sábado, 31 de outubro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
2008 - A Man Called Trane - John Coltrane
São tantas apineias sonoras e misturas chamadas de criação de batedores de latas e soluços mugidos que da medo de imaginar o caminho percorridos por lendas como: Lennie Tristano, Glenn Miller, Benny Goodman, Louis Armstrong, Count Basie entre outras lendas imortalizadas, saírem sem intender a difusa manifestação artístico-musical de sua invenção popular e criativa das comunidades negras e seus espaços de desenvolvimento de várias tradições musicais em particular a afro-americana. O jazz tem passado por uma mutação um tanto amargas em sua forma de expressão e criatividades ao longo desse seculo de sua existência que lançamentos como esse deixa uma certeza de ainda vai haver jóias raras guardadas em alguma estante por ai. Lançado em 2008 como uma forte apelo as razies vanguardistas do jazz, A Man Called Trane traz uma lenda chamada Trane - mistura de introdução e legado a poderosa musica desse saxofonista de longas jornadas. Com inspiração de sua passagem pela Blue Note e catálogos da Impulse, este lançamento abrange um cronograma de setembro de 1957 a dezembro de 1964, com performances no Village Vanguard ao Newport Jazz Festival - ao vivo, mergulhando nos álbuns lendários como: Blue Train, Coltrane's Sound , Giant Steps, Coltrane Plays the Blues e My Favorite Things, até deixar uma conclusiva lógica ao movimento de abertura profundamente bonita de sua oração em A Love Supreme. Fantástico a escolha das faixas bem como a produção final que para um bom colecionador de e amante das criações de Trane, nota-se na ordem dos fatos de cada música.
Faixas:
01 - Alabama
02 - Blue Train
03 - Softly As In A Morning Sunrise
04 - Central Park West
05 - Naima
06 - Mr. Day
07 - Giant Steps
08 - My Favorite Things
09 - I Want To Talk About You
10 - A Love Supreme Part 1: Acknowledgement
Download Here - Click Aqui
Boa audição - Namastê.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
My Funny Valentine
" Mais de mil e duzentas variações de um mesmo tema. Apaixonado pelo clássico do jazz My Funny Valentine, composto em 1937 pelos norte-americanos Richard Rodgers e Lorenz Hart para um musical da Broadway, o cearense Gerardo Barbosa Filho vem colecionando, há 15 anos, todas as gravações dessa música que encontra pela frente. A coleção, que está sendo avaliada pelo Guiness Book of Records, revela um painel surpreendente de linguagens, contextos e artistas - jazzistas como Miles Davis, Chet Baker e Ella Fitzgerald, mas também brasileiros, poloneses, japoneses, suecos, romenos, urbequistaneses, entre outros - que já prestaram seu tributo às “Valentinas”. Várias formas para uma só paixão. Assim pode ser descrita a relação do cearense Gerardo Barbosa Filho com um dos maiores clássicos da canção norte-americana em todos os tempos. Economista e analista de sistemas por formação e trabalho, ele é um aguçado ouvinte e pesquisador musical. Herança recebida do pai, Gerardo Barbosa que foi por 18 anos discotecário da Ceará Rádio Clube a tradicional PRE-9, tendo inclusive prestado diversas contribuições à música cearense, como o disco “Ceará - Terra da Luz”, lançado em 1965 com capa de Aldemir Martins. Gerardo Barbosa foi também proprietário da Vox, célebre loja de discos localizada no Centro de Fortaleza até hoje lembrada por várias gerações. Aficionado por samba, bossa nova, MPB e jazz, Gerardo guarda em seu acervo pessoal uma preciosa coleção de aproximadamente 2 mil vinis e cerca de 1,5 mil CDs. Entre os muitos discos, LPs nunca relançados em digital e mesmo algumas peças de outros formatos, como os velhos compactos e discos de 12 polegadas. “Sempre gostei muito de música, pelo próprio ambiente de casa. Muito pequeno, eu já ia com meu pai na discoteca da PRE-9. Continuei indo mesmo depois de 1955, quando ele saiu de lá para abrir a Vox”, recorda Gerardo Filho, contando que “vivia muito dentro da loja”. “Em época de muito movimento, ajudava a atender as pessoas. E ganhava muitos discos, dos representantes. Daí fui começando meu próprio acervo e também conhecendo as pessoas que faziam música aqui no Ceará”, emenda. Quando foi para São Paulo estudar economia na USP do início dos anos 70, Gerardo conviveu bastante com os artistas que ficariam conhecidos como integrantes do “Pessoal do Ceará”, a ponto de serem dele as fotos dos LPs “Chão Sagrado” de Téti e Rodger Rogério e “Pavão Mysteriozo” de Ednardo. Ele voltou ao Ceará em 1975 a tempo de integrar a primeira turma de Informática na UFC. Hoje, é sócio de uma empresa de consultoria em gestão estratégica com foco em tecnologia da informação. Enquanto o pai tinha uma predileção por Frank Sinatra, amealhando um a um os discos lançados pela voz de olhos azuis o filho procurou manter um maior ecletismo. “Ouvia de tudo, mas principalmente música brasileira, samba, bossa nova, e jazz. O próprio mercado do disco favorecia que você conhecesse mais coisas, e conhecesse melhor o trabalho de cada artista através dos discos originais, diferente de hoje, em que só têm espaço coletâneas e sucessos da hora”, testemunha, com autoridade de quem atravessou vários suportes musicais, do vinil de 12 polegadas ao DVD. A coleção de “Valentinas” teve início em 1990 quando Gerardo, visitando o amigo Marcelo Coelho, foi convidado a ouvir um LP de Chet Baker. “O disco tinha outras músicas, mas foi ‘My Funny Valentine’ que me chamou a atenção de um modo especial naquele instante. Eu já devia ter ouvido essa música antes, sem dúvida, mas sem me causar nenhuma impressão especial. Foi ali que pela primeira vez realmente prestei atenção nela”, rememora. “A melodia em si é muito bonita, junto com a letra, uma coisa meio surrealista. Ainda mais com a interpretação de Chet Baker”, acrescenta, procurando o mais difícil: explicar a paixão. Cada dia é de “Valentine”. Ao verificar seus discos, Gerardo constatou possuir cinco gravações da música, que ele logo reuniu em uma fita-cassete. A partir daí, foi à procura de outras versões, embora ainda sem a intenção deliberada de colecioná-las. “Só ao chegar às 100 primeiras versões parei pra pensar que tinha uma coleção”, diz. “Outro momento marcante foi quando cheguei à 24ª fita - um dia inteiro de ‘My Funny Valentine’”. A compilação foi crescendo graças à obstinação do pesquisador e à ajuda de amigos como Augusto César Costa, Henilton Menezes, Alan Romero, Léo Rocha, Márcio Távora, Lucius Maia, Roberto Barroso e Sérgio de Oliveira a quem Gerardo agradece. “Eles começaram a me mandar gravações. A história se espalhou, e hoje recebo contribuições até de quem nem conheço”, diz. “Às vezes, me mandam gravações repetidas, e não me incomodo nem um pouco. Digo pra mandarem sempre”, brinca. À compra convencional de CDs, o advento da Internet expandiu muito as possibilidades para colecionadores como Gerardo, participante de listas de discussões como a cearense “Desafinado”. “A Internet me possibilitou primeiro comprar CDs, depois acesso a sites especializados em vender CDs com gravações de determinada música e posteriormente a troca de música peça-a-peça. Na época áurea do Napster e do Audiogalaxy, entre outros programas, devo ter conseguido de 400 a 500 gravações”, estima. O resultado desse esforço é que a coleção cedo superou os intérpretes mais previsíveis - jazzistas e cantores norte-americanos -, ganhando cores bem mais diversas, globalizadas. Afinal, o cearense já coletou gravações da Itália, Japão, Alemanha, Rússia, Inglaterra, Islândia, França, Romênia, Urbequistão, Polônia e Suécia. “São músicos de estilos variados. O melhor é que acabei conhecendo grandes artistas, como o cantor Luqman Hanza, a pianista Barbara Carrol (ambos norte-americanos), a Aziza Mustafa Zadeh (urbequistanesa), que hoje tenho outros CDs dela...”, acrescenta o pesquisador. Entre as gravações vocais da canção, todos os artistas mapeados por Gerardo cantam a letra original de “My Funny Valentine” em inglês. A exceção é a saudosa carioca Nara Leão. “É uma versão muito bonita, que em português ficou ‘Adeus no Cais’”, opina o colecionador que hoje contabiliza exatas 1251 gravações. “A coleção está sempre crescendo, até porque novas gravações vão sendo feitas”, destaca. Como diz a canção, “each day is Valentine´s”".
Quero aqui registrar um comentário feito por um companheiro que sempre visita o blog e levantou uma pergunta um tanto curiosa até para mim como colecionador e apreciador de jazz. Na verdade apenas reproduzirei um artigo do jornal - "Diario do Nordeste em 09 de Maio de 2005, por Dalwton Moura) - que responde a pergunta bem como afaga outras pertinentes. Grande Saulo Nunes aquele abraço e fica na paz.
Quero aqui registrar um comentário feito por um companheiro que sempre visita o blog e levantou uma pergunta um tanto curiosa até para mim como colecionador e apreciador de jazz. Na verdade apenas reproduzirei um artigo do jornal - "Diario do Nordeste em 09 de Maio de 2005, por Dalwton Moura) - que responde a pergunta bem como afaga outras pertinentes. Grande Saulo Nunes aquele abraço e fica na paz.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Tavern on the South Side - 1941
domingo, 4 de outubro de 2009
1957 - Porgy & Bess - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald
Em Agosto de 1957, o produtor Norman Granz que já em outras etapas reunido em estúdio Louis Armstrong e Ella Fitzgerald, gravando antológicos álbuns da dupla, voltou a atacar ainda com maior ambição, elegendo como alvo a ópera do compositor nova-iorquino George Gershwin - Porgy e Bess. Com arranjos e direção musical de Russell Garcia e apoiados por uma vasta orquestra dominada pelas seções de cordas, Louis e Ella chamaram a si a totalidade das partes vocais da ópera, cada um acumulando todos os personagens masculinos e femininos. O álbum foi um êxito de vendas mas a crítica olhou como sempre para um lado da direção, valendo apenas mais um álbum na estante das obras não essenciais de Armstrong e Ella. Acontece que o curso da história raramente é linear e muitas vezes, as obras que deixam marcas mais fundas não são as maiores mas as que no tempo e no modo como foram recebidas, assumem um protagonismo que as torna historicamente incontornáveis . Antes de Porgy e Bess, a Jazz Avenue tinha na cabeceira muitas outras gravações de Louis Armstrong e Ella Fitzgerald mas nem por isso desgosta de andar pelas ruas de Gershwin guiado pelas suas vozes. Enquanto se falar de standards do jazz, George Gershwin será sempre um dos apóstolos das Sagradas Escrituras. E a ligação de Porgy e Bess ao jazz passará sempre por duas versões separadas no tempo por apenas um ano: A de Armstrong & Ella concebida em 1957 e Gil Evans e Miles Davis, nascida em 58. Com certeza que Porgy e Bess nunca poderia faltar na celebração do centenário do nascimento de Louis com a promessa de que outras viagens virão e de sua diva maior,Ella, a primeira dama a romper com o preconceito dea ópera no jazz. A dupla produziu jóias de valores inigualáveis como: Ella and Louis (1956), Ella and Louis Again (1957). Todos os três álbuns foram recebido tanto pela crítica como sucesso comercial. Porgy & Bess foi gravado em duas sessões: 18 de Agosto e 19 de Outubro de 1957.
Faixas:
01 - Porgy And Bess: Overture
02 - Summertime
03 - I Wants To Stay Here
04 - My Man’s Gone Now
05 - I Got Plenty O’ Nuttin’
06 - Buzzard Song
07 - Bess You Is My Woman Now
08 - t Ain’t Necessarily So
09 - What You Want Wid Bess?
10 - A Woman Is A Sometime Thing
11 - Oh, Doctor Jesus
12 - Porgy And Bess: Medley: Here Come De Honey Man / Crab Man / Oh, Dey’s So Fresh And Fine
13 - There’s A Boat Dat’s Leavin’ Soon For New York
14 - Bess, Oh Where’s My Bess?
15 - Oh Lawd, I’m On My Way
Músicos:
Louis Armstrong - Trompete & Vocais
Ella Fitzgerald - Voz
Paul Smith - Piano
Alvin Stoller - Bateria
Download Here - Click Aqui
Boa audição - Namastê.