Depois de um longo periodo longe dos palcos e dos estúdios, passando por uma recuparação pós saúde debilitada do vício, bebida e cocaína, Miles triufantimente da a volta por cima, regressando ao mundo da musica depois de assistir atento a evolução do fusion durante sua ausência, na frente de antigos pupilos com: Herbie Hancock, Chick Corea, John Mclaughlin, Wayne Shorter, Joe Zawinul entre muitos outros, acertando o alvo por ele criando com maioridade e caminhos musicais diferentes. Com isso, Miles percebeu uma nova geração de talentosos músicos que nascerem do embrião deixando, num rico horizonte musical de oportunidade de utilizar e revelar o talento desses que iriam dar um novo fugaz ao fusion nos anos 80 e início dos 90. "The man with the horn", lançado setembro de 1981,trouxe uma nova expectativa que o músico não só voltava em plena forma e com excelente acompanhamento, mas continuava com o dom de midas de fazer som modernizado, adaptando o jazz a realidade musical de sua época com perfeição. O album abri com "Fat Time", com Miles impondo sua marca com uma batida forte e de peso com destaque para a sua performance junto a Marcus Miller num recheio de sons e dialogo groover . "Back seat betty", mistura introspecção com batidas de rock com direito de destaque da boa performance do tecladista Robert Irving III. "Shout" traz um ritmo bem mais dançante, sendo basicamente um funk onde Miles dá um longo e excelente solo ou talvez indiretamente respondendo as criticas de que não tinha mais saúde para retornar aos palcos ou estúdios. "Aida" e "Man With The Horn" mostra como Miles tinha um feeling de excelencia em adaptar seu som a elementos bem característicos do período como no início dos anos 80 onde reinavam teclados, sintetizadores, baterias entre outras coisas, de uma forma criativa sem perder sua identidade. Uma forte base de Teclados e uma batida de baixo altamente marcante são créditatas ao excelente Marcus Miller, fazendo parte das duas canções, dando uma característica bem anos 80 nas faixas, mas com a qualidade bem diferenciada e perfeccionista, característica de Miles. "Ursula" com sua melodia altamente contagiante e criativa, fecha esse que é um dos trabalhos mais lembrados de Davis. Após esse albúm, Miles continuaria trilhando seu caminho de adaptar o jazz com o rock de forma empolgante e eficiente e como fez nos anos 60 e 70, revelando e usando novos talentos (nesse álbum por exemplo os músicos Mike Stern e Marcus Miller, futuros produtores de excelentes discos de fusion nos anos 80 e 90 são revelados), buscando sempre novas sonoridades no seu som, inclusive flertando até com o hip-hop no início dos anos 90, até sua morte em 1991. Ótima pegada de um trabalho elogiado por Miles em sua fase "Funk /Soul,Jazz,Rock". A produção ficou a cargo do dinossauro que acompanhou Miles em boa parte de sua carreia Teo Macero, gravado e mixado nos estudios da CBS Recording Studios, New York. "The Man With His Horn" apos ser lançado em 1981, recebeu crítica ruins apesar de ter vendido razoavelmente bem.
Faixas:
01 - Fat Time
02 - Back Seat Betty
03 - Shout
04 - Aida
05 - The Man with the Horn
06 - Ursula
Musicos:
Miles Davis - Trompete
Robert Irving III - Sintetizadores
Al Foster - Bateria
Sammy Figueroa - Percussão
Bill Evans - Teclados, saxofones, Sintetizadores
Mike Stern - Guitarra
Marcus Miller - Baixo
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Boa audição - Namastê.
Um comentário:
Cheguei até esse álbum não por causa do Miles Davis. Curioso né? Mais por causa do Marcus Miller. Eu que sou um admirador dos dois, considero ambos geniais, cada um em seu instrumento. Porém sempre ouvi falar que o Miller havia tocado com Davis, porém nunca procurei um álbum para ouvir. Então apostei nesse, já que foi o primeiro dessa digamos "parceria".
Sem dúvida um dos melhores, Miles continua impecável como sempre, seu trompete soa com propriedade e como vc mesmo disse, ele tem a capacidade de modernidar o jazz, ele molda o jazz como bem entende, tem esse dominio. Por outro lado Marcus Miller, ainda em inicio de carreira, e já mandando ver no baixo, com uma participação bem mais presente do que eu havia imaginado. O groove do Miller, aliado ao virtuosismo do Miles, só pode ter resultado em um álbum fantástico.
Com certeza esse álbum vou postar no meu blog.
Abraço
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