sábado, 12 de novembro de 2022

# 099 - Jazz In Paris - Harlem Piano In Montmartre (1932-1941)


Artista: J&C - Vol. 4
Lançamento: 2002
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: OST, Cha-Cha, Easy Listening



Jakie Rabinowitz, um jovem cantor, tenta a sorte em bares musicais para desgosto de seu pai, um cantor litúrgico que deposita em seu filho único a preservação da tradição judaica, destinando a ele a missão de prestar seu talento na sinagoga da comunidade. O descompasso entre a herança familiar e a busca pelo estrelato na Broadway é a tônica para “O cantor de jazz”, produção cinematográfica norte-americana lançada em 1927. O enredo de percalços, conciliação e superação vividos pelo mocinho ou mocinha da vez se tornariam a marca das produções hollywoodianas e com “O cantor de jazz” não poderia ser diferente. O roteiro é temperado por um misto de conflitos entre o desejo de autor realização do cantor e o sentimento de resiliência frente ao pai autoritário, melodrama perfeito para o desfecho redentor. Interpretado pelo celebrado Al Jolson, a película reúne ingredientes suficientes para manter “O cantor de jazz” na lista dos filmes mais citados da história do cinema. Primeiro por se tratar de um filme “talkie”, uma novidade para a indústria cinematográfica ao sincronizar som e imagem gerados na própria fita e, por lançar o gênero musical como grande aposta do cinema americano. Em 1998, o American Film Institute classificou como um dos melhores filmes norte-americanos de todos os tempos. Mas, não é só de glórias que vive a obra dirigida por Alan Crosland para o estúdio da Warner Bros. O filme também é marcado por polêmicas, feridas abertas, que vez ou outra são reeditadas pelos meios de comunicação. A sinopse que mistura dados biográficos da trajetória de Al Jolson, lança mão de um recurso no mínimo controverso. O uso de maquiagem de cortiça queimada, popularmente conhecida por “black face” daria ao esperançoso “Jackie” a habilidade artística necessária para dar vazão a sua persona jazzística. Curiosamente, de acordo com o historiador e crítico de jazz Ted Gioia, o próprio Jolson teria apelado a maquiagem após muito lutar para ter sucesso em espetáculos vaudeville. A caracterização imprimiria força e ousadia para sua performance.


Clarinete – Danny Polo (faixas: 17, 18)
Contrabaixo – Emmanuel Soudieux (faixas: 19 a 22)
Bateria – Jerry Mengo (faixas: 17 a 22)
Piano – Charlie Lewis (faixas: 19 a 22), Garland Wilson (faixas: 1 a 6, 17, 18), 
Herman Chittison (faixas: 7 a 16)
Vocais – Nina Mae McKinney (faixas: 05, 06) 
Vocais – Arita Day (faixas: 11, 12)

Todas as faixas gravadas em Paris
01, 02, 05 e 06 gravadas em novembro de 1932
03 e 04 gravadas em dezembro de 1933
07 a 16 gravadas em maio, junho e julho de 1934
17 e 18 gravadas em 30 de janeiro de 1939
19 a 22 gravadas em 21 de abril de 1941


 Boa audição - Namastê

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