Chet participou de varias gravações tendo o ritmo brasileiro como tema variável de seu álbuns. Em 1966 participa do antológico "Brasil! Brasil! Brasil!" de Bud Skank com João Donato e Laurindo Almeida representado a terra verde amarelo no ginga da bossa nova. Em 1977, gravou com Astrud Weinert (Astrud Gilberto), uma baiana, de Salvador, filha de pai alemão e mãe brasileira, o album “The Girl From Ipanema” (Tom/Vinícius) que além de contar com o clássico do título, traz uma boa seleção de bossa nova com a participação especial de Chet Baker, nos vocais e trompete na faixa "Far Away". Diga de passagem que no medley com a marchinha “Mamãe Eu Quero” e “Chica Chica Boom Chica”, Chet até tentou cantar em português mas passando a bola para Astrud Gilberto, numa versão em ingles de arrasar. Na decada de 80 o gingado trouxe Baker aos ritmos brasileiros novamente no álbum "Chet Baker & The Boto Brazilian Quartet" e "Rique Pantoja & Chet Baker", mais conhecido como Cinema 1 (título da primeira faixa) tendo o primeiro uma pegada mais forte, com um trompete mais agressivo e atingindo notas mais altas que de costume. Chat não tocava muito rápido, nem notas muito altas por conta de um dente perdido, impossibilitando uma embocadura perfeita "Tento extrair do instrumento algo que tenha qualidade e que seja único. Parece que as pessoas só ficam impressionadas por três coisas: se você toca rápido, se toca agudo ou pelo próprio som do instrumento, não pelas notas que você toca." Dizia ele. Em 1985, Chet fez duas apresentações na primeira edição do Free Jazz Festival. A banda era formada pelo pianista brasileiro Rique Pantoja Leite(com quem Chet já havia gravado Chet Baker & The Boto Brasilian Quartet), o baixista Sizão Machado, o batarista americano Bob Wyatt e pelo flautista Nicola Stilo. A primeira apresentação, no Hotel Nacional, no Rio de Janeiro, foi decepcionante, tendo a segunda em São Paulo, tida como um sucesso no marcos do jazz. Depois do espetáculo, já em seu quarto, no Maksoud Plaza, Chet surrupiou a maleta do médico que o acompanhava e tomou doses cavalares das drogas que lhe estavam sendo administradas para controlar as crises de abstinência levando a uma overdose que o quase mata. Neste mesmo ano, iniciou com Rique Pantoja, em Roma, as gravações de Rique Pantoja & Chet Baker ou Cinema 1, que por passar por vários estúdios, terminou em São Paulo, em 1987. O álbum foi um sucesso de crítica. Curiosidade: Richard Galliano de 53 anos é um consagrado acordeonista francês e um anonimo musico no circuíto brasileiro. Chet Baker & The Boto Brazilian Quartet foi gravado nos dias 21 á 23 de Julho de 1980 - Paris, Frances.
05 - Seila
01 - Salsamba
02 - Inaia
03 - Forget Full
04 - Balsa
05 - Seila
06 - Balao
07 - Julinho
08 - Novos Tempos
Chet Baker - Trompete &Voz
Richard Galiano - acordeon
Rique Pantoja Leite - Piano (Acoustic Fender)
Michel Peratout - Baixo
Josê Boto - Bateria e Precursão
Download Here - Click Aqui
Boa audição - Namastê
3 comentários:
Conheci o baterista José Boto, no Rio, no Allegro Bistrô, bar de jazz da Modern Sound, famosa loja de CDs, em Copacabana.
Atualmente, é um senhor de longos cabelos brancos e óculos fundo de garrafa, mas mantém um ar jovial e continua tocando muito...
Bom, saber que ele gravou com Chet.
Na próxima ida ao Rio, se encontrá-lo, comentarei com ele.
Abraço.
Ricardo Mainieri
Olá adorei o blog! esse disco é maravilhoso!! obrigado
Adorei este disco. Comprei e guardei. Um dia no carro ele começou a tocar, desde então viciei, não consigo parar de ouvi-lo.
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