima em um ângulo de 45 graus, fazia a presença de Young no palco era impressionante. Suas frases, tanto em palavras quanto na música, tornaram-se lendárias entre outros músicos. Lester e seu contemporâneo Coleman Hawkins são frequentemente listados como as torres gêmeas do saxofone do jazz moderno. Um dos gigantes do jazz, Lester ao invés de adotar a abordagem então dominante de Coleman Hawkins veio com uma concepção completamente diferente. Um não-conformista que foi importante para o desenvolvimento progressivo do cool jazz, que surgiu no final de 1940. Particularmente conhecido por seu trabalho com a banda de Count Basie nos anos 30 e 40 e nas gravações com a vocalista Billie Holiday a quem apelidou de ‘Lady Day’ e esta, por sua vez, o apelidou de ‘presidente’, mais tarde encurtado para ‘pres’ ou ‘prez’. Certa vez, Young observou que seu estilo era muito parecido com o cantar de Billie Holiday. Na autobiografia de Billie, ‘Lady Sings the Blues’, Lester é citado como tendo dito que ao ouvir os discos de Billie em duetos com ele teve a impressão de que o saxofone e a voz de Billie soavam como uma única voz e se prestasse mais atenção era como se fossem uma só pessoa. A verdade é que ele amava Billie Holiday. Se o quente do jazz foi definido por Louis Armstrong em 1920, o lado lírico do jazz encontrou seus expoentes perfeitos em Billie Holiday e Lester Young durante os anos 30 e 40. Suas colaborações revelaram um lado diferente na arte do jazz. A emoção, a simplicidade e a força de expressão que somente são conseguidos através da sensibilidade. Como se para esta música sensível de Billie e Lester fosse necessário algum tipo de magnetismo, atração mútua para tornar isso possível. Ou simplesmente um romance musical. ‘All of Me’, a minha predileta, revela tudo isso. Young liderou uma série de pequenos grupos que variavam de trios, quintetos para sextetos. E a formação dos grupos poderia ser simplesmente casual e incluíam fiéis da era swing ou boppers dedicados. Parece que isso pouco importava para Lester Young. Seu som era uma das maravilhas do jazz, e não apenas por sua transparência, mas por sua suavidade. O trio de 1942 tinha Nat ‘King’ Cole no piano e Red Callendar no baixo. O solo de Young em ‘Indiana’ é uma das maravilhas do swing. Tornou o favorito de uma nova geração de músicos de jazz, entre eles John Coltrane, Sonny Rollins e Stan Getz. E foi o destaque no filme ‘Jammin’ the Blues’, um curta de 1944 com vários proeminentes músicos de jazz reunidos em uma raríssima de ‘jam session’.
Barclay Studios, 02 de março, 1959 - Paris
Sax. Tenor - Lester Young
Piano - René Urtregger
Guitarra - Jimmy Gourley
Baixo - Jamil Nasser
Bateria - Kenny Clarke
Boa audição - Namastê
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