quarta-feira, 25 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
1958 - Lady in Satin - Billie Holiday
Billie Holliday foi a melhor cantora de jazz de sua geração e, na opinião de seus admiradores e de muitos críticos, a melhor de todos os tempos. Eleanora Holiday nasceu no gueto negro de Baltimore. Sua certidão de nascimento nunca foi encontrada, portanto a data aceita de seu nascimento era a que ela costumada dizer: 07 de abril de 1915. Sua mãe, Sadie Fagan (13 anos) chamada Nora e seu pai, o guitarrista Clarence Holiday (15 anos), eram ainda adolescentes quando Billy nasceu. Foi Clarence quem lhe chamava de “Bill” por achar que ela se comportava como um garoto. Billie sofreu tudo o que se poderia esperar na vida de uma menina americana negra e pobre. Viveu com a mãe separada do pai, foi violentada por um vizinho aos dez anos e castigada por isso, sendo internada em uma instituição com “métodos correcionais” pré-medievais. Aos doze, trabalha lavando assoalhos e prestando serviços a dona de um prostíbulo onde ouve pela primeira vez discos de Louis Armstrong e Bessie Smith. Aos 14, já em New York e indignada com a posição de criada de sua mãe e com o racismo, cai na prostituição e enfrenta quatro meses de cadeia. Motivo: não querer satisfazer um chefe da máfia negra do Harlem. Em 1930, ameaçadas de despejo por dever 45 dólares ao senhorio, Billie sai à rua disposta a roubar ou matar se preciso. Assím começa a lenda de Billie. Percorrendo os bares do Harlem em busca de algum dinheiro, entra no Pod’s and Jerry’s oferecendo-se como dançarina. Um desastre. O pianista com pena pergunta se ela sabe cantar e Billie pede que que ele toque "Trav’lin All Alone" e em poucos instantes todos estão com os olhos grudados nela que sai do bar com cinquenta e sete dólares e um emprego com salário fixo. Três anos depois tendo cantado em vários lugares é assistida pelo produtor John Hammond, entra no estúdio em 27 de novembro de 1933 pelas mãos de Benny Goodman. Em 1935 já aparece cantando com a orquestra de Duke Ellington no filme "Symphony in Black, A Rhapsody of Black Life" e inicia uma frutífera parceria com o pianista Teddy Wilson, gravando mais de oitenta músicas em seis anos. No entanto suas experiências com as Big Bands entre 1936 e 1938 são amargas. Com Count Basie passa por vexames como pintar o rosto com graxa de sapato porque um empresário achou que sua pele era muito clara. Com a orquestra branca de Artie Shaw é muito bem tratada pelos músicos mas sente o racismo nas turnês pelo Sul. Cansada de tais humilhações volta para New York e mais uma vez pelas mãos de Hammond, consegue um bom contrato no Café Society de Barney Josephson. Em 25 de janeiro de 1937, Billie e o saxofonista Lester Young entram juntos pela primeira vez em um estúdio. Alguém escreveria que naquele dia “surgiu uma nova forma de poesia amorosa entre a voz humana e o instrumento musical”. Em quatro anos gravaram cerca de 50 canções, verdadeiras jóias repletas de swing, bom gosto, criatividade e cumplicidade que se estendia ao trompetista Buck Clayton. Lester a chamava de Lady Day e ela o apelidou de Prez (de presidente dos sax-tenores). A autobiografia (1956), escrita em colaboração com o jornalista William Dufty, foi chamada Lady sing the Blues. O título refere-se mais a sua infância infeliz e seu envolvimento com a heroína do que propriamente a sua música. Um fiasco. Sua carreira foi entremeada de entradas em hospitais e prisões à medida que o vício lhe trazia mais problemas. O filme Lady Sings the Blues (O caso de uma estrela), estrelado por Diana Ross (uma péssima interpretação), serviu somente para chamar a atenção do público sobre Billie. Diana não está bem no papel e a crítica não a poupou. Billie Holiday só ganhou a devida fama e respeito após sua morte, acontecida em 17 de julho de 1959, na Filadélfia, aos 44 anos vitimada de overdose e outras circustancias depresivas. Sua voz é uma marca única nas interpretações de centenas de preciosidades que deixou gravada. O albúm "Lady In Satin", seu melhor trabalho, hostenda o titulo referente ao luxuosos arranjos de cordas do maestro Ray Ellis com uma orquestração plausível a voz ainda mais rouca de Billy devido ao uso excessivo de heroina. Embalada em uma harmonia contagiante, o albúm oferece releituras de clássicos como: "I´m A Fool to Want You" (imortalizada na voz de Frank Sinatra) e "The End Of A Love Affair" (Edward Redding). Gravado em 19 e 21 de Fevereiro de 1958 para o selo Columbia Records e produção de Irving Towsend, "Lady In Satin" só foi lançamento em junho de 1958. Curiosamente no relançamento de 1997, agregou mais 04 faixas take matando um pouco a nostalgia.Faixas:
01 - I’m a Fool to Want You
02 - For Heaven’s Sake
03 - You Don’t Know What Love Is
04 - I Get Along Wiyhout You Very Well
05 - For All We Know
06 - Violet for Your Furs
07 - You’ve Changed
08 - It’s Easy to Remember
09 - But Beaultiful
10 - Glad to Be Unhappy
11 - I’ll be around
12 - The End of a Love Affair
Musicos:
Billie Holiday - vocais
George Ockner - Violino e Concertmaster
David Sawyer - Violoncelo
Janet Putnam - Harpa
Danny Bank - Flauta
Phil Bodner - Flauta
Romeo Penque - Flauta
Mel Davis - Trompete
J.J. Johnson - Trombone
Urbie Green - Trombone
Tom Mitchell - Trombone
Mal Waldron - Piano
Barry Galbraith - Guitarra
Milt Hinton - Baixo Acustico
Osie Johnson - Bateria
Elise Bretton - Backing Vocais
Miriam Workman - Backing Vocais
Download Herew - Click Aqui
Boa audição - Namastê.
domingo, 8 de novembro de 2009
1962 - Voce ainda Não Ouviu Nada! - Sergio Mendes & Bossa Rio
Sua aposta no mercado estrangeiro ganhou força no ano seguinte, após o lançamento de Você Ainda não Ouviu Nada! Durante 1963, o Bossa Rio excursionaria pelo Japão e França, agora como trio, com a participação de Nara Leão. A viagem foi patrocinada pela Rhodia. Mas a grande chance para redirecionar a carreira de Sérgio Mendes veio no ano seguinte, quando o Itamarati o convidou para organizar um grupo com o propósito de fazer uma turnê cultural pelo México e Estados Unidos. O instrumentista convidou Jorge Benjor (violão e vocal); Wanda Sá (vocal); Rosinha de Valença (violão); Tião Neto (contrabaixo); e Chico Batera (bateria). Com o fim da excursão, ele convenceu alguns músicos a ficarem na América. Em maio do mesmo ano, gravaria Bossa Nova York, com a participação de Jobim e grandes nomes do jazz como Art Farmer, Phil Woods e Hubert Laws. De modo curioso, Você Ainda não Ouviu Nada! ganhou o limbo da história da música brasileira. Até mesmo alguns dos livros mais profundos sobre a Bossa Nova e Tom Jobim não vão além da mera citação de seu título. Sua proposta também não teve continuidade e se tornou um momento único na discografia de Sérgio Mendes, uma vez que trazia uma série de diferenças em relação ao seu primeiro disco, de 1960, Dance Moderno, lançado pela Philips. Neste, predominava o piano, embora já tivesse Maciel no trombone. O repertório misturava música brasileira e americana: Oba-Lá-Lá (João Gilberto), Love For Sale (Cole Porter), Tristeza de Nós Dois (Maurício - Durval Ferreira - Bebeto), What is This Thing Called Love? (Cole Porter), Olhou Para Mim (Ed Lincoln - Silvio César) e Satin Doll (Duke Ellington), entre outras. O disco com o Bossa Rio, assim, deixou uma expectativa que não se cumpriu. Seu autor se tornaria um dos músicos brasileiros mais celebrados no exterior nas décadas seguintes. Nos EUA, Sérgio formou o conjunto Brazil 66 que gravou discos e fez turnês com muito sucesso. O álbum Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brazil 66 ultrapassaria a marca de um milhão de cópias, com o sucesso Mas Que Nada, de Jorge Benjor - a música chegou aos primeiros lugares das paradas de sucessos norte-americanas. Depois de tocar na Casa Branca, em 1967, Sérgio gravou vários discos, individuais ou com o conjuntos de conceituados músicos brasileiros que montou em diversas ocasiões. Sempre com o feeling de misturar ou combinar bossa nova, jazz e ritmos brasileiros populares. Em 1993 ganhou o prêmio Grammy na categoria World Music.. Continua a ser mais conhecido no exterior do que no Brasil. Ironicamente, seu lendário disco continua com seu título a provocar: Você Ainda não Ouviu Nada! Quem não o conhece, não faz a menor idéia do que está perdendo". Fonte: Gonçalo Junior - Gazeta Mercantil em 16-08-2002.
04 - Desafinado
Faixas:
01 - Ela é Carioca
02 - O Amor Em Paz
03 - Coisa #2
04 - Desafinado
05 - Primitivo
06 - Nanã
07 - Corcovado
08 - Noa Noa
09 - Garota de Ipanema
10 - Neurótico
Músicos :
Sérgio Mendes -Piano
Edison Machado -Bateria
Raul de Souza - Trombone
Edson Maciel - Trombone
Hector Costita -Clarinete
Sebastião Neto - Baixo acústico
Aurino Ferreira - Sax Tenor
Download Herte - Click Aqui
Boa audição - Namastê.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
1962 - Cannonball Bossa Nova & Sexteto Bossa Rio
Na onda da Bossa Nova nos anos 60, Cannonball Bossa Nova apresenta o encontro memorável do saxofonista Cannonball Adderley e o espetacular sexteto Bossa Rio do maestro Sérgio Mendes com a nata da música brasileira, incluindo as lendas Paulo Moura no sax, o propro Sérgio Mendes ao piano, Durval Ferreira na guitarra, o super baterista Dom Um Romão, além de outros grandes músicos. O samba jazz daquela época foi uma coisa bem revolucionária por misturar a música americana e o estilo mais solto do Brasil. A fusão genial do samba brasileiro com o jazz americano deixou profundas marcas na música americana mas infelizmente para nós a coisa não foi tão marcante. Caímos no ostracismo e o que deixou marca apenas ficou na lembrança de alguns músicos pingado. Cannonball's bossa nova foi lançado pelo selo Riverside. No ano seguinte, "Você ainda não ouviu nada",Sérgio Mendes e o seu sexteto foi considerado um clássico da bossa nova instrumental, contou com arranjos de Tom Jobim. Atuando no cenário artístico de 1962 a 1964, Mendes abraçou seu apogeu ao apresenta no Festival de Bossa Nova realizado em 1962 no Carnegie Hall (Nova York, EUA).03 - Corcovado
Faixas:
01 - Clouds
02 - Minha Saudades
03 - Corcovado
04 - Batida Diferentes
05 - Joyce's Sambas
06 - Groovy Sambas
07 - O Amor Em Paz (Once I Loved)
08 - Sambops
09 - Corcovado (alternate take)
10 - Clouds (single version)
Musicos:
Cannonball Adderley - Sax. Alto
Sérgio Mendes - Piano
Durval Ferreira - Guitarra
Octavio Bailly, Jr. - Baixo Acustico
Dom Um Romão - Bateria
Pedro Paulo - Trompete
Paulo Moura - Sax. Alto
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Boa audição - Namastê.
Filtro Solar
Filtro Solar (Wear Sunscreen) Escrita por Mary Schmich e publicada no Chicago Tribune em 1997.
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