"Cornetas e trompetes ofereciam a vantagem da sua extrema mobilidade e possuíam a força suficiente para serem ouvidos nos ruidosos bailes, nos concertos ao ar livre, nas paradas e nos funeráis de Nova Orleans. Foi nas Bass Band que a corneta começou a assumir a função de Lead, de voz principal. Na chamada "improvisação coletiva" de Nova Orleans, a corneta puxava a melodia e fazia os solos principais, enquanto a clarineta e o trombone iam tecendo pequenos embelezamento em torno da voz principal e faziam breves improvisos. A corneta - depois substituída pelo trompete - era assim o "rei" dos instrumentos do jazz, não apenas por seu papel de lider mas também por ter dado aos primeiros grandes improvisados e criadores da nova música" Roberto Muggiati (O Trompete no Jazz - Revista Som Três, outubro de 1982)
quinta-feira, 21 de abril de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Parádeigma do Jazz
E o mais heróico não foi ter vivido esta década, foi ter sobrevivido a ela."
M. M. Soriano
domingo, 17 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Pausa Para o Grande Charles Mingus
"Eu mesmo passei a curtir músicos que não apenas tinham o swing, mas que inventavam novos padrões rítmicos com novas concepções melódicas. E estas pessoas são: Art Tatum, Bud Powell, Max Roach, Sonny Rollins, Lester Young, Dizzy Gillespie e Charlie Parker, que é o maior gênio de todos para mim por ter mudado toda uma era ao seu redor."
Charles Mingus (1922-1979)
Essa declaração do mestre maior do baixo no jazz está no seu artigo "What is a Jazz Composer", escrito para as notas do disco "Let My Children Hear Music" em 1971. O texto é mais um dos belos escritos que o grande mestre deixa como legado - entre outras coisas, uma contundente autobiografia. O texto na íntegra se encontra na página oficial de Charles Mingus
www.mingusmingusmingus.com
Charles Mingus (1922-1979)
Essa declaração do mestre maior do baixo no jazz está no seu artigo "What is a Jazz Composer", escrito para as notas do disco "Let My Children Hear Music" em 1971. O texto é mais um dos belos escritos que o grande mestre deixa como legado - entre outras coisas, uma contundente autobiografia. O texto na íntegra se encontra na página oficial de Charles Mingus
www.mingusmingusmingus.com
segunda-feira, 4 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
1954 - My Funny Valentine - Chet Baker
Chet Baker!!!! Figura mitológica do Jazz, em grande parte por fatores extra-musicais, o que não significa que sua música não seja extraordinária. Chesney (Chet) Baker herdou do pai, guitarrista amador de bandas de country, além do nome também o amor pela música que no entanto não era muito dado a estudar música. Costumava dizer que sempre se safou por ter excelente ouvido. Foi um músico cool por excelência, não só musicalmente, sendo um dos pais daquele estilo, como também na atitude de calculada indolência que se tornou famosa. O seu jeito "cool", porém, escondia na realidade um temperamento esquentado. A devastadora dependência de drogas fez com que durante décadas Chet se visse num labirinto infernal de crises pessoais, contratos interrompidos, brigas relevantes, internações e prisões. Sua aparência sofreu ao longo da vida uma transformação impressionante devido ao uso de heroína e suas conseqüências. O outrora belo e jovem trompetista aos quarenta anos parecia estar com sessenta e aos cinqüenta parecia beirar os oitenta. Um clássico com o nome de My Funny Valentine de composição de Richard Rogers e Lorez Hart para o musical Babes in Arms, tornou-se considerada um clássico do Jazz estando presente em mais de mil e trezentos álbuns e interpretada por mais de seiscentos artistas. O musical Babes in Arms foi lançado em New York no dia 14 de abril de 1937 e hoje, serve para adoçar a audição exigente de "funny valentine”. A interpretação acima é de Chet Baker, sem dúvida, um das favorita na repertório Jazzistico. “you’re my funny valentine, sweet comic valentine…” embala os ouvidos na mais nostálgica canção que o jazz poderia ouvir.
Faixas:
01 - My Funny Valentine
02 - Someone To Watch Over Me
03 - Moonlight Becomes You
04 - This is Always
05 - I'm Glad There Is You
06 - Sweet Lorraine
08 - It's Always You
09 - Let's Get Lost
10 - Moon Love
11 - Like Someone In Love
12 - I've Never Been In Love Before
13 - Isn't It Romantic?
14 - I Fall In Love Too Easily
Musicos:
Chet Baker - Vocals, Trumpete
Herb Geller - Sax Alto & Tenor
Jack Montrose - Sax Tenor
Bud Shank - Sax Baritone & Flauta;
Bob Gordon - Sax Baritone
Bob Brookmeyer - Trombone
Corky Hale - Harpa
Pete Jolly & Russ Freeman - Piano
Jimmy Bond, Red Mitchell, Joe Mondragon, Leroy Vinnegar, Bob Whitlock & Carson Smith - Baixo Acústico
Lawrence Marable, Bobby White, Larry Bunker, Peter Littman, Stan Levey, Shelly Manne & Bob Neel - Bateria
Boa audição - Namaste.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
O Jazz na Visão de Um Crítico
"É pau, é pedra, é pele, é osso - o homem desde os tempos primais descarregou suas tensões batendo, batucando, marcando ritmo no que estivesse ao alcance de sua mão. Surgiu dai a parafernália rítmica, o arsenal de instrumentos que compõe a bateria moderna, os mil e um apetrechos da percussão, coisas ainda de índole artesanal, a familia das marimbas, dos xilofones e seu primo rico o vibrafone e as extensões eletrônicas de tudo isso, propagadas nos mais modernos computadores. Claro, o ritmo digitalizado - os drum n' bass da vida - nada tem a ver com o verdadeiro suingue do jazz, que nasceu do contato da pele e da mão humana com os couros, das baquetas e das vassourinhas fazendo vibrar os pratos turcos de cobre feitos também manualmente. Vocês podem ver as pinturas das cavernas, o mundo que nossos ancestrais grafitaram para a eternidade; mas o som daquelas épocas primais só pode ser captado mesmo na arte dos bateristas, percussionistas e vibrafonistas de jazz" Cedric Doranges (Pour Une Ethno-Épistémologie Du Tam-Tam, Ed. Dauphine)