Trago uma incognita para os admiradores de Miles Davis - O homonimo e profano Ascenseur pour L'Échafaud (Ascensor para o Cadafalso, em um português quase arcaico na tradução).
Miles sempre amou Paris, cidade que visitava desde 1949, e em 1957, recebeu um convite para fazer alguns shows na Europa, acompanhado apenas por músicos franceses. Foi ali que surgiu uma inusitada oportunidade de fazer a trilha-sonora de um filme de Louis Malle, com a estrela Jeanne Moreau, no papel principal... Surgia aí mais uma faceta de Miles: o homem cosmopolita, quase uma divindade, na França.Tudo começou quando Miles Davis recebeu uma proposta de Marcel Romano, para uma pequena excursão de três semanas pelo continente europeu.Miles foi convidado para ir sozinho, sem sua banda, e tocaria ao lado dos franceses Barney Wilen (sax tenor), René Urtreger (piano) e Pierre Michelot (baixo).Na bateria estava um velho conhecido de Miles e radicado há anos em Paris: Kenny Clarke.
Miles amava Paris e lembrava-se, com saudades, dos períodos em que saía com Jean-Paul Sartre e Juliette Grecco, mesmo sem falar uma palavra de francês: "eu não sabia francês, eles mal falavam inglês, mas ainda assim adorava vê-los conversarem. Adorei muito aquele período de 1949. Eles eram muito gentis."
Por isso mesmo, Miles aceitou o convite para ir à Europa sem banda e ficou surpreso quando o chamaram para fazer a trilha sonora de um filme do jovem diretor Louis Malle, que era grande fã de seus discos.O filme, em si, não era grande coisa, mas ficou marcada pela trilha composta inteiramente pela música gravada por Miles.Os shows pela Europa não foram muitos e ele teve uma semana de intervalo e nesse período conversou com Malle, que mostrou o que tinha sido filmado e pediu que ele fizesse a música nas cenas escolhidas pelo diretor.Segundo Romano, Miles Davis adorou o convite e discutiram sobre o projeto quando teve uma sessão particular do filme e ficou combinado que usaria os mesmos músicos da excursão.Ele solicitou um piano e começou a trabalhar.As gravações ocorreram rapidamente, nos dias 4 e 5 de dezembro de 1957, começando de noite e acabando nas mandugadas do dia seguinte. As músicas eram apenas pequenos fragmentos, mas que deram vida ao filme, apesar da beleza de Moreau, com quem fez uma boa amizade.
Ascenseur pour L'ÉchafaudO era composto de 10 pequenas faixas e foi lançado primeiro no formato de 10 polegadas na França e, meses depois, nos Estados Unidos, em 12 polegadas, já no tamanho de um LP.Este albúm serviu para que Miles começasse a fazer alguns experimentos sonoros que usaria anos depois, desenvolvendo um clima intimista, mais calmo e distante do convencional. Pierre Michelot conta que nas gravações o clima foram muito calmas e Miles estava perfeitamente à vontade, tendo inclusive saído para tomar alguns drinques com os músicos e com a prória Jeanne Moreau. Esse registro não teve grande repercussão em sua carreira, embora seja um trabalho interessante e desenvolvido tão rapidamente, o que se tornaria uma marca e por encomenda.Anos depois, foi relançado em CD, já contendo 26 músicas de de estúdio, contra apenas 10 do disco original. Aqui as faixas extras abrem o disco e deixam a trilha original, para o final.
Dica: Uma pequena amostra:
Miles sempre amou Paris, cidade que visitava desde 1949, e em 1957, recebeu um convite para fazer alguns shows na Europa, acompanhado apenas por músicos franceses. Foi ali que surgiu uma inusitada oportunidade de fazer a trilha-sonora de um filme de Louis Malle, com a estrela Jeanne Moreau, no papel principal... Surgia aí mais uma faceta de Miles: o homem cosmopolita, quase uma divindade, na França.Tudo começou quando Miles Davis recebeu uma proposta de Marcel Romano, para uma pequena excursão de três semanas pelo continente europeu.Miles foi convidado para ir sozinho, sem sua banda, e tocaria ao lado dos franceses Barney Wilen (sax tenor), René Urtreger (piano) e Pierre Michelot (baixo).Na bateria estava um velho conhecido de Miles e radicado há anos em Paris: Kenny Clarke.
Miles amava Paris e lembrava-se, com saudades, dos períodos em que saía com Jean-Paul Sartre e Juliette Grecco, mesmo sem falar uma palavra de francês: "eu não sabia francês, eles mal falavam inglês, mas ainda assim adorava vê-los conversarem. Adorei muito aquele período de 1949. Eles eram muito gentis."
Por isso mesmo, Miles aceitou o convite para ir à Europa sem banda e ficou surpreso quando o chamaram para fazer a trilha sonora de um filme do jovem diretor Louis Malle, que era grande fã de seus discos.O filme, em si, não era grande coisa, mas ficou marcada pela trilha composta inteiramente pela música gravada por Miles.Os shows pela Europa não foram muitos e ele teve uma semana de intervalo e nesse período conversou com Malle, que mostrou o que tinha sido filmado e pediu que ele fizesse a música nas cenas escolhidas pelo diretor.Segundo Romano, Miles Davis adorou o convite e discutiram sobre o projeto quando teve uma sessão particular do filme e ficou combinado que usaria os mesmos músicos da excursão.Ele solicitou um piano e começou a trabalhar.As gravações ocorreram rapidamente, nos dias 4 e 5 de dezembro de 1957, começando de noite e acabando nas mandugadas do dia seguinte. As músicas eram apenas pequenos fragmentos, mas que deram vida ao filme, apesar da beleza de Moreau, com quem fez uma boa amizade.
Ascenseur pour L'ÉchafaudO era composto de 10 pequenas faixas e foi lançado primeiro no formato de 10 polegadas na França e, meses depois, nos Estados Unidos, em 12 polegadas, já no tamanho de um LP.Este albúm serviu para que Miles começasse a fazer alguns experimentos sonoros que usaria anos depois, desenvolvendo um clima intimista, mais calmo e distante do convencional. Pierre Michelot conta que nas gravações o clima foram muito calmas e Miles estava perfeitamente à vontade, tendo inclusive saído para tomar alguns drinques com os músicos e com a prória Jeanne Moreau. Esse registro não teve grande repercussão em sua carreira, embora seja um trabalho interessante e desenvolvido tão rapidamente, o que se tornaria uma marca e por encomenda.Anos depois, foi relançado em CD, já contendo 26 músicas de de estúdio, contra apenas 10 do disco original. Aqui as faixas extras abrem o disco e deixam a trilha original, para o final.
Dica: Uma pequena amostra:
Tracks:
01 - Nuit Sur Les Champs - Elysees (Take 1)*
02 - Nuit Sur Les Champs - Elysees (Take 2)*
03 - Nuit Sur Les Champs - Elysees (Take 3) (Generique)*
04 - Nuit Sur Les Champs - Elysees (Take 4) (Florence sur les Champs-Elysees)*
05 - Assassinat (Take 1) (Visite Du Vigile)*
06 - Assassinat (Take 2) (Julien Dans L'Ascenseur)*
07 - Assassinat (Take 3) (L'Assassinat De Carala)*
08 - Motel(Diner Au Motel)*
09 - Final (Take 1)*
10 - Final (Take 2)*
11 - Final (Take 3) (Chez Le Photographe Du Motel)*
12 - Ascenseur (Evasion De Julien)*
13 - Le Petit Bal (Take 1)*
14 - Le Petit Bal (Take 2) (Au Bar Du Petit Bac)*
15 - Sequence Voiture (Take 1)*
16 - Sequence Voiture (Take 2) (Sur L'Autoroute)*
17 - Generique**
18 - L'Assassinat De Carala**
19 - Sur L'Autoroute**
20 - Jullien Dans L'Ascenseur**
21 - Florence Sur Les Champs-Elysees**
22 - Diner Au Motel**
23 - Evasion De Julien**
24 - Visite Du Vigile**
25 - Au Bar Du Petit Bac**
26 - Chez Le Photographe Du Motel**
Faixas Extras*
Trilha - Sonora Origínal**
Pessoal:
Miles Davis (Trompete)
Barney Wilen (sax tenor)
René Urtreger (piano)
Pierre Michelot (baixo)
Kenny Clarke (Bateria)
Download Part.I
Download Part.II
Boa audição
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